O Universo a Nosso Favor escrita por Ledger


Capítulo 3
Três - Três muros bem afetados




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Congelei.

Os homens bombados estavam me assustando.

Esses sim, deviam ser chamados de homens bomba.

Ta, essa foi realmente ruim.

Voltando a cena principal, eu estava lá, caída ao chão, tentando não imaginar que daqui a pouco eu poderia ser seqüestrada e estuprada. Respirei fundo. Não podia ficar nervosa, só pioraria as coisas.Suspirei. Tentei pensar em coisas boas. Fechei os olhos, e deixei que minha imaginação fizesse o trabalho. Comida. Skate. Cachorro-quente. Faltar aula...

Meus lindos pensamentos foram interrompidos quando senti uma mão em meus ombros. Abri os olhos, com receio. Era um dos homens bomba – que tinha um gatíssimo cabelo loiro platinado e era parrudinho.

 

Para quem não sabe, definição de parrudinho: menino fortinho e baixinho.

Hehe rimou.

 

O homem tinha a mão em meus ombros. Fuzilava-me com os olhos, e me encarava com aquela cara de: “ Sou Bad!”. Mas, depois de ver que eu tremia de medo, o homem abriu um sorriso maroto. Tirou suas mãos de meus ombros, e perguntou para os outros dois homens ao seu lado:

-         O que iremos fazer com ela?

O segundo homem me estudou, assim como o terceiro. Sentia-me invadida, e com raiva. No quesito raiva, esse era por causa do Hyuuga. Que tipo de pessoa fazia isso? Levar sua suposta ‘aluna “a uma favela e a deixar ser abusada por três muros?”.

Os outros dois caras vieram em minha direção, e me mandaram levantar. Assim fiz. Depois de dois minutos sendo avaliada por três muros, o loiro platinado enfim disse:

-         Aí mona, que roupa é essa?

Meu queixo caiu. Desculpe? O que eu perdi?

-         Como...?

O segundo cara veio em minha direção mais uma vez, e me rodeou. Suspirou, como se estivesse decepcionado, e disse-me:

-         Querida, você tem tanto potencial! Porque desperdiça-lo, usando roupas tão... Chochas?

Eu ainda não acreditava direito. Os três muros na verdade eram três bichonas?

Isso era possível?

-         Ah... – comecei a falar, sem saber bem o que eu poderia dizer – eu... gosto assim.

-         Ah! – o terceiro homem pegou minha mão e me rodopiou – você é linda, mona, mas seu gosto é meio fora de moda. Aliás, essa roupa é da estação passada.

-         Hm... – comecei a rir, e tentei segurar – obrigada, mas tenho que ir.

O loiro platinado me entregou um  cartão.

-         Se quiser que ajudemos você, me liga amor, como nós falamos, você é linda, só não sabe aproveitar isso.

Os três piscaram para mim, e foram embora.

 

Eu ainda estava meio chocada com o acontecimento, mas não o bastante para me impedir de andar. Continuei descendo o morro, e esqueci-me completamente do Hyuuga. Eu tinha uma coisa em mente. Quer dizer, nunca haviam falado que eu era bonita. Isso era uma certa novidade para mim, então eu esqueci de tudo ao redor.

 

Subi no ônibus, e sentei-me. Olhava pela janela. Eu estava... feliz? Por alguém ter me chamado de bonita? Era isso mesmo?

-         Menos cinco pontos por me ignorar, Mitsashi.

Olhei para o meu lado, e lá estava ele. Merda.

-         Seguiu-me? – perguntei.

Ele nada disse, apenas anotou meus –7 pontos.

Uau, em um dia eu já estava com 23 pontos.

Seguimos até em casa em silêncio. Não sabia onde ele morava, e ele não havia descido até agora, então quando chegou minha vez, levantei-me para sair. Ele nada disse, nem tchau. Se ele não tomou essa iniciativa, não seria eu que ia fazer isso.

Desci do ônibus, e entrei em casa. Minha mãe estava lá em cima, gritando. Meu deus. O que aconteceu quando eu estava fora?

Subi as escadas e deparei com uma cena hilária. Minha mãe tentava dar um banho em Akamaru.

-         Fica quieto cachorro, Argh! – ela gritava e tentava passar o sabão em Akamaru – TenTen, que bom que chegou minha filha. – ela jogou Akamaru para cima de mim – termine de lava-lo!

