Saint Moon - 350 Anos escrita por OrochiYashiro


Capítulo 9
A queda do Milênio de Prata




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Pouco tempo depois, eis que a notícia das mortes de Sasha e Endymion, em meio à luta contra Hades, chega ao conhecimento da Rainha Serena, soberana do Milênio de Prata, e a mesma se comove com tal gesto nobre de sacrifício da parte da deusa da justiça e de seu amado, o príncipe do reino de Élis.  

 

RAINHA SERENA:  Atena...  Endymion...  que descansem em paz.  Seu nobre gesto de sacrifício será recompensado por toda a eternidade – diz, em meio às lágrimas - e que possam ser felizes juntos, onde estiverem. 

 

Ao fundo, a Princesa Serena e todas as demais princesas observavam a tristeza de sua mãe, e também se compadecem pelo triste fim de Sasha e Endymion. 

 

SERENA:  Sasha...  Endymion...  que triste fim eles tiveram... - em meio às lágrimas. 

MERCÚRIO:  É verdade.  Foram grandes heróis, mesmo sacrificando suas vidas para selar o mal de Hades. 

MARTE:  Sorte que nossos amados conseguiram voltar vivos dessa batalha – diz. 

JÚPITER:  Tomara que eles possam vir aqui novamente, estamos todas com saudade deles... 

VÊNUS:  Sim, Júpiter.  Seria tão bom eles aqui, agora... 

 

Os jovens Cavaleiros de Atena, até o presente momento, ainda não tiveram tempo de estar novamente no Milênio de Prata, pois estavam ajudando Shion de Áries, agora o novo Patriarca do Parthenon, a reconstruir tudo que Hades e seus espectros destruíram, além de treinar novos guerreiros para sucedê-los no futuro, já que, mesmo com o deus do submundo selado, novas ameaças poderão surgir em breve. 

 

Meses depois, enquanto nossos heróis pareciam gozar de um período de paz, eis que surge algo que pode significar uma nova ameaça.  Seres de um reino longínquo pareciam estar de olho na Terra, porém, o Milênio de Prata, na lua, conhecido por sua extrema beleza e riqueza, também lhes chama a atenção.  Sentada em seu trono, uma mulher de longos cabelos ruivos e vestido turquesa estava a olhar para a beleza de tal reino por meio de uma bola de cristal.  Quem será, afinal de contas? 

 

???:  Enfim, chegamos à Terra.  E também noto algo muito belo na lua da Terra – dizia – sim...  só pode ser ele...  o Milênio de Prata!  Já ouvi falar a respeito de sua beleza e riqueza, e isso é algo que nós não podemos tolerar em hipótese nenhuma.  Não deve haver paz e felicidade em lugar nenhum, e sim, guerras e matanças.  E nós, do Negaverso, faremos com que o caos tome conta deste lugar, e também da Terra.  Eu, a Rainha Beryl, garanto! 

 

Que horror!  Mais um inimigo sedento de poder e guerra apareceu.  Estará o povo do Milênio de Prata preparado contra ele?  E os Cavaleiros de Atena, estarão também prontos para conter tal ameaça? 

 

BERYL:  Apresentem-se a mim, meus quatro generais guerreiros; Jedyte, Ziocyte, Nephryte e Malachyte, eu os convoco! 

 

E logo, os generais em questão se encontravam diante dela. 

 

JEDYTE:  Aqui estamos, ó Majestade, para atender a vosso desejo – diz, em reverência. 

BERYL:  Acabamos de chegar à Terra, considerado o mais belo de todos os planetas deste universo. 

MALACHYTE:  E faremos deste planeta nossa base de operações? - indaga. 

BERYL:  Muito mais que isso, Malachyte.  Aqui será o centro do nosso grandioso império interestelar.  E vamos começar pela lua que orbita ao redor deste planeta, onde há um belíssimo reino.  Vamos tomar este reino e causar a sua derrocada! 

 

Beryl falava com firmeza em sua voz, na certeza que irá conseguir o que tanto quer.  A menos que seja impedida, é claro! 

 

???:  Parece que vai precisar de uma pequena ajuda para essa empreitada, nobre Rainha – diz uma voz desconhecida. 

