O casamento às cegas. escrita por Takkano


Capítulo 1
Capítulo 1




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Vou me casar.

EHHHHHHHHHHHHHHHHHHH??

A surpresa foi geral. Ninguém mais ali na mesa de jantar, da mansão dos Charlotte, conseguiu comer coisa alguma. Brûlée foi a única que virou uma garrafa inteira de conhaque, na esperança de apagar antes daquilo tudo continuar.

Bem devagar, a matriarca da família e Yoncou, Linlin Charlotte, largou a generosa garfada de bolinho de feijão doce que já ia à boca poucos segundos antes. Aquele pequeno gesto deixou todos, até mesmo Katakuri, um pouco preocupados, porque a Mama nunca deixava uma garfada para depois. A mulher lançou um sorriso insano ao filho mais velho e ficou o encarando, por um longo período de tempo. Passava a impressão de que Linlin esperava pelo final de alguma piada que, certamente, seria bem sem graça.

Como Katakuri a encarou de volta com um olhar firme e sério, Linlin não viu saída a não ser ter que perguntar:

Está falando sério?

Não! – Brûlée soltou do outro lado da mesa. Parecia que um conhaque não fora o suficiente.

Sim – Katakuri cortou a irmã, que parecia procurar algo brilhante na mesa para se enfiar dentro.

Mama ma! Não sei o que dizer.

Que tal, dizer que está muito feliz por mim.

Não sei se posso dizer isso agora, eu ainda não dei permissão.

Katakuri riu baixo, o que deixou todos ainda mais aflitos.

Eu não estou pedindo permissão; não preciso. – Mama apertou o garfo o entortando. – Estou comunicando que pretendo me casar, em breve.

E o que o faz pensar que uma notícia como essa me deixaria feliz?

E por que não deixaria?

Porque os casamentos dos Charlotte não costumam dar muito certo, de qualquer forma – Charlotte Cracker deu uma longa gargalhada, arrancando um olhar raivoso de Pudding, que inflou as bochechas.

O meu só não deu certo, porque foi tudo forçado – Pudding se deitou triste na mesa. Odiava ter que relembrar que perdeu Sanji.

Todos os casamentos dos Charlotte são forçados, ninguém nunca iria querer se casar com algum de nós.

Como é difícil não ter uma gota de autoestima né, Próspero – Pudding mostrou a língua ao irmão.

Já chega – Mama bateu forte na mesa, fazendo alguns objetos saltarem no ar – Antes de concordar com isso, eu preciso saber quem é a felizarda, não?

NÃO! –Brûlée fez uma última tentativa de salvar a pele de Katakuri antes de tombar na mesa de jantar. Parecia que três garrafas sim resolviam o problema.

Então, de qual interesseira exatamente estamos falando? Charlotte Smoothie mirou Katakuri com ar de deboche.

Não existe interesse algum, é só… amor – Katakuri parecia pouco seguro sobre isso.

O circo foi geral. Todos acabaram rindo muito, deixando Katakuri e até mesmo Pudding, que empatizava mais com o irmão, um pouco magoados.

Linlin levantou a mão, fazendo todos pararem imediatamente de rir.

Tudo bem, não deve ser difícil acertar então. Se não é nenhuma interesseira, é porque é uma mulher importante – Linlin levou a mão ao queixo exageradamente grande e começou a pensar:

A Princesa Nefertari Vivi, de Alabasta?

Não conheço.

É, seca demais.

Muitos dos Charlotte voltaram a rir.

Shirahoshi?

Não.

Graças a deus, odiaria ter um aquário na sala de jantar; e com o jantar dentro.

Alguns dos Charlotte já deitavam de tanto rir.

Ah, a Princesa Hyori?

Muitos fizeram uns sons de assobios. Hyori era realmente bonita.

Definitivamente, não.

É ela está bem falida agora, até no título. Espera, não vai me dizer que é aquela oferecida da Boa Honkok? Se for, nesse caso, não tem conversa – Mama voltou a socar a mesa irritada – Me recuso a ter aquela vadia como nora.

Ah, mama! A Honkok é um mulherão.

