A Lenda de Kaito escrita por Thunder


Capítulo 3
CAPÍTULO 2 – BEM-VINDO A ZAOFU




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À medida que Kaito se afasta de sua modesta residência na periferia, é envolvido pela tranquila e serena atmosfera do bairro, que lhe traz uma sensação de familiaridade e paz. As ruas estreitas e sossegadas são ladeadas por casas simples, porém bem cuidadas, e ele é saudado pelos vizinhos com sorrisos calorosos e gestos amigáveis, evidenciando o forte senso de comunidade que permeia a área.

À medida que prossegue, abandonando os limites do bairro, Kaito passa pelos guardas dobradores de metal que vigiam a muralha externa do Anel 7 de Zaofu, trocando cumprimentos de cortesia. Quando alcança a área aberta, Âmbar se lança em uma corrida veloz ao lado dos trilhos do trem que conecta os diferentes anéis de Zaofu. À medida que se aproxima do Anel Central, Kaito observa a gradual transformação do cenário ao seu redor. As modestas residências dão lugar a edifícios mais altos e estruturas comerciais, e as ruas se tornam mais movimentadas, com o aumento do tráfego de pedestres e veículos indicando sua proximidade com o coração pulsante da cidade.

Ao adentrar o Anel Central de Zaofu, Kaito apresenta sua identificação estudantil e é autorizado a passar sem contratempos. À medida que atravessa o portão principal, a paisagem se transforma drasticamente. Imponentes arranha-céus se erguem em direção ao céu, formando uma linha do horizonte impressionante. O ruído da cidade se intensifica, com o zumbido constante de carros, vozes humanas e a agitação típica das atividades comerciais preenchendo o ar.

Caminhando pelas ruas movimentadas de Zaofu ao lado de Âmbar, Kaito observa atentamente os detalhes familiares da cidade. Os edifícios combinam arquitetura moderna com traços de tradições antigas, destacando-se com suas estruturas metálicas contra o céu azul da manhã. As ruas, amplas e bem pavimentadas, são ladeadas por árvores meticulosamente alinhadas ao longo das calçadas, proporcionando sombra e frescor aos transeuntes. O eco dos carros ressoa pelas vias, enquanto pessoas de todas as idades se movimentam freneticamente em suas rotinas diárias.

À medida que se aproximam do epicentro da cidade, a agitação aumenta, com mercados vibrantes e lojas exibindo suas mercadorias nas calçadas. Os irresistíveis aromas da culinária local permeiam o ar, misturando-se com o burburinho de conversas animadas e risadas contagiantes.

Na agitação matinal de Zaofu, Kaito segue seu caminho, imerso na vibrante vida da cidade. À medida que se adentra mais nas ruas movimentadas, ele se depara com uma série de vendedores e pessoas que enriquecem a tapeçaria cultural da cidade, cada um oferecendo um vislumbre da vida cotidiana em Zaofu.

Ao passar por uma barraca de chás, uma mulher sorridente o acena, promovendo sua mercadoria. "Jovem, experimente nosso chá especial de hoje! Trago diretamente dos campos de jasmim fora de Zaofu!" com seu tom amigável tenta atrair sua atenção.

"Isso soa tentador, mas estou com pressa hoje. Talvez outra hora, obrigado!" Kaito responde educadamente.

Avançando, um artista de rua chama a atenção de todos que passam, exibindo suas últimas criações. "Veja, veja! As maravilhas de Zaofu capturadas em cada pincelada!" Ele anuncia, esperando atrair olhares curiosos. Kaito admira o trabalho de longe, mas continua seu caminho, lembrando-se da missão que tem em mente.

Em sua jornada, ele nota uma vendedora de rua com uma variedade de petiscos aromáticos, os vapores tentadores preenchendo o ar ao redor. "Deliciosos pãezinhos, frescos e quentes! Apenas cinco Yuan por uma dúzia!" Ela proclama, tentando atrair clientes com a promessa de uma refeição saborosa.

Kaito se aproxima, atraído pelo aroma. "Eu vou levar uma dúzia, por favor. É para minha companheira, Âmbar. Ela adora esses." Ele sorri, entregando os Yuanes.

