Após o encontro das Princesas Planetárias com os Cavaleiros de Bronze, que resultou no surgimento de um grande amor entre eles, em meio a duelos contra vilões até então desconhecidos, que não fazem parte do bando de Hades, passou-se algum tempo.  As batalhas de Atena e seus comandados contra Hades e sua horda tornaram-se mais violentas, assumindo proporções jamais vistas antes.  Muitos inimigos já foram vencidos, mas, do lado dos heróis, também houveram algumas baixas, sobretudo por parte de alguns Cavaleiros de nível inferior.  Aquilo deixava Sasha, a então reencarnação de Atena na Terra, temerosa, mas sabia que não devia fraquejar por nada. 

Uma certa noite, em seu templo, Sasha observava o céu estrelado.  Estava a pensar no encontro que Tenma, Nero, Long, Shaun e Magnus tiveram com a Princesa Serena e todas as demais.  Sabia que uma delas – Princesa Júpiter - é sua irmã, pois ambas têm o mesmo pai em comum; Zeus! 

SASHA (pensando):  Então Tenma e todos os demais encontraram com as Princesas do Milênio de Prata, o reino de minha amiga de longa data, a Rainha Serena...  imagino como eles estão felizes, mas estamos no meio de uma guerra santa contra Hades, e não quero que a Rainha Serena e as demais se envolvam nisso.  Jamais me perdoaria se algo lhes acontecesse... 

Porém, de repente, a reencarnação de Atena se pega a pensar em algo.  Aliás, em alguém.  Estava a pensar num jovem vestido como um príncipe guerreiro, de roupa preta, capa preta e vermelha, bem alto... 

SASHA (pensando):  Quem será o jovem príncipe que me veio em sonho?  Só sei que ele é tão lindo...  e parece ser também um tanto triste e amargurado.  Mas por quê? 

Mal sabe Sasha que o seu caminho há de se cruzar com o do jovem príncipe de seus sonhos, cedo ou tarde. 

Naquele instante, em outra parte da Terra, estava um jovem alto, com roupas pretas e capa, que muito lembra um príncipe.  Peraí...  sim!  É o mesmo príncipe que aparecera em sonho para Sasha, a reencarnação de Atena.  Estava a caminhar pelas colinas de Tebas, na Grécia.  Tinha o olhar amargurado, e um certo sentimento de revolta.  Mas que revolta será essa?  E não é um príncipe qualquer.  Trata-se de Endymion, um príncipe de um reino longínquo, que fora arrasado pelas forças fiéis a Hades. 

ENDYMION (pensando):  Hades, maldito...  você e seus espectros desgraçados me pagam por ter destruído meu reino e exterminado meu povo.  Não perdem por esperar! 

Nisso, eis que o mesmo se pega a pensar numa bela moça de cabelos cor violeta, com um ar de serenidade, envolta numa aura dourada.  Por acaso essa moça não será...? 

ENDYMION (pensando):  Estranho...  noite passada sonhei com uma bela moça de cabelos violeta, era tão tranquila e serena, mas demonstrava um certo poder...  será uma deusa? 

Pelo visto, o jovem príncipe só pode ter sonhado com Sasha, que nada mais é que a reencarnação de Atena, filha de Zeus e Metis.   

Enquanto isso, em algum lugar do universo, uma nave espacial, que tinha a forma de uma lacraia gigante, porém, esquelética, sobrevoava o espaço sideral.  O que quererão os ocupantes dela?  Terão boas intenções...  ou não? 

???:  Brevemente teremos que encontrar um novo mundo para o nosso povo, já que Crisis está prestes a entrar em supernova.  Se não acharmos um novo mundo para nossos irmãos crisianos, todos morrerão, e isso é muito mau – dizia um ser sinistro, de cabeça dourada, de roupas imperiais, devia ser o líder deles. 

Ao fundo, outros quatro seres; um monstro de roupas futuristas, um alienígena de cabela miúda, vestindo roupa militar, um guerreiro que parecia ser um andróide e uma mulher, provavelmente a única humana, mas com um ar sinistro, parecia ser uma bruxa. 

???:  Marie Baron, há algum indício de um planeta que possa servir de lar para nosso povo? - indaga. 

MARIE BARON:  Sim, General Jark.  Há um planeta num sistema solar bem longínquo, que possa vir a ser um novo lar para os crisianos, mas está localizado a cinco milhões de anos-luz daqui. 