BERYL:  Quem está aí?  Vamos, apareça! - ordena. 

 

Eis que surge diante dela um homem alto e forte, vestindo uma armadura vermelha e laranja, com desenhos de chamas, e empunhando um escudo e uma zagaia.  Quem será? 

 

???:  Meu nome é Ares, e sou o deus da guerra.  Minha função é levar o caos e a morte por onde passar, através de guerras e morticínios - diz. 

BERYL:  E o que você deseja aqui, Ares? - indaga. 

ARES:  Se nos unirmos, podemos fazer o Milênio de Prata cair mediante uma guerra civil, o que causará sua derrocada completa.  E assim, o seu maior desejo será realizado. 

 

Os generais de Beryl, no entanto, pareciam relutantes em confiar no filho renegado de Zeus. 

 

NEPHRYTE:  Majestade, por acaso... 

BERYL:  Silêncio! - ordena – muito bem, Ares...  se for para que possamos atingir nossos intentos, assim sendo...  tudo bem! 

 

Embora Beryl tenha concordado em fazer aliança com Ares, seus generais o olhavam com certa desconfiança, pois notaram no deus da guerra um certo ar traiçoeiro.  Será que ele, no momento oportuno, irá apunhalar Beryl pelas costas? 

 

Pouco mais de um mês depois, os Cavaleiros de Bronze sobreviventes da guerra santa contra Hades se encontravam no Milênio de Prata, em companhia de suas amadas.  Estavam felizes por terem vencido o deus do submundo, ao menos, por enquanto, já que ainda há a possibilidade de Hades vir a se libertar do selo de Atena, assim que o mesmo perder sua eficácia, o que pode demorar anos ou até séculos a acontecer.  Até o presente momento, Dohko de Libra estava em Rozan, na China, vigiando a torre onde as 108 estrelas malignas foram aprisionadas.  Naquele momento, Long, Tenma e todos os demais estavam no reino lunar com Serena e as outras princesas. 

 

SERENA:  Tenma...  que bom que você e todos os demais voltaram vivos dessa guerra – sorria abraçada a seu amado. 

TENMA:  Sim, Serena.  Infelizmente a maioria dos nossos irmãos de armas sucumbiram, e também perdemos Atena e Endymion, que sacrificaram-se para selar Hades.  Mas graças ao nobre sacrifício de ambos, tivemos essa vitória - diz. 

MERCÚRIO:  Uma pena que Atena e Endymion tenham morrido, Magnus – lamenta – mas ainda bem que vocês aqui conosco estão. 

MAGNUS:  Sim, minha bela.  E espero que demore muitos séculos para o selo de Atena se romper, ou que não se rompa nunca, e Hades fique para sempre aprisionado no submundo.   

 

Nisso, as princesas se lembram de quando conheceram seus amados na Terra, e dos perigos que passaram nas mãos de diversos bandidos vindos dos confins do universo.  Estavam a pensar; será que esses bandidos poderão voltar a persegui-las?  Só as Princesas Mercúrio e Júpiter tinham a certeza que não seriam mais incomodadas, pois Taurus, o espadachim, fora aprisionado por Magnus no gelo, e o mesmo caiu nas mãos dos Gorgom, enquanto Kiroz fora aprisionado no Inferno Vendaval por Long.  No entanto, uma vez em contato com o extremo frio daquele lugar, o bandoleiro poderia muito bem ter o metabolismo alterado, e poder viver mais que uma pessoa normal consegue viver.  

 

Nisso, eis que o Negaverso avista a lua da Terra.  Essa não!  Um novo inimigo estava para atacar, e nossos heróis, até o presente momento, não sabiam a respeito deste novo ser das trevas que surgira.  Muito menos que havia dedo de Ares, o deus da guerra, por trás de tudo. 

 

BERYL:  Muito bem, a lua está à vista – e se volta para um grande globo negro – muito bem, Metaria, estamos prestes a atacar o Milênio de Prata.  Logo teremos o poderoso Cristal de Prata só para nós. 

METARIA:  Que assim seja, Beryl.  Incite o ódio nas pessoas – diz. 

 

No Milênio de Prata, eis que os Cavaleiros de Atena, que estavam em companhia de suas amadas, avistam um objeto estranho, que parece ser uma nuvem negra.  Mas uma nuvem negra no espaço...  como pode?! 

