As Rainhas do Trono de Diamante escrita por autorasantiis


Capítulo 9
Redenção




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A sala estava cheia, e a última Rainha havia acabado de sentar-se em sua cadeira, não sabia se podia participar, mas a julgar pelo falatório, suponha-se que estavam apenas a esperando.

— Obrigada por virem, sei que são muito ocupados, mas precisávamos dessa convocação para explicar algumas coisas – Lalisa diz e olha para Chaeyoung, que apenas prestava atenção e anotava algo em seu caderninho.

Suas irmãs haviam achado patético o fato dela estar se envolvendo tanto com Venom, sendo que nem ficaria por ali, já que havia desistido de se tornar Rainha do Trono de Diamante.

— Por favor, poupe o meu tempo e fale de uma vez – a imperatriz diz com tédio, tinha mil coisas para resolver e estava gastando seu precioso tempo com as rainhas que mal ligavam para seu reino.

Lalisa quase rosnou, odiava a Imperatriz, mas naquele momento teria que engoli-la.

— Como sabem, Chaeyoung deixou a disputa do reino, portanto agora só restam eu, a Jennie e a Jisoo – Lalisa diz o obvio, fazendo o Min revirar os olhos – bem, com isso, devemos dar uma explicação do porquê Rosé desistiu – Lalisa suspira, fazendo sua melhor cara de preocupada – desde o dia da coroação, estamos sendo constantemente ameaçadas, nossos gados estão sendo roubados e jogados na nossa porta.

— Isso nós já sabemos Rainha Manobal – Ametista diz, ela era a Princesa de Galatus.

— Uma semana atrás, Chaeyoung sofreu um atentado, onde quase tiraram a vida dela – Jisoo diz tediosa – por isso ela desistiu como uma frangote.

Chaeyoung olha para Jisoo e semicerra os olhos.

— Vemos sempre vocês quatro por aqui – Hoseok diz desconfiado – mas onde está a Rainha Kang?

As quatros se entreolham e engolem em seco, compartilhando do mesmo segredo.

— Kang Lia fugiu com um plebeu – Jennie inventa – ficamos sabendo por uma camponesa que viu alguém da realeza fugindo com um cavalo preto de patas brancas – de fato, aquele era o cavalo de Kang Lia, todos sabiam.

 — Bem conveniente – Safira sorri debocha e nega – sabe o que é engraçado?

— O que? – Lalisa pergunta entediada.

— Que Kang Lia nunca vestiu roupa da realeza – Safira mira os olhos de Lalisa, mas a loira não vacila um segundo, pelo contrário, ela sorri afrontosa e ergue o cenho – e ninguém a conhecia.

— Eu não duvidaria da palavra do meu povo – Lalisa dá de ombros – de qualquer forma, estamos aqui apenas para esclarecer, que de agora em diante, os reinos que têm parceria conosco, responderão apenas a nós três, Chaeyoung está proibida de fazer comércios.

— O que? – Chaeyoung se levanta indignada – você não pode fazer isso.

— Claro que podemos lindinha, Venom não é uma ilha isolada, ela vive dentro de um conjunto – Jisoo diz sorrindo – o nosso conjunto.

— Meu povo está morrendo pela peste, eles precisam de medicamentos – Rosé diz nervosa.

— Sorry honey – Jisoo debocha.

— Jennie, por favor, seja a razão neste momento, me deixe pelo menos adquirir medicamentos – Rosé diz em súplica e Jennie apenas dá de ombros, fazendo a loira abaixar a cabeça decepcionada – Kang Lia tinha razão, nós somos horríveis.

E sem dizer mais nada, ela apenas pegou seus pertences e deixou a sala de reunião. Os outros estavam de certa forma, surpreso com as garras de Chaeyoung em defender seu povo, atitude que não se via muito nas outras.

— Reunião encerrada – Jisoo diz e se levanta, mas para ao ver o brasão antigo sendo jogado sobre a mesa.

— Tomem cuidado rainhas, o que está acontecendo em Lilases, vai mudar tudo para todos nós – Safira diz, antes de se retirar com os outros.