"Ah, uma excelente escolha! Ela certamente ficará satisfeita," a vendedora responde, empacotando os pãezinhos cuidadosamente.

Kaito segue seu caminho em direção à Academia de Dominação de Metal Toph Beifong, ansioso para começar mais um dia de aprendizado, mas agora com um pequeno presente para Âmbar, demonstrando seu carinho e atenção mesmo em meio à rotina agitada de Zaofu.

À medida que Kaito se aproxima da Academia de Dominação de Metal Toph Beifong (ADM), a imponência da construção se torna cada vez mais palpável. Ele não pode deixar de se maravilhar com o equilíbrio perfeito entre a antiga arte da dobra de terra e as inovações da dobra de metal, manifestado na arquitetura diante de si. A ADM não é apenas uma instituição educacional; ela é um monumento à evolução da dobra, uma homenagem à sua fundadora, Toph Beifong, cujas descobertas e inovações revolucionaram o mundo da dominação.

As paredes da academia, erguidas por mestres da dobra de terra, exibem uma precisão que desafia a natureza; elas são testemunhas mudas da destreza e do controle supremo sobre os elementos. A ausência de falhas nas superfícies lisas e uniformes fala do rigoroso treinamento e da dedicação exigida dos estudantes que andam por esses corredores. Enquanto isso, as incorporações metálicas que adentram a estrutura de terra não são meros adornos. Elas representam a sinergia entre o antigo e o novo, a alquimia entre a tradição e a inovação. Estas estruturas metálicas capturam e refratam a luz do sol, criando um espetáculo de cores que dançam sobre as superfícies e iluminam o caminho dos futuros dominadores.

Ao se deparar com os grandiosos portões da academia, Kaito sente um misto de reverência e ansiedade. Feitos de metal polido, eles brilham com uma intensidade quase sagrada sob o sol matinal. Os padrões intricados de dobra de metal que os adornam são mais do que uma exibição de habilidade; são um desafio aos que entram, um lembrete constante da excelência buscada dentro de seus limites. Cada linha entrelaçada, cada curva elegante nos portões, conta histórias de dominadores que ultrapassaram seus limites, que moldaram não apenas o metal, mas o próprio destino, sob a orientação rigorosa de mestres dedicados.

Neste momento, diante da majestade da ADM, Kaito compreende o verdadeiro significado de seu caminho escolhido. Ele está prestes a entrar em um mundo onde a força da vontade se encontra com a maleabilidade dos elementos, onde cada grão de terra e cada fragmento de metal se tornam extensões do ser. O jovem dominador de terra está na cúspide de sua jornada, prontamente esperando para moldar seu futuro com as próprias mãos, sob a sombra imponente e inspiradora da Academia de Dominação de Metal Toph Beifong.

À entrada da Academia, Kaito é surpreendido por uma cena fora do comum. Uma limusine imponente ocupa o espaço em frente à escola, enquanto policiais da cidade circulam em estado de alerta ao redor dela. Intrigado, Kaito atravessa o portão e se depara com uma visão ainda mais inesperada: guerreiros da Ordem da Lótus Branca estão presentes, algo raro na cidade de Zaofu.

O coração de Kaito bate mais rápido ao ver esses guerreiros lendários, evocando lembranças das histórias contadas por sua mãe sobre seu pai. Ela costumava mencionar como seu pai era um renomado guerreiro da Ordem da Lótus Branca, destacando-se como chefe da guarda pessoal da Avatar Korra. Entre as muitas narrativas, uma em particular permaneceu gravada na mente de Kaito, uma história de batalha e sacrifício.

Era sobre uma épica confrontação entre a Avatar Korra e uma sombra sinistra, uma luta que custou a vida da lendária guardiã. Seu pai, juntamente com outros guerreiros da Ordem da Lótus Branca, uniu-se ao Avatar para enfrentar essa ameaça assombrosa. O combate foi intenso, com elementos como o brilho do fogo espiritual e a ferocidade das dobras elementais colidindo contra a escuridão que ameaçava engolir o mundo. No desfecho, infelizmente a Avatar sucumbiu e seu pai pagou um preço alto, sacrificando-se para proteger a vida de Korra.

