A noite já reinava em uma rua qualquer de Washington.

Para um grupo da SWAT, a noite tinha cor de sangue.

-Águia um em posição – ouvi Scott pelo interfone preso ao seu ouvido.

-Águia dois também em posição – informa ele ajeitando a mira do rifle

Estavam nas imediações de uma mansão. A ordem que receberam foi que deveriam matar Adam e quem houvesse na mansão.

Agora estavam em ótimas posições. Bastava apenas que apertassem os gatilhos para finalizar a missão.

Scott respira fundo e ajeita o rifle para atirar.

Já tinha matado inúmeras vezes, essa seria apenas mais uma que ele logo esqueceria.

-Águia dois pronta para atirar? – indaga seu outro companheiro pelo interfone

-Sim – confirma ele

-Muito bem, avançar agora – ordena Águia um.

Scott murmura assentindo, ajeita sua mira para os seguranças em seguida aperta o gatilho.

Os dois corpos desabam criando ao seu redor uma grande poça de sangue.

Scott ajeita o rifle no ombro, ouvi seu companheiro abrir a porta e entrar na casa.

Scott apenas lhe daria cobertura e acabaria com quem entrasse no seu caminho.

Logo encontram Adam em sua biblioteca, seu companheiro o agarra pela camisa e com um Glock apontada para testa dele pergunta:

-Quem mais está na casa?

-Apenas eu – gagueja Adam

-Quem? – pressiona ele encostando a pistola na testa dele

-Papai? – indaga um menino

Todos voltam seus olhares para ele que estava chocado.

O companheiro de Scott volta seu arma pra ele.

-Jake – diz Scott – Ele é uma criança.

-A ordem foi clara – o lembra Jake – Todos que houverem na casa sem exceção.

-Ele é uma criança! – repete Scott

Adam tentando se aproveitar da discussão afasta-se só que acaba por receber um chute no estomago proveniente de Jake que o olha irritado antes de se voltar para Scott.

Adam ajoelha-se levando as mãos à barriga tossindo. A criança grita, Jake volta sua pistola para ela quando ia atirando Scott desvia sua mira para cima.

Neil assobia ao ver como as coisas tomaram um novo rumo.

Todos estavam no telhado da casa mais próxima da mansão tendo uma boa visão do que ocorria na biblioteca.

-Isso é terrível – murmura Nicoly com lagrimas descendo de seu rosto

-Que humana mais sensível – resmunga Minerva

Hans retorna seu olhar para Scott e Jake que brigavam.

Humanos são tão impulsivos.

-Não sei que decisão vocês vão tomar, mas aquilo deve parar – diz Lautner.

-Espere Lautner – diz Denzel – Não se deve intrometer nesse assunto.

-Você afora ver isso não é? – indaga ele o olhando

-Dá pra se decidirem logo!- exclama Neil

-O nome daquele humano é Scott não é? – indaga Pandora o olhando

-Sim – confirma Maria pesarosa

-Ele é de vocês – diz Kros olhando os anjos

-E os outros? – indaga Roxie – Adam e Jake?

-Jake é nosso – diz Lilith –Adam, acho que os colaboradores decidem.

-Não se sabe nem a causa para ele ser morto – diz Nicoly

Lilith trinca os dente.

-Ah não! – exclama Maria surpresa

Todos voltam seus olhares para Scott que havia sido atingido no ombro

-Vou dar um jeito nisso – diz Lautner pulando para o chão

Nathaniel o pega levantando vôo em seguida.

-Eu cuido disso – disse Minerva os seguindo

Neil assobia e diz:

-Incrível.

Allen e Ana a olham de maneira estranha, mas logo retornam seus olhares para a casa.

Scott sente vertigem por conta da perda de sangue, está surpreso com o comportamento de Jake. Apesar de ser a primeira vez que o via não presumia que ele fosse tão cruel a ponto de apontar uma arma para uma criança muito menos que fosse atacá-lo.

Bloqueia o chute de Jake com seu cotovelo, o acertado na canela.

Jake coxeia mãos logo avança contra Scott para acertá-lo no rosto.

Lautner segura sua perna antes que acertasse Scott. Jake tem tempo apenas de ficar surpreso por um segundo antes de Minerva tomar-lhe o corpo.

-É estranho – comenta ela massageando o pescoço

-Está tudo bem, querido – diz Maria aparecendo ao lado da criança passando seus braços ao redor dela.

Adam levanta-se, abri a boca, mas não emiti som algum. Cai morto por Neil que tinha ao seu lado Hans.

-Por que? – pergunta Lautner a olhando surpreso

-Eles decidiram assim – responde ela colocando sua luva novamente

-Vamos terminar com isso – pedi Hans os olhando

Todos assentem

Maria pega a criança e a faz dormir em seus braços sonhando o melhor sonho que pudesse ter.

Scott respira com dificuldade enquanto Lautner curava seu ferimento.

Senti que a dor aos poucos ia sumindo.

Não consegue entender o que aquelas estranhas pessoas falam.

Sente sono, mas não queria fechar os olhos.

-Leve-o – ouvi alguém dizer

Logo sem seguida sente que esta sendo colocado nos braços de alguém, em um rápido clarão da lua, vislumbra-os, sorri tolamente em seguida dorme.