EINLEBEN

Parte II

Quem sabe desta vez?

Eu poderei reconstruir todos os erros pregressos...

Eu deixei tudo para trás,

Os dois, as chaves e todo o resto.

Irei caminhar pelas vielas secundárias,

De uma cidade interiorana sem nome.

Onde o destino poderá me reclamar novamente,

E me torna livre e independente.

Das minhas amarras passadas...

Às vidas à minha entrelaçadas,

Que foram despedaçadas.

Uma vida simples assim,

Que fora arrancada deles e de mim.

Eu corri das responsabilidades...

E deixei renascer minhas necessidades.

Em uma nova cidade,

Sob um céu enevoado,

Salgado, distante e molhado.

Mas o fardo me perseguiu até aqui,

Querendo ouvir meu arrependimento.

E agora eu fujo novamente,

Em busca de poder viver, finalmente.

Eu desisto das minhas ambições, para poder viver...

Uma vida tranquila,

Em que eu os possa esquecer.

Uma nova vida,

Onde eu possa assistir o alvorecer.

Eu acho que estou perdida...

Em um outro devaneio.

Os céus me enganaram e me privaram,

De uma morte digna,

E sepultar todos os meus pecados.

De que adianta meu arrependimento então,

Quando tudo o que eu fizer for em vão?

Que o tempo consuma o que eu nunca terei...

Uma vida de verdade,

Onde eu podia ter conhecido felicidade.

Uma vida de verdade,

Onde eu teria me arrependido da vaidade.

Mesmo se eu continuar fugindo dos rostos deles,

Uma vida que jamais irá voltar.

~Gabriel.