Jedis e Padawans – Diferentes Tons de Cinza escrita por MarcosFLuder


Capítulo 14
Enfrentando as Irmãs da Noite


Notas iniciais do capítulo

Bom dia a todos e todas, antes de mais nada, devo desculpas por não ter sido capaz de prever que uma nova viagem previamente marcada para fugir do carnaval ia bagunçar mais uma vez as minhas atualizações. Tive que sair de casa na sexta a noite para embarcar na manhã seguinte. Por conta disso não teve atualização de capítulo no último domingo. Eu devia ter deixado isso claro nas notas do capítulo 13. Erro meu, me desculpem. Para compensar estou postando o capítulo 14 nessa quarta-feira de cinzas e já antecipe que o capítulo 15 será postado no próximo domingo, deixando as atualizações de capítulos em dia. Esse é uma capítulo todo passado no tempo presente, ou seja, nada de flashbacks. Embora ainda tenhamos mais um nos capítulos seguintes, estamos no momento em que toda a história converge para o tempo presente de vez. Neste capítulo também teremos uma referência ao terceiro episódio da primeira temporada de Ahsoka. Enfim, para os que continuam acompanhando a história, aproveitem.



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PLANETA TESPYN

TEMPO PRESENTE

 

A nave pousou numa estreita passagem, com um paredão de rochas tornando difícil as manobras das naves perseguidoras. Ainda assim, estas promoveram novos ataques, com a Ghost também sendo atingida por pedras. Shin, Ezra e Ahsoka trocaram um breve olhar, todos os três sacando seus sabres de luz e saindo da nave. Sabine, Arlo e Hera também tinham sua própria comunicação muda. Os dois primeiros se armando com rifles pesados, Hera ficando junto com Huyang, os dois tentando concertar a nave. Hera foi bem contundente com as duas crianças, sobre não sair do veículo, mais ainda com Chooper, sobre mantê-las dentro. Ela e Huyang querendo iniciar os reparos da nave sem se preocupar que as crianças decidam sair da nave para ajudar na luta do lado de fora.

No entanto, o velho Droid e Hera chegaram ao entendimento de que não dava para confiar totalmente em Chooper para manter as crianças na nave. Huyang então tratou de configurar um holovisor para permitir que os jovens Padawans pudessem acompanhar tudo o que acontecia do lado de fora, na segurança da Ghost. Foi com um ar ligeiramente desdenhoso, mas despreocupado que Huyang se concentrou em ajudar Hera no concerto das avarias da nave, sabendo que as crianças estariam devidamente distraídas. De fato, o holovisor permitia acompanhar todos os movimentos do exterior, com Jace e Ath’Zarah Het olhando fascinados, suas atenções voltadas principalmente para seus respectivos Mestres.

 

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Formar uma dupla com seu antigo Mestre era o mais próximo que Shin Hati podia imaginar sobre o que seria um trabalho em equipe. Agora ela estava ali, seguindo as ordens de Ahsoka Tano, esta atraindo nada menos que dois caças imperiais para a armadilha onde ela e Ezra seriam os executores. Ela já havia ficado impressionada quando viu a togruta lutando em pleno espaço, chegando a destruir um desses mesmos caças. Aqui ela novamente atrai a dupla de naves inimigas, demonstrando uma confiança nela e em Ezra que Shin não sabia se seria capaz de devolver. Ambos os caças disparam contra a togruta. Ela consegue evitar os tiros, deixando os caças vulneráveis para que tanto Shin quanto Ezra os atacassem, seus respectivos sabres de luz cortando o metal como se fosse manteiga. Shin e Ezra usaram a Força para aterrissar no chão com facilidade, próximos de Ahsoka, os três vendo os caças imperiais voando descontrolados, para se chocarem contra as rochas.

 

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Não havia da parte de Sabine qualquer sentimento de inveja por ver sua Mestra, mais Shin e Ezra indo para a luta no melhor estilo Jedi de ser. Os três usavam os poderes da Força de uma forma que era praticamente inacessível para a jovem mandaloriana. Uma capacidade que ela sabia, nunca seria capaz de alcançar. A jovem mandaloriana já havia visto sua Mestra lutando em pleno espaço contra esse mesmo tipo de nave, mas ainda era impressionante vê-la, junto com Shin e Ezra, se movendo pelo ar em grandes saltos, desviando, com seus respectivos sabres de luz, os tiros que vinham contra eles. Sabine tratou de deixar essas questões de lado. Sua contribuição na luta teria de ser no estilo mandaloriano, e para isso ela e Arlo vestiram suas armaduras, confiando no necessário entrosamento que tinham para atrair uma das naves para a armadilha que criaram, onde ela serviria de isca.