 

LONG:  Olhem aquilo...  uma nuvem negra...  Mas como?! - indaga. 

TENMA:  Como pode uma nuvem em pleno espaço sideral? 

NERO:  Estou com um mau pressentimento – diz. 

MAGNUS:  Eu também.  Está me parecendo que um novo inimigo pode surgir, depois de termos vencido Hades. 

SHAUN:  Essa não...  logo agora, que estávamos tendo nossos dias de paz... 

 

Oh, não!  O belíssimo e pacífico reino do Milênio de Prata estava prestes a ser atacado pelas forças maléficas do Negaverso. 

 

BERYL:  HAHAHAHAHAHAHAHAHA  Logo esses pobres infelizes serão todos dizimados, e nós teremos o que mais queremos – dizia a malvada. 

ARES:  E logo farei com que todos os habitantes deste reino se destruam uns aos outros, incitando neles o sentimento de guerra e de belicismo.  O Milênio de Prata será um caos total! 

BERYL:  Sim, meu caro Ares.  Tudo será um caos, do jeito que amamos – e se vira para seus demais serviçais - meus valentes Generais, prontos para o ataque? 

GENERAIS:  SIM!!! 

 

Nisso, eis que, para surpresa dos heróis, os quatro generais das trevas a serviço de Beryl – Jedyte, Ziocyte, Malachyte e Nephryte – se teleportam para a entrada do Milênio de Prata, prontos para atacar. 

 

TENMA:  Quem são vocês, e o que querem? - indaga, apontando o dedo. 

JEDYTE:  Somos guerreiros do Negaverso, a força maligna mais poderosa de todo o universo – responde. 

LONG:  Negaverso? - e se lembra de uma breve história - então vocês são do Negaverso...  Dohko já me contara algo a seu respeito. 

NEPHRYTE:  Então o jovenzinho aí já ouviu falar a nosso respeito...  mesmo assim, nada o salvará da morte.  Prontos para morrer todos vocês? - ameaça. 

MAGNUS:  Ainda que a morte seja uma possibilidade, seus bandidos, não vamos tombar sem antes lutar.  Defendam-se! 

 

Os heróis partem para o ataque contra os generais do Negaverso, porém, aqueles vilões eram ainda mais fortes que se supunham ser.  Mesmo atacando com tudo, eles resistem.   

 

ZIOCYTE:  Parecem que vocês não são lá o que tanto ouvimos falar...  que patéticos! - provocava. 

LONG:  Cale a boca! - bradava - Vocês vão sentir toda a nossa fúria, seus malfeitores intergalácticos. 

 

Os heróis manifestam seus cosmos, determinados a vencer os invasores do Negaverso. 

 

LONG:  CÓLERA DO DRAGÃO!!! 

MAGNUS:  TROVÃO AURORA!!! 

TENMA:  METEORO DE PEGASUS!!! 

NERO:  AVE FÊNIX!!! 

SHAUN:  TEMPESTADE NEBULOSA!!! 

 

Os heróis atacam os vilões ao mesmo tempo, no entanto, uma grande e poderosa barreira se interpõe entre eles, fazendo com que seus ataques voltem para os guerreiros, tombando-os feridos.  Era a Rainha Beryl, usando os poderes que foram conferidos por Metaria.  As princesas, ao ver seus amados feridos, se assombram. 

 

PRINCESAS:  NÃO!!! - gritavam. 

 

Nisso, chegam Urano, Saturno, Netuno e Pluto na área. 

 

URANO:  Mas como esses caras podem ser tão poderosos assim? - indaga. 

NETUNO:  Nunca vimos nada parecido antes. 

PLUTO:  Parecem tão poderosos quanto os deuses olimpianos, ou até mais. 

SATURNO:  Só nos resta unir a eles e lutar. 

 

Do outro lado, as amadas dos heróis sentem que também terão que lutar. 

 

MARTE:  Muito bem...  vamos ajudá-los a conter esses bandidos, e agora! 

 

E com seus broches, se transformam em marinheiras, prontas para agir. 

 

MAGNUS:  AAAAAA  elas...  também são...  guerreiras?! - indaga. 

