3º dia

Por conta do drama passado na noite passada todos acordaram as nove, com Tom implicando com Tita por causa da barata.

– Tita cuidado por onde anda tá, nunca se sabe quando uma baratinha inocente pode estar passando. – dizia ele rindo.

– Me esquece Kaulitz. – ela o retrucava com raiva.

Assim que eles entraram na cozinha, viram que novamente Gustav e Bella já estavam de pé.

– Como vocês conseguem acordar tão cedo? – perguntou Bill, ainda sonolento.

– Costume Bill, costume. – disse ela sorrindo enquanto colocava a garrafa de café em cima da mesa.

– E acordar cedo é sempre bom, assim podemos aproveitar melhor o dia. – explicou Gustav terminando de fazer os ovos mexidos.

– Tudo bem, vocês que sabem. – falou Bill.

Eles sentaram-se e começaram a comer, logo surgindo o assunto do que fariam hoje.

– E ai, alguém tem alguma ideia pra hoje? – perguntou Georg.

– Festa! – gritou Tom.

– Alguém que não seja o Tom? – brincou Georg.

– To sem ideias. – disse Gustav.

– Idem. – responderam Tita e Gii.

– Acho que podíamos curtir um pouco o sol agora de manhã. Que tal? – falou Bill.

– Hmmm... Acho que vai ser uma boa ideia, até por que a piscina daqui é ótima. – concordou Sophia.

– Decidido então! – disse ele vitorioso.

– Posso te perguntar uma coisa Tom? – falou Alana.

– Fala? – incentivou ele.

– O que o seu irmão faz pra conseguir tudo o que quer? – perguntou ela divertida e todos cairam na risada.

– Deva-se isso graças a mim, que dei parte do meu charme pra ele. – respondeu ele em meio aos risos.

Demoraram bastante com o café-da-manhã por causas das brincadeiras, e quando foram pra piscina ela já estava em uma temperatura mais que agradável. Tom teve uma ideia quando já estavam estirados sob as tolhas.

– Alguém ai saber cavalgar?

– Eu adoro. – respondeu Natally.

– Também sei. – disse Andy.

– Eu também. – disse Lana.

– Hmmm... Que tal da gente ir dar uma volta depois do almoço?

– Vai ser demais. – falou Lana batendo palmas.

– Tudo bem. – disseram Andy e Natally.

– Ge, você vai também? – perguntou Tom pro amigo.

– Claro. Eu não perderia a chance de uma corrida. – respondeu ele.

– Hmmm... Eu queria tanto ir. – suspirou Dany, sem deixar de ser ouvida por Tom.

– Então por que não vai Dany?

– Por que eu não sei cavalgar. – respondeu a garota.

– Simples, eu te ensino então. – disse ele. – Você quer?

– Você jura? – disse ela abrindo um enorme sorriso. – É claro. Oba, vou aprender a montar. – disse a garota dando pulinhos de alegria.

Ficaram mais um tempo na piscina e depois foram para o almoço preparado por Ram, Gustav, Georg e Bella. E enquanto isso Tom falava com Maick sobre os cavalos.

– Maick quantos cavalos disponíveis vocês têm?

– Olha senhor Tom, nós temos pelo menos dez cavalos e cinco eguás pra montaria. – disse o rapaz.

– Tudo bem. – disse Tom ficando feliz. – Pode nos mostrar onde fica o celeiro depois do almoço?

– Claro! E o senhor já quer que eu prepare os cavalos? – perguntou Maick.

– Não, eu mesmo gosto de fazer isso. E obrigado. – respondeu Tom se despedindo de Maick, pórem, lembrando-se de algo chamou novamente o zelador. – Maick?

– Sim senhor Tom?

– Vamos deixar esse papo de senhor pros mais velhos, tá legal? – disse ele rindo.

– Tudo bem... anh, Tom. – respondeu Maick confuso mas entendendo.