JARK:  Não importa o quão distante esteja, é lá que vamos nos estabelecer.  E se houver alguma resistência contra nós, a esmagaremos sem piedade. 

Oh, não!  Como se não bastasse a ameaça de Hades, agora um novo perigo vindo dos confins do espaço assola a Terra.  Terão os Cavaleiros de Atena chance de conter este mal? 

Alguns dias depois, outras coisas se passavam na Terra.  Sasha estava em mais uma de suas patrulhas para saber da movimentação dos espectros de Hades, mas, até o momento, nenhum aparecera para atacar.  Tinha saído acompanhada de dois dos mais fortes Cavaleiros de Ouro; Shion de Áries e Dohko de Libra.   

SASHA:  Agradeço por terem vindo junto comigo, Dohko e Shion.  Nunca se sabe se os espectros podem aparecer – diz. 

DOHKO:  Exatamente, Atena.  E jamais nos perdoaríamos se algo viesse a lhe acontecer. 

SHION:  E eles têm estado bem quietos ultimamente, e isso não é bom. 

DOHKO:  Entretanto, tenho tido uns sonhos meio estranhos, nos últimos tempos. 

SASHA:  Que sonhos estranhos, Dohko? - indaga. 

DOHKO:  Não sei dizer direito...  talvez com ameaças de fora da Terra.  E também me apareceu um monstro bem sinistro, dizendo querer tomar o controle do Parthenon para ele. 

SHION:  O que...  um monstro? 

Aquilo deixa Sasha e Shion meio encucados, mas, em se tratando da intuição de um dos mais inteligentes guerreiros da linhagem de Atena...

SASHA:  Nossa...  muito estranho mesmo.  Mas não se preocupe, Dohko.  O santuário é mais que bem protegido.  Mesmo que surjam inimigos de tal estirpe, jamais conseguirão controlar o Parthenon, nem o mundo. 

Nisso, eis que ambos são cercados por um grupo de cinco espectros de Hades, todos de baixo escalão.

ESPECTRO 1:  Atena...  Cavaleiros Dourados...  enfim os encontramos! - diz o primeiro. 

DOHKO:  Espectros...  malditos!  O que fazem aqui? 

ESPECTRO 2:  Viemos acabar com vocês, e com Atena, para Sua Majestade Hades. 

SHION:  Estão falando sério?  Estamos nos arredores do Parthenon, onde o poder de Atena é ainda mais forte.  Não sabem o que estão dizendo, seus loucos – adverte. 

ESPECTRO 3:  Não temos medo de vocês, malditos.  Viemos dispostos a tudo, matar até morrer. 

DOHKO:  Atena... - pede – por favor, pra trás.  Isso vai ser perigoso. 

SASHA:  Dohko...  Shion... 

ESPECTRO 4:  Atacar!! 

No entanto, antes que Shion e Dohko levantem suas mãos, um estranho, recém-chegado, com um golpe, tomba os inimigos para trás.  Era o Príncipe Endymion!  Mas o que estará ele fazendo ali? 

ENDYMION:  Não farão nada, seus bandidos! - diz. 

ESPECTRO 1:  AFF  quem é você, maldito intrometido? - indaga. 

ENDYMION:  Aquele que irá mandar todos vocês para o colo do seu pai, o demônio!   

ESPECTRO 2:  Maldito...  vai morrer também.  Ataquem-o!   

Mas Endymion tem uma grande agilidade, mesmo não sendo um Cavaleiro.  Dhoko e Shion ficam surpresos com a forma como o jovem príncipe se move para lutar. 

DOHKO:  Quem será esse forasteiro?  Não é um Cavaleiro, até parece um príncipe, pelas vestes. 

SHION:  E de que reino ele terá vindo? 

SASHA (pensando):  Essas vestes...  parece o príncipe que me veio em sonho – sorri. 

Os cinco espectros forasteiros cercam Endymion, na certeza que poderão vencê-los, mas os infelizes mal sabiam com quem, de fato, estavam a mexer. 

ESPECTRO 1:  Agora você está cercado, maldito.  Pronto para morrer? 

ENDYMION:  Se querem tentar a sorte, é com vocês - diz, com uma voz indiferente. 

ESPECTRO 2:  Já chega de cretinices!  Morra maldito! 