MERCÚRIO:  Vocês não vão fazer o que bem querem, seus demônios! 

MALACHYTE:  Incrível...  agora sim, está tudo ficando mais interessante. 

JÚPITER:  Vamos expulsar vocês daqui de uma vez por todas, seus demônios. 

NEPHRYTE:  Muito bem, já que querem tanto morrer... - zomba. 

 

Os heróis partem com tudo pra cima dos generais de Beryl, que, mesmo estando em menor número, tinham um imenso poder, o qual se originava de Metaria.  Nisso, eis que o grande demônio, líder do Negaverso, decide usar toda sua força para virar aquela luta. 

 

METARIA:  Muito bem...  hora de botar um ponto final nisso, e agora! - diz. 

 

Eis que concede uma poderosa quantidade de força das trevas, que irradia seus generais, e estes lançam poderosos lampejos à velocidade da luz, tão poderosos quanto os Cavaleiros de Ouro, atingindo todas as Princesas Planetárias e também seus amados Cavaleiros.  Para terror de todos, os heróis tombam mortos!  Essa não!  O mal venceu...  será?! 

 

SERENA:  NÃO!!!   Tenma...  amigas...  amigos... - se desesperava. 

 

Na base do Negaverso, Beryl se deleitava com seu breve momento de glória. 

 

BERYL:  HAHAHAHAHAHAHAHA  Finalmente conseguimos vencer os Cavaleiros de Atena!  Que idiotas são...  foram páreos para vencer Hades, mas não para vencer a nós, do Negaverso, que somos ainda mais fortes.  Agora sim, o poderoso Cristal de Prata será nosso, só nosso! 

 

Melhor não cantar vitória antes do tempo, pois quanto maior sua sede de poder, maior poderá ser sua ruína. 

 

Enquanto isso, Ares, o deus da guerra, não perdeu tempo em agir.  O vilão faz uma aparição no Milênio de Prata, diante dos demais civis, como forma de incitá-los a entrar em guerra, mesmo sendo pacíficos. 

 

ARES:  Povo da lua...  a rainha de vocês falhou em protegê-los, assim como sua guarda falhou.  Não acham que é hora de rebelar-se contra a autoridade daquela que só se aproveitou do pacifismo de vocês para subjugá-los, fingindo ser uma boa pessoa? 

 

As pessoas, ouvindo as palavras de Ares, começavam a sentir-se confusas, mas não queriam lutar, pois amavam a paz. 

 

HOMEM:  Mas nós não somos de lutar, sempre fomos amantes da paz, nunca gostamos de lutar, pegar em armas... 

ARES:  A paz só vem quando se tem muita luta.  Ninguém, que desfrutou de dias de paz, conseguiu isso sem lutar por ela – dizia, com todo seu cinismo. 

 

Eis que os civis são todos convencidos pela tirania de Ares a lutar, e não demora muito para que peguem em armas e ataquem o próprio Milênio de Prata, dando início a uma guerra civil.  Em poucos minutos, uma revolta estava instaurada, de forma que nem a própria Rainha Serena conseguia entender nada. 

 

RAINHA SERENA:  Não!!!  Meu povo...  meu reino...  por que estão se auto atacando? - indaga. 

BERYL:  Parece que você perdeu, minha querida – debochava, do alto de sua nave. 

RAINHA SERENA:  Bruxa maligna...  então foi tudo obra sua! - gritava. 

BERYL:  Sim, e também de um grande amigo meu, perito em guerras... 

 

Ao ouvir aquilo, Rainha Serena se recorda de um deus olimpiano que conhecera, responsável por levar guerra, destruição e morte por onde passa. 

 

RAINHA SERENA:  Então...  toda essa revolta no meu reino...  isso é obra de...  ARES!!!  Aquele maldito... - cerrava os punhos cheia de ira. 

BERYL:  Nossa, como você é perspicaz...  e agora, me entregue o seu Cristal de Prata, e encerramos este assunto. 

RAINHA SERENA:  Nunca!  Eu vou reconstruir meu reino e recuperar as princesas e também os Cavaleiros que você matou, bandida. 

ARES:  Tem certeza disso, minha querida? - eis que aparece. 

