The Spider-Man escrita por supermate3


Capítulo 4
Capítulo 3: Grandes Poderes




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Peter sai de sua casa e começa a andar pela cidade, logo depois ele encontra um anúncio que dizia: "$650 para quem ficar três minutos no ringue com o Esmagador. Hoje, às 20Hr. Obs: Idade mínima 21 anos.”

 

— Hum… Esta é uma boa oportunidade pra eu testar meu poder e talvez descolar uma grana pra conta do hospital.

 

Enquanto Peter olha o anúncio, duas pessoas chegam por trás e param ao seu lado.

 

— Tá olhando o que, Parker? - Diz Kong colocando seu braço em volta dele e começa a ler o anúncio - $650… Mais de 21? Que droga, eu ia descolar uma grana fácil.

 

— Porque você não vai Parker? Talvez você saia de lá todo quebrado - Diz Flash com raiva encostando em Peter.

 

Peter se solta de Kong e começa a encarar Flash - Sabe de uma coisa, Flash? Você devia subir no ringue. Assim, quando perder… Sua família pode processar a dele.

 

— OOOOOOH! UUUAAAAU! Parker tirou nota dez com louvor! O aluno virou mestre, sensei Thompson.

 

— Não enche, gordo! - Os dois continuam se encarando por um tempo - GRRR… Na próxima você vai ver, Parker. Vamos gordão!

 

19:00, residência dos Parkers.

 

Em seu quarto, Peter começa a pegar umas roupas de seu guarda roupa, primeiro uma calça moletom Azul escura, depois ele procura mais um pouco e acha um suéter vermelho, pouco tempo depois ele começa a se vestir.

 

— Você pretende jantar ainda este ano, Peter? - Grita May do andar inferior.

 

— O que tem pra comer?

 

— Almôndegas.

 

Peter pega uma máscara que ele costurou mais cedo e a coloca, ela era uma máscara azul escura com uns remendos vermelhos em volta da região dos olhos e uma lente para impedir que as pessoas vejam os seus olhos - Pizza?

 

— Almôndegas!

 

— Pizza?

 

— Almôndegas!

 

— Pizza?

 

— Pizza.

 

— Eu desço em dois segundos.

 

— Pizza com jeitão e gosto de almôndegas.

 

Depois de comer, ele volta ao seu quarto, pula da janela e começa a ir para o estádio de luta. Lá ele sai correndo pela multidão, pula no ringue e começa a enfrentar O ESMAGADOR - Ei, bola de boliche, pronto pra mim?

 

O apresentar logo começa a falar - Você não pode entrar aqui assim, moço! Ei! Eu não quero que… ESMAGADOR!

 

— Seu pirralho maluco… tá afim de se machucar?

 

— Vem tentar.

 

— Tu vai virar picadinho! Eu vou te quebrar no meio.

 

O esmagador tenta agarrar Peter, mas ele desvia dando um pulo por cima de sua cabeça, os dois ficam em cada lado do ringue, então Peter resolve provocar.

 

— Adorei o modelito, foi o maridinho que deu pra você.

 

O ESMAGADOR irritado, corre novamente em direção de Peter, mas desta vez ele se esquiva por baixo e ergue O ESMAGADOR.

 

— O que está acontecendo? Solte-o agora - Grita o apresentador, mas a sua voz é abafada pela plateia que vai à loucura.

 

— Ei! EI! - O ESMAGADOR grita antes de ser lançado com tudo no chão do ringue, a plateia fica em silêncio esperando ele se levantar, mas o apresentador começa a falar - O ESMAGADOR foi vencido! Ele foi a nocaute! - em seguida a plateia volta a explodir de animação.

 

Um senhor de chapéu e com um charuto na mão que estava na plateia começa a ter uma ideia - “ Hum… Esse mascarado é o que eu estava procurando!”

 

De volta ao palco, o apresentador começa a falar com a figura mascarada- Quem é você, mascarado misterioso? Mostre o seu rosto para a plateia!

 

Peter vai até ele e pega o dinheiro que estava em sua mão - Essa grana tem meu nome, né?

