O Bando Vizinho escrita por Adnoka


Capítulo 2
ΑΩβ. 01 — Olá vizinha.


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi.

Bom como estamos no inicio da FIC quis trazer mais um cap. hoje. Eles vão começar a se conhecer. =)

Desejo uma boa leitura amores.



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Tomando a coragem necessária ele deu um beijo no seu beta e deixou que ele continuasse a estender as roupas e saindo de sua casa atravessou a rua em passos firmes, mas suas mãos tremiam, “céus, por que eu estou tremendo tanto?” ele a viu arregaçando suas mangas e aquele delicioso cheiro de amêndoas e marshmallow foi o tomando e o deixando completamente perdido em sentimentos e quando ele chega mais perto ele precisa se concentrar muito para já não ir a abraçar.

...

Depois de arregaçar as mangas ela abre a porta da frente e respira bem fundo para espantar sua tristeza, estava pronta para começar seu trabalho e foi aí que sentiu um cheiro delicioso e “chique” em sua opinião, um cheiro que ela amou sentir e que de certa forma a confortou por um instante.

— Morangos e champanhe que delícia, que perfeito.

Ela fecha os olhos para tentar sentir mais daquele cheiro tão bom em sua opinião e se vira ainda de olhos fechados.

— Ah, oi! — Ela dá um pulinho assustada assim que abriu seus olhos e viu que não estava só. — Não tinha te visto, me desculpe eu... — Ela ficou sem jeito pois era o cheiro daquele ômega que ela sentia com tanto prazer e ele deve ter percebido o quanto ela gostou de senti-lo. — Eu me distraí um pouco.

— Não se desculpe, eu que vim de curioso sem ter sido convidado inclusive me desculpe por me atrever assim.

Ele estava tentando se acalmar, mas queria dar pulinhos de alegria por estar falando com ela, ele sentiu assim que seus olhos se cruzaram que ela era sua companheira (sua alma gêmea) o que era extremamente raro de acontecer sendo que ele tinha mais dois companheiros já estabelecidos.

Eles ainda se olhavam a ao mesmo tempo que se sentiam, mas eles dois vibravam em sintonias intimamente diferentes pois a Jin-ah que também percebeu que havia uma forte ligação acontecendo ali tomou o caminho inverso do dele trocando a alegria e empolgação do Changbin por seu medo de sofrer se trancando ainda mais fundo, mas sem deixar de ser gentil com aquele lindo e perfeito ômega em sua frente afinal ele não fazia ideia ou sequer tinha culpa de nada que ela vivera até ali e agora eles seriam vizinhos, o que naquela região da cidade tão pequena como Mid Vallien era praticamente como se todos que moram ali fossem uma espécie de família.

— Fique tranquilo, você não foi atrevido afinal é comum em cidades pequenas assim os vizinhos receberem os novos moradores, eu entendo sua curiosidade. — Ela sorri para ele e pega uma grande caixa no chão. — Eu só sinto muito não poder te dar a devida atenção agora pois como vê tenho muito o que fazer.

Ela levou a caixa para dentro e saiu em seguida e ele sorriu com a forma gentil que ela falou com ele.

— Eu posso ajudá-la se quiser.

— Ah não por favor, ... — ela lembrou que ainda não sabia o nome dele — eu não quero incomodar de jeito nenhum — ela parou antes de pegar outra caixa e o encarou — me chamo Jin-ah, muito prazer.

Ela estende a mão para ele que percebe o quão atrapalhado estava que nem lembrou de dizer seu nome a ela.

— Sou o Changbin, muito prazer Jin-ah, se me permite dizer seu nome é tão lindo; igual a você!

Ela se encolhe um pouco pelo elogio descuidado e provavelmente exagerado vindo dele e ele aperta a mão estendida não com força, mas com uma firmeza impressionante o que a faz corar.

— Seu nome também é lindo, lindo e forte igual ao dono. — Ela estava tentando, mas volta e meia se pegava hipnotizada pelos músculos aparentes por conta da regata preta que aquele belíssimo ômega usava.

Eles sorriem pequeno e ele pega uma das caixas.

— Onde eu a coloco.

— Meu Deus, não ômega por favor eu me viro já disse, você deve estar ocupado eu...

— Jin-ah onde eu a coloco? Eu vou te ajudar e você não pode me mandar embora pois isso seria uma grave quebra das regras de etiqueta.