RAINHA SERENA:  Ares...  então foi você quem fez isso...  como pôde? - indaga, chorando de fúria. 

ARES:  Se você tivesse escolhido a mim, e não ao idiota do meu irmão Apolo, nada disso teria acontecido. 

 

Então Ares queria que a Rainha Serena tivesse casado com ele...  que canalha!   

 

Do outro lado, a Princesa Serena, arrasada, via os corpos de seu amado, suas amigas e seus amados a se desfazer no ar, em meio a pó de estrelas.   

 

SERENA:  Não...  Tenma...  amigos... - chorava sem parar. 

 

Eis que vê uma espada caída no chão.  O que será que pretende fazer?  Nisso, eis que os generais de Beryl surgem diante dela. 

 

JEDYTE:  Então você é a Princesa Serena... - diz, com sarcasmo. 

ZIOCYTE:  Muito bem, mocinha, se estiver com o Cristal de Prata, entregue-nos agora, ou não vamos responder por nós - ameaça. 

 

Será que ela pretende lutar contra eles, mesmo sabendo que está em completa desvantagem numérica?  Nem mesmo os demais, estando em maior número, foram páreos para aqueles demônios... 

 

SERENA:  Tenma...  amigos...  eu sinto muito... - chorava com a espada em mãos. 

 

Nisso, eis que a jovem princesa comete a pior loucura de todas:  golpeia a si mesma com a espada, e cai morta diante dos generais de Beryl, que ficam, a princípio, pasmos com aquilo. 

 

NEPHRYTE:  Ela mesma se matou...  mas como?! - indaga. 

MALACHYTE:  Não importa!  O que importa é que logo tudo isso aqui será nosso.  HAHAHAHAHAHAHA – ria diabolicamente. 

 

Do outro lado, mesmo acossada por Beryl e por Ares, Rainha Serena toma conhecimento da loucura que sua filha cometeu. 

 

RAINHA SERENA:  NÃO!!!!  Minha amada filha...  por quê? - chorava. 

BERYL:  Parece que agora você não tem ninguém mais, minha cara.  Sua filha morreu, todas as princesas morreram, seus amados também sucumbiram, seu próprio povo voltou-se contra você e está destruindo o reino...  tudo que resta é entregar-nos o Cristal de Prata, e aí sim, pararemos com isso. 

 

Mas a soberana do Milênio de Prata estava irredutível nisso.  Tem, então, uma ideia; usar todo o poder supremo do Cristal de Prata, mesmo sabendo que isso poderá custar sua própria vida.  Eis que empunha o Cetro Lunar, com o seu cristal, determinada a tudo ou nada.  Lua e Artemis, ao fundo, se desesperam com o que ela está prestes a fazer.  E junto com ela, empunha uma cruz dourada, a Cruz do Norte, que é uma joia irmã. 

 

LUA:  Majestade...  não faça isso! - grita. 

ARTEMIS:  Se usar todo o poder do Cristal de Prata, irá morrer. 

RAINHA SERENA:  Eu não tenho outra escolha... 

 

Ao ver o que a Rainha Serena pretende fazer, Ares e Beryl ficam atônitos. 

 

BERYL:  O que você pretende fazer?  Tem ideia do que está por causar? 

ARES:  Detenha-se enquanto é tempo! - diz. 

RAINHA SERENA:  Nunca!  Seus malfeitores dos infernos...  vocês me pagam!  CURA LUNAR AÇÃO!!! 

 

E irradia todo o poder do Cristal de Prata e da Cruz do Norte, que faz surgir um enorme resplendor, envolvendo e ofuscando os vilões. 

 

BERYL:  AAAAAAAAAAAAA  que luz poderosa é essa? 

ARES:  Isso é terrível...  OOOOOOOOOOOOOOOOO 

 

Nisso, a luz irradiada pelo Cristal de Prata e pela Cruz do Norte causa um fulgor ainda mais poderoso, seguido de uma poderosa explosão.  Instantes depois, passada a poeira, nada mais restava do Milênio de Prata, a não ser meros escombros daquilo que outrora foi um belo e próspero reino.  Lua e Artemis, ao verem o que aconteceu, ficam desolados. 

 

LUA:  Rainha Serena...  NÃO!!! - gritava. 