 

— É sua, pode pegar!

 

Depois que Peter pega o dinheiro, ele pula do palco e começa sair, mas antes disso, um senhor de chapéu o aborda - Escute, rapaz! Sou produtor de tevê! Me procure lá no estúdio e você vai ganhar muito mais do que isso! - Ele entrega seu cartão.

 

— Obrigado!

 

De volta a residência dos Parkes.

 

A campainha toca, Ben e May vão ver quem é, mas não tem ninguém, apenas uma carta que estava em frente à porta, Ben a pega e entra em casa.

 

— O que é isso? - Pergunta May.

 

Ben começa a ler a carta dentro do envelope- “... Por isso, os alunos fizeram uma vaquinha em nome do Peter. O garoto é um aluno fantástico e nós achamos que o incidente com o Flash Thompson foi injusto.” - Peter que acaba de sair do seu quarto começa a ouvir a conversa e solta um sorriso - “ Nós decidimos continuar anônimos em vista da posição da escola. Esperamos que vocês honrem esta decisão. Pretendemos trazer mais dinheiro em breve, uma vez que outros alunos prometeram doações mas ainda não pagaram. Tudo de bom.” Uau.

 

— Esta é a coisa mais linda que já me aconteceu em toda minha vida - Diz May contando 650 dólares.

 

— Ele é um rapaz especial.

 

Saida da escola Midtown.

 

— Eu te juro, Pete. Aí ele levantou O ESMAGADOR e o jogou com tudo no chão.

 

— Você está brincando, né? - Diz Pete tentando segurar a risada para Harry.

 

— Não, cara. É sério.

 

— Como você soube disso?

 

— Eu fui com o meu pai, mas ele teve que sair mais cedo e eu fiquei sozinho vendo a luta, mas foi incrível.

 

Enquanto Harry dava mais detalhes a para Pete sobre a luta, sua carona chega.

 

— Tchau, Pete. Temos que marcar alguma coisa depois.

 

— Vamos ver, Tchau.

 

Mais tarde em uma emissora de tevê.

 

— Produção, plateia e caros espectadores, como eu tinha falado antes, hoje eu prometi algo novo para vocês. Já imaginou alguém meio homem, meio aranha, realizando as acrobacias mais espetaculares diante das telas sem a ajuda de truques? Com vocês eu apresento… O espetacular Homem-Aranha!

 

O auditório fica em silêncio, sem entender nada enquanto entra um jovem no palco usando uma roupa simples e uma máscara improvisada. Ele fica meio cego com a luz que foi focada nele, mas ele logo se ajusta.

 

— Pode começar quando quiser.

 

— Ah… Certo.

 

O jovem se vira para uma parede e a primeira coisa que ele faz é pular quase um metro e meio até ela. O pessoal da plateia entra em choque, mas o jovem não deixa eles tomarem fôlego, pois logo depois ele começa a escalar a parede até o teto, em seguida ele se desgruda e cai no chão realizando algumas piruetas e aterrissa perfeitamente. A plateia se levanta batendo palmas e gritando.

 

— Eu não avisei que seria fantástico? Muito bem, Homem-Aranha! Pode parar, não mostre tudo para eles! deixe que peçam bis!

 

O cameraman deixa escapar algumas palavras - Estou vendo com os meus próprios olhos e não acredito!

 

— Muito obrigado. Muito obrigado - Peter se inclina ao público e agradece, logo em seguida ele sai por onde entrou.

 

Pouco tempo depois, Peter bate na sala do dono da emissora que o tinha chamado - Com licença - Ele abre a porta e escuta o final de uma conversa

 

— … Batemos recorde de audiência, vamos ganhar mu…

 

Antes que alguém termine de falar, o dono da emissora o interrompe.

 

— Ah… Oi garoto… Eu já vou te dar o dinheiro.

 

Peter fecha a porta e espera pouco tempo até que a porta se abra novamente.

 

— Desculpa te deixar esperando, pega aqui o seu dinheiro.