Eles almoçaram arrumaram tudo e se dividiram em um grupo de três. Enquanto Tom, Georg, Natally, Andy, Lana e Dany se dirigiam para o celeiro, Gustav, Alana, Nathyii, Gii, Vick e Sophia se encaminhavam para uma das quadras de futebol, a mais próxima da piscina enquanto Bill, Bela, Bella, And, Ram, Tita e Yaa preferiram voltar para a beira da piscina.

Ao chegarem ao celeiro, Tom ficou satisfeito com os cavalos. Todos fortes, bonitos e bem tratados, e um em especial chamou sua atenção. Como cada um escolheria o seu ele foi o primeiro a se manifestar.

– Eu vou querer aquele corsel. – disse ele apontando para o cavalo de cor marron-avermelhada, mais afastado dos outros.

– Ótima escolha Tom. – disse Maick, indo até o cavalo escolhido e o trazendo até Tom. – Esse é Carlin, um campeão.

– Da pra se notar só pela postura nobre dele. – disse Tom maravilhado, alizando a crina avermelhado do corsel.

– Você entende bastante de cavalos, né Tom? – comentou Georg ainda escolhendo o seu.

– Criado parte da infância em fazendas meu caro. – falou Tom olhando o amigo. – Além do mais, eu sei reconhecer um campeão.

Depois de ter preparado pessoalmente o seu cavalo, Tom ajudou os outros a escolherem o seu e arruma-los, já que segundo ele, assim eles ganhariam a confiança do animal mais rápido, mostrando que se importam com ele.

– Acho que já estamos prontos para partir... – disse Tom olhando para todos os cavalos já celados, e depois para os amigos. – Dany, você vem comigo.

– Sim senhor capitão. – disse ela batendo continência e o fazendo revirar os olhos.

Tom ajudou Dany a subir na garupa do cavalo e partiram. Por dica de Maick calvagaram até uma campina que ficava a uns trinta minutos da fazenda. O lugar era lindo e um ótimo lugar para se ter aulas de montaria, sendo que a grama macia poderia amparar os tombos. Ele começou a aula, enquanto Natally e Georg apostavam uma corrida e Lana e Andy os observavam.

– Dany a primeira coisa que você tem que saber é que não pode subir no cavalo com medo. – disse ele alisando a crina de Carlin. – Se não ele vai perceber seu medo, e também vai ficar com medo de você fazer algo errado, e dai que surgem os problemas.

– Hmmm... Eu fico com medo desse bicho enooorme, sou derrubada e ele que é a vítima? – perguntou ela com uma sobrancelha a "lá Bill".

– Exatamente. – disse ele rindo da cara dela. – Veja bem, nós podemos fazer mais mal pra ele do que ele para nós.

– Eu dúvido que se eu pisar no pé dele ela vá sentir. – ironizou ela, mas com humor.

– Ta certo, agora venha aqui e faça um carinho nele. – incentivou-o.

Dany chegou perto de Carlin e imitando Tom começou a alisar a crina do cavalo, que por incrivel que pareça era muito macia.

– Fala sério! Com o que que eles lavam o pelo desse cavalo? Acho que tá mais macio do que o meu cabelo. – disse ela e Tom apenas riu com isso.

– Que isso, também não é pra tanto... Pelo menos o seu é bem mais cheiroso. – disse o moreno se aproveitando do momento e chegando bem próximo da nuca de Dany.

– Hmmm... Anh, vamos manter um limite, tudo bem Tom? – disse a garota meio sem graça.

– Ok! Você que sabe. – disse ele mexendo com o piercing, depois continuando a aula. – Agora que você já se familiarizou com Carlin já pode montá-lo.

– Tudo bem. – disse Dany, respirando fundo e com ajuda de Tom montou em Carlin.

Após quase uma hora de montaria, Dany praticamente já corria, ao que todos observaram muito admirados.

– Tem certeza de que nunca montou? – perguntou Tom, ao ver a garota retornar de sua décima volta.

– Só se foi em outra vida. – brincou ela. – É sério, nunca montei, e acho que é só sorte de principiante.

