O Universo a Nosso Favor escrita por Ledger


Capítulo 17
Dezessete: Parte l - O florescer de Hinata


Notas iniciais do capítulo

então gente, o capítulo 17 eu dividi em duas partes. Essa primeira parte não nada muito importante, mas o final é bem importante. Gostaria também de parabenizar a Carola-chan, feliz aniversário! Que você seja muito feliz.
A segunda parte do capítulo é mais importante, mas não se foca no casal NejiTen. Espero que gostem.Ah, e sem falar que tem a aparição de uma nova personagem, de minha criação, que no caso, eu adoro; Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/82200/chapter/17

Fiz os exames.

Fiz os exames encharcada.

Mas isso não vem ao caso.

O caso é: Depois de uns três dias, o resultado do exame saiu.

Anemia.

Eu teria de tomar uma porção de remédios. Minha mãe brigou feio comigo, assim como meu pai.

E Neji.

Eu não estava com humor para ouvir sermões; afinal, eu tinha acabado de descobrir que  estava doente.

Não que a anemia era grave que nem câncer. Mas, se você não se cuidasse...

...Bye bye.

Tive que começar a comer alimentos que possuíssem muito ferro, além de ter que tomar muitos compridos e injeções.

Não foi uma experiência muito boa, mas nada que me impedisse de ir a escola.

Era assim: ia para a escola, chegava em casa e me tratava. E, nos casos de terças e quintas, eu saía à noite para ir ensaiar o teatro.

Sim. Eu havia topado participar do grupo.

Estudei sobre Shakespeare e sua peça, A Tempestade. Descobri que era considerada sua última peça antes de morrer.

Achei interessante. Tirando o fato de que eu era um homem.

O jovem Ferdinando, apaixonado pela jovem Miranda.

Os ensaios iam bem. A menina que interpretava Miranda ensinou-me truques legais de cenas de amor – ela entendia bastante do assunto.

E, assim, comecei a me dar bem no teatro.

Ensaiávamos muito, duas horas por dia. Às vezes eu achava enjoativo, mas era preciso. No final do ano teríamos a apresentação.

Certo dia, voltando do teatro, resolvi passar no Nicky’s, lugar que eu não freqüentava desde aquela época. Eu ia muito lá com Chihiro, então o lugar era muito nostálgico para mim.

Entrei pela porta laranja. Sentei-me, e bufei. Meu dia tinha sido chato e sem graça. Tirando os ensaios do teatro, eu não tinha feito mais nada além de tomar remédios.

-         TenTen? É você?

Olhei para trás. A menina punk que eu tanto conhecia sorria para mim. Chihiro ainda possuía os mesmos cabelos castanhos com as pontas avermelhadas. Era incrível como não mudara nada, e como continuava incrivelmente baixinha.

Eu não sabia se estava feliz ou não de reencontra-la.

-         Oi, Chihiro.

Ela abriu um sorriso enorme, e me abraçou. Sendo assim, levantei e retribui o abraço. Apesar de ter conhecido Chihiro por um caminho não muito legal, eu tinha tornado-me amiga dela. Mas não pensei que fosse vê-la de novo.

-         Como está? – perguntou-me – e as...?

-         Parei – respondi apressadamente. Ela riu, e bateu na minha mão.

-         É isso ai garota. É assim que se faz.

-         Você também...?

Ela assentiu. Parecia estar super feliz.

Lanchamos. Ela contou-me que depois que parou com as drogas sentiu-se mais leve. E que resolveu se dedicar aos estudos, e tinha conseguido passar na prova do colégio Matsuda.

-         Tenho um amigo que estuda lá – informei-a, e ela perguntou-me quem.

-         Yamamoto Usui – respondi-lhe.

Ela caiu na gargalhada. Reparei em suas unhas. Pretas e com caveiras. A mesma usava uma saia de prega preta e mais meias até os joelhos , uma maquiagem forte e luvas até os cotovelos, e que deixavam seus dedos a mostra. Eu não sabia definir se Chihiro era algo como Gothic-Lolita ou emo.

-         Conhece ele?

-         Ele é da minha sala – ela parou de rir, e deu um gole em seu refrigerante – mas eu sempre o achei idiota. É metido a rico, sabe.

Quando terminamos de lanchar, fomos andando para minha casa. Contei a ela que Usui tinha chamado-me para sair, mas eu não pude ir no dia, pois tinha acabado de descobrir que estava doente. Ela riu da atitude do mesmo, e disse para eu não dar confiança. Trocamos celulares – eu teria vontade de revê-la. Quando chegamos em minha casa, despedi-me. Ela deu-me um abraço, e sumiu em meio às sombras.

 

Quando cheguei em casa, pensei em tudo o que tinha acontecido nos últimos dias. A doença, os remédios, Chihiro aparecendo de surpresa...E aquilo. Aquilo que eu não sabia explicar direito porque aconteceu. Eu começava olhar de um jeito novo para o Hyuuga... Um jeito mais carinhoso, afetivo.

E eu não queria, em hipótese nenhuma, sentir isso.

Dormi tensa.

 

Como consegui acordar bem, é um mistério. Levantei-me sonolenta e me dirigi ao banheiro. Lavei o rosto, e escovei os dentes. Depois de vestida com o uniforme, desci as escadas e tomei café. Fui para a escola. Na porta, encontrei Neji. Tentei me esconder, mas não adiantou muito.