 

Peter começa a contar e… - Pera ae, 400 dólares? Você não tinha falado que eu ia receber muito mais?

 

— Calma garoto. Hoje foi só um teste, o dinheiro de verdade vai vir depois, e eu preciso do seu número de telefone.

 

— Sinto muito. Não vai dar.

 

— Então você vai me dar dor de cabeça, é?

 

— Por que não?

 

— Olha aqui - O senhor começa a apontar para Peter - Esse papo de anonimato é coisa de debilóide.

 

— É assim e ponto final.

 

— Hum… - Ele solta um sorriso - Muito bem espertinho. Tente voltar pra cá sexta à noite. - Ele tira uma bolsa que estava em seu ombro e a entrega para Peter - Mas, da próxima, vista isso. Eu mandei fazer especialmente para você.

 

— Por que?

 

— Sem querer ofender guri… Com a roupa que está usando… Você parece um idiota.

 

Mais tarde, na casa dos Parkers…

 

Ben abre novamente um envelope com dinheiro.

 

Tia May fala - E deixaram debaixo da porta desta vez?

 

— Sim! Deixaram debaixo da porta.

 

— Peter está em casa?

 

— Eu não…

 

— Peter, você está em casa?!

 

— Não, não estou!

 

— Certo!

 

— Eu desço num minuto!

 

Peter estava no seu quarto se encarando no espelho e testando a roupa que lhe foi dada, ela era um traje fino, apenas duas cores, vermelho e azul, e sem nenhum detalhe.

 

— Ele é tão fino que eu acho que dá pra usar de baixo da roupa, em. Homem-Aranha… Foi um bom nome esse que me deram. Eu acho que vai ser legal colocar uma aranha bem aqui no peito para combinar. Algumas listras parecendo teias vai ser legal também.

 

Algumas horas depois, porão da casa dos Parkers.

 

— EBAAA! Deu certo! Eu consegui! - Grita Peter enquanto pula usando apenas sua camisa e uma cueca.

 

“ Não, pai… Nós conseguimos. Sabe aquela fórmula para adesivo molecular que você criou antes de eu nascer, pai? Eu sempre tentei terminar pra você…”

 

— Isso é incrível demais - Diz Peter enquanto observa um fio pegajoso saindo de um aparelho de metal que ia até a parede.

 

“ Mas hoje, quando voltei para casa… Vestido de Homem-Aranha… Tive uma luz e saquei tudo, velhão! Além disso… Com um pouquinho de criatividade aqui… E engenharia ali… Olha só papai! O aranha agora tem teias! É só eu fixar cada um desses aparelhos nos pulsos e disparar o fluido com a pressão de um dedo!”

 

“ Agora só falta…” - Peter aponta o seu braço para o teto e gruda o fio que sai de seu braço nele - “... Os testes. Será que eu consigo deixar a teia mais elástica? A ponta é adesiva como uma supercola, mas os lados são apenas grudentos. Não muito. Só o suficiente para segurar.”

 

Peter se pendura na corda e fica de cabeça para baixo.

 

“ Quanto tempo será que essa coisa dura? Pra sempre? um minuto? Vai ser legal descobrir. Graças a Deus, eu sou louco o suficiente para tentar. Pera ae. Essa teia pode me deixar rico. Mas como? Que aplicação prática ela teria a não ser pra… Bem, pra isso? Não faz mal… Agora o Homem-Aranha tem teias! O tio Ben ia adorar ver isto.

 

— Peter, você está aí embaixo? - Surge uma voz vindo da porta do porão.

 

— Tô fazendo lição!

 

— Vá dormir menino! As suas notas vão despencar!

 

— Ah, poxa, tia May… Não se esquenta comigo.

 

No dia seguinte, Escola Midtown.

 

Em uma sala de aula vemos um jovem rapaz dormindo em sua carteira. A professora presente na sala percebe e vai até o aluno. Quase toda a sala está tentando segurar o riso.

 

— PARKER!

 

— NNYAA! - O jovem acorda com um susto e acaba quebrando a sua carteira.