– Você tem uma sorte e tanto então...

– Parabéns Dany, você aprendeu mais rápido do que imaginava. – disse Georg, que vinha seguido das meninas.

– É, acho que até exagerei em me afastar, com medo que você. – brincou Andy.

– Valeu pela confiança... É tão reconfortante saber o quanto meus amigos confiam em mim. – ironizou Dany, rindo e dando lingua pros amigos.

Tom riu da menina, mas algo o incomodou de repente, porém não deu importância, era apenas uma sensação e nada mais.

– Mas logo agora que eu aprendi a cavalgar sozinha? – murmurou Dany.

– O Ge tem razão. – disse Tom, e todos olharam pra ele com cara de "Você disse mesmo isso?"

– Anh... Você concordou de primeira? – perguntou Lana.

– Claro... Até por que o Ge com certeza está arranjando um jeito de fugir da nossa corrida. – falou Tom.

– Nem pensar Kaulitz, eu não fujo de um desafio. – falou Georg imponente.

– Uhhu... Vamos ter uma corrida... – disse Andy batendo palmas.

Encorajados pelas meninas então, os dois se colocaram a postos, cada um em seu cavalo. Eles iriam correr até o fim da campina, dariam a volta e fariam o retorno até o ponto de partida. Ganharia quem chegasse primeiro.

– Preparados... E... Já... – foi Natally quem deu a largada.

Depois disso, tudo ocorreu rápido demais.

Tom estava ganhando, já havia dado a volta e Georg se encontrava a poucos centimetros dele, porém suficientes para lhe garantir a vitória, pensou. Porém, a imagem de Bill lhe veio e depois uma forte dor aguda, então tudo se apagou.

As meninas gritavam e pulavam incentivando Georg e Tom, que mantinham uma diferença mínima de distância. Andy e Natally torciam para Tom e Lana e Dany torciam para Georg. Eles estavam a poucos metros da chegada quando algo terrivel aconteceu. Tom contorceu seu rosto em uma aparente dor, e depois caiu. Andy e Dany foram as que sairam do choque primeiro e logo correram até ele.

– Tom... Tom, acorda Tom. – chamava Andy, que tinha posto a cabeça do moreno em seu colo. Seus olhos já estavam marejados.

– GEORG! – gritou Dany chamando atenção de Georg, que levou um tempo até conseguir parar o cavalo e ir até eles.

Elas não sabiam o que fazer, até que ele murmurou algo e acordou.

– Bill... – um sussurro ináudivel, mas que para ele teve efeito. O que era essa sensação.

– Ele acordou! – falou Georg aliviado.

Lana que até agora estava em choque olhando-o, pulou no pescoço do moreno, e as lágrimas já transbordavam de alívio.

– Tom? Você está bem? – perguntou Natty.

– Acho... Acho que sim... – disse ele passando os braços ao redor da garota que chorava em seu pescoço, tentando acalma-lá. – Eu estou bem Lana. – e surgiu efeito, a garota logo se acalmou.

– O que foi cara? Um minuto você estava bem e no outro... – perguntou Georg sem precisar terminar a frase.

– Não sei... Ahn... Só me lembro de ter sentido uma dor na nuca antes de apagar. – disse ele passando a mão no lugar onde havia sentido a dor, mas não encontrou nada de anormal.

– Pode ter sido a adrenalina. Já vi isso acontecer antes, não do mesmo jeito, mas quase. – comentou Naty.

– Pode ser... Mas acho melhor irmos pra fazenda e pedir pra Michelle dar uma olhada em você. – disse Georg sério.

– Tudo bem. – concordou Tom.

Lana se levantou e junto com Andy ajudou Tom a se levantar. Por segurança e quase uma ordem de Georg, Dany é quem conduziu Carlin de volta a fazenda, ao que Tom não questionou, tudo o que ele pensava no momento agora era chegar rápido a fazenda e tirar aquela sensação estranha que sentia. Não sabia ao certo o que era, mais estava muito preocupado com o irmão mais novo.