Life escrita por Razi


Capítulo 41
XLI


Notas iniciais do capítulo

*Assobio*
41 cap.!
Tenho um outro aviso a dar a fic não passará dos 60 cap.
Tá parece muito, mas estou apenas fazendo uma estimativa. É mais provavel que ela chegue apenas no maximo á 52 cap.

Enfim sem mais enrolações, curtam o ultimo cap. e se possivel deixem reviews.



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-Vamos nerd – disse o puxando para dentro do shopping

Tinha que terminar a parte física que faltava apenas o cabelo.

-Fala uma coisa Oliver – disse o largando – Qual foi a ultima vez que seu cabelo viu um pente?

-Acho que seis anos atrás – respondeu ele numa naturalidade que me impressionou

O olhei surpresa.

-Você acredita fácil nas coisas – debochou ele

Fiz uma careta enquanto via um salão.

-Hora de mudar o cabelo – disse o puxando para dentro

-Oie – protestou ele

Ao entramos todos nos olharam curiosos.

Uma mulher magrinha e baixinha veio até nos.

-Olá, em que posso ajudá-los? – perguntou ele nos olhando

-Ele precisa de um corte novo – respondi o empurrando para frente

A mulher o olhou maliciosa.

Não acredito que ela vai dar em cima dele?

-Por aqui garoto – disse ela com um sorriso bastante largo

Os dois logo se afastaram e foram para a outra sala.

Me sentei no sofá marrom e peguei uma revista, apenas para passar o tempo.

Realmente tentei ficar lendo revistas de fofocas e ver as novas tendências de roupas, só que minha mente queria estar focada na tentativa de entender o que ocorria entre Oliver, Hisaki e Justin.

Coisa boa não era disso eu estava certa.

Mais do que poderia se tratar?

Poderia tentar arrancar de Justin enquanto ele berraria comigo, ou então poderia pedir que as meninas descobrissem pra mim.

De qualquer jeito iria saber porque o trio estava tão estranho.

Voltei meu olhar para a outra porta.

Oliver simplesmente estava mais que lindo, maravilhoso.

O corte lhe cairá como uma luva, ressaltava demasiadamente os olhos verdes que tanto adorava.

Peraí. Acabei de pensar que adorava os olhos do Oliver?

Acho que bati minha cabeça em algo e não percebi.

-Vamos? – indagou ele me olhando nos olhos

Me levantei e segui para a porta.

Lembre-se Lily vocês deram uma trégua.

Uma trégua que não sei se durara muito.

-Por que está de cara amarrada? – perguntou ele ficando ao meu lado

-Idiota – resmunguei – Ainda tem coragem de perguntar?

-Não me lembro de você ser curiosa – retorquiu ele

-Do que mais você não se lembra? – rebati, não estava com vontade de levar desaforo pra casa.

-De que você fosse tão teimosa – respondeu ele passando a mão no cabelo

-Sempre fui garoto – disse com sarcasmo

-Quer comer algo? – sugeriu ele

-Estou sem fome e antes que me pergunte sem sede também – respondi irritada – Quero ir pra casa, meu dia está bom demais para se continuar.

Ele suspirou ao meu lado.

-Se eu te contar algo, promete desfazer essa cara de demônio? – propôs ele

Voltei meu olhar pra ele.

-Não devo ter escutado direito – disse seca

-Pare com isso. Lily – pediu ele

Dei de ombros enquanto me encaminhava para uma mesa.

-Muito bem irei ouvir o que tem á me dizer – disse ajeitando meu cabelo enquanto me sentava.

-É impressionante como seu linguajar muda se quiser – disse ele com um meio sorriso

-Não me interessa sua opinião – retorqui azeda

-Sei que fala isso da boca pra fora, por isso não me importo mais – disse ele sentando-se – Ao contrario, tudo que digo te afeta demais.

-Rá – disse colocando meu cotovelo na mesa apoiando meu queixo – Não seje tão arrogante.

-Sou isso mesmo? – indagou ele debruçando-se na mesa

O mar verde estava perto demais de mim.

Toquei meu indicador na sua testa o fazendo recuar.

-Não se aproxime demais – pedi ríspida – Não gosto que se aproximem de mim dessa maneira.

-Menos Giovanni não é mesmo? – rebateu ele

-Posso dizer o mesmo da Amber – devolvi

-Amber é apenas uma velha amiga – disse ele

-Não pedi por explicações – retorqui – Além do mais você conhece gente demais naquela escola, melhor maioria das pessoas do terceiro ano te conhecem.

-Pelo simples fato de que estudamos no primeiro ano juntos – esclareceu ele com uma naturalidade que me pareceu falsa.

-Não só são apenas o do terceiro ano que te conhecem, maioria dos alunos também – acrescentei.

-E por que isso te incomoda? – perguntou ele me encarando

-Não me incomoda – respondi, não tão certa dessa afirmação – Apenas fico chateada por todos serem tratados tão amavelmente, saberem de coisas de você que não sei, que não posso saber.

Levei minha mão a boca. Tinha falado demais.

Ele me olhou opaco. Aquele olhar gélido.

O pior olhar.

-Você acha mesmo que eu te trato diferente? – indagou ele estreitando as sobrancelhas.

Ergui uma sobrancelha.

-Realmente te trato diferente pelo simples fato de ser uma garota irritante e prepotente que ainda por cima tem a petulância de se meter nos assuntos alheios. – disse ele opaco

Senti como se algo atravessasse minha garganta.