Todos os espectros o atacam, resultando numa grande explosão, que levanta uma grande fumaça de poeira, assombrando Sasha e seus dois guardiões. 

SASHA:  Oh, não...  o que aconteceu com ele? - indaga, perplexa. 

Passada a poeira, os espectros estavam todos mortos no chão, e Endymion ainda de pé. 

ENDYMION:  Eu disse que não sabiam com quem estavam mexendo – diz. 

DOHKO:  Mas esse jovem príncipe...  ele os venceu de forma assombrosa!  Quem será ele, afinal de contas? - indaga. 

SASHA:  Você é muito forte mesmo!  Nunca vi nada igual em toda minha vida...  afinal, como se chama? 

ENDYMION:  Meu nome é Endymion, e vim de um longínquo reino do Oriente.  Vim aqui vingar a destruição de meu reino pelas forças de Hades. 

Aquilo deixa Sasha, Dohko e Shion ainda mais perplexos. 

SHION:  Então Hades...  ele destruiu seu reino? - indaga. 

ENDYMION:  Exatamente, Cavaleiro de Ouro.  E não hei de descansar até acabar de vez com este maldito – cerra os punhos. 

DOHKO:  Calma, jovem príncipe!  Entendo o ódio que você sente por Hades e seus espectros, mas eles são perigosos demais para se combater sozinho.  Todos juntos poderão fazer a diferença. 

SASHA:  Ele está certo, Príncipe Endymion – segura suas mãos - você pode ter perdido seu reino e seu povo, mas pode ter novos amigos, se assim o quiser. 

Endymion se sensibiliza com as palavras de Sasha. 

ENDYMION:  Obrigado, jovem princesa...  será muito árduo mesmo, mas, se todos nós nos unirmos, poderemos vencer Hades. 

Alguns meses se passaram, depois daquele encontro casual entre Endymion e Sasha, no qual ele enfrentara, diante dela e seus dois mais fortes guardiões, um bando de espectros, no qual se saiu vitorioso.  Sasha, desde então, pensava no jovem príncipe constantemente. 

SASHA (pensando):  Endymion...  tem um imenso poder, mesmo que não seja um Cavaleiro...  e é tão belo...   

Pelo visto, a reencarnação de Atena estava a desenvolver sentimentos amorosos por Endymion.  Nesse momento, em outra parte da Grécia, onde se instalara desde a destruição de seu reino, Endymion também estava a pensar em Atena, aliás, Sasha. 

ENDYMION (pensando):  Sasha...  senti nela um poder praticamente divino.  Será...  que ela pode mesmo ser uma deusa? 

Pouco mais de um mês depois, eis que os alienígenas de Crisis, que estiveram a viajar pelo universo, finalmente chegam à Terra.  Essa não!  Já não basta a guerra entre Atena e Hades, e agora, uma ameaça vinda dos confins do espaço...  como nossos heróis conseguirão se sair desse novo perigo?  General Jark, um dos comandantes de Crisis, estava contente por, enfim, ter achado nosso planeta. 

JARK:  Enfim, depois de meses viajando pelo universo, finalmente chegamos! - diz – agora sim, poderemos construir nossa base de operações aqui, até que a Terra seja habitada de crisianos, e os humanos sejam totalmente vaporizados daqui.  Não teremos a menor pena desses desgraçados! 

Não conte muito com a sorte, vilão!  Quanto maior sua sede de poder, maior será sua ruína. 

No dia seguinte, Jark resolve explorar pessoalmente o planeta, enquanto seus demais comandados permanecem na nave centopeia, prontos para qualquer coisa.  E naquele dia, eis que o guerreiro de cabeça dourada se depara com alguém a caminhar ao ar livre.  Era Sasha, a reencarnação de Atena.  O mesmo sente um grande poder a emanar dela, o que lhe chama atenção. 

JARK:  Essa jovem...  quem será?  Ela emana um poder tão forte, como se fosse algo divino...  e é muito bela!  Se eu convencê-la a unir-se a mim, podemos reinar juntos neste planeta, e em todo o universo. 

Oh, não!  Jark já estava com sextas intenções para com Sasha.  Nisso, eis que a jovem reencarnação de Atena, que estava diante de um rio, sente a presença de alguém, no entanto, sente que não era nenhum de seus Cavaleiros de Ouro, ou outro qualquer de sua Ordem. 