Ter sido ela sorteada para ser a isca não deixa de irritar um pouco Sabine. Ela sempre detestou esse papel, mas sua confiança em Arlo se mostrou correta. A jovem mandaloriana atraiu os tiros do caça inimigo, desviando-se em meio às rochas no chão. A adrenalina corria solta em suas veias, com ela descobrindo que sentia falta mesmo de uma boa batalha. Sabine devolveu os tiros para manter a atenção do caça imperial sobre si. A jovem mandaloriana continuou fazendo isso até ver o tiro certeiro de Arlo atingindo a nave no segundo seguinte. Ambos os mandalorianos trocaram uma típica saudação de seu povo, enquanto viam a nave se espatifar junto as rochas. A comemoração durou muito pouco. Dois novos caças imperiais surgiram de repente, agora fazendo com que Ahsoka, Shin e Ezra se juntassem a Sabine e Arlo, todos encurralados num mesmo local, pelos tiros vindos do alto.

 

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Jace e Ath’Zarah Het continuavam acompanhando a batalha de dentro da nave. A euforia por ver seus Mestres e os demais destruindo as naves inimigas se transformou em preocupação, ao ver como todos foram encurralados agora. Havia o desejo de sair para ajudar, mas ambos sabiam que não tinham condições de fazê-lo. Essa constatação era mais angustiante para a Padawan de Shin, ainda tentando entender o porquê do fantasma de Baylan Skoll a ter incentivado a entrar na nave como clandestina. A certeza dele, de que era para ela estar lá, deixando-a confusa e preocupada. Essa incerteza em seu pensamento a fez tentar invocá-lo. A jovem Padawan precisava de sua orientação sobre o que fazer. A resposta veio rápido, mas não da forma como esperava.

 

— Você precisa sair da nave, Ath’Zarah – a visão do fantasma de Baylan estava diante dela agora – as Irmãs da Noite estão vindo. Elas vão matar todos aqui e depois levá-la consigo.

 

— Como você sabe disso? – é a pergunta dela, chamando a atenção de Jace.

 

— Com quem você está falando? – Jace pergunta. A jovem Padawan não dá atenção a ele, seu foco apenas na figura que só ela vê.

 

— Vocês todos precisam sair agora – a figura fantasmagórica de Baylan insiste em dizer – todos os outros vão morrer se continuarem aqui – é uma assustada Ath’Zarah quem se dirige a Hera.

 

— Nós temos que sair da nave senhora Syndulla – a jovem Padawan diz.

 

— Do que você está falando, Zara? – Hera nota a expressão de medo no rosto da menina.

 

— As Irmãs da Noite estão vindo – a menina responde – elas vão me levar, e matar você e seu filho, destruir os Droids. Temos que sair daqui.

 

— Como você pode saber disso?

 

— Por favor acredite em mim – a menina começa a chorar, ao mesmo tempo em que grita – temos que sair agora – Hera tem um ar desconfiado em seu rosto, ao mesmo tempo que seu instinto lhe diz que não deve descartar o que a menina está dizendo. Ela decide se comunicar com Ahsoka.

 

— Você está me ouvindo Ahsoka? Como estão as coisas aí fora? – a voz de Ahsoka é ouvido pelo comunicador.

 

— Estamos todos encurralados, não conseguimos sair de nossa posição – ouvir isso logo faz com que a mente estratégica de Hera Syndulla comece a funcionar – você está me ouvindo, Hera?

 

— Estão mantendo vocês ai de propósito – não demora mais que 1 segundo para ela decidir o que fazer – ouça Ahsoka, estamos saindo da nave agora.

 

As ordens de Hera são dadas de imediato. Chopper e ela vão na frente, com as crianças atrás. Ela instrui Huyang a ficar na nave, para continuar concertando as avarias. De início a ideia é sair pela rampa principal, mas uma estranha explosão os detém. A porta de entrada da nave ainda resiste, mas Hera percebe que não dá para sair por ali. Ela indica uma das saídas de emergência da Ghost, justamente preparadas para situações como essa. Do lado de fora, a ex-general da República vê as opções e decide por conduzir todos para um amontoado de rochas, próximas de onde os demais estão encurralados. Ela solta uma bomba de fumaça para mantê-los incógnitos, ao mesmo tempo em que chama a atenção de quem está atrás deles. Hera indica a Chooper e as crianças para correrem. A mãe de Jace fica para trás para garantir a fuga. Não demora nem um minuto e acaba presenciando algo que a deixa atônita. Hera vê a fumaça da bomba que soltou desaparecer, como se sugada por algo invisível. As três figuras sinistras de vermelho logo surgindo no seu campo de visão.