Me levantei e sai de perto dele.

Não queria ver mais sua presença. Era tão negra densa demais para que eu pudesse agüentar seus insultos.

Sai do shopping sem notar nada que houvesse na minha frente.

-Aonde pensa que vai? – indagou a maldita voz do Oliver enquanto me segurava pelo pulso

-Para casa – disse opaca enquanto me soltava

-Te levo – disse ele me puxando para seu carro

Olhei ele por suas costas.

A postura dele era autoritária ao mesmo tempo em que me criava uma sensação de segurança que só tinha quando estava ao lado da minha família.

Também meu pai é um executivo que sabe conseguir o que quer com palavras ao mesmo tempo em que sabe colocar tudo no seu lugar com um olhar assustador.

Minha mãe é uma promotora que por natureza tem um ar de assustadora, assim sendo me colocava muita segurança estar ao seu lado.

Agora Justin tinha a imposição de papai de maneira que acabava acatando seus pedidos. Além do mais o amo, não faço quase nada que o aborreça.

Tal como posso bem notar sou a única que não tem esse ar de intimidadora.

Sou a única que engole a raiva, que deixa as piores injurias passarem, que deixa que lagrimas apareçam em meu rosto.

Sou a única que é tachada de prepotente, arrogante, egocêntrica.

Tudo por que me acho linda?

Tudo por que vivo do jeito que me dá na telha?

Tudo por que não ligo pelas coisas que estão a minha volta?

Ah! Francamente estou parecendo uma emo com esse tipo de pensamento!

Nada contra, não sou de apontar meu dedo e dizer que não gosto do estilo disso ou daquilo.

Sou de aceitar a realidade, mas não tenho sangue de barata em certa ocasiões.

-Entra – disse Oliver

Voltei então meu foco para meu presente e para o monumento grego que acabei de criar.

Girei em meus calcanhares e me afastei dele.

Não havia necessidade de ficar com ele.

Do que me adianta fazer tudo isso?

Nada, praticamente nada.

-Lily – disse ele parando o carro ao lado

O olhei de soslaio.

-Por que não me larga de mão? – perguntei ríspida

-Porque seu irmão me mataria – respondeu ele serio

-Talvez ele não precise sujar as mãos com lixo – retorqui azeda

-Você não está acostumada á ouvir a verdade não é? – indagou ele sereno

-Uma verdade que nem sei se é absoluta – rebati

-Talvez o que ocorra é que você não entende – refletiu ele

-Grande coisa – disse com sarcasmo

-Quando parar com essas atitudes de criança me avisa tudo bem? – indagou ele engatando a segunda marcha.

Suspirei e entrei no carro.

-Nem sempre fui assim – disse ele enquanto saímos do shopping

Voltei meu olhar pra ele.

-Já presumia isso – disse seca

-Você não entendeu – disse ele com um meio sorriso – Já fui popular, já tive no meio daquelas rodinhas de garotos do time de basquete, dos descolados.

Arregalei os olhos.

Disso sinceramente eu não sabia, nem sequer imaginava.

-Como é que é? – balbuciei

-Sei que não é surda – respondeu ele – Minha vida é complicada Lily, muito complicada.

-Talvez não seje – refleti – Para nós nossa vida é complicada, tediante, cheias de coisas insuportáveis, só que outras pessoas que vêem com olhos frios não é nem um pouco.

-Pela primeira vez falou bonito – zombou ele com um rápido sorriso

-Você realmente me odeia não é? – indaguei voltando meu olhar para janela

-Odeio esse jeito de ser – disse ele – Mais de vez em quando sabes ser amável e gentil.

-Vida de água e óleo – filosofei

-Realmente está dando uma de filosofa agora – disse ele com escárnio

-Valeu – agradeci com ironia

Ele apenas sorriu sem humor.

-O que houve entre você e o Hisaki? – perguntei num tom indiferente

-Muita coisa que não precisa saber – respondeu ele evasivo

-Custa muito me dá uma resposta clara?

-Custa mais do que você pensa.

-Pelo visto não foi uma boa coisa – refleti

-Tem razão nisso – concordou ele – Outra hora eu te contarei, eu acho...

-Ah você ainda acha que vai me contar – disse com escárnio – Que ótimo, não?

Ele me reprovou com o olhar. Fingi não notar.

Foi então que percebi que tínhamos chegado.

Suspirei enquanto me voltava para pegar minha bolsa. Nisso o rosto dele ficou pertíssimo do meu. Que cheiro era o dele.

Controle-se Lilymer. Você não deve se importar com ele, não deve se interessar por ele.

Ele entregou a mim minha bolsa depois saiu do carro vindo abrir a porta pra mim.

-Quanto cavalheirismo – disse com um leve sorriso sarcástico

Ele apenas sorriu sem humor.

Dei-lhe um beijo no rosto.

-Nos vemos depois – disse me encaminhando para casa

-Lily – ele me chamou

Me voltei para ele que tinha uma expressão hesitante no rosto.

-Seja lá o que queira falar, talvez consiga amanhã quando eu for te ajudar de manha – tentei ajudar – Não se arrume sem mim.

Ele sorriu e assentiu com a cabeça.

Dei um tchau pra ele e em seguida entrei.

Agora tinha um leão para enfrentar.

 


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Notas finais do capítulo

Até mais.
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