Ela o olha querendo rir, achou a carinha que ele fez muito fofa e engraçada.

— E que regra seria essa, ômega?

— Não sei, mas inventarei uma se não me deixar te ajudar, e por favor não fique me chamando de ômega, me chame pelo nome querida.

— Está bem, está bem — Ela sorria — essa caixa que pegou Changbin, é para o segundo andar, primeira porta a direita

— Ótimo, vou colocá-la lá.

— Obrigada.

Ele entrou na casa e ela pensou consigo: “que ômega perfeito, e tão cheiroso, da vontade de me afundar no seu cheiro.” Mas logo afastou seus pensamentos pois ela viu umas marcas nele e entendeu que ele tinha um bando ou até companheiros quem sabe, o que tinha certeza mesmo era que ela não se meteria com ele nem de brincadeira.

...

Todas as caixas foram colocadas para dentro e ele viu que ela tinha que montar os móveis ainda.

— Desculpe perguntar, mas você vai morar aqui com mais alguém?

Ele notou que nitidamente essa pergunta a levou para um lugar doloroso pela expressão que ela tinha estampada em seu rosto agora e se arrependeu por ter perguntado, mas agora já tinha falado então ele tentou ignorar o que sentiu e aguardou por sua resposta.

— Sozinha.

Foi só o que ela disse em um tom mais baixo e com seu olhar mais distante e ele quis abraçá-la.

— Certo, — Ele queria mais que tudo afastar essa nuvem que pairava sobre sua vizinha então se pôs a falar rapidamente — vi que tem muitos móveis para montar então vou até minha casa chamar os outros para ajudar e...

— Changbin, por favor não.

Ele parou de falar, havia muito naquela simples frase para se entender e ele ansiava por entendê-la, mas foi a dor contida na sua voz que o fez de fato parar de falar.

— Está tudo bem querida?

Ela fechou seus olhos e apertou os lábios ficando assim por um instante.

— Talvez você não me entenda e tudo bem, mas é que eu preciso mesmo fazer isso sozinha.

Ele a entendia até onde dava, mas sem saber seus porquês; pois aquele afinal era seu primeiro contato com a ômega e ele também não compreendia o porquê, mas toda vez que ela pronunciava a palavra “sozinha” ele sentia uma dor terrível dentro dele e uma vontade imensa de cuidar dela.

— Mas eu não vou conseguir te deixar sozinha nisso, pense comigo querida, tem móveis grandes para montar e vai levar um tempão para uma única pessoa conseguir montar tudo isso...

— Changbin, eu te agradeço muito pela a ajuda é sério, então de coração obrigada, mas o que eu não conseguir eu contrato alguém, então fique tranquilo está bem?

— Está relutante comigo, eu fiz algo de errado, minha querida?

— Não, eu juro que amei sua ajuda hoje estou muito grata mesmo, mas... — Ela o encarou e entendeu que nada do que ela dissesse ali o convenceria de deixá-la sozinha em sua missão. — Eu estou passando por um processo pessoal digamos que muito difícil para mim e eu preciso entender que daqui pra frente eu serei e estarei sempre sozinha — Ela suspirou por não saber como poderia explicar tudo aquilo para ele sem ter que se abrir demais com o ômega que acabou de conhecer — enfim, ter ajuda nesse processo pode ser ruim para mim em um nível irremediável, então eu sinto muito, mas preciso recusar sua ajuda.

Na verdade, ela estava decidida a não deixar ninguém entrar mais em sua vida nem que fosse só um pouquinho pois tudo que ela sofreu antes criou esse enorme bloqueio nela.

Ele havia ouvido tudo o que ela disse e agora refletia consigo e a conclusão que ele chegou era: “você nunca mais vai se sentir sozinha de novo”, porém ele nada disse a ela sobre sua decisão e ele acabou acatando o que ela disse por hora, até por que eles demoraram muito colocando as caixas para dentro e ela estava nitidamente cansada.

— Está certo Jin-ah vou deixá-la em paz. — Ele vai até a porta e ela o acompanha.

— Por favor não me entenda mal Changbin, eu só...

Ele segura o rosto dela com suas mãos fortes e a olha nos olhos.