 

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— O que está havendo Ahsoka? – é uma Sabine dividindo sua atenção com os caças imperiais que pergunta.

 

— Hera está saindo da nave com todos – é a resposta da togruta. Ela fecha os seus olhos por um momento, se conectando com a Força, abrindo-os logo depois, com uma expressão angustiada no rosto – as Irmãs da Noite estão perto.

 

— Elas estão atrás da Zara – Shin faz menção de correr em direção a nave, mas é impedida por Sabine.

 

— O que está fazendo? – Sabine força Shin a se abaixar, bem a tempo de evitar que o tiro de um dos caças imperiais a atingisse em cheio.

 

— Me solte Sabine – é Shin quem grita.

 

— Mantenha o foco Shin – era a voz de Ahsoka, num tom imperioso que poucas vezes se ouviu – não se trata apenas de Zara. As Irmãs da Noite podem querer capturá-la viva, mas os demais com ela serão mortos ou destruídos, com certeza – é com muita dificuldade que Shin se acalma.

 

— Como vamos fazer então? – Ezra pergunta – não podemos ficar presos aqui enquanto os nossos companheiros são atacados.

 

— Os caças estão fazendo a volta para um novo ataque – Ahsoka responde – me deem cobertura para eu ir até onde Hera e os demais estão – a togruta nem espera uma resposta, saindo de onde estavam encurralados e correndo no campo aberto, aproveitando que os caças ainda manobravam para retomar o ataque.

 

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Hera viu as três figuras e atirou de imediato, apenas para ver seus tiros sendo absorvidos por uma espécie de nuvem verde. Ela mal tem tempo de voltar a atirar quando sente seu corpo sendo jogado de encontro a uma parede de rocha, o impacto quase fazendo-a desmaiar. Apesar de ainda se manter consciente, Hera sente seu corpo incapaz de se erguer, um zumbido em seus ouvidos gerando uma cacofonia a seu redor. Seu olhar embaçado ainda é capaz de ver a figura de seu filho vindo até ela, mas mal consegue distinguir o que ele está falando, ainda que seja capaz de notar o desespero em seu rosto. Hera usa a mesma parede de rocha em que foi jogada como apoio para se levantar, sentindo a presença maligna das mulheres diante dela. Antes que possa fazer algo, tiros são disparados na direção das bruxas. A ex-general da República vê que os tiros partem de Chooper, mas o poder das bruxas o joga longe. Tudo o que ela consegue são alguns segundos, antes de atirar mais uma vez.

 

— Acha mesmo que pode nos deter, criatura inferior? – uma das bruxas se dirige a Hera.

 

— Vão se danar suas desgraçadas – responde Hera – voltem para o buraco imundo em que o desgraçado do Palpatine mandou jogar vocês – a mãe de Jace é capaz de notar o efeito que o nome do antigo imperador causa naquelas mulheres.

 

— Sim, nós conhecemos a história – disse uma das Irmãs da Noite – de como nossas irmãs em Dathomir foram traídas e exterminadas pelos que tinham medo e inveja da nossa forma de nos conectarmos com a Força.

 

— Não cometeremos o mesmo erro das nossas antigas irmãs – outra das bruxas intervém – saiba antes de morrer que no final, apenas nós teremos acesso ao uso da Força.

 

As três bruxas armam o seu feitiço para atingir Hera com todo o seu poder. A antiga general da República esperava pelo impacto mortal que não veio, vendo o rastro verde do feitiço parado poucos metros à sua frente. Foi só ao olhar de lado que viu dois pares de mãos pequenas voltados para o feitiço, detendo-o em pleno ar. Hera pode ver nas feições das duas crianças o quanto era custoso manter o feitiço das bruxas paralisado. Em que pese o orgulho maternal, por ver a demonstração de poder e coragem de seu filho, junto a Padawan de Shin, ela sabia que ambos não seriam páreo para o trio de bruxas. Seu temor se confirmou ao ouvir o som maligno da risada delas.