Observando os guerreiros da Lótus Branca, Kaito é invadido por uma mistura de emoções: admiração pela bravura de seu pai e curiosidade sobre a presença deles na Academia de Dominação de Metal.

Na entrada majestosa da escola, uma obra-prima de pedra captura a grandiosidade de duas figuras lendárias: Suyin e Toph Beifong, as matriarcas da cidade e da academia, respectivamente. A estátua, imponente e inspiradora, recebe os alunos com sua presença solene, enquanto o jardim ao seu redor floresce em um espetáculo de cores e aromas. Cristais cintilantes adornam as paisagens verdes, refletindo os raios do sol como fragmentos de luz em movimento, enquanto flores vibrantes exalam seus perfumes doces e envolventes, enchendo o ar com uma fragrância rejuvenescedora.

Ao entrar nos limites da escola, os alunos são recebidos por uma mistura única de tradição e modernidade. Os uniformes, com seus tons terrosos e metálicos, são uma homenagem à terra e ao metal, os elementos fundamentais do Reino da Terra. Nos corredores vibrantes, a energia é palpável, com dobradores de terra e metal exibindo suas habilidades com destreza e orgulho. Grupos de alunos se reúnem em círculos animados, praticando dobras e trocando técnicas, enquanto o som reconfortante de pedras sendo moldadas e metal sendo trabalhado enche o ar.

Competições amigáveis ​​são uma parte essencial da vida escolar, com dobradores que desafiam uns aos outros em desafios improvisados ​​de habilidade e criatividade. Nas salas de aula, a atmosfera é de aprendizado constante, com professores dedicados guiando os alunos em sua jornada para dominar os elementos. Mas não são apenas os dobradores que encontram seu lugar na escola; os não-dobradores também são uma parte vital da comunidade escolar, navegando pelos espaços movimentados com uma mistura de admiração e respeito.

No entanto, nem tudo é harmonia perfeita. Às vezes, surgem conflitos entre dobradores e não-dobradores, quando os últimos se sentem eclipsados ​​pela exibição de poder dos primeiros. No entanto, a escola está empenhada em promover a compreensão e a coexistência de importação entre todos os alunos, independentemente de suas habilidades de dobra. Em um mundo onde a diversidade de habilidades é celebrada, a ADM é um farol de inclusão e facilidades, onde cada aluno é incentivado a alcançar seu pleno potencial, seja ele um dobrador ou não.

A sala de aula era espaçosa e bem iluminada, com grandes janelas que permitiam a entrada abundante de luz natural, criando um ambiente arejado e acolhedor. As paredes eram adornadas com murais representando cenas da história da dobra de metal, desde os primórdios até os avanços mais recentes, proporcionando uma atmosfera inspiradora de aprendizado.

No centro da sala, uma grande bancada de metal polido ocupava o espaço, onde os alunos podiam praticar suas habilidades de dobra com facilidade. Bancadas individuais estavam dispostas ao redor da sala, cada uma equipada com os materiais necessários para os exercícios práticos, incluindo amostras de metal para dobra e ferramentas especializadas.

Ao fundo da sala, uma imponente mesa de madeira maciça servia como o pódio do professor. Lá estava ele, Mestre Wei Beifong, uma figura de estatura respeitável e presença marcante. Seus cabelos grisalhos eram penteados para trás em um coque firme, e sua barba bem cuidada adicionava uma aura de sabedoria ao seu semblante. Seus olhos, penetrantes e expressivos, transmitiam uma mistura de autoridade e gentileza enquanto ele aguardava o início da aula, pronto para compartilhar seu vasto conhecimento sobre a dobra de metal com os alunos ávidos por aprender.

Com um sorriso caloroso, o Mestre Wei atendeu aos alunos, encorajando-os a ocuparem seus lugares e se prepararem para a aula. A atmosfera estava eletrizante, impregnada de expectativa e energia, enquanto os alunos aguardavam ansiosamente para mergulhar no mundo da dobra de metal sob a orientação do respeitado mestre Beifong.

