As Rainhas do Trono de Diamante escrita por autorasantiis


Capítulo 8
Renúncia




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O som da marcha nupcial ecoava das melodias do piano e isso deixara todos os convidados encantados com a entrada do Rei Kim, ele estava lindo, vestido em um terno branco, seu cabelo arrumado em um topete, todo jogado para trás, o que o deixava demasiadamente sexy. Ao altar esperando por ele estava Kim Namjoon, com o maior sorriso que ele poderia dar, estava radiante. Seu terno também era branco e seus cabelos loiros estavam como os de Seokjin, realçando seu rosto.

— Já posso morrer de tédio – Jisoo boceja, enquanto vê o irmão receber Seokjin.

— Cale a boca e não seja um pé no saco – Jennie retruca.

Uma semana havia se passado desde o atentado à Chaeyoung, e muita coisa havia mudado para elas, com suas energias voltadas para a existência de uma ameaça, as cidadelas deixaram de fazer parte dos seus deveres.

— Estamos aqui reunidos para celebrar a união do Rei Kim Seokjin com o Barão Kim Namjoon... – o padre iniciara, mas aquilo deixou de fazer sentido para ela quando mirou a carta em suas mãos.

A havia escrito fazia alguns dias, depois da ameaça velada ser jogada na escadaria do castelo, logo depois do seu atentado. Dizer que Chaeyoung havia ficado paranoica é pouco, ela mal dormia sem medicamentos, e quando estava acordada, só sabia falar daquele problema em comum que tinha com suas irmãs.

De todas as cinco, Chaeyoung era a única que não desejava de fato comandar nada, mas seu pai havia colocado em sua cabeça que ela tinha que ser perfeita e pra isso, deveria se tornar rainha, por isso, ela agarrava todas as oportunidades que tinha e as que não tinha.

— Kim Seokjin, você aceita Kim Namjoon como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, para sempre? – pergunta o padre, recebendo a atenção da loira que estava distraída e mal ouvira todo o discurso que amava em casamentos.

Rosé era uma mulher doce, apesar da sensação de competição, ela tentava ser doce, bem, isso até ela saber que a Rainha Lee dividiria Lilases e daria uma parte para cada, que era a parte mais importante em ser uma rainha, saber comandar e cuidar do seu povo. Coisa essa que nem ela e nem suas irmãs sabiam.

— Aceito – agora era a voz de Namjoon que ela ouvia.

— Eu vos declaro, casados, podem se beijar – o padre fala e os dois dão um beijo casto, mas feliz, estavam radiantes.

— Eu Kim Namjoon, juro solenemente, pela lealdade à Lilases, pela graça divina dos deuses da Dinastia de Ouro, que cuidarei do vosso reino e juntos prosperaremos – Namjoon diz com o cajado de Lilases em mãos.

— Salve o Rei Kim.

— Eu Kim Seokjin, juro solenemente, pela lealdade à Lilases, pela graça divina dos deuses da Dinastia de Ouro, que cuidarei do vosso reino e juntos prosperaremos – Seokjin repete com um cajado parecido.

— Salve o Rei Kim.

— Nós, Rainhas de Lilases, guardiãs do Trono de Diamante, recebemos o Rei Kim Seokjin, comandante de Epiphany, e o Rei Kim Namjoon, comandante de Love, como Reis da Dinastia de Ouro – Jennie diz e sorri para os dois, que fazem uma breve reverência.

Todos começam a se deslocar do salão do trono, para o salão de festa, mas a presença de Chaeyoung estancada diante do trono, fez todos franzirem o cenho.

— Rosé – Lalisa chama.

— Eu Park Chaeyoung, estou renunciando e deixando a disputa do Trono de Diamante – Chaeyoung fala, fazendo um espanto tomar conta do salão.

Ninguém de fato esperava por aquilo, e podia-se dizer que era muito repentino.

— Chaeyoung, deixe de drama – Jisoo fala irritada.

— Não é drama – Rosé nega, tinha o olhar cabisbaixo e suas mãos enrugavam o tecido do vestido – terão que se preocupar com uma a menos, podem ficar com tudo, eu cuidarei de Venom, mas não estarei mais disposta a disputar pelo Trono de Lilases.

As pessoas se olhavam confusas e para evitar todos os questionamentos, Rosé se retirou, sendo levada por Jongin e Kyungsoo de volta a Lilases, já que o casamento estava ocorrendo em Epiphany.

Lalisa andava de um lado para o outro, furiosa, não esperava que Chaeyoung fosse tão tola assim em deixar a disputa. Elas deveriam ficar felizes, mas de fato não estavam, aquilo era uma preocupação a mais, porque se seu carrasco tinha o poder de tirar uma delas do Trono, o que mais ele não poderia fazer com as outras? Bem, elas não queriam descobrir.

