Sete Vidas escrita por SWD


Capítulo 21
vida 3 capítulo 4




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Já fazia doze horas desde que fora jogado nesta realidade alterada e ainda lembrava como as coisas deveriam ser. Isso era bom. Mas sabia que não era exatamente o mesmo. Sentia as coisas de forma diferente. Seria mentira dizer que passara a noite pensando exclusivamente em Sam JO Harvelle. Kyle teimava em ocupar espaço em seu pensamento.

Tinham jogado 5 partidas. Trocaram poucas palavras, quase todas relacionadas ao jogo. Sob o olhar contrariado do amigo de Kyle. O tal de Owen. A namorada ficou na mesa com o outro amigo, um tal de Mark, mas, a cada 10 minutos, vinha manifestar sua contrariedade. Era acalmada com um selinho e a promessa que aquela seria a última partida.

Até aquele momento, o alarme vermelho ainda não tinha disparado. Dean ainda podia se enganar fingindo que nada estava acontecendo. Chegara no bar, fora jogar sinuca, conhecera um sujeito legal com uma namorada linda e estava se divertindo. Simples assim. Há muito tempo não se sentia tão leve.

Dean parecia ter esquecido que o motivo de jogar sinuca era conseguir algum dinheiro. Era assim que conseguia se manter. Mas o que estava fazendo era nivelar seu jogo de profissional ao jogo medíocre do belo capitão de time de football, alongando desnecessariamente o jogo para mantê-lo perto de si. Por mais de uma vez, deixara a bola da vez em uma posição fácil, só para vê-lo sorrir quando acertava uma jogada.

Achava as intervenções de Ashley, a irritante namorada, irritantes, e já antipatizava profundamente com ela, mas ela estava lhe dando a oportunidade de olhar com calma para cada detalhe do rosto de Kyle sem atrair suspeitas. Kyle era extremamente bonito. Uma beleza completamente diferente da de Sam. Kyle era louro de olhos azuis e tinha praticamente a sua altura. Era mais novo. Parecia ter a idade de Sam. Era esportista e dava para imaginar o corpo fantástico que tinha embaixo de toda aquela roupa.

Quando percebeu que começara a fazer conjecturas sobre os dotes do capitão, constatou que não restara nada do velho Dean. Mas não amaldiçoou o Trickster desta vez. Naquele momento, só conseguia pensar em encontrar uma maneira de ficar a sós com o rapaz e conferir suas medidas.

Mas já era quase meia-noite e aí não era só a namorada. Os amigos também começaram a fazer pressão para que acabassem logo o jogo. Kyle se despediu com um simples VALEU, e saiu, com Ashley dependurada nele.

Dean acompanhou com os olhos o grupo de afastando, sem perder de vista um segundo sequer o belo traseiro do capitão.

Respirou fundo, frustrado, mas disposto a aumentar a aposta.

Afinal, ele era ou não era um caçador?

 

 

Quando Dean finalmente adormeceu era quase manhã. Acordou perto do meio-dia. Sam não estava no quarto. Melhor assim. Apesar de toda a sua ansiedade, estava adiando o momento de ligar para o pai. Tinha medo de não segurar a emoção. Mas, principalmente, tinha medo de ouvir o que ele tinha a falar de Sam.

Sabia, no entanto, que precisava encarar aquela situação de frente.

- Filho?

- Sou eu, pai.

- Está bem? E aquele demônio? Está com você?

- Não neste minuto, mas SIM, SAM está comigo.

- Afaste-se dele para seu próprio bem. Vou fazer o que for necessário para acabar com a aberração que matou sua mãe.

- ?!?

- Mesmo que seja necessário ferir você, filho.

- Só queria que soubesse que tenho muitas saudades de você, pai. Te amo.

- Também amo você, filho.

Sam MATARA sua mãe? Ficara chocado quando escutara o pai dizer, mas não surpreso. Considerara essa possibilidade. Entre mil outras coisas. Passara a noite fazendo conjecturas, enquanto observava Sam dormindo na cama ao lado. Dormindo, parecia o mesmo Sam de sempre. O seu irmão. O irmão que amava. Não esse demoníaco Sam HARVELLE que matara sua mãe e que seu pai queria ver morto.

Dean, ainda estava com o celular na mão, pensando na conversa que acabara de ter com o pai, quando se dá conta de uma presença atrás de si.

- Como foi falar mais uma vez com o papi? Está me devendo esta, Dean.

- Trickster.

- Calminha. Sem violência. Vim aqui só para conversar. Como amigo.

- Você não é amigo de ninguém.

- Está enganado, Dean. Tanto sou seu amigo que vim lhe avisar. Antes da meia noite de amanhã, seu pai, John Winchester, vai morrer.

- Seu FDP. O que está tramando contra o John?

- Eu, nada. John Winchester vai ser morto por um demônio. Vim avisá-lo para que tenha a chance de salvá-lo. Pode salvá-lo matando o demônio antes que ele mate seu pai.

- Se quer mesmo ajudar, me diga como eu faço para encontrar esse demônio.

- Vai ser muito fácil encontrá-lo. O demônio atende pelo nome de Samuel Harvelle.


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