O Universo a Nosso Favor escrita por Ledger


Capítulo 18
Dezessete: Parte ll - Homens também amam


Notas iniciais do capítulo

então gente, percebi que de acordo com tudo o que eu ainda quero que aconteça na fic, ela deve ter de ter uns 25 capítulos. Boa notícia, não? HIHI. Então... essa segunda parte do 17 é um especialzinho KibaHina, que eu amo. Desculpe quem não gostar, mas esse será o final que eu darei para o casal. Temos uma surpresa no final do capítulo, haha.
Chega de enrolação! Vamos a fic.
Beijo!



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Pov’s Hinata.

Eu andava lentamente pelos corredores da escola. Estava nervosa e estranhando-me. O que me levou a ter aquele pensamento? Eu estava feliz por um término de namoro? Não me entendia. Eu realmente tinha uma cabeça estranha.

Eu sabia aonde queria chegar. Sabia onde Kiba-kun almoçava, desde que comecei a namorar Naruto-kun. Sabia que ele se isolava, e que não gostava de companhia.

E eu sabia que eu precisava dele.

Quando aceitei o pedido de namoro de Naruto-kun, eu percebi que eu, apesar de feliz, sentia que faltava algo.

Apesar de não demonstrar isso.

Eu não podia, de modo algum, reclamar de Naruto-kun. Ele havia sido um anjo para mim, enquanto ficamos juntos.

Mas tinha alguém que sempre fora o meu anjo, desde sempre.

Subi as escadas que levavam até o último andar da escola, receosa. Eu estava com medo. Com medo de que minha boca tomasse vida própria e começasse a falar coisas que eu, Hinata, nunca falaria.

Cheguei ao último andar. Olhei para o corredor que se encontrava em minha frente. Todas as salas do mesmo estavam fechadas. Tremi. Eu sabia bem em qual Kiba-kun estava, mas estava com medo. Medo de errar. Medo de agir.

Diminui meus passos. Fui em direção à sala 401. Kiba-kun tinha afeição pela mesma.

 

Flash Back On.

 

O dia estava feio. Eu corria em meio à chuva para não chegar atrasada a escola. Papai tinha me deixado na porta da escola. Eu corria em direção a sala do primário. Tinha seis anos.

Mas parei ao ver uma briga. Tremi. Eu não gostava de brigas, e por ser frágil e medrosa teria fugido. Mas eu me preocupei. E se fosse um amiguinho de classe?

Corri até a briga. Vi que meu amiguinho de sala, Sasuke-kun batia em um menino que eu nunca tinha visto. Sasuke-kun não estava só. Gaara-kun e outros garotos também. Parei em frente a eles, tremendo. Tentei falar, mas nada saiu de minha boca.

Sasuke-kun veio até mim, com uma expressão brava.

“Saia daqui, Hinata-Chan. Estamos batendo em um menino muito mal, e tenho medo de te machucar”.

Tentei falar novamente. Nada.

“Ei, Hinata-Chan, saia”.

Desta vez foi Gaara-kun. Eu senti que chorava. Chorava muito.Meus olhos estavam marejados, e corri para abraçar o menino que estava no chão.

“Não façam isso com ele!” gritei “ Por favor, Sasuke-kun. Não... não faça.

Eles olharam para mim, com os olhos arregalados. Eu nunca falara em sala de aula. Apenas meu pai e Neji-niisan me viam falando. Na sala, eu era o poço da timidez.

“Por favor,...” Pedi novamente “isso é errado”.

Sasuke-kun bufou, e assentiu. Ele, Gaara-kun e os outros saíram correndo, e fiquei com o menino em meus braços. Olhei para o mesmo. Tinha os cabelos escuros, um olhar um pouco feroz, e que me deixou amedrontada no começo. Tinha duas engraçadas linhas em cada bochecha.

“V-v-v-ocê está bem?” Perguntei.

Ele não respondeu de primeira; levantou-se, e saiu correndo. Eu, por instinto, corri atrás do mesmo.

“Espere!” gritei eu, alcançando o mesmo e segurando sua mão “v-você está bem?

Ele virou-se para mim, e lançou-me um olhar feroz. Por medo, gritei sem perceber, e cai ao chão. Não agüentava aqueles olhos ferozes e brutos me olhando daquele jeito – pareciam querer me matar.

“P-p-p-p-or favor” pedi-lhe, de cabeça baixa – n-n-n-ao faça nada comigo. Por favor”

O menino de olhos ferozes, que me encaravam, estendeu-me a mão. Eu, ainda que receosa, dei a mão para o mesmo, que me ajudou a levantar. Fomos caminhando em silêncio até a sala. Eu não tinha coragem de dizer nada, e não pensei que ele fosse falar algo comigo.

Ao chegarmos a nossa sala, a professora não nos deixou entrar. Estávamos atrasados, então depois de 30 minutos, poderíamos entrar.

O menino saiu andando. Corri atrás do mesmo para impedi-lo, se não era capaz de perdemos a próxima aula. O mesmo entrou na sala 401, que estava vazia por sinal, e eu o segui. Lá o mesmo começou a fazer o dever – até eu notar que o mesmo tinha um corte grande no braço. Peguei a caixa de primeiros-socorros, e comecei a cuidar dele, mesmo que ele se debatesse e falasse que não precisava. Eu queria ajuda-lo. Eu senti que precisava fazer isso.