 

CRACK

 

— Eu juro por Deus…

 

— Foi mal.

 

— Você já quebrou duas carteiras esta semana…

 

— Hã… é. Puxa vida, né?

 

— Escute bem… Você não é tão protegido a ponto de poder dormir em sala de aula, mocinho. Existem…

 

— Não! E-Eu estava pensando no que você estava dizendo e meio que…

 

— Eu vi o que você fez e …

 

BRING, o sinal toca

 

— AH… Bem, tente não quebrar nada até a próxima aula, e eu vou falar os seus tios, da próxima você vai para o diretor.

 

— Certo professora, isso não vai se repetir.

 

— É bom mesmo.

 

Peter começa a sair da sala e começa a pensar.

 

“ Calma Parker, hoje é sexta, vamos terminar bem o dia, já que é o último da semana.” - Ele dá um tapa em suas bochechas e vai para a sua próxima aula.

 

Horas depois Peter sai da escola e volta até a sua casa, lá ele troca troca de roupa e pega o seu uniforme que estava em uma mochila, logo depois ele desce as escadas correndo e fala com os seus tios que estavam sentados - Oi, eu vou até a biblioteca do centro, até mais.

 

Ei, espere, Peter - Ben começa a se levantar - Eu te dou uma carona.

 

— Eu vou de trem.

 

— Não, não, não, preciso me mexer, vamos.

 

Os dois saem de casa, entram no carro e vão para a biblioteca. Os dois passam a viagem em silêncio e chegam em seu destino.

 

— Valeu a carona, tio.

 

Peter coloca a mão na maçaneta do carro, mas Ben sente que precisa falar com ele, então o chama antes - Não, espere um pouco, Peter. Vamos conversar.

 

Peter se vira pro seu tio - A gente conversa depois.

 

— Pode ser agora, se você deixar.

 

— O que você quer conversar? E por quê agora?

 

— Porque não conversamos há muito tempo, a sua tia e eu não sabemos mais quem você é, dorme em sala de aula, faz experimentos estranhos no porão, se mete em brigas na esco…

 

Peter interrompe seu tio - Já falamos sobre isso, eu não comecei a briga.

 

— Mas aceitou a provocação.

 

— O que queria que eu fizesse? Fugisse?

 

— Não, não, você não tem que fugir, mas… É… Peter, olha, você está mudando, eu sei, passei pelas mesmas coisas na sua idade.

 

Peter solta um pequeno sorriso - Não, as mesmas não.

 

— Peter, é nessa fase que um homem define aquilo que ele vai acabar sendo pelo resto de sua vida… Cuidado com o que você vai ser. Eu sei que o Flash merecia uns tapas, ora, até eu estou com vontade de ensinar uma lição para ele e para a sua família, mas só porque você podia bater nele, não lhe dá o direito de bater. Ouça bem Peter, sabe, o seu pai, que Deus o tenha… Ele tinha uma filosofia de vida, um princípio. Ele acreditava que se você pode fazer coisas boas para outras pessoas se sentirem melhor… Bem, ele achava que era a sua responsabilidade fazer essas coisas. Não tente ser diferente disso, não tente ser menos. Eu sinto, e sei, que coisas grandiosas vão acontecer com você e com a sua vida, Peter… Grandiosas! E elas trazem uma grande responsabilidade, Entende? - Peter abaixa a cabeça um pouco e Ben continua - Lembre-se, com grandes poderes, vem grandes responsabilidades.

 

— Está com medo que eu venha me tornar um criminoso? Pare de se preocupar comigo, tá legal? Eu sei que estou mudando, mas vou me encontrar, sem lição de moral, tá… E se o meu pai sabia tanto… Então cadê ele? - Peter abre a porta, saí do carro, o fecha sem nem olhar para trás e continua a andar.

 

Ben fica triste ao ouvir aquelas palavras vindas do seu filho e o observa ir embora - Por favor, Peter, saia dessa... Você consegue.

 

Quando Peter está prestes a virar a esquina ele olha para trás e vê o carro do seu tio ir embora, em seguida ele continua a andar.

