H.h escrita por Rikuu


Capítulo 26
Capítulo 26 - 1943 e uma Pequena História I


Notas iniciais do capítulo

Para melhor entendimento das minhas histórias confusas, se lembre dos cientistas Faraday Salamargo e Harry Truman, dos capítulos: 3/14/15



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[1943年リトル履歴 I]

Capítulo 26 – 1943 e uma Pequena História I

 

 

 

 

 Antes de começarmos nossa história, eu, sincronia, irei me explicar. Basicamente eu sou a capacidade que cada pessoa tem em sincronizar-se e absorver a energia ao seu redor. Geralmente a maioria tem apenas o essencial para viver, mas com um pouco de treino, se pode melhorar isso. Por exemplo, o principio de ativação das armas da O.H.D se baseiam em sincronizar, para acumular energia e ativá-las, a única fonte de energia são os usuários. O projeto H.H se baseia em quebrar os limites humanos de sincronização, mas são poucos que aguentam e a maioria morre no processo. É ai que nossos dois irmãos entram, os únicos que agüentaram e se tornaram “evoluídos”.

 

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 Era verão de 1943, ninguém imaginava que daqui dois anos, aquele inferno chamado guerra cessaria. Em um dia chuvoso, dois irmãos, um casal, tentavam fugir da cruel realidade.

 

 — Podíamos imaginar que os aviões são grandes pássaros e... *Plof* A garota tropeçou em um corpo.

 

— Pare de imaginar idiotices, Stella, você já tem 15 anos. Disse um garoto alto, magro, com cabelos curtos, arrepiados e grandes olhos cinza.

 

— E qual é o problema? Você também tem 15 anos e nunca beijou uma menina, Kirk. Não acha que isso é pior do que ficar imaginando coisas?

— Maldita! Não toque em um assunto delicado.

 A garota em questão tinha os mesmos cabelos negros de seu irmão gêmeo, a pele mais branca do que ele e as mesmas bolas de cor cinza. Ela se sentou no meio de uma elevação no extremo descampado verde, cercado por corpos e destroços e continuou olhando para o alto, tentando esquecer aquele terrível cenário.

— Hei Kirk, quando acha que a guerra vai acabar?

— Quando eu acabar com ela, Stella.

 Ela se segurou para não rir. — E como prentede fazer isso?

 O garoto se aproximou da irmã e apontou suas mãos para ela, começando a erguê-las. Stella começou a flutuar, parecendo ser controlada por cordas invisíveis.

— Pare de brincar com isso! Qualquer um pode fazer!

— Não Stella! Só nos podemos, somos especiais!

— Que seja. Não gosto de usar isso, foi assim que fizemos essa chacina, com certeza isso não é bom.

— Já ouviu falar de questão de defesa? Ou eram eles, ou agente.

— Isso não importa, não use isso desnecessariamente, Kirk. Agora o céu não está bom, precisamos sair daqui e arranjar abrigo.

— Pelo menos um sinal de senso comum.

— Não me faça rir, Kirk. Não há senso comum nessa guerra.

 

 E assim, os dois seguiram para o cruel destino.

 

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 Kirk e Stella; Dois irmãos gêmeos; Austríacos; Judeus; Viviam na Alemanha por causa dos negócios do pai. Tiveram sua família morta na sua frente pelos “cães alemães”, especializados em farejarem judeus. O único fator que os ajudava a fugir e sobreviver era eu, a sincronização.

  Fazia uma semana que não parava de chover e os dois estavam trancados em uma pequena casa abandonada no meio do nada. Ouviam o marchar das tropas alemãs que ali passavam e evitavam sair, já que tinham mantimentos ainda comestíveis naquela casa, que fora abandonada por infelizmente se encontrar no campo de batalha.  Mas, o maldito estoque de comida estava acabando.

— Waah ~ Que fome. Stella, me dê um braço seu? Não sei se... *Toc* Uma fraca batida foi ouvida da porta. Os dois se olharam, procurando uma resposta nas grandes  bolas cinzas de cada um.