Com um movimento gracioso, o Mestre Wei Beifong atravessou a sala de aula, pousando suavemente na bancada central, enquanto os olhares admirados dos alunos o acompanhavam. Seu sorriso era genuíno e acolhedor, irradiando uma energia contagiante que preenchia a sala.

“Bom dia, jovens, dobradores!” saudou o Mestre Wei, sua voz ressoando com autoridade e entusiasmo. “Hoje, vamos explorar a riqueza da dobra de metal, uma arte que remonta aos dias da minha estimada avó, Toph Beifong.”

Os alunos se acomodaram em seus lugares, ansiosos para começar a aula. Uma mão tímida se projeta no ar, pertencente a um aluno curioso.

“Sim, por favor, pergunte!” incentivou o Mestre Wei, convidando a participação ativa dos alunos.

“Como a dobra de metal foi criada? Foi realmente sua avó quem inventou?” indagou o aluno, demonstrando interesse genuíno pela história por trás da técnica.

O Mestre Wei assentindo com a cabeça em confirmação. “Sim, de fato! Minha avó, Toph Beifong, foi uma verdadeira pioneira na arte da dobra de metal. Ela desenvolveu essa técnica revolucionária enquanto esteve presa em uma caixa de metal, inspirada pela necessidade de inovação e pela determinação em superar os desafios que enfrentaria.”

Outro aluno pediu a mão, ansioso para contribuir com a discussão. “E como a dobra de metal difere da dobra tradicional da terra?” Disse, demonstrando interesse em compreender as nuances da arte.

“Excelente pergunta!” exclamou o Mestre Wei, expressando aprovação. “Enquanto a dobra tradicional da terra se concentra no manuseio de rochas e solo, a dobra de metal utiliza a energia da terra para moldar e transformar o metal em diversas formas. É uma habilidade única que requer precisão e controle profissional.”

O mestre Wei observou atentamente a classe, seus olhos brilhando com curiosidade enquanto ele fazia a pergunta.

"Quem aqui já teve a experiência de dobrar o metal?" indagou, seu olhar percorrendo os rostos dos alunos.

Duas mãos se ergueram timidamente, revelando os alunos que já haviam experimentado a arte da dobra de metal. Um dos alunos, um rapaz de cabelos escuros e olhos atentos, ergueu-se em sua cadeira, respondendo com entusiasmo. “Eu sou o Haru, mestre Wei. Eu dobrei um pequeno pedaço de metal que encontrei no quintal de casa.”

O mestre Wei assentiu, encorajando-o a continuar. “E como foi a sensação ao dobrar o metal pela primeira vez?”

Haru sorriu, recordando o momento com vivacidade. “Foi como se eu estivesse conectado com o próprio metal, como se pudesse sentir sua essência fluindo através de mim. Foi uma experiência única e emocionante.”

O mestre Wei ouviu atentamente, antes de direcionar sua atenção ao próximo aluno, uma garota de cabelos cacheados e expressão determinada.

“E você, qual é o seu nome e sua história com a dobra de metal?” perguntou ele, curioso.

“Kim, mestre Wei”, respondeu a garota. “Eu experimentei dobrar uma barra de metal que meu pai trouxe. Ele é policial e me deu umas aulas. Foi desafiador no início, mas quando finalmente consegui, senti uma sensação de realização e poder que nunca havia experimentado antes.”

O mestre Wei assentiu, reconhecendo a determinação da garota. “A dobra de metal certamente exige paciência e prática. Estou feliz que tenha sentido essa realização, Kim.”

“Vocês dois foram incríveis, mas estou certo de que suas habilidades com a dobra de metal só continuarão a crescer com nossa instrução aqui na Academia de Metal Toph Beifong. Você verá com seus próprios olhos que, por mais habilidoso que seja um dobrador de metal da Polícia de Zaofu, nunca se comparará a alguém da família Beifong”, disse Wei, confiante, com um brilho desafiador em seu olhar.