SASHA:  Quem...  quem está aí? - indaga. 

Eis que vira-se para trás, deparando-se com Jark. 

SASHA:  Quem é você? - se espanta. 

JARK:  Saudações...  meu nome é Jark, ou simplesmente, General Jark, e vim de Crisis. 

SASHA:  Jark?  Crisis?  Então você é um ser de outro planeta?  

JARK:  Podemos dizer que sim.  Bem, senhorita, o motivo de minha presença aqui é porque meu mundo de origem está para ser destruído, nosso sol está em supernova, e por isso estou à procura de um outro mundo para que meu povo possa nele viver.  E, pela análise de nossos sistemas, descobrimos que aqui pode ser um perfeito lar para os crisianos.  E são mais de 50 bilhões deles. 

Aquilo deixa Sasha horrorizada. 

SASHA:  O que...  mais de 50 bilhões?!  Mas...  a Terra não tem como comportar tanta gente de fora assim.  Como ficam os demais humanos? 

JARK:  Os humanos merecem todos morrer.  Estão destruindo o planeta.  Lá de minha nave, pude ver que você está em guerra com um outro líder daqui, e isso tem que acabar.  Se você juntar-se a mim, poderemos, juntos, reinar sobre a Terra, com os crisianos que estão pra chegar. 

Para Sasha, aquilo era, praticamente, um ultraje.  Sabia desde já que as intenções de Jark para com a Terra não são nada inocentes. 

SASHA:  Eu terei que recusar a sua proposta, Jark.  Eu tenho meus honrados Cavaleiros, e eles não hesitarão em impedi-lo de ir adiante com esse seu plano egoísta. 

JARK:  Bem, eu queria que você viesse comigo como minha futura esposa, mas vejo que terei que levá-la mesmo contra sua vontade – diz, empunhando seu cetro. 

SASHA:  Não...  isso jamais...  SOCORRO!!! - grita. 

JARK:  Pode gritar, quem é que vai ouvir seus gritos aqui? 

???:  EU!!! - diz uma outra voz. 

Era Endymion, que acabara de chegar. 

ENDYMION:  Eu o advirto, estranho, deixe a senhorita em paz e volte para o lugar de onde veio, seja lá de onde for, ou eu não respondo por mim! - adverte. 

SASHA:  Endymion – sorri. 

JARK:  Quem é você, infeliz, e como ousa me atrapalhar? 

ENDYMION:  Sou o Príncipe Endymion de Élis.  Muito bem, tirano, ou você deixa a Senhorita Sasha em paz, ou sentirá a minha ira – diz, empunhando sua espada. 

JARK:  Pelo visto, o jovenzinho arrogante quer mesmo morrer, não é?  Pois prepare-se! 

Ambos dão um salto para o lado, prontos para um violento embate, onde um deles, certamente, sairá morto.  Nisso, Jark e Endymion correm um na direção do outro, com suas armas em mãos, aos gritos, e instantes depois, estavam a bater seus sabres.  Cada golpe soltava faíscas e lampejos para os lados, que deixavam até mesmo Sasha, que é a própria Atena, atônita com aquilo. 

SASHA:  Nossa...  a fúria dos golpes de ambos é estarrecedora demais.  Endymion...  espero que não faça nenhuma besteira – se preocupa. 

JARK:  Você luta muito bem, jovem príncipe, mas ainda não pode derrotar a mim, o poderoso General Jark – se gabava. 

ENDYMION:  Isso é o que nós veremos, Jark! 

JARK:  Morra miserável! 

Dispara várias rajadas de seu cetro, e outras das mãos, que criam explosões ao redor, atordoando Endymion, e algumas delas chegam a atingi-lo, fazendo-o ser lançado para trás, caindo entre os rochedos. 

SASHA:  NÃO!!! - se espanta – seu troglodita do espaço...  pare com isso! 

JARK:  Ora, mas eu ainda não comecei a me divertir com esse imbecil – se gabava ainda mais. 

No entanto, Endymion, mesmo ferido, não se dá por vencido, e torna a se levantar, ainda que cambaleante. 

ENDYMION:  MMMMM  isso...  não será isso...  que me vencerá...  maldito invasor espacial... 

JARK:  Como é que esse traste ainda consegue se levantar, depois de ser golpeado da forma como o foi?  Nunca ninguém tornou a se levantar para lutar, uma vez por mim ferido...  pelo visto, estou diante de um guerreiro divino.  Mas isso ainda não me fará desistir de conquistar este mundo para Crisis! 