-         O que está fazendo atrás de um arbusto, Mitsashi?

Bufei. Ele havia me descoberto.

-         E-e-e-e-estou brincando de... Ahn, pique-esconde.

Ele franziu o cenho.

Levantei-me de detrás do arbusto. Não conseguia olha-lo nos olhos, então resolvi passar direto. Mas ele segurou meu braço.

-         Porque está agindo assim?

Senti meu rosto ferver. O que estava acontecendo comigo, céus? Olhei para o mesmo. Ele tinha o cenho franzido, mas mesmo assim estava... Brilhando. Em minha visão ele estava... Lindo.

O que eu disse?

-         A-a-agindo como? – perguntei, receosa. Eu sabia que estava agindo estranhamente, mas estava tão na cara assim?

-         Assim – respondeu-me ele – está tremendo.

Olhei para minhas mãos e braços. Eu realmente estava tremendo. Desvencilhei-me dele.

-         Eu só estou com um...Tique nervoso.

Ele não pareceu acreditar muito, mas ignorou.

Fomos andando para a sala. No caminho, encontramos Sakura. Pulei na mesma.

-         Tchau, Neji – eu tinha de me despedir logo dele.

-         Vamos para a mesma sala – respondeu-me, como se eu fosse burra.

-         Ah é né – fui caminhando em sua frente com Sakura, e ela perguntou-me se eu estava bem, tirando a anemia. Eu disse que sim, só estava...Nervosa com a prova de hoje.

-         A prova é amanhã – disse-me a mesma, rindo – o que deu em você, TenTen?

-         Não sei – admiti.

Continuamos andando, até chegarmos a sala. Vi que tinha um alvoroço em frente à mesma, e bufei. O que poderia ser dessa vez? Quem tinha caído na porrada?

Ao chegar na sala, a visão que tive foi surpreendentemente estranha. Chihiro e Usui se encontravam na mesma, discutindo.

-         Duvido que a TenTen tenha sido amiga de uma estranha que nem você... – tinha dito Usui, nervoso. Chihiro tremia de raiva. – olha só para você. O que está fazendo aqui? Vá embora cortar os pulsos.

-         Urgh... Cuidado com suas palavras, seu rico idiota – tinha dito Chihiro. A menina vestia o uniforme do colégio Matsuda, assim como Usui, mas com algumas modificações. Usava meias listradas de verde limão e preto até os joelhos, e seus cabelo estavam presos, de modo que seu brinco em formato de cruz ficasse visível. Sua maquiagem estava forte como sempre.

Os dois prolongaram uma discussão enorme, falando se eu devia ser amiga de um ou amiga de outro. Mas que merda. O que os dois estavam fazendo aqui?

-         O que está acontecendo aqui? – perguntei.

Os dois cessaram. Chihiro olhou para mim, e sorriu.

-         Estava passando por aqui para ir para a minha escola, e lembrei-me de você. Resolvi te dar um oi, mas você não estava, então alguns meninos convidaram-me para entrar. E, dentro, encontrei isto. – ela apontou para Usui.

-         E você? – perguntei.

-         A mesma coisa – ele bufou.

-         Vocês nem estudam aqui, então, por favor, poderiam ir embora?

Os dois ficaram encarando-me. Eles realmente não tinham noção de nada do que faziam.

-         Bom... – começou Sakura, sorrindo – eu sou a Presidente do Conselho Estudantil, então gostaria de pedir gentilmente que fossem embora, afinal nossas aulas vão começar agora. Mas, se quiserem voltar mês que vem... Teremos o Festival Escolar, no qual teremos uma apresentação da escola para quem quiser entrar na mesma, vamos ter apresentações do grupo de teatro e música, e assim, poderão comparecer.

Os dois ficaram perplexos com a simpatia da menina, e assentiram. Saíram da sala sem mesmo despedir-se de mim. Não liguei. Eles tinham conseguido arranjar tanta confusão, que para mim estava ótimo que fossem embora.

-         Esses dois... – disse Sakura, sorrindo – ainda casam.

Assenti. Entrei na sala de aula, e resolvi esquecer essa pequena confusão. Eu já sofria muitas no dia-dia.

A aula passou-se rápida, como sempre. Hora do almoço. Fui em direção a mesa das meninas, e vi que Hinata tinha um semblante triste.

-         O que houve? – perguntei. A menina dos olhos pérola encontrava-se abraçada com Ino, que lhe afagava a cabeça – aconteceu alguma coisa?

-         Sim – respondeu Ino, e vi que a mesma também estava triste.

-         O... O que?

-         Naruto terminou com ela – disse Ino, bufando. Hinata pareceu encolher-se mais ainda quando Ino disse.

-         O que? Porque?

-         E-e-eu não sei – respondeu dessa vez, Hinata. Saiu do abraço de Ino, e tomou uma expressão decidida. Nunca tinha visto a mesma assim – creio que foi por causa do Kiba-kun, e se for por isso, tenho feliz que ele tenho realizado este fato.

Eu e Ino estávamos de boca aberta. Então Hinata admitira seus sentimentos por Kiba? E... Ela estava feliz porque Naruto tinha terminado o namoro?

-         Ei, Hinata, mas a um segundo atrás você...

Ela levantou-se da mesa. Estava decidida.

-         Eu já volto. Vocês esperem aí.

Nem eu nem Ino levantamos. Estávamos pasmas.

Hinata havia florescido.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o que acharam? hihi