É mama, deixa o Katakuri se casar com ela, vai ser interessante.

Pelo menos as crianças vão nascer bonitas; se puxarem a mãe, é claro – Flampe soltou amarga.

Katakuri só não se importou tanto porque sabia que, na verdade, lá no fundo, a irmã só estava morrendo de ciúmes dele.

Estão todos errados. Eu não tenho interesse algum na Honkok, na verdade, ela pode até ser um problema para mim.

Problema? Espera, a gente ao menos conhece a pessoa de quem você está falando? – Próspero finalmente foi ao ponto.

Tenho certeza que sim.

Ah, Katakuri, dá uma diquinha vai – Oven, que estava sentado ao lado de Katakuri, cutucou o irmão.

Estiveram conosco aqui em Whole Cake e em Wano.

Espera, não vi nenhuma princesa aqui em Whole Cake nos últimos tempos – Daifuku tombou a cabeça pensativo.

É porque não é uma princesa, sua anta – Smoothie voltou a encarar Katakuri.

Ah! Sabia que era só uma interesseira – Mama finalmente voltou a comer, agora sem dar mais muita atenção ao assunto, que começou a se espalhar feito brasa pela mesa.

Olha, se vocês tiverem uma boa memória, saibam que as únicas mulheres que estiveram conosco, tanto em Whole Cake, quanto em Wano, foram a arqueóloga e a gata ladra.

A última garfada de Linlin saiu voando em direção a Katakuri, que foi atingido bem no rosto. Nem reclamou. Aquilo foi literalmente doce, perto do que estava por vir da matriarca.

Bom, na verdade, também tem aquela coelha, né?

Próspero, não está ajudando. – Próspero mordeu a língua.

Bom, na verdade tinha sim mais alguém – Oven resolveu tentar ajudar um pouco – Como é mesmo que se chama, aquela Germa?

Mama ma! Vai tentar consertar o estrago que a Pudding cometeu? – os olhos de Pudding merejaram. Mama voltou a comer feliz – Agora sim está parecendo um filho meu. Sabia que alguém dessa família tinha que se salvar. Muito bem, nesse caso, vamos dar início aos preparativos – Mama pegou um bloco de papel e jogou sobre a mesa – Vamos começar pelos doces.

Mama, primeiro os convidados, para poder calcular a quantidade de comida para a festa.

A quantidade deve ser ilimitada, então os convidados não importa.

Nesse caso a comida também não precisa ser anotada.

Que festa estúpida, tomara que termine pior que a anterior – Fleur cuspiu o chiclete no chão, bem próximo ao pé de Katakuri.

Olha, os convidados sempre serão os mais importantes, pois, ao contrário da comida, esses sim, devem ser limitados; bem limitados – Smootie estendeu a mão a Mama, pedindo para anotar os convidados.

Mama entregou o caderno e voltou a comer.

Desnecessário. Todos os Charlotte estão convidados, a menos que queira convidar alguém de fora para testemunhar esse momento; que tal o Kaido?

De jeito nenhum! – Próspero ficou realmente irritado.

Não, a Mama está certa, vamos sim convidar alguém de fora.

Mas quem, não temos tantos aliados.

Seja realista, Smoothie, não temos nenhum, na verdade. Nem mesmo o Kaido aceitaria um convite estúpido desse.

É, quem se importa com uma aberração se casando com outra? – Fleur ameaçou sair da mesa, mas Mama a deteve com um olhar. A pequena garota voltou a se sentar. Sabia que a Mama não deixava ninguém sair antes dela mesma terminar a refeição.

Katakuri ficou quieto. Não conseguiria ter uma conversa adequada com ninguém ali, exceto Pudding e Brûlée, mas uma estava aos prantos e a outra desacordada.

Se não se importam, eu gostaria de me retirar. Como a festa é minha – Katakuri lançou um olhar perigoso à mãe – Eu sim, preciso fazer um convite de última hora.

Mama ma! E quem você vai chamar, acredito que também não seja lá muito popular.

Uhm, será uma surpresa.

Oh se será.

Brûlée disse suas últimas palavras, antes de voltar a tombar, desacordada na mesa.

 

 

 


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