— Por favor... *cof* Me deixem entrar e comer al... *cof* Dizia uma quase inaudível voz do lado de fora. Stella levantou-se do seu canto empoeirado e se preparou para exterminar o inimigo. Kirk a segurou pela mão, esse foi o maior erro de sua vida.

— Nós sabemos como ele se sente, independentemente de quem for, é uma das maiores crueldades deixar alguém frágil sem comida ou abrigo.

 Stella hesitou um pouco, mas abriu a porta. Dela, um homem com a barba por fazer, magro, olhos azuis e cabelo um pouco longo e castanho claro, caiu quase sem vida. Esse homem era Harry Truman. A criatura que um dia parecera humano, mesmo que não fosse, rastejou e comeu como um animal.

— M-muito obrigado! Me perdi do meu grupo e fiquei circulando por aí por três dias, sem água nem comida. Eu realmente agradeço! Dizia ele, com lágrimas nos olhos.

 Kirk, repentinamente pegou o estranho pelo pescoço e pressionou sua cabeça contra o chão.

— Isso não interessa! O que interessa é: Quem é você? Da onde vem? E... Como deve nos retribuir o favor?

 O homem segurou o braço do garoto e parecendo ser empurrado pelo vento, Kirk voou para cima. No momento que viu isso, Stella tentou socar Harry, parecendo ser bloqueada por uma parede invisível.

— Não me subestimem! Ele apontou para a garota, que foi enforcada por mãos invisíveis.

 Kirk pulou de uma maneira estranhamente suicida em Harry, quebrando a barreira e o acertando em cheio com uma cabeçada no peito. O homem caiu no chão e disse:

— Acho que isso poderia ser chamado de cabeça dura... *cof* Essa doeu, desgraçado.

— Essa vai doer mais! Kirk ergueu o braço e o socou com sua monstruosa força, com intuito de estourar sua cabeça como uma melancia, mas foi parado por outra barreira invisível.

— Calma... Ninguém precisa perder a cabeça aqui! Disse Harry, assustado e ofegante.

— Por que deveríamos ficar calmos? Não temos nenhum motivo para isso. Disse Stella, ainda tossindo por causa do enforcamento. Harry levantou-se com dificuldades, limpou seu jaleco surrado, esboçou um sorriso maldoso no rosto e de uma maneira extremamente clichê, ajeitou seus óculos.

— Foi uma coincidência eu achar vocês aqui, meu grupo procurava por recipientes, mas parece que achei coisas mais interessantes...

— Me dê um motivo ou sua cabeça parte em dois! Gritou Kirk.

— Há um motivo para vocês confiarem em mim... Eu, em parte... Sou igual a vocês.

 

• • • • • • • • • •

 

 Um ano depois, em algum laboratório ilegal dos EUA, dois jovens cientistas paranormais e um casal de irmãos acolhidos pela guerra traçavam o destino do fim.

— *cof* Argh... Mesmo sabendo que vou viver mais do que a maioria da minha raça, isso é doloroso. Disse um jovem loiro e alto, com uma barba por e fazer e mesmo sendo jovem, era velho de espírito. Esse jovem era Faraday Salamargo, amigo cientista de Harry. Sua personalidade não combinava, sendo impulsivo e inteligente ao mesmo tempo, não tendo bons resultados.

— Desacelerar o envelhecimento das células, isso soa tão futurístico. Disse o alegre Harry. Ele era um tipo de gênio idiota que viva rindo e brincando, sendo inconveniente algumas vezes.

— Harry, por que usamos uma raça inferior para fazer esse experimento?

— Porque quando nossos ancestrais a criaram, acertaram em algo, a capacidade de evoluir. Não reclame, a O.H.D está nos financiando, e também, nós dois sabemos que estamos fazendo algo importante... E divertido. ~

— A O.H.D se juntando com outras raças? Pff. Debochou Faraday, Harry riu e respondeu:

— Nós todos temos um interesse em comum... Evoluir.

 

 

 

 

Capítulo 26 – 1943 e uma Pequena História I: Fim.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: Parte final dessa pequena história.