H.h escrita por Rikuu


Capítulo 25
Capítulo 25 - Dias Normais?


Notas iniciais do capítulo

Isso pareceu uma cópia dos primeiros capítulos. Que nostalgia... ç_ç



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[通常の日]

Capítulo 25: Dias Normais?

 O despertador tocou da mesma maneira irritante de sempre. Nishi esbravejou e o pegou, botando na boca, o engolindo de uma maneira estranhamente sobre-humana.

— Hey! Não coma porcaria! Esse ainda é meu corpo!

Sim... Ainda. S.N parecia não desistir de possuir Nishi.

  Levou alguns minutos para se arrumar e tocou a maçaneta. Ela se queimou na hora, parecendo ser feita de pó.

— Pare de brincar!

 A sombra parecia que ia importunar até que ele desistisse de seu corpo.

• • • • • • • • • •

 No trem, Nishi esbarrou em um grupo de garotas e “inconvenientemente” passou a mão nas coxas de uma.

— Kyaaa ~ Tarado!

 Ele sentou no banco com um lado do rosto vermelho por causa do tapa. Abriu a mochila e pegou a caixinha de remédios, engoliu inúmeros comprimidos, recebendo olhares estranhos.

— Vão pensar que eu sou algum tipo de suicida?  Que se dane, não preciso me... E ele adormeceu, entorpecido. Depois de algum tempo, levantou sua cabeça. Seus olhos estavam completamente dilatados, cor amarela e brilhantes, como dois botões de alguma camiseta.

Você se descuidou... Garoto...

• • • • • • • • • •

 Nishi corria ofegante em uma das ruas perto da estação. Sua roupa estava rasgada e seu rosto chamuscado. Atrás dele, o trem estava a alguns metros fora de seus trilhos, em chamas.

— Filho da Puta! Juro que te mato!

Calma... Não matei ninguém... Infelizmente.

— Infelizmente? Seu psicopata sem corpo!

— Não me ofenda! Foi só por diversão!

 Seu corpo não era mais seu. Desceu a rampa para o colégio quase caindo, chegou à frente do colégio, esbarrando em Taikou.

— Cara, você está diferente ultimamente... Será que é a puberdade? 

  Nishi o ignorou e seguiu correndo que nem um louco para sua sala. Quando chegou lá, esbarrou em Kurohime-san e agarrou descaradamente em seus avantajados peitos. Ela mudou totalmente seu olhar, mostrando sua verdadeira face.

— D-desculpa! Não f-fui eu... BLOARGH! Ele levou um soco em cheio na cara e voou para longe. Se levantou com o nariz sangrando, ignorou isso e voltou a sala com determinação.

— Espere! O que diabos você pretende fazer? Volte a dormir! Argh! — É para o seu bem, apenas cale a boca e veja!

 Abriu a porta abruptamente, foi até o lugar onde Mitsu estava, ignorou seu olhar assustado e pegou sua mão, a arrastando para fora, como uma boneca.

— Nishi? O que você quer?

Depois... CAHAM! Explico. Disse S.N, tentando disfarçar a voz. Ela não teve escolha e continuou a ser carregada.

 Em sua cabeça, eles conversaram:

— O que diabos você vai fazer?!

— Te dar um maldito dia de folga!

— Estou no último ano, não posso ter folgas!

— Idiota! Você acha que vai existir “universidade” daqui a algum tempo? Nesses meus anos de vida, eu vi incertezas virarem certezas e vice-versa, mas posso te dizer que com o seu mundinho abalado, não vai ter tempo pra estudar filosofia barata! Me agradeça e aproveite o que pode ser seu único dia normal de diversão da sua vida de merda!

Nishi estranhou o jeito de agir daquela sombra retardada, assassina e com distúrbios de humor. Geralmente ela era sádica e maldosa. Ele notou que estava sem argumentos, suspirou e concordou.