Assim fiz. Depois de dar um bom banho em Akamaru, levei-o para Kiba. Ele morava a dois quarteirões de minha casa, então não foi muito difícil. Quando cheguei lá, Kiba estava na porta, conversando com Hinata. Tentei me esconder, pois sabia que Kiba sempre gostara dessa menina, mas foi em vão. Akamaru começou a latir ao ver o dono, e pulou para o seu colo. Hinata sorriu para mim. Nunca havia reparado, mas a Hinata me lembrava muito o...

 

-         Hina, sua mãe está te chamando.

...Hyuuga. Sim, e lá estava ele, na casa ao lado de Kiba. Hinata se despediu de nós – e ainda deu um beijo na bochecha de Kiba, o que o fez ficar vermelho – e entrou em casa.

O Hyuuga fez indiferença ao me ver. Não se despediu de mim, nem de Kiba.

Idiota.

-         Não gosto daquele cara – disse-me Kiba, fazendo carinho em Akamaru – odeio gênios.

-         Ele e a Hinata são irmãos?

-         Graças aos céus não, TenTen! Mas são muito parecidos. Eles são primos.

-         Ah, mas é quase a mesma coisa...

-         Não,não – disse-me Kiba, sorrindo – Neji não mora aí. Ele só está aí hoje sabe-se lá porque.

Tomei coragem para falar.

-         Ele é o meu tutor, Kiba.

Kiba me olhou assustado, e depois como se tivesse dó de mim.

-         Meus pêsames, TenTen. Meus sinceros pêsames.

 

Assenti, e sussurrei para ele:

-         Ele é mesmo uma merda.

Kiba suspirou, e colocou a mão em meus ombros, como que num gesto de consolo. Despedi-me dele, e fui andando de volta para casa.

 

Antes de dormir, pensei em Neji e Hinata. Como nunca havia associado que podiam ser parentes? Eram parecidos, e ainda tinham o mesmo sobrenome. Minha burrice havia falado mais cedo aquele dia.

E Neji? Porque aquela personalidade fria e sarcástica? Sempre provocando-me, irritando-me. Me perguntei se tinha tido uma infância infeliz, ou algo do tipo, pois uma pessoa fria daquele jeito tem que ter sofrido o bastante para ser assim.

 

Logo adormeci.

 

 

-

 

Era sábado. Ó, meu querido sábado, eu te amo mais do que tudo.

Levantei-me ás onze. Troquei de roupa, e resolvi ligar para Kiba, afinal, hoje era sábado, dia da pelada.

Peguei minha bolsa, e nada do celular. Estranho. Revirei meu quarto inteiro. Nada. Mas que droga! Onde essa porcaria foi parar?

Foi aí que lembrei.

Neji tinha pego meu celular, quando andávamos a caminho da favela porque eu iria jogar.

Merda.

Liguei do telefone mesmo, e Kiba disse que tudo bem, eu podia passar lá. Prendi meu cabelo com dois coquinhos, e fui.

Akamaru ficou feliz em me ver. Pulou em mim, babou em mim, fez tudo o que podia. Kiba me olhou com raiva.

-         O que foi? – indaguei – a culpa não é minha se você larga seu cachorro todos os sábados comigo. Agora ele vai gostar de mim.

-         Akamaru ... – disse Kiba, fazendo carinho no cachorro – Não se esqueça de que eu sou seu dono.

Sorri.

-         Agora ele me ama mais.

Kiba riu, pegou sua bola de futebol, e foi-se embora.

Me virei para Akamaru.

-         Então Akamaru, o que vamos fazer hoje?

-         Au! – respondeu ele.

-         É... eu sabia disso – sorri.

Olhei para a casa ao lado. A janela estava aberta, então eu pude ver claramente Hinata. Ela lia um livro, e sorria em algumas partes.

 

Até que tive uma idéia brilhante.

Quem sabe o Hyuuga não estivesse lá? Eu poderia conseguir meu celular de volta.

-         Akamaru... antes de passearmos, tenho que fazer uma coisa. Está bem?

-         Au!

-         Eu sabia que você entenderia.

Fui em direção a casa de Hinata.

 

Toquei a campainha.

 


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Notas finais do capítulo

entãaaaaaaao gente, eu aadorei esse capitulo. Até agora, foi o melhor para mim, eu ri bastante Espero que estejam gostando - espero mesmo, estou escrevendo só porque sei que algumas pessoas estão lendo - então,mandem reviews. Eles fazem a vida de alguém mais bonita e mais feliz!