Depois de fazer um curativo no mesmo, sorri. Tinha ficado bom. Eu tinha conseguido ajuda-lo.

Peguei minha mochilinha, e dei adeus para o mesmo. Retornaria a sala.

Mas senti uma mão me impedir.

Olhei para trás, e vi que o garoto estava corado.

“Sou Inuzuka Kiba” disse “e você?”

“Sou Hinata Hyuuga” Sorri.

“Arigatou... Hinata-Chan”.

Quando o mesmo percebeu que tinha me chamado de Hinata-Chan, levou as mãos à boca, assustado. Soltei uma risada baixinha, e peguei em sua mão.

“Vamos para a aula, Kiba-kun?”

O mesmo assentiu, e fomos andando. Eu me sentia bem fazendo aquilo. Ajudando alguém, consegui um amigo.

Flash Back Of.

 

Abri a porta da sala, receosa. Não aconteciam aulas ali há um bom tempo, mas mesmo assim preferi ser sorrateira. Ao entrar, olhei para a janela. Kiba-kun encontrava-se de costas para mim, tomando um vento na janela. Sorri.

Aproximei-me do mesmo. Ele não tinha notado que eu estava ali, então gostaria de brincar e dar um susto no mesmo. Peguei um gravetinho que encontrei na mesa, e fui passando em seu ouvido, até ele sentir e dar um pulo. Virou-se com um olhar feroz – o olhar bravo dele que eu conhecia bem – mas quando me viu, esse olhar desapareceu, e ele corou.

-         Hinata-Chan... – ele virou a cabeça novamente para fora da janela – olá.

-         Olá, Kiba-kun.

Ficamos um tempo em silêncio. Eu tentava reunir forças para dizer algo. Era difícil para mim falar – se é que me entende.

Dei dois passos e parei de seu lado na janela. Apoiei meus braços na mesma, e coloquei a cabeça para fora. O vento estava gostoso.

-         O que está fazendo aqui? – perguntou ele secamente.

-         Eu... – virei para o mesmo. Desde que eu começara a namorar Naruto-kun, Kiba-kun não me olhava mais nos olhos. Eu sei que eu não era um bom exemplo, mas eu sentia falta daquele olhar confortável. Aquele brilho de Kiba, que emanava para que todos vissem. Dessa vez, eu olhei-o nos olhos, ainda que o mesmo não estivesse vendo, por estar olhando para baixo – Naruto-kun terminou comigo.

O mesmo não se mexeu. Não fez nada. Senti um aperto no coração. A reação que eu esperava não era essa.

-         Legal – falou Kiba, monotonamente.

Involuntariamente, o abracei. Ele ficou um pouco chocado, mas não me afastou ou algo parecido. Deixou-me chorar em seu peito.

-         Kiba-kun... Não percebeu? – eu já soluçava – não percebeu ainda? Porque... Porque não me impediu de namorar o Naruto-kun? Porque? Eu... Enganei-me em relação aos meus sentimentos, Kiba-kun. O meu amor estava bem a minha frente, e eu não o vi. – Levantei meu rosto para olhar para o mesmo, que tinha uma expressão assustada, mas já me olhava nos olhos – Droga, Kiba-kun. Eu te amo.

Eu disse tudo isso sem um gaguejo qualquer. O “Eu te amo” sem nenhum gaguejo. Eu estava crescendo. Estava amadurecendo.

Kiba sorriu. Sorriu como eu não via há tempos. Tomou-me pelos braços, e me beijou. Eu correspondi, ainda que fosse delicado. Senti que enquanto me beijava, uma gota de lágrima caiu em minha boca. Ele estava chorando. Parei no mesmo instante.

Ele olhou-me, confuso.

-         Chorando? – perguntei, rindo – você é um homem, não pode chorar por uma coisa dessas!

-         Que injustiça... – começou ele, e pegou-me no colo. Eu ri – Homens também tem coração, sabia? Homens também têm sentimentos. Homens também amam.

Sorri.

-         Então espero que esse homem me ame.

Ele assentiu. Ouvimos o sinal bater, e saímos correndo, apressados. Eu estava surpresa. Parece que foi só a deixa de Naruto terminar comigo, para eu correr para os braços de quem eu realmente gostava. Eu sabia o tempo todo qual o menino era dono do meu coração. Só não admitia para mim mesma.

Ao entrarmos na sala, todos olharam para nós, assustados. Ino lançou-me um sorriso contagiante. Tenten e Sakura não estavam lá, mas eu sabia que as duas elogiariam-me depois. Vi Naruto sorrir para mim também. Ele sempre soube a verdade. E, quando vi um olhar apaixonado sair dos olhos de Naruto em direção a mesa ao meu lado, não tive dúvidas em saber porque Naruto tinha terminado comigo.

Sentei-me ao lado de Sasuke, e sorri para o mesmo.

 


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Notas finais do capítulo

e então? Desculpem-me quem não gosta de SasuNaru, e é o único casal yaoi que eu gosto, mas... hum, surpresas surpresas, não é? KK.