Mestre Wei realizou um movimento rápido e poderoso, e imediatamente todos os metais na sala começaram a levitar. Ele os girava habilmente, criando um espetáculo de luzes enquanto os raios do sol atravessavam a sala e se refletiam nos metais em movimento. O ambiente ganhou vida com um caleidoscópio brilhante de cores, e os alunos observavam maravilhados a maestria e a arte clássica dos dobradores de metal da família Beifong, representada naquele momento pelo talentoso Mestre Wei. Ao terminar a incrível demonstração o mestre diz:

“Todos em suas bancadas, por favor.”

Na sala de aula, os alunos estavam imersos na tarefa desafiadora proposta pelo Mestre Wei, dobrar uma barra de metal em suas bancadas. Alguns olhavam para o bloco de metal à sua frente com confiança, prontos para demonstrar suas habilidades recém-adquiridas, enquanto outros pareciam nervosos, temendo não estar à altura do desafio. Haru mantinha uma expressão serena, seus olhos verdes refletindo a determinação silenciosa por trás de sua postura real. Seu semblante revelava uma mistura de confiança e concentração, mostrando que ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio que lhe fosse apresentado.

Ao lado dele, Kaito sentia uma mistura de emoções. Por um lado, ele estava determinado a mostrar seu melhor esforço na dobra de metal, ansioso para impressionar seus colegas e o prestigiado mestre da família Beifong. Por outro lado, sentia uma pontada de nervosismo diante do desafio iminente, preocupado com a possibilidade de não conseguir dobrar o metal como esperado.

Enquanto os alunos trabalhavam diligentemente em suas tarefas, o Mestre Wei observava atentamente, oferecendo orientação e incentivo quando necessário. O ambiente estava tenso, mas também vibrante de energia, conforme cada aluno se esforçava para superar o desafio diante deles.

Haru demonstrou sua habilidade ao entortar a barra de metal com destreza, arrancando aplausos e elogios entusiasmados dos demais alunos. Enquanto o reconhecimento e a admiração inundavam a sala, Kaito observava com um misto de sentimentos. Era evidente que Haru era o centro das atenções, recebendo elogios calorosos e fazendo novas amizades com facilidade.

À medida que a sala de aula se esvaziava e apenas Kaito permanecia, Mestre Wei sentiu uma conexão especial com o jovem. Ele sabia das dificuldades que Kaito enfrentava, e a história de seu pai, mesmo que indiretamente conhecida por Kaito, poderia trazer conforto ao rapaz.

"Kaito, eu sei que você nunca teve a chance de conhecer seu pai. Mas deixe-me contar-lhe uma história sobre ele", começou Wei, sua voz assumindo um tom suave e reconfortante. Os olhos de Kaito se iluminaram com interesse e uma ponta de curiosidade sobre o homem que ele sempre desejou conhecer.

"Seu pai, Gao, era um homem excepcional, mas como muitos, ele enfrentou suas próprias batalhas. Ele era um dobrador de metal habilidoso, mas houve um tempo em que ele lutou para dominar essa arte", continuou Wei, escolhendo cada palavra com cuidado enquanto relembrava a história do pai de Kaito.

Kaito ouvia atentamente, imaginando seu pai lutando com o metal da mesma maneira que ele estava lutando agora. Ele sentia uma mistura de emoções enquanto ouvia a história de seu pai. Ele nunca teve a oportunidade de conhecê-lo, mas saber que seu pai também enfrentou desafios semelhantes o fez sentir-se mais próximo dele de alguma forma.

"Mestre Wei, você acha que um dia eu serei capaz de dobrar metal como meu pai?" perguntou Kaito, com esperança em seus olhos.

Mestre Wei sorriu, transmitindo uma sabedoria que vinha não apenas de seus próprios anos de experiência, mas também da compreensão dos laços familiares. "Tenho certeza que sim, Kaito. Seu pai deixou um legado de determinação e coragem, e isso está em você também. Você está apenas começando sua jornada e tenho certeza de que encontrará seu próprio caminho para a maestria."

O mestre então se aproximou de Kaito e sugeriu: "Feche os olhos e se concentre na barra." Kaito seguiu as instruções, fechando os olhos e mergulhando na experiência.

"Sinta a terra no metal, Kaito", a voz de Wei ecoou em sua mente. "Eles são um só. Não as veja como diferentes."