— Ok, ok. Vou te dar essa chance. Mas se você me ferrar de novo, eu me suicido, desgraçado!

— Eu sempre vou querer te ferrar, idiota. Mas por agora, vou dormir para não me entediar, por que você sabe o que acontece quando me entedio. E essa foi uma das raras vezes que ele ficou completamente quieto. Ao seu lado, Mitsu olhava perplexa. Devia estar se perguntando por qual motivo idiota Nishi estava falando consigo mesmo e alternando sua voz.

— D-desculpe, é que eu estou tomando uns remédios e isso não tem me feito bem, sabe? 

  Essa desculpa com certeza não pareceu convincente. — Droga! Seria melhor eu ter falado que é a puberdade, agora ela vai pensar que eu sou um drogado ou algo do tipo!

  Nishi teve um choque de realidade e viu suas roupas todas esfarrapadas. Mexeu em um dos bolsos e acho uma carteira, que obviamente não era sua. A maldita sombra agora deu pra roubar, mas pelo menos havia pensado em tudo.

— Eu aceito. Mesmo não estando em um encontro antes, eu não ligo. Disse Mitsu, parecendo ter entendido a conversa que Nishi teve consigo mesmo.

Diferente dela, ele corou e gaguejou. Ele pensou que até não era uma má ideia, ele era um garoto, ela uma garota... Então por que não?  E com esse raciocínio simples e direto, de uma maneira extremamente repentina, começaram seu encontro.

• • • • • • • • • •

 E assim foi, depois de um dia inteiro de uma diversão estranha, andar por ai, sem falar nada e etc. Alguém considera isso diversão?

 Mr. Pôr-do-sol voltava com eles, sempre ele, sempre em todas as horas. Nishi estava acompanhando seu “par” por um tempo até que parou junto com ela e a esperou falar.

— Eu fico por aqui, obrigado por hoje, eu acho. Agora vou jogar um novo game que saiu e... Ela parou de falar quando Nishi segurou a manga de sua camisa e a trouxe para perto.

— Mitsu, esse pode ser nosso ultimo dia normal, então eu queria dizer algo que não tem muito valor, mas... Que seja. Ele suava frio, não iria controlar as palavras que saíam de sua boca a partir daquele momento. — Pode não parecer... Mas...

  No rosto de Mitsu, se viu uma rara e extrema reação de surpresa. Mas no momento em que Nishi ia dizer as “palavras mágicas”, um vulto verde passou em sua frente, e momentos depois, sua cabeça caiu. Mitsu exclamou um pequeno grito e caiu no chão, de uma maneira extremamente graciosa, que faria qualquer grandalhão soltar um “own”.

 No chão, a cabeça de Nishi abriu os olhos.

— Ah, mas que merda... Por que isso sempre acontece nos momentos mais importantes? Sempre é assim em filmes e etc... Isso é irritante. Seu corpo sem cabeça se moveu cambaleantemente até sua cabeça e a pegou, a encaixou em alguns movimentos, agindo como se tudo estivesse normal.

 — Me desculpe Mitsu, mas... Poderia não se assustar? Acho que seria fácil pra você, mas... As cenas que você vai ver a seguir são fortes.

 Do alto dos prédios em volta da rua vazia, dezenas de gafanhotos com forma humanóide, vestindo longos sobretudos pretos, o fitavam de uma maneira amedrontadora.

— Toc toc ~ Desculpe acabar com seu sono de beleza, mas preciso de você.

Aff, Ok, dessa vez passa, por que eu estou com uma estranha vontade de... Bem, você sabe.

 Um de seus olhos virou uma bola dilatada e amarela, com uma íris que ficava dançando em sua órbita. Com uma voz dupla, normal e sádica, ele disse:

Dias normais? Pro inferno! Eles nunca vêm...

Capítulo 25: Dias Normais? Fim.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: 1943 e uma Pequena História I
Aguardem. ~~