 

“ O tio não merecia ouvir aquilo.” - Aaah! - “Eu odeio isso! Porque não conto tudo pra eles? Revelo que estou bem e que tenho poderes. Mas alguma coisa me segura… Como se eu não devesse contar! Tudo está tão diferente agora e eu nem parei pra entender o que houve. Primeiro, eu sou só Peter Parker, o rei dos otários. E, de repente, posso sair escalando paredes. O que eu faço agora? Por que isso aconteceu comigo?”

 

Enquanto Peter continua andando, ele se depara com a primeira página de alguns jornais em uma banca, “Homem-Aranha intriga cientistas”, “Homem-Aranha, o novo ídolo nacional?” e “Quem é o Homem-Aranha? O que ele esconde debaixo da máscara?”. Peter solta um sorriso e continua a andar.

 

Poucas horas depois, dentro de um auditório.

 

— Eu sei que vocês devem ter esperado isso a semana inteira, e bem, ele voltou mais incrível do que antes, se preparem, o espetacular Homem-Aranha -Logo em seguida Peter entra no palco com o seu novo uniforme - Uma salva de palmas, por favor.

 

— Antes de você sair, eu preciso de uma pessoa.

 

— Certo, chamem a assistente de palco.

 

Pouco tempo depois uma moça bonita sai dos bastidores - Precisa que eu faça o que, Homem-Aranha?

 

Peter entrega uma maçã para a moça - Anda um pouco até o outro lado do palco e coloque isto na cabeça.

 

— Certo - Ela cruza o palco e coloca a fruta na cabeça - O que eu faço agora?

 

— É só ficar parada - Peter dá uma leve estralada no pescoço, e sem ninguém esperar ele lança um fio de teia na maçã e a puxa.

 

— Incrível! - Fala o apresentador.

 

Em seguida Peter salta na parede, depois salta no teto e começa a descer pela a sua teia de cabeça para baixo. A plateia vai à loucura.

 

— Ótimo Homem-Aranha, Ótimo. Nos vemos no próximo programa pessoal, uma salva de palmas.

 

Em seguida, Peter volta para os bastidores, e depois de sua segunda aparição na tevê, o jovem experimenta o doce sabor do sucesso! Várias pessoas querem falar com ele.

 

— Eu sou da Veja! Pagamos qualquer preço por uma sequência de fotos!

 

— Deixe-me empresariar você!

 

— Não vá, queremos uma entrevista!

 

— Falem com o meu agente, rapazes! - Diz Peter indo pegar o seu dinheiro.

 

Quando ele abre a porta ele vê a mesa do dono cheia de dinheiro e vê ele contando.

 

— Oi meu rapaz, aqui está o seu dinheiro.

 

Peter começa a contar e se depara com 700 dólares - Só isso?

 

— Meu jovem, na tevê se demora a ganhar dinheiro.

 

— Mas você me disse que eu ia ganhar muito mais do que isso.

 

— Eu te dei 700 e acho que está de bom tamanho, semana que vem a gente conversa em talvez aumentar o seu salário.

 

— Mas eu preciso do dinheiro!

 

O dono bateu de leve seu punho na mesa - E quem disse que isso é problema meu?

 

Peter fica meio em choque e apenas sai sem falar nada, e acaba esbarrando sem querer em um cara quando ele deixa a sala, pouco tempo depois ele chega no elevador e o chama, em seguida ele escuta algo vindo da sala que acabou de sair e se vira para trás quando a porta do elevador se abre. Depois, alguém sai correndo da sala em alta velocidade.

 

— Alguém segura ele! Ele me roubou.

 

O ladrão apenas corre na direção de Peter e ele o deixa passar. O elevador começa a se fechar quando um policial que estava o perseguindo chega perto.

 

— Valeu - Diz o bandido para Peter. Em seguida a porta se fecha - Isso ainda não é o suficiente… Merda! Para de se tremer!

 

— Qual é a sua, deixou o cara escapar! - Diz o policial indo embora.