 

— E não é que as duas crianças têm potencial? – a voz de uma das bruxas se faz ouvir. A que parecia ser a líder faz com que Jace seja jogado direto contra Hera, os dois caindo pesadamente no chão, enquanto uma paralisada Ath’Zarah Het é erguida no ar como um mero fantoche, sendo trazida para junto das bruxas – mas potencial é algo ainda a ser trabalhado.

 

— No seu caso, minha pequena, nós cuidaremos de ensiná-la a liberar todo o seu potencial – o olhar das bruxas para mãe e filha caídos, por sua vez, demonstra claramente a intenção delas – quanto ao menino, esse potencial nunca se realizará, pois ele irá morrer junto com a mãe.

 

Enquanto mantinham a Padawan de Shin sob seu controle, as Irmãs da Noite soltam um novo feitiço em direção a Hera e Jace, mas novamente o mesmo feitiço se mantém paralisado próximo aos dois. As Irmãs da Noite se viram para ver a figura de Ahsoka Tano, esta usando a Força para manter o feitiço longe de mãe e filho. Na expressão do rosto dela, nada de suas feições habitualmente serenas. Em vez disso, o que se via era uma fúria reservada às batalhas, um lembrete de todos os momentos em que a togruta teve que se aproximar do lado sombrio da Força, para prevalecer na luta. Ao contrário das crianças Padawans, que só puderam deter o feitiço brevemente, Ahsoka Tano usou toda o seu poder Jedi, revertendo o feitiço, este atingindo uma das Irmãs da Noite com um forte impacto.

 

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— Temos que sair daqui – a voz de Shin tem um tom que mistura raiva e muita preocupação. Tudo isso enquanto os caças imperiais continuavam a atirar contra o lugar onde estavam todos encurralados.

 

— Não creio que vai dar para usar a mesma tática que fizemos com a Ahsoka – é um Arlo dizendo isso enquanto atirava nos caças.

 

— Esperem, tem uma coisa acontecendo – Ezra aponta para a direção onde os caças imperiais se encontram.

 

— Eles estão indo embora – é Sabine quem constata isso – o que aconteceu?

 

— Não estou nem aí para o que aconteceu – Shin sai de sua posição de imediato, indo pelo mesmo caminho seguido por Ahsoka. Os demais simplesmente foram atrás dela.

 

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As Irmãs da Noite e Ahsoka pareciam estar numa espécie de impasse. O fato de estarem com Zara faz com que a togruta não possa atacá-las com toda a sua força. Ao mesmo tempo, o trio de bruxas se dá conta de que tem uma adversária muito forte diante delas. Um fato, no entanto, parece indicar uma mudança na situação. Todos ali percebem os caças imperiais se retirando. As Irmãs da Noite sabem o significado dessa retirada, que em menos de um minuto, mais gente chegaria para reforçar a luta contra elas. Aquela que claramente era a líder das bruxas reúne suas irmãs e se decidem por um grande feitiço, mesmo que isso custe a maior parte de suas energias.

Perceber o recuo dos caças imperiais foi o primeiro sinal para que Ahsoka reunisse todos, mãe, filho e Droid, perto dela. A experiência em tantas batalhas lhe dizendo que um ataque em grandes proporções estava vindo. Não foi com surpresa, portanto, que ela viu o ataque chegando. O feitiço das Irmãs da Noite jogando sobre ela, e quem estava perto, uma grande quantidade de areia e pedras. Toda a concentração da togruta se voltava para garantir que ela e os demais não fossem atingidos. O uso da Força sendo fundamental para isso. De início ela teve que reunir toda a sua energia, mas logo sentiu o reforço chegando.

Ezra, Shin e Sabine, junto com Arlo, não tiveram dificuldades em encontrar seus amigos. O local da batalha tornando-se bem visível, ao notarem o feitiço das Irmãs da Noite reunindo grandes quantidades de areia e pedra. Os dois Jedi e a Padawan de Ahsoka também viram a Mestra de Sabine mantendo-se, e os demais, protegidos. Era uma tarefa grande demais, mesmo para uma Jedi poderosa e experiente como Ahsoka Tano. O trio logo se juntou na contenção do feitiço, unindo forças com a togruta. Pouco mais de um minuto foi suficiente, até que todos estivessem seguros, as pedras no chão, a poeira dispersa, permitindo ver o que preferiam não ter visto. As Irmãs da Noite desaparecidas, junto com Ath’Zarah Het.