ARTEMIS:  Não pode ser...  ela usou todo o poder do cristal...  nosso belo e majestoso reino...  nosso povo...  NÃO EXISTE MAIS!! 

 

Alguns instantes depois, eis que aparece alguém naquele lugar.  Era Apolo, o deus sol, que se depara com tamanha destruição. 

 

APOLO:  O Milênio de Prata...  mas o que aconteceu aqui? - indaga. 

LUA:  Apolo...  Grandioso Apolo... - diz, com voz trêmula. 

APOLO:  Lua, Artemis...  afinal, o que houve aqui?  Por que tudo está destruído? 

ARTEMIS:  Apolo...  uma desgraça...  demônios interestelares mataram as Princesas e seus amados, e todo o povo daqui. 

APOLO:  O quê?! - grita, completamente atônito. 

LUA:  Disseram ser o Negaverso, e estavam acompanhados de Ares. 

APOLO:  Ares...  o meu odioso irmão que só pensa em guerras?  MALDITO!!! - gritava completamente enfurecido. 

ARTEMIS:  A nossa Rainha usou todo o poder do Cristal de Prata para selar Beryl e Ares, mas isso acabou custando também a sua vida. 

APOLO:  Serena...  ela...  NÃO!!! 

 

Completamente arrasado, cai de joelhos, em meio às lágrimas, pois amava muito a Rainha Serena, e também a filha que com ela tivera.  Sentia-se culpado por não ali estar antes, para impedir o pior. 

 

APOLO:  Tudo culpa minha...  eu devia estar aqui para impedir o pior...  eu estava lá na Terra, tentando impedir que Poseidon inunde o planeta.  Poseidon ficou cheio de ódio e rancor desde que perdera a filha dele... 

LUA:  Pois é, Apolo.  Infelizmente a Princesa Netuno, a filha de Poseidon, também foi dizimada pelos bandidos. 

ARTEMIS:  Agora, só Deus sabe o que virá depois.   

???:  Apolo...  Lua...  Artemis...  não fiquem tristes – diz uma voz. 

 

Quando se viram, eis que veem a Rainha Serena, agora um espírito, já que morrera na explosão. 

 

LUA:  Sua Majestade... - diz, perplexa. 

APOLO:  Serena...  minha amada  Serena...  

RAINHA SERENA:  Apolo, meu amor...  Lua e Artemis...  há algo que devem saber a respeito.  Minha filha e as demais, assim como seus amados, em breve renascerão na Terra, e quando chegar o momento certo, irão novamente lutar contra o mal.  O Cristal de Prata foi dividido em sete cristais arco-íris, onde sete terríveis demônios nele foram presos.  Deverão encontrá-lo, antes que caia nas mãos do Negaverso. 

ARTEMIS:  O Negaverso...  então ele não foi derrotado de vez, junto com Ares? - indaga. 

RAINHA SERENA:  Não, Artemis.  Eles só foram selados, assim como Hades foi selado por Atena.  Mas dia chegará que ambos os selos perderão sua eficácia, e ambos esses males novamente haverão de manifestar-se.  E pra isso deverão reencontrar as Princesas Planetárias e os Príncipes do Zodíaco.  Quanto à outra joia, a Cruz do Norte...  ela sumiu misteriosamente, mas acredito que esteja em algum lugar deste sistema solar. 

 

Todos ali ficaram perplexos. 

 

RAINHA SERENA:  Lua...  Artemis...  agora vocês deverão entrar em estado de hibernação, até esse dia chegar – diz. 

 

As luas nas testas de ambos brilham, e os gatos falantes se transformam em bolas de luz, viajando até a Terra, onde ficarão dormentes até o grande dia. 

 

RAINHA SERENA:  E agora, devo ir – sorri – Apolo... mesmo não estando mais presente fisicamente, eu te amo, hoje e sempre. 

APOLO:  Serena... - diz, em meio às lágrimas. 

 

E a ex-soberana do Milênio de Prata desaparece.  Apolo, por sua vez, retira-se de volta ao Olimpo.  Estava com o coração e a alma cheios de rancor e de fúria, pelo que Ares e o Negaverso fizeram.  Mas tem a certeza de um dia, poder rever sua amada esposa e também sua amada filha. 


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