Jisoo jogou seu corpo de volta na cadeira, derrotada, era assim que se sentia. Tudo ali parecia demais para elas aguentarem.

— O que faremos? – Jisoo pergunta.

— Vamos sobreviver – Jennie diz e deixa a sala de reunião.

Cada membro da realeza se despediu nas portas do castelo e foram em uma determinada direção, retornando de onde vieram. Rosé montou seu cavalo e deixou seus escudeiros para trás, ao perseguir o Marquês Jeon.

— Ao que devo a sua escolta? – Jeon pergunta, mirando a loira de soslaio.

— Eu não vou pedir para quebrar as regras, mas nada me impede de ir a Euphoria e comprar medicamentos por conta própria, certo? – Rosé dá de ombros e o Jeon sorri assentindo.

— Gastará seus dotes para ajudar seu povo?

— Eu preciso, eles precisam – Rosé suspira – eu pensei muito nos últimos dias, desde que quase fui morta, parece que uma luz se acendeu na minha cabeça e eu deixei para trás qualquer resquício do meu pai – ela dá de ombros e logo o trote de cavalos se aproximando a faz olhar para trás e sorrir – eles me acharam.

— Talvez não devesse deixá-los, eles garantem sua segurança e podem ajudá-la a trazer o que precisa de Euphoria – Jungkook diz e ela apenas assente, olhando para trás e sorrindo para os dois que lhe fizeram uma breve reverencia.

— Marquês, será que eu posso visitar o tumulo da camponesa morta? – Rosé pede meio acanhada – nós deveríamos tê-la enterrado em Lilases, era parte de nós.

Jungkook apenas assente e juntos os dois partem para Euphoria, seria uma longa jornada, mas Chaeyoung estava disposta a ir, precisava ajudar seu povo de algum jeito e quem sabe, ainda poderia indiretamente ajudar o povo de Shadow, que estava sofrendo da mesma forma.

Antes de ir até a capital, comprar medicamentos, Rosé caminhou pelo cemitério junto a Jungkook, a fim de ver a desconhecida, que não era tão desconhecida assim para a loira, afinal, ali estava enterrada sua irmã, ou pelo menos era isso que ela acreditava.

— É esta – Jungkook aponta para uma lapide lilás, onde a frase reluzia em ouro.

“Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar” — Rosé lê confusa – curioso.

— Achamos a frase em um papel preso nas vestes dela - Jeon dá de ombros – foi a única coisa.

Rosé mira a lapide e suspira, deixando seus pensamentos vagarem em memórias, ela sorriu e sem esperar, deixou uma lagrima cair, era certo dizer que sentia muito e realmente sentia. Não podia voltar atrás, o que estava feito, estava, mas talvez ela pudesse de alguma forma se redimir e era isso que ela queria, por Kang Lia, ela iria se redimir, salvando até a última vida que estivesse ao seu alcance.

 — Muito obrigada Marquês – Rosé faz uma reverência um pouco mais respeitosa que o normal e Jeon franziu o cenho ao mirar o pescoço dela.

— O que é essa marca? – pergunta curioso.

Rosé se levanta e franze o cenho, passando a mão sobre a nuca exposta, já que seus cabelos estavam presos em um coque.

— Você tem a marca de um brasão na nuca – ele diz confuso e ela mais ainda, pois nunca teve nada parecido.

— Não sei – ela mexe e realmente, conseguia sentir o relevo sobre a pele, mas ela nunca tivera aquela marca e não se lembrava de tê-la recebido recentemente.

— Bem, deve adiantar Rainha, logo irá escurecer – Jungkook diz e Rosé apenas assente, ainda perdida – se precisar de aposentos, sinta-se à vontade para ir até meu castelo.

— Obrigada Marquês – ela agradece e ele se retira.

Chaeyoung passa a mão mais uma vez sobre o relevo e dá de ombros, voltando aos seus afazeres, dessa vez com Jongin e Kyungsoo no seu encalço.


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