Lilith olha enquanto caminha por um beco, os humanos que ali estavam.

Nenhum deles era capaz de vê-la, ainda. Estavam sendo sentenciados á viverem com a culpa de seus erros.

Lilith encaminha-se rumo á um morador de rua que dormia profundamente.

Olhara a vida daquela pobre alma maléfica. Quantas maldades fizera aquele homem pra conseguir o que quer? Quantos litros de sangue ele já não derramou?

Lilith estende sua mão pra ele, fazeria com que a morte fosse á mais agonizante possível.

-Esse não – diz Hans segurando seu pulso

Lilith o olha aversiva. Por que ele tinha que interferir?

-Ele é culpado – diz ela solene

-Culpado por brigar para se manter vivo? – indaga Hans cético

-Esse é o resultado de ser egoísta – diz Lilith ríspida

-O considero inocente, tal qual as crianças que você vê – diz Hans solene.

Lilith ri com escárnio. Aquele humano inocente?

-Faz-me ri ruivinho – ela livra-se do aperto de Hans – Esse humano é culpado sim. Quer alguém melhor que uma ceifera para confirmar isso?

-Já ditei que ele é inocente, não vê que não passa de uma alma desamparada que busca em nós sua salvação?

-E que os xinga, os renega, é realmente uma alma desamparada – diz Lilith com desdenho.

Hans a olha. Nicoly aparece no beco os via, ao mesmo tempo em que via algumas pessoas começarem á acordar.

Hans volta seu olhar para ela que ao ver aquele mar verde estremeci.

Anjos eram tão perfeitos.

Lilith volta seu olhar para Nicoly, trinca os dentes, aquela humana tinha uma cara irritante.

Nicoly engoli em seco ao ver a raiva estampada no rosto dela.

O julgamento tinha começado e agora ao que parecia a primeira discussão também.

Lilith avança rumo á ela que recua um passo amedrontada. Lilith á cada passo ficava visível aos olhos humanos.

Ela pega o pulso de Nicoly e a arrasta dali, não antes de lançar um olhar do tipo “Me siga” para Hans.

Este abri suas asas e levanta vôo às acompanhando não se importando com os poucos humanos que viram Lilith se materializar.