As Crônicas da República Parlamentarista de Oz escrita por murlo97


Capítulo 5
A Floresta Encantada




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Oz - Floresta Encantada - Dias atuais...
 Tratores gigantescos removem as árvores da Floresta Encantada. Ali, todos os homens e mulheres, funcionários da Companhia de Mineração de Esmeraldas, se preparam para iniciar suas atividades de mineração de esmeraldas no subsolo da floresta. Por onde os tratores passam, pássaros saem voando deixando os seus ninhos e filhotes para morrer. Os primatas da floresta, pulam de galho em galho com seus filhotes agarrados em suas mães. Os felinos ferozes correm dali em alta velocidade. Todos os animais tentam escapar dos furiosos tratores. Não há mais predadores, mas somente vítimas... vítimas de um grande dano ambiental causado pela ganância. Um dos funcionários entra na frente dos tratores e pedem para todos pararem. Os tratores freiam.
 Funcionário: Vocês ouviram isso?
 Os motoristas dos tratores desligam as máquinas na tentativa de ouvirem algo.
 Motorista de trator: O quê?
 O som que parecia se aproximar cada vez mais deles, parecia ser um som de soldados marchando. As pequenas plantas e folhagens próximas ao chão, começam a se mexer. Certos mineiros pegam suas armas e apontam em direção às pequenas folhagens. Todos estão assustados. De repente, guardas municipais de porcelana saem do meio das pequenas plantas, se revelando a todos. Eles são bem pequenos, sua altura dá até a metade da canela de um homem adulto. O comandante municipal da guarda vai em frente de todos os outros guardas e dirige a palavra aos funcionários da companhia:
Comandante de porcelana: Esta floresta é protegida por lei! Vocês não tem permissão alguma de destruir os nossos biomas! Peço educadamente para que deixem nossas terras!
 Um breve silêncio paira no ar, enquanto os funcionários da companhia e os guardas de porcelana ficam se observando durante algum tempo. Os tratores quebram o silêncio ao ligarem os motores novamente, como se ninguém tivesse dado ouvidos aos pequenos guardinhas.
  Comandante de porcelana: Homens, atirem!
 Os guardas de porcelana levantam suas armas e começam a atirar em direção aos tratores e funcionários da companhia. Alguns se ferem com as balas de porcelana, lhes causando pequenos machucados doloridos. Mas ao atingirem os tratores, as balas se quebram, pois eles são feitos de um metal muito resistente. As balas acabam e os tratores avançam. Os guardinhas tentam atirar sem sucesso. O comandante e seus guardas ficam assustados, pois os tratores se aproximam numa velocidade cada vez mais alta. Eles fogem correndo o mais rápido possível em direção à Delicada Cidade de Porcelana, que se localiza no interior da Floresta Encantada. Porém, eles são muito pequenos e não conseguem correr a tempo de escaparem dos tratores que passam por cima dos guardas e seu comandante de porcelana. Todos eles se dividem em vários cacos que ficam espalhados no chão da floresta. Os tratores continuam avançando floresta adentro, derrubando árvores e mais árvores, até que finalmente, a Delicada Cidade de Porcelana se revela. O porteiro de porcelana que fica observando tudo o que se aproxima em uma torre próxima ao portão da frágil cidade, avista os tratores. Por um momento ele pensa: "ah, os tratores irão parar antes de chegar na cidade. Eles tem que parar". Mas ao perceber que os tratores avançam muito rápido e que eles já estão muito próximos da cidade, o porteiro alerta toda a população através de um microfone. Sua voz sai nos pequenos amplificadores espalhados em vários postes da pequenina cidade.
 Porteiro de porcelana: Atenção todos os cidadãos! Atenção todos os cidadãos! Isso não é um exercício de emergência! Peguem suas malas reservadas para situações de conflito e fujam para longe! Tratores enormes se aproximam e parece que eles não vão parar!
 Logo após o porteiro alertar os cidadãos de porcelana, um dos tratores passa por cima do portão, da torre e do porteiro de uma só vez, deixando todos em cacos. Cidadãos que estavam próximos dali, tentam sair correndo sem sucesso. Os tratores quebram todos eles. Os cidadãos que estavam em bairros mais distantes, começam a se preparar para fugir. Muitos pegam suas malas reservadas para situações de conflito e tentam fugir com seus automóveis. Alguns largam tudo para trás e saem correndo a pé. A cidade vira um caos. Vários cidadãos quebram as vidraças das lojas e roubam eletrônicos, roupas, eletrodomésticos e diversas outras coisas, tudo feito de porcelana. Várias viaturas da Guarda Municipal correm nas vias de porcelana com as sirenes ligadas. Todos estão correndo para o portão da outra ponta da cidade, seja a pé ou em seus veículos. Motos passam rapidamente entre os carros. O portão do outro lado se abre e muitos escapam. Os tratores avançam rapidamente quebrando casas e prédios, muitos deles em formatos de bules, xícaras e pratinhos. Os tratores também vão quebrando os cidadãos e os veículos de porcelana que tentam escapar sem sucesso das grandes e ferozes máquinas. Os tratores vão destruindo e quebrando tudo pelo caminho. Os únicos cidadãos que conseguem escapar, são aqueles dos bairros mais próximos à outra ponta da cidade. Até mesmo a prefeitura que fica no centro da cidade e tem o formato de um enorme bule, foi destruída. Mas o prefeito conseguiu escapar no seu helicóptero de porcelana. Os mais ricos conseguiram fugir em seus jatinhos particulares. Mas mesmo saindo pelo portão da outra ponta da cidade, muitos foram esmagados e destruídos pelos tratores que avançavam rapidamente. Porém, haviam outros que já estavam longe com seus veículos, incluindo carros e motos de porcelana. Muitos deles estavam indo em direção à Cidade das Esmeraldas para se refugiarem. Após passarem pela Delicada Cidade de Porcelana, que agora se encontra em cacos, os tratores continuam avançando, limpando a Floresta Encantada das árvores. Nas áreas em que os tratores já passaram, muitos mineiros terceirizados e funcionários da companhia se preparam para iniciar suas atividades. O lucro falava mais alto do que a vida daqueles que viviam naquele local. Os grandes empresários precisavam das esmeraldas a todo custo.


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