— Eu não a entendi, nem mal nem bem, mas eu sei que irei entendê-la assim que nos conhecermos melhor — Ele sorria para a cara de surpresa que ela fazia por entender que ele não iria desistir. — Você é perfeita saiba disso e agora precisa descansar então vou deixar que descanse.

Ele se afastou dela que estava nitidamente sem reação.

— Obrigada pela ajuda vizinho.

— Não me agradeça ainda vizinha, até mais.

— Até.

Ela não entendeu absolutamente nada, mas esperou que ele entrasse na casa dele para enfim fechar a porta da sua e ir tomar um banho.

...

— Innie bebê onde você está?

— Na cozinha coisa linda.

Ele foi direto até a cozinha.

— Ótimo amorzinho, você vai levar essa torta que o Lino fez para jantarmos lá para nossa vizinha.

— Legal! É minha vez!

Os dois sorriam cúmplices.

— Sim bebê, acho que ela vai tomar um banho agora então vai você também e se arrume bem bonito — O mais novo o encara com uma sobrancelha erguida — Eu quis dizer ainda mais lindo meu amor.

— Ah sim, então assim sim.

— Bobo!

— O que achou dela Bin?

— Não vou dizer com detalhes tudo que senti por que não quero influenciar ninguém.

— Ninguém?

— Sim, eu preciso que todos conheçam ela, e depois disso teremos uma reunião.

—Reunião? — O alfa que estava adentrando a cozinha perguntou curioso — Quando meu perfeito ômega? Não estava sabendo de nada.

— Oi meu querido, que bom que chegou!

— Oi lindo alfa!

— Oi Innie, oi Binnie! — Ele os cumprimenta deixando selares nas cabeças de cada um deles.

— Alfa temos uma nova vizinha.

— Ah por isso as luzes daquela casa estão acesas novamente.

— Sim Minho, amor, podemos levar a torta que você fez para ela? Ela trabalhou o dia todo e está muito cansada.

— Claro que pode meu lindo ômega, e na verdade eu fiz mais de uma.

— Eu te amo tanto Alfa! — O mais novo ali abraçou seu alfa e recebeu dele carinhos nos cabelos.

— Te amo mais meu perfeito beta.

— Eu que vou levar a torta pra ela, vou tomar um banho já volto.

O beta sai correndo dali para ir tomar seu banho e o alfa abraça seu ômega que ficou ali com ele.

— Pode ir falando Binnie, o que você sentiu?

— Como sabe que eu...?

— Você está com um leve cheiro de amêndoas e marshmallow que misturados com seu morango e champanhe estão me deixando louco fora que pude sentir sua excitação através da marca.

Os dois sorriem abraçados.

— O cheiro é bom né?

— Muito! Sério muito mesmo, mas não me enrole amor você foi ver a nova vizinha?

— Passei a tarde a ajudando com sua a mudança e agora como viu o Innie vai levar a torta para ela.

— Bem suspeito não acha amor?

— Minho, meu lindo e gostoso alfa, — o Alfa sorri e beija o pescoço do ômega aproveitando para senti-lo um pouco mais de perto — Quero que todos vocês a conheçam e tirem suas conclusões.

— E aí uma reunião?

— Isso amor.

— Você se interessou nela Binnie?

— Não quero falar nada ainda, por favor meu bom alfa.

— A última vez que te vi assim foi quando conhecemos nosso Hannie amor.

O Changbin ficou vermelho denunciando ao alfa que tão bem o conhecia que ele tinha razão.

— Não vamos falar nada ainda está bem, por favor para nenhum deles.

— Está certo.

— Ah, alfa, ela vai precisar de ajuda para montar os móveis.

— E você quer que eu vá ajudá-la com isso certo?

— Por favor meu maravilhoso alfa, você faria isso por mim?

O tanto de manha daquele ômega apenas derretia por completo o alfa que ainda estava abraçado a ele.

— Como eu lhe negaria algo amor? Amanhã vou lá com o Channie, ele é o melhor de nós com essas coisas.

— Sim o melhor, mas leve nosso Hannie também meu alfa quero muito que vocês dois a conheçam juntos, e ele será de grande ajuda, tem muito trabalho a ser feito ali.

— Por que eu acho que você não está se referindo só aos móveis da nossa vizinha?

— Eu já te falei que você é muito perspicaz amor? — Ele se vira para beijá-lo e é recebido com carinho.

