Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, como estão? Estou feliz que a fic passou de 2 mil visualizações! Não tenho estado muito bem, mas gostaria de postar esse capítulo. As coisas vão ser mais rápidas agora, eu não sei onde vou parar, estava pensando em finalizar com a decisão da Katniss do segundo bebê. Não sei… bem, espero que gostem



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Resolvemos chegar cedo para comprar as coisas do enxoval, com uma lista em mãos. Eu estou com dor nas costas, me arrependo por ter demorado para vir. Mas não consigo evitar me sentir animada e sorrir quando vejo todas as opções. Uma loja como essa era totalmente impensável na época dos Jogos, mas agora é e geralmente tem outras pessoas comprando para seus próprios bebês.

A dona da loja é esposa de um amigo se Peeta, muito frequente na padaria, então ela deixou as portas fechadas para que pudéssemos ficar à vontade. Peeta trouxe uma caixa dos seus melhores doces para agradecer, sem que eles tivessem pedido, além, é claro, do dinheiro necessário para comprar os itens que precisamos.

Estou sorrindo quase o tempo todo, menos quando fico na dúvida entre alguma coisa específica. Minha mãe chegou ontem pela noite, e eu disse que não tínhamos certeza se era um menino ou uma menina, pois não tínhamos muita coragem de perguntar e a médica também nunca disse nada a respeito. Então ela me contou que sabe que é uma menina desde que eu fui visitar o Distrito 4, que sempre foi óbvio. Apenas achou que nós não queríamos comentar.

Me divirto com Peeta cuidadosamente selecionando cada item que vamos precisar, me fazendo sentar em quatro cadeiras de amamentação diferente, ver se elas balançam muito ou pouco. Depois, me dá algumas almofadas para ajudar e eu ver se vou me adaptar, tudo ele faz questão que eu tenha certeza de que vou conseguir usar sem dificuldades.

Ficamos duas horas selecionando tudo e a dona da loja foi muito cuidadosa e querida para nós, nos ajudando com o que mais fosse necessário. Disse que ao fim da tarde tudo seria entregue, então não precisaríamos voltar com nada em mãos, mas Peeta insistiu para carregar uma bolsa com alguns itens, dizendo que sempre quis fazer isso. 

Retornamos para casa de braços dados, por causa do forte frio que tem feito. As celebrações de fim de ano tem chegado, e ele tem ficado ansioso. Não notei muito isso nele durante outros meses — exceto no dia da primeira ultrassonografia —, porque agora estamos mesmo na reta final. A bebê tem data prevista para nascer em março.

— Você vai tentar montar tudo sozinho? — ele assente, orgulhoso, com um sorriso que poderia iluminar todo o país, me fazendo sorrir tanto que minhas bochechas doem, ainda que seja um dos meus sorrisos mais sinceros. Eu amo Peeta. — Posso ajudar você a pintar o quarto?

— Claro que pode! De manhã eu liguei pedindo mais tintas para Effie, ela disse que mandará um aerodeslizador, deve chegar amanhã — assinto, me aproximando ainda mais dele conforme caminhamos em direção nossa casa.

Não podemos encomendar nada que venha por um aerodeslizador ou usar um por causa da minha decisão de matar Coin. Mas isso não impede que Effie faça isso e que sempre esteja fazendo questão de nos mandar presentes. Tenho a sensação que eu nunca vou usar tudo o que ela me mandou, e que foi uma péssima ideia ter dito que não precisava de nada. Era melhor ter pedido apenas uma coisa em específico.

Que saudades eu estava de uma comida com gosto de família, feita por mãe — Peeta comenta, tão baixo, que mal consigo ouvir enquanto comemos a sopa de abóbora que minha mãe preparou. Ela não está em casa agora, foi para a casa de Hazelle, mas deixou pronta porque sabe que tem sido minha comida favorita.

Peeta nunca comenta sobre sua família. Raros são os momentos que ele menciona algo que algum de seus irmãos fizeram, mas é tão raro que eu não consigo pensar quando foi a última vez. Mas ele é quem mais revisita o álbum de memórias, sei disso porque gosto de organizar seu ateliê e constantemente vejo o álbum em sua mesa. Ele não fala muito sobre seus sentimentos, mas já o entendo o bastante para saber quando repentinamente cancela um dia de trabalho e não me solta, sem dizer nada, é porque teve um pesadelo muito ruim. 

Olho para ele agora, que parece não querer continuar comendo. Seus olhos estão olhando para o bowl, enquanto preguiçosamente mexe a colher. Butter pula na mesa, passando o corpo em sua mão e ele dá um pequeno sorriso. Ele afasta, então, o bowl e a gata começa a comer o que sobrou.

— Sinto muito — digo, baixo. Toco em seu joelho, então me inclino para beijar seu ombro por cima do casaco de frio. É o que posso fazer para acolhê-lo. Mesmo ele, tão sábio em usar as palavras, sabe que em momentos assim não se tem o que dizer. Mas a gente sempre tem como agir: com carinho e paciência.

Como já terminei o almoço, me levanto e o abraço, ainda que de um jeito diferente do que estou acostumada fazer, por causa da minha barriga. Ele deita a cabeça em meus peitos, me abraçando pela cintura. Peeta chora. Não forte o bastante para eu ouvir mais do que uma fungada sua, mas ele chora e eu acabo chorando também apenas por saber que ele está se sentindo triste.

Não sei por quanto tempo isso dura, porque nunca agimos com pressa em momentos como esse. Fecho meus olhos, e o sinto continuar chorando por um bom tempo, até que não esteja chorando mais. Ainda com sua cabeça em meu peito eu levo um dos meus polegares ao seu rosto, tão bonito, e passo por debaixo de seus olhos gentilmente. Beijo o alto de sua cabeça. 

A bebê chuta em algum momento, e ele dá uma risadinha, porque sentiu também, então eu abro um pequeno sorriso. Nós nos separamos aos pontos, porque não temos pressa. Encaro seus olhos, então percebo que ainda estou com um pequeno sorriso no canto do meu rosto. Seguro suas bochechas com as minhas mãos e beijo sua testa, embora seja algo simples, para mim quer dizer muito esse pequeno gesto. Ele sabe disso.

Peço para que ele suba para o nosso quarto, enquanto apenas guardo a comida, já que mais tarde chegarão as coisas do enxoval e vamos ter muito o que fazer. Geralmente ele se opõe que eu faça qualquer coisa desde que entrei no terceiro trimestre, mas dessa vez aceita, porque sabe que se brigar comigo ele terá problemas.

Em menos de cinco minutos eu subo e me deito ao seu lado, o abraçando pelas costas, porque minha barriga está grande o bastante para que a gente não consiga dormir confortavelmente na posição que é mais comum para nós. Felizmente consigo colocar minha cabeça em suas costas, o abraçando pela cintura. Ele ri e eu também, por todo meu esforço, mas nós conseguimos descansar e dormir até receber a nossa encomenda.


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Notas finais do capítulo

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