Jark volta a empunhar seu sabre, determinado a matar Endymion, mas o jovem príncipe guerreiro não está disposto a desistir de tudo facilmente.  Um guerreiro que sozinho venceu cinco espectros de Hades, ainda que esteja diante de um inimigo mais poderoso que todos os que já enfrentara, ainda que lhe custe a própria vida, Endymion não pretende pedir água por nada. 

JARK:  Muito bem, jovem príncipe, você agora verá o que é realmente brincar com o General Jark, e não gostará nem um pouco! - ameaça. 

ENDYMION:  Ameaças, sempre ameaças... 

Jark dispara mais rajadas e lampejos, mas Endymion, dessa vez, consegue rechaçá-los.   

JARK:  Maldição...  ele está conseguindo bloquear meu ataque – diz. 

ENDYMION:  Surpreso, vilão?  Agora sim, sentirá o que é a força do Príncipe Endymion. 

Queima toda sua força cósmica, para surpresa até mesmo de Sasha. 

SASHA:  Mas isso...  isso é o...  COSMO?!  

JARK:  Que força poderosa é essa? 

ENDYMION:  Sinta a força do RUGIDO DO LEÃO BRANCO!!! 

E com uma dose de seu ataque especial, atinge Jark, que é violentamente arremessado para trás, caindo entre os rochedos.  Da nave Kaima, os demais assistiam àquele duelo pasmos. 

MARIE BARON:  Mas como pode ser?  General Jark está sendo derrotado por um infeliz terráqueo - diz. 

GADORIAN:  Se continuar assim, aquele jovenzinho irá vencer. 

BOSGAN:  Acho que devemos ir lá acabar com esse tal de Endymion. 

GATEZON:  Ou ele irá vencer Jark. 

???:  ESPEREM!!! - diz uma outra voz. 

MARIE BARON:  Imperador Crisis...   

CRISIS:  Eu irei chamar Jark de volta. 

Nisso, no campo de batalha, Jark se levantava dos escombros, após ser lançado por Endymion aos rochedos. 

JARK:  AAAAAAAA  maldito...  como...  como consegue...  ser tão forte... 

ENDYMION:  Você é arrogante, e todos os arrogantes subestimam a capacidade de seus oponentes.   

CRISIS:  General Jark... - a voz ecoa na Terra. 

JARK:  Imperador Crisis...? 

ENDYMION:  Como...  Imperador Crisis? 

CRISIS:  Pare de perder tempo com esta luta!  Nesse momento, um grupamento formado por outros crisianos está se rebelando contra nossas forças.  Você precisa voltar para acabar com este conflito de uma vez por todas. 

JARK:  General... - diz, ainda meio ofegante. 

Sabendo que não pode contrariar a autoridade do Imperador Crisis, Jark decide se retirar, mas não sem antes deixar Endymion sob aviso. 

JARK:  Muito bem, jovenzinho...  por hora, você pode ficar com a vitória.  Mas eu ainda voltarei para transformar a Terra num lar para os crisianos, e ainda terei essa jovem princesa só para mim.  Você não perde por esperar! 

E se teletransporta para a Nave Kaima, batendo em retirada.   

SASHA:  Ufa...  que bom que ele se foi – diz, aliviada. 

ENDYMION:  Espero que nunca mais volte.  Mas, como ele está disposto a achar um planeta para servir de lar a seus mancomunados...   

SASHA:  Fico mais feliz ainda em ver que você está bem, Endymion – sorri. 

ENDYMION:  Sasha...  haja o que houver, nada nem ninguém haverá de ficar entre nós dois.  Ainda que você seja a deusa Atena, mais que nunca, é meu dever proteger-te. 

Ditas essas palavras, um beijo bem apaixonado se segue entre ambos. 

Quanto a General Jark, ele voltou para o mundo de Kaima, onde havia uma rebelião em curso contra a autoridade do Imperador Crisis, e seu grupo a conteve com sucesso, matando todos os revoltosos e exibindo suas cabeças em bandejas, como uma advertência a todos que ousassem afrontar sua autoridade, típico de todos os ditadores em geral.  Só não imaginava que, cedo ou tarde, surgiria alguém capaz de detê-los em definitivo.