 

Pouco tempo depois o dono chega perto de Peter com a cabeça sangrando - Você podia ter parado o cara, agora ele vai fugir com o meu dinheiro.

 

— E quem disse que isso é problema meu?

 

O dono fica bravo, se vira e começa a andar, quando ele está perto da sala ele grita - Você está demitido, nunca mais quero ver a sua cara, e nem precisa devolver essa fantasia de merda!

 

Peter solta um sorriso por debaixo da máscara, se vira e aperta o botão do elevador. Pouco tempo depois, fora da emissora, ele acha um local seguro para se trocar e continua a caminhar pela rua.

 

“ Era uma vez minha carreira na televisão. Bom, vou tentar descolar um trampo normal como qualquer adolescente… Será que estes poderes são úteis para limpar mesas de restaurantes? Não, eu vou trabalhar com computadores ou em um laboratório, talvez eu consiga dinheiro pelas minhas fotos… Tenho que Juntar uma graninha para a tia May e para o tio Ben, ih… O tio Ben, tenho que pedir desculpas para ele, nossa, ele não merecia ter escutado aquilo, espero que ele me perdoe...”

 

Peter acaba pegando uma rota mais demorada, mas finalmente chega em casa e ele fica surpreso com a quantidade de viaturas em sua calçada, junto com uma faixa amarela em sua porta.

 

Lá dentro, May começa a dizer o que aconteceu - Sim, nós ouvimos um barulho nos fundos… Mas pensamos que fosse o Peter. Ele sempre usa aquela entrada. Só que nós o chamamos… E ele não respondeu. Então, de repente, me dei conta que alguma coisa estava errada. Eu sabia que alguém estava na nossa casa. Sabia por causa do tipo de silêncio.

 

— Vocês dois estavam na sala? - Pergunta o policial.

 

— Sim. E Ben também percebeu alguma coisa, porque ele logo se levantou e chamou de novo pelo Peter. Aí nós ouvimos uma panela cair. Ben me olhou e disse: “Deve ser um esquilo”. Eu respondi que não tinha esquilos em Queens. Então, olhei para a porta da cozinha e… Ele estava lá - Os olhos de May começam a se encher de água - Estava parado… Tremendo… E perguntou onde guardávamos o dinheiro, Então Ben disse: “Nós não temos dinheiros, Porque não abaixa essa arma e vai para casa?”, e não tínhamos mesmo. Mas o homem ficou muito furioso: “Passem a grana!”. Então, o Ben… E-Ele…Acho que foi a tensão do momento… Ou o ridículo da situação… De como as coisas têm andado mal ultimamente - Lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto - Ben deu uma risadinha e falou: "Você deve ter mais dinheiro que nós”. Acho que aquela risadinha… Foi a gota. O homem enlouqueceu.

 

— O que ele fez?

 

— Isso. Depois saiu correndo e… - May, que se mantinha forte, acabou derramando mais lágrimas, mas continuou se segurando enquanto via um saco preto sendo retirado da casa - Oh, meu Deus.

 

Anna Watson, que estava do seu lado, tenta confortá-la - Meu marido está viajando, então vocês vão ficar lá em casa.

 

— Obrigado, Anna - May vira e olha para Peter - O que vamos fazer? Meu Deus!

 

Peter, não consegue dizer nada, apenas deixa escorrer lágrimas pelo rosto, mas vira a sua atenção para o rádio da polícia que começa a tocar.

 

— Atenção, unidades! Suspeito que bate com a descrição do assassinato no Queens está encurralado em um armazém abandonado de Waterfront. Estão pedindo reforço.

 

— Pelo jeito, hoje abriram a jaula dos cretinos. Carro 444 está a caminho.

 

— Ok.

 

Quando Peter termina de ouvir a conversa, ele começa a correr com a sua mochila para o seu quarto...

 

— Peter? Peter!

 

— Deixe ele ir, senhora Parker. Gente jovem sente mais e precisa pôr para fora.