— Você acha que Kang Lia está viva? – Jisoo pergunta em dúvida e Jennie nega.

— O Jeon garantiu que não, não temos com o que nos preocupar – Jennie diz mantendo a calma.

— Devemos ver o corpo – Jisoo diz exasperada – eu quero vê-la.

— Acha que Jungkook dará o corpo dela para nós, depois de termos a dispensado? – Jennie debocha – acorda garota.

— Quanto tempo falta até a votação? – Lalisa pergunta.

— Quatro meses – Jennie diz com um suspiro – até lá, vamos tentar ficar vivas.

O dia havia passado com calma para si, desde que saíra de Epiphany e voltara a Lilases, tudo que havia feito era mapear toda a sua cidadela, conhecer cada detalhe dela, e além disso, conhecer os problemas que lhe assolava. Mas ainda faltava algo, ela precisava estar presente naquele lugar, precisava conhecê-lo de perto.

— Jongin – ela chama e o homem logo adentra seu quarto, estranhando o tanto de papeis sobre a escrivaninha.

— Sim, minha senhora? – ele pergunta depois de curvar-se.

— Prepare o meu cavalo, iremos a Venom.

Jongin franziu o cenho em dúvida, mas não disse nada, apenas assentiu e deixou o quarto, tratando de fazer o que Chaeyoung mandou. Depois de toda aquela comoção na renúncia do Trono, ela havia tirado um peso das suas costas e automaticamente, havia posto a cabeça no lugar, percebendo de fato o que era mais importante, o que ela tanto queria no início, antes de seu pai tanto a envenenar.

— Seu cavalo está pronto minha rainha – Jongin diz voltando ao quarto.

A loira assentiu, deixando o quarto junto a ele e Kyungsoo que guardava a porta. Era meado de tarde, e algumas pessoas passeavam pelo entorno do castelo, era um lugar lindo de se ver quando iam a capital. Rosé montou em seu cavalo, e junta a seus dois escudeiros e três guardas, ela partiu rumo a Venom.

Antes de chegar propriamente em Venom, ela pôde perceber que havia algo de errado, parecia vazia, sem vida, como se as pessoas que habitavam ali houvessem sumido. A loira continuou a cavalgar em direção a linha que dividia Venom de Astrid, a capital de Lilases.

Rosé puxou as rédeas do cavalo e parou diante da fronteira, havia guardas patrulhando, mas nenhuma criança, e quase nenhum adulto.

— O que há com Venom? – Chaeyoung pergunta confusa.

— Hã... – Jongin parecia receoso em falar, e talvez nem precisasse, pois Tuan cavalgando na direção deles, o fez se calar.

— Rainha? – Tuan parecia surpreso, mas ainda assim fez uma reverência, olhando de Jongin para Kyungsoo – ao que devo a sua visita? Se não se importa que eu questione.

— Vim ver como está minha cidadela – Rosé diz ainda olhando além de Mark, como se não ver quase ninguém por ali, ainda a incomodasse – o que há com meu povo?

— Minha rainha, o vosso povo adoeceu – Mark fala com um suspiro e só agora ela notou que ele parecia exausto – não temos medicamento suficiente, eles contraíram a peste e o nosocômio está em sua capacidade máxima, assim como Shadow.

— O que... o que eu posso fazer por eles? – Rosé pergunta assustada, ela não tinha pulso para aquilo, ela nunca tentou ser uma rainha de verdade e agora que estava pensando em ser pelo menos uma salvadora de uma parte do seu reino, ela estava fraquejando.

 Mark suspira e assente, não sabia de onde vinha aquela vontade de Chaeyoung em cuidar do povo e da cidadela, mas teria que esperar que ela fizesse algo útil naquele momento.

— Nós somos exportadores de madeira, gado, alimentos, plantações, minérios e cada reino externo é responsável por alguma coisa – Tuan começa explicando, para que Rosé entendesse como funcionava as trocas entre reinos – aqui em Venom, produzimos plantações que são ligadas a medicina, mas não temos recursos para produzir medicamentos, isso quem faz é...

— Euphoria – Rosé interrompe assentindo – então precisaríamos fortalecer os laços para receber suporte.

— Sim, eu já tentei, mas o Marquês Jeon se recusa a negociar sem a sua presença, diz que isso não é sobre punição, são garantias – Mark fala e Rosé apenas suspira, se queria salvar pelo menos aquilo que lhe foi dado, teria que começar a se importar verdadeiramente, mas como faria aquilo, depois de ter renunciado ao trono? Bem, ela não sabia, mas teria que descobrir.


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