Hunted escrita por autorasantiis


Capítulo 2
Culpados




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Harry havia tomado uma decisão, talvez aquela que o condenaria, mas ele precisava aceitar que já não tinha opções, Voldemort havia tomado tudo, ministérios, cidades, Hogwarts, nem mesmo os trouxas tinham paz, já que eles eram caçados, dia e noite.

Era difícil aceitar que tudo estava perdido, não podia, tinha que haver esperança e ela estava dentro das suas memórias. Alvo Dumbledore havia sido claro, o mandara procurar o Santuário em uma cidade imaculada, mas logo descobriu através de Hermione, que aquela era a única cidade em que Voldemort não pisava os pés, o que havia de tão poderoso ali que o deixava temeroso? Bem, o próprio Harry descobriria.

Os corredores estavam silenciosos, um pouco silenciosos demais para a guerra que era travada ali.

Harry, Hermione e Rony estavam posicionados estrategicamente, enquanto os outros tiravam crianças e mulheres por outra entrada. Gina e Luna já tinham ido com Neville e o Sr. e a Sra. Weasley.

— Precisam ir – Harry diz, se virando para os amigos.

Agora podiam ouvir o som dos feitiços voando e dos gritos ecoando pelos corredores.

— Não vamos deixar você – Rony diz irritado, mal se virando para respondê-lo.

— Mas vão precisar – e sem mais uma palavra, Harry deixou a sala, entrando de uma vez na batalha.

Hermione e Rony correram atrás do moreno, e juntos os dois entraram na batalha junto com Harry.

Era claro dizer que eles não concordavam nem um pouco com o plano super engenhoso e suicida de Harry, mas como poderiam de fato aceita-lo se nem sabiam o que era.

A luta estava tão intensa, que Hermione e Rony nem notaram quando haviam saído da casa e muito menos, de onde haviam vindo tantos membros da ordem, já que eles eram poucos ali no Largo Grimmauld. Talvez isso se desse pela presença de Carlinhos, ele era o responsável por recrutar pessoas dispostas a lutar contra Voldemort.

— Precisam ir, agora – Harry grita para os amigos, que não faziam ideia de onde ele estava, mas o encontraram correndo em uma direção, com três comensais atrás de si, de repente seu patrono foi liberado e os comensais começaram a aparatar.

Hermione e Rony acharam que aquela era a hora de ir embora, e os membros da ordem estavam de fato se aproveitando daquele momento para aparatarem para o local combinado. Mas os dois se contiveram quando Harry foi desarmado e encurralado.

Hermione gritou, mas ninguém deu atenção a ela, e Rony viu quando Harry olhou para eles e os mandou ir embora. E o ruivo simplesmente atendeu a aquele pedido, Harry era importante demais, mas ele não se arriscaria daquele jeito sem um plano.

— Hora, hora, o grande Potter encurralado – fala um dos gêmeos Carrow, enquanto tinha um sorriso sádico no rosto.

— Chamem o mestre – Grayback fala com seu tom grotesco.

— O levaremos até a mansão – Draco se pronuncia, havia um sorriso debochado em seus lábios e Harry parecia se divertir com aquela situação.

— Do que está rindo? – Rabastan pergunta para o moreno que nega.

— Nada que lhe deva o interesse – ele dá de ombros, insolente, era assim que seria chamado.

Mas não houve tempo, pois em um ato rápido, ele apenas correu diretamente para cima do Malfoy e juntos, os dois aparataram, sumindo em um raio de luz verde, definitivamente todo aquele plano iria por agua abaixo.

Todos os comensais pareciam incrédulos, olhando de um lado para o outro, completamente perdidos, haviam perdido Harry Potter e pior ainda, ele havia levado Draco consigo, com certeza aquilo não era bom, pois eles podiam jurar que a essa altura, algum dos dois estava morto.

O homem andava com seus pés descalços ao redor da mesa, enquanto todos que haviam estado naquela batalha, estavam ali, sentados, de cabeça baixa, enquanto uma cobra passeava por cima de suas cadeiras, não, aquela não era Nagini, ela havia sido morta, mas Voldemort adotara outra cobra para lhe fazer companhia.

O ofídico estava possesso e Bellatrix achava tudo muito engraçado, porque alguém definitivamente sobraria naquela história, ela só não tinha certeza de quem.

— De quem é a culpa? – Voldemort pergunta em um sibilo, mas audível suficiente para que todos os presentes decidissem se calar por livre e espontânea vontade, ou livre e espontâneo medo, afinal, eles sabiam que Voldemort sabia que não havia culpados, mas ainda assim ele tomaria a decisão que quisesse e puniria alguém.

— Mi Lorde – Bellatrix chama com cuidado – Draco ainda não retornou.

Rabastan semicerrou os olhos para ela, engolindo em seco, odiava o fato da mulher ser capacho de Voldemort e odiava ainda mais aquele joguinho ridículo que ela se prestava.

Todos sabiam que Voldemort estava procurando um culpado e agora ele o tinha, então puniria o loiro da pior forma possível.

— Ele comanda o meu exército, ele não seria capaz de trair-me Lestrange – Voldemort sibila, mas estava pensativo, inclinado a aceitar aquela ideia – não consigo chama-lo ou senti-lo – de repente eles cogitaram a possibilidade de Draco estar morto, aquilo era uma realidade.

— E se ele se livrou da marca? – Grayback pergunta.

— Não seja tolo Grayback, não se pode se livrar da marca, uma vez comensal da morte, comensal eternamente – Karkaroff diz, era a primeira vez que se pronunciava.

— Sábias palavras Karkaroff – Voldemort diz sorrindo, nem se lembrava mais que queria punir alguém, agora só desejava encontrar Potter de uma vez e acabar com aquilo.

Desejava ter o mundo aos seus pés, seria o dono dele, seria o maior bruxo da história e ninguém, nem Harry Potter lhe tiraria isso.

— Antes deles desaparecerem, houve um raio de luz verde, a essa altura, Draco deve estar morto – Krum diz sem expressão alguma, sempre havia desprezado o Malfoy e adoraria que ele de fato estivesse morto.

— Comuniquem a Narcisa e a Lucius que Draco está morto – Voldemort diz sem nenhum pudor, ele não tinha nenhum escrúpulo e nem se interessava se o líder do seu exército, aquele lutava suas batalhas estava vivo ou morto, ele apenas pensava nos seus propósitos – e me achem um novo general.

Sem mais nenhuma ordem, ele deixou a sala, levando sua cobra consigo, todos os presentes apenas soltaram o ar que seguravam. Estar na presença de Voldemort era como estar na presença de um dementador, ele sugava toda a sua energia vital e não lhe deixava nada, apenas a morte.


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