 

Peter tranca a porta de seu quarto e começa a se trocar - Preciso ir! Tenho que pegar o miserável! Eu conheço o armazém, ele fica do outro lado da cidade… Mas isso não é problema para mim - Peter finalmente se troca, sai pela janela evitando os policiais na rua e começa a se balançar.

 

Em frente ao armazém.

 

A polícia já cercou o prédio e começa a falar pelo alto-falante - A gente não vai esperar a noite toda. Saia logo e…

 

O rádio no bolso do policial toca - Policiais no 340, reforço a caminho.

 

— Ainda bem. Eu quero terminar de comer.

 

— Dêem notícias, desligando.

 

— Claro, claro…

 

Dentro do prédio, uma figura dá uma olhada pela janela - Tiras em toda parte…

 

— A única saída é a porta da frente! Se a gente entrar você não vai gostar!

 

— Eu te levo comigo, porco - Diz o homem carregando a sua arma. Eu vou sair de qualquer jeito.

 

— Era isso que eu queria ouvir… - Uma voz surge do teto e o bandido se assusta - … Assassino!

 

O bandido percebe um homem vestido de vermelho e azul pendurado na parede de cabeça para baixo - NYYAAHH! - Ele começa a atirar nele por causa do susto, mas acaba derrubando a arma sem querer, e depois começa a correr.

 

A polícia do lado de fora ouve os tiros - Cuidado!

 

— Eu tenho que fugir, eu tô vendo coisas…

 

Antes que ele consiga correr, uma pessoa aparece em sua frente - Você não tem pra onde fugir do Homem-Aranha!

 

O ladrão tenta atacar a pessoa em sua frente, mas Peter o acerta primeiro, fazendo com que ele desmaie. Peter o vira e agarra o seu colarinho, nuvens que antes bloqueavam a luz, agora se movem de posição e permitem que a lua ilumine o rosto do bandido - O quê? Este rosto… Não pode ser… - Peter começa a se lembrar do eventos de mais cedo, ele se lembra de um homem correndo com uma sacola e um policial atrás dele. Ele se lembra do mesmo sujeito passando por ele e entrando no elevador. As palavras de despedida ecoam em sua cabeça: “ Valeu!”. Ele começa a pensar em como seu tio morreu, ele vê o bandido que deixou fugir puxando o gatilho e… POW!

 

Peter começa a vasculhar o corpo do bandido e acha o seus documentos…

 

— Capitão Stacy, parece que ele não vai sair.

 

— E agora, capitão?

 

— Chamamos a Swat?

 

Enquanto o capitão começa a pensar no que fazer, um corpo é lançado através de uma das janelas e a quebra. Todos os policiais entram em alerta máximo, mas logo relaxam vendo o seu suspeito erguido por um fio. Por algum motivo, o capitão Stacy sente uma presença no topo do armazém, mas quando ele olha não há ninguém.

 

— É ele, capitão!

 

— Numa… Teia de aranha!

 

Não muito longe dali… Em cima de um prédio…

 

— Você me falou.. Me falou… - Peter começa a se lembrar da última conversa que teve com seu tio. Ele se lembra novamente da cena em que deixa o cara fugir. Lembra das palavras finais ditas por seu tio em sua última conversa. E imagina seu tio levando o tiro. Depois de pensar nessas coisas, ele olha para a sua máscara - Agora, sim - Ele se senta no topo do prédio, chora e começa falar com sigo mesmo.

 

“Fui egoísta… E você acabou pagando o preço por minha culpa, tio Ben. Você, eu e tia May. Nunca vou esquecer que se eu tivesse impedido o cara antes, nada disso teria acontecido… Tudo está claro agora. É como se eu sempre tivesse usado venda e tapa-ouvidos e, de repente, alguém arrancasse de mim. Agora eu vejo com clareza… O mundo e meu lugar nele. Você estava certo. Poder traz responsabilidade. Nunca mais vou errar, tio Ben.”

 

Peter se levanta, limpa suas lágrimas e começa a olhar para a minúscula cidade. Pouco depois ele volta para a sua casa com o luar no topo de sua cabeça.


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