Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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A manhã foi muito tranquila, não consegui ficar longe dele. Literalmente.

Não sou muito de demonstrar verbalmente meu afeto, amor, mas desde que descobri estar grávida, sinto uma necessidade maior de estar perto de Peeta. Acredito que seja instintivo. Isso vai continuar depois que o bebê nascer? Eu não me incomodo tanto, ao pensar no choro, noites em branco com cólica, tentando adivinhar se é fome ou não sei o quê possa incomodar um bebê. Vai ser muito importante tê-lo por perto.

Estamos deitados no sofá, com Butter amassando pãozinho na minha barriga enquanto vemos televisão. Isso me faz rir sinceramente. Não aceito que ninguém além de Peeta veja minha barriga assim, claro, e a médica. Subo mais a blusa para que a gatinha possa ficar a vontade, e é muito bom de ver. O bebê chuta, e ela não parece se incomodar.

— Até rindo você está! Que milagre divino estamos vivendo hoje — Peeta brinca, enquanto afago seus cabelos. — Você em um ano viajou para o Distrito 4, além de ter aceitado ter um bebê. Posso pedir mais um gatinho? Ou então um cachorro? E que me faça um bolo como no dia do nosso aniversário de casamento?

— Peeta, você sabe que não pode empurrar demais a sua sorte, nem vem com essa para cima de mim — fica de frente para mim, e eu sinto vontade de chorar. Em um piscar de olhos, já estou com meus olhos cheios de lágrimas. Seu sorriso some e a preocupação ocupa seu rosto.

— O que foi? Está sentindo alguma coisa? — Rapidamente fica sentado, pegando Butter com cuidado em seu colo, ainda que a gatinha tenha reclamado em um miado longo.

Nego imediatamente com a cabeça.

— São só esses hormônios... Eu estou bem — falo, o acalmando. Dou um sorriso, mas já estou chorando. — Eu sou muito agradecida por você estar do meu lado. Não me arrependo. Todos os dias são tão difíceis, para nós dois… mas esses dias bons? Fazem valer tudo a pena.

— Até falante você está hoje. E com palavras bonitas. Você sabe que eu sinto o mesmo. Sou feliz quando você está — se inclina para me beijar. — Para de chorar, docinho, vai me fazer chorar também.

Rio, pegando Butter no colo, que prontamente vem.

— Estou começando a sentir muitos ciúmes. Butter, eu quem te botei nessa casa, e arrumei uma briga — Peeta brinca, vendo a gatinha deitar bem ao lado do meu pescoço, ronronando. — Acho que ela e o bebê vão ser grandes amigos.

— Bem, eu tenho muitas implicâncias, mas ela não tem sido uma. Recebi algumas roupas de Johanna, que foram de Jacob, e ela já garantiu que tivessem os pêlos dela. Nem lavei de novo. Bom que o bebê já cria anticorpos — Peeta gargalhou, e eu ri também. — Mas eu falo sério. Não vou lavar de novo.

— Ah, mas eu tenho certeza que você está falando a verdade! Esse é o ponto! Podemos ter um cachorro? Por favor? — Seus olhos azuis são meu ponto fraco, mas eu realmente não acho que daríamos conta, pelo menos não nesse momento. Eu acho que me apegaria mais ao cachorro do que ao bebê, ou algo do tipo. Tenho receio de não poder amar a criança como ela deveria.

— Haymitch não deixaria. Lembra quando Grease Sue trouxe o cachorrinho e quase comeu um dos patos dele? Peeta, não peça mais do que eu posso te dar. Um bebê e um gato, acho que já está bom. A família já está aumentando — ele assente, e faz carinho em minha barriga. Tudo o que não consigo demonstrar em afeto, ele consegue e supre por nós dois.

— Eu sei. Você está fazendo bem mais do que o bastante. Obrigado — beija minha bochecha, e nos reposiciona no sofá de forma que eu quem sou acolhida por seus braços, enquanto ele faz um carinho muito bem-vindo na minha nuca e na minha barriga. O bebê se mexe, como se alegre pelo contato. — Pelo menos deixa a gente saber se é menino ou menina na próxima consulta?

Caio na risada outra vez. 

— Delly me contou que quanto mais quisermos saber, menos chance de descobrirmos. Pega leve. Até porque eu tenho certeza que pode ser uma menina — respondo, de olhos fechados, ouvindo o som constante do seu coração dentro do peito. Esse é o melhor som do mundo.

— Katniss, você nunca me disse que acha que é uma menina — diz, em um tom chateado. Parou de afagar meu cabelo, mas continua passeando a ponta dos dedos na região que sentiu o bebê mexer. O bebê continua chutando levemente. — Já comentou isso com Delly?

Neguei, sem entender o motivo da chateação. Eu evito falar para evitar algumas situações chatas, como essa.

— Jamais comentaria isso com qualquer um que não fosse você — respondo, buscando não soar muito desbocada. — Peeta, isso diz respeito somente à nós.

Levanto a cabeça para olhar em seus olhos, tão azuis. 

— Eu acho que é uma menina. Não é nada demais, só um palpite e… — suspirei. Mais cedo pareceu mais fácil dizer algumas coisas. Falar sobre estar grávida, meus sentimentos, o próprio bebê, é bem mais difícil. — Bem, acho que sempre quis ter filhos, sempre teve esse instinto que eu dei para Prim. Mas por conta de tudo o que passamos quando mais novos, isso fez com que a possibilidade fosse descartada integralmente na minha cabeça. Enfim, você sabe.

Peeta faz carinho na minha bochecha.

— Eu estou com muito medo, Peeta. Então tudo o que eu possa descobrir sobre bebês, parto, exames, eu acabo conversando com Delly. Johanna é impossível, nem preciso explicar. Mas garanto que só estou contando para você sobre essa questão.

Assente, devagar, e eu me deito na posição favorável para que ele possa voltar a afagar meu cabelo e continuarmos fingindo assistir televisão, porque queremos é sentir o bebê mexer. O bebê parou de se mexer onde ele estava passando a mão, senti que foi para a minha coluna esquerda. Senti falta de ar, me dando um pouco de estresse. Peeta riu, porque foi bem na hora que eu me mexi e ele sentiu.

— Quer alguns cookies? Deixei a massa no freezer, mas esqueci de assar.

— Cookies eu não quero muito… mas se tiver pão de queijo. Arg!.. — recebi outro chute forte, doeu muito. Precisei me sentar, com a ajuda de Peeta. — Pensando bem não tenho tanta certeza assim. Do nada recebo chutes e pontapés. Não consigo entender!

Fico ofegante sem fazer absolutamente nada. Ele me faz relaxar as costas, buscando rapidamente dois travesseiros pesados para colocar um de cada lado do meu corpo. De algum modo, isso ajuda.

Fico triste pela expressão tão preocupada que Peeta assume quando estou sentindo dor, principalmente no que se refere à gestação. Posso ver em seus olhos o questionamento, de será que isso vale à pena. Não é algo que ele possa ter culpa.

— Está tudo bem. Não estou sentindo nada — o tranquilizo, pegando em suas mãos, sempre quentinhas. — Faz os cookies e os pães de queijo. E cobertura de açúcar com laranja.

Imediatamente parte para a cozinha fazer meus desejos. O resto do dia passou em preguiça, montando mais uma rede nos fundos e conversas bobas sobre coisas leves. Tiramos mais fotos, para abrir o livro de memórias. e fomos dormir mais cedo, com Butter vindo fazer companhia na soleira da cama.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando da história ♥️



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