 

— Para onde elas foram? Para onde elas foram? – o desespero toma conta de Shin – Zara, Zara – ela grita até cair de joelhos, seu rosto se tornando uma máscara de dor.

 

— Olhem! – é Arlo quem grita, apontando para o céu, onde uma nave decola em direção a atmosfera. Todos olham de imediato, mas desviam o olhar na direção de um grito agonizante que ouvem. É uma desesperada Shin Hati, agora sendo abraçada por Sabine.

 

— Eu falhei com ela, eu falhei com ela – o choro desesperado de Shin só faz com que Sabine se agarre a ex- Padawan de Baylan Skoll com mais força.

 

— Nós vamos trazê-la de volta, Shin – é uma Sabine também em lágrimas quem diz – nós vamos trazê-la de volta.

 

— A nave das bruxas parece ter liberado algo que está vindo na nossa direção – é um Arlo com um binóculo quem diz. Hera se aproxima dele.

 

— O que é? Alguma coisa explosiva? – a mãe de Jace pergunta.

 

— Eu diria que é um aparelho de holovídeo – Arlo responde. Todos veem agora um aparelho em formato circular pousando no chão, perto de onde estão. A aproximação é feita com cautela, até o aparelho ser ligado, mostrando a imagem de uma das Irmãs da Noite.

 

— A menina está conosco e se a quiserem de volta vão ter que vir pegá-la – disse a bruxa – não faremos nada para impedir que você, Mestra dela, use a ligação de ambas com a Força para localizá-la. Nós queremos que você venha até nós, mas trate de levar junta a outra que fede a Jedi. Vocês duas são a chave para nos livrarmos de vez da influência de Abeloth – um sorriso maligno adorna o rosto da bruxa – estaremos a espera por vocês duas – o aparelho é desligado.

 

— Elas já devem estar aportando na nave do Thrawn agora – é o que diz Arlo.

 

— Eu duvido muito – todos se voltam para Hera, que parecia estar em contato com alguém – o nosso reforço chegou.

 

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— Por que você não voltou para o esconderijo onde a nave Quimera estava, comandante Pellaeon? – apesar do tom normalmente calmo de sua voz, havia uma clara reprimenda por parte de Thrawn.

 

— Não há mais razão para nos esconder Grande Almirante – Pellaeon exibe um ar de surpresa no rosto, com a clara insatisfação de Thrawn – os rebeldes estão encurralados no planeta.

 

— Quem tem que decidir isso sou eu, comandante – a uma subida no tom de voz de Thrawn – você deveria ter levado a Quimera de volta ao seu esconderijo, como foi a minha ordem.

 

— Eu lhe garanto Gran... – o rosto de Pellaeon ganha uma expressão de grande medo. Thrawn podia ver nele que o seu temor se confirmara.

 

— Diga-me comandante, esse ar de desespero no seu rosto indica que eu estava certo sobre a temeridade da sua ação? – Pellaeon não parece encontrar palavras para responder – mostre-me o que você está vendo.

 

ÓRBITA DO PLANETA TESPYN

 

O cruzador mandaloriano saltou do hiperespaço bem a tempo de se deparar com o outro cruzador, estacionado na órbita do planeta. Não foi difícil reconhecê-lo como o Quimera, ainda mais para alguém que estudara a grande guerra galáctica profundamente, como foi o caso de Bo-Katan. Junto a ela estavam outros mandalorianos, como Djin Darin e seu atual filho, Grogu, além de Bobba Fett, junto com seu atual braço-direito, Fennec Shand. Outro também presente era o ex-rebelde Zeb Orrelios. Junto com o cruzador estavam também alguns X-Wings da República, liderados pelo capitão Carson Teva. A armadilha combinada com Hera, tendo o apoio secreto da senadora Organa, fora bem-sucedida, afinal. Com um sinal de sua cabeça ela mandou que se abrissem os canais de comunicação.

 

— Estamos enviando essa mensagem para quem está no comando do Quimera – a voz de Bo-Katan é bem firme – aqui é Bo-Katan Kryze, Mand’alor do Sistema Mandalore. Vocês têm três minutos para abaixar seus escudos, desligar seus sistemas de armas e anunciar a sua rendição – ela dá uma breve pausa em sua fala – caso isso não aconteça iremos destruí-los.


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Notas finais do capítulo

Capítulo postado, embora com um pequeno atraso. Mais uma vez minhas desculpas para quem esperava o capítulo para o último domingo. Prometo que não vai acontecer de novo. O capítulo 15 será postado no próximo domingo. Aguardem.



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