Kaito assentiu, absorvendo as palavras do mestre e deixando sua mente se abrir para a experiência. Gradualmente, uma sensação de tranquilidade começou a se espalhar por todo o seu ser, como se ele estivesse se tornando um com a terra sob seus pés.

"Um só?" Kaito murmurou, quase como uma revelação.

"Sim, um só", confirmou Wei, incentivando-o a continuar. "Limpe sua mente e veja apenas a terra nessa barra."

Com as palavras do mestre ecoando em sua mente, Kaito sentiu um novo sentido de determinação surgir dentro dele. Ele mergulhou ainda mais fundo em sua concentração, deixando-se levar pela sensação de unidade com o elemento da terra. Ele sentiu uma liberdade crescente dentro de si, enquanto todo o peso do medo e da frustração começava a se dissipar. Então, como se despertasse de um sonho profundo, Kaito ouviu uma voz familiar chamando o nome: "Raava", sussurrou a voz, envolvendo-o em uma sensação de conforto e familiaridade.

Ele abriu os olhos e se viu em um lugar completamente diferente. O pântano sombrio se estendia diante dele, palpável e vívido de uma forma que ele nunca tinha experimentado antes. Um vulto sombrio, com uma figura envolta em vestes negras e um capuz que oculta parte de seu rosto, observa Kaito com intensidade. Fios de cabelo branco deslizam pela testa do misterioso indivíduo, enquanto seus olhos vermelho-sangue brilham com uma intensidade penetrante, estudando meticulosamente cada movimento do jovem.

"Então é você?" A voz da sombra ecoa, carregada de um tom que parece ter descoberto algo perdido por muito tempo. "Como alguém como você conseguiu se esconder de mim por 14 anos?"

Kaito, sentindo uma mistura de curiosidade e apreensão, responde com cautela: "Quem é você?"

A sombra se aproxima lentamente e um instinto primal faz Kaito dar alguns passos para trás. "Quem o escondeu? A Ordem do Lótus Branco?" A pergunta ecoa no ar, carregada de ameaça implícita. "Onde está escondido?"

Kaito olha ao redor, buscando uma saída, enquanto a sombra parece examinar cada canto da sala em busca de algo. De repente, seus olhos se fixam em Kaito com intensidade. "Zaofu..." A palavra é sussurrada com uma mistura de desdém e determinação, deixando Kaito ainda mais perplexo diante do enigma sombrio que se desenrola diante dele.

Kaito acordou na sala de aula, ainda atordoado pelo que acabara de acontecer. Seu coração batia forte enquanto observava o caos ao seu redor. Mesas e cadeiras estavam espalhadas, os metais retorcidos como se tivessem sido moldados por uma força além de sua compreensão. Mestre Wei estava no chão, olhando em volta com uma expressão perplexa. Correndo para ajudar seu mestre, Kaito o ajudou a se levantar, preocupado com o estado de choque evidente em seu rosto.

"Mestre Wei, o que aconteceu?", perguntou Kaito, tentando entender o que tinha acontecido.

Wei olhou para Kaito, uma mistura de choque e orgulho brilhando em seus olhos. "Você... você desencadeou uma dobra incrível, Kaito", disse ele, sua voz carregada de surpresa e admiração. "Eu nunca vi nada parecido."

Kaito se sentiu um pouco desconfortável com o elogio, sem saber como processar completamente o que acabara de acontecer. Ele nunca se viu como alguém com habilidades extraordinárias, mas o que aconteceu naquela sala de aula desafiou essa visão.

"Eu... eu não sei o que aconteceu", murmurou Kaito, sentindo uma onda de incerteza se espalhar por ele.

Wei colocou uma mão reconfortante no ombro de Kaito. "Você tem um talento especial, Kaito", disse ele, sua voz suave. "Não tenha medo disso."

Kaito assentiu, absorvendo as palavras de seu mestre. Com o coração cheio de determinação e uma nova compreensão de seu próprio potencial, Kaito estava pronto para enfrentar o que quer que o destino reservasse para ele.

 

ZAOFU 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem XD



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