— Binnie; mais do seu cheiro amor por favor. — Ele pede pois sente uma grande vontade de senti-lo ainda mais.

— Todo seu meu perfeito alfa. — Ele deixa seu pescoço para que o alfa possa cheirá-lo e vai liberando seu cheiro para ele.

— Tão bom, tão perfeito, obrigado amor.

...

— E aí como eu estou? — O Beta volta a cozinha todo arrumado e os dois ali o encaram apaixonados.

— Eu diria que está perfeito, e você Binbin?

— Perfeito é a sua definição bebezinho, está lindo, um pecado de tão lindo na verdade.

— Parem de puxar meu saco, mas sim eu estou gatão mesmo.

Os três sorriem juntos com as risadas mais gostosas que tem.

— Nosso beta é um convencido Binnie.

— Como sempre Lino.

— Bom sei que vocês me querem muito, mas agora eu tenho uma vizinha para conhecer então se me dão licença. — Ele pega a torta. — Essa sacola é suco para levar também?

— Sim Innie coloquei seu sabor favorito.

— Você acha que ela vai me convidar para entrar?

— Estou torcendo para que sim, pelo que pude ver ela é toda educada, então estou contando com isso.

— Eu tenho pena da nossa vizinha, vocês dois vão rodeá-la de tudo que é jeito.

— Só nós dois Min? — O beta deixa um selar na bochecha do alfa. — Eu aposto com você que todos nós ficaremos iguais.

— Não vou apostar, eu sempre perco pra você.

— Ahá!

— Vai lá meu amorzinho e boa sorte! — O ômega o beija antes que ele se vá. — E bebê... — O beta que já estava indo em direção a porta se vira para ele. — Tente ir com calma está bem?

— Eu sempre vou amorzinho.

— Pela empolgação de vocês dois se ele não a pedir em casamento já vai ser um grande feito.

— Vocês são dois bobos, tô indo nessa. — Ele dá uma piscadela em direção a eles e sai dali.

Os dois que ficaram ali riram por saber que era exatamente algo assim que ele faria pois ele foi assim com Hyunjin pelo que o outro alfa conta a eles e também foi assim com o próprio Alfa líder, nem dando a ele a chance de os convidar para fazer parte de seu bando quando soltou um “e quando poderemos fazer parte do seu bando hein gostosão?” deixando seu alfa extremamente tímido e hoje ele diz que só não repreendeu seu companheiro na hora porque aquele também era seu desejo e estavam igualmente ansiosos por serem aceitos no bando.

...

A Jin-ah estava sentada em seu sofá que agora estava sem aquele monte de caixas por cima quando escuta batidas na porta e vai atender.

— Você é nova aqui Jin-ah, acostume-se, logo a novidade passa e você poderá sossegar.

Ela vai resmungando até a porta e antes de abri-la decide colocar seu roupão, afinal atender sem saber quem é e vestida com um baby doll de seda definitivamente não é uma boa ideia.

— Oi! — Ela olha um lindo beta que está segurando um prato todo enrolado e uma sacola com o que parece ser uma caixa de suco e que sorri lindamente para ela. — Boa noite!

O cheiro de algodão doce e maracujá a envolvem e ela ama com todo seu coração aquela mistura doce e cítrica

— Boa noite vizinha sou o Jeongin sou do bando do Binnie — Ela olha curiosa para ele — O Changbin que te ajudou mais cedo.

— Ah sim claro, o Changbin, entre por favor.

— Ah obrigado. — Ele entra curioso ali e logo vê que a sala já está toda arrumada diferente do que o Binnie tinha dito pra ele que estaria, e o cheiro de amêndoas e marshmallow dela o levou a loucura. — Olha trouxe essa torta pra você, é um empadão de frango foi o Lino que fez e deve estar deliciosa, você gosta de torta? Nosso alfa manda muito bem na cozinha confie em mim, você vai gostar.

Ela estava admirada em como aquele beta era perfeitamente lindo e nitidamente empolgado.

— Ah sim eu gosto de torta, quem não gosta? — Ela sorria para ele pois não tinha como ser diferente com aquele beta fofo em sua frente — Obrigada beta — Ela pega a torta das mãos dele e estende uma mão para se apresentar. — Me chamo Jin-ah muito prazer.

— O prazer é todo meu ômega, você é perfeita sabia?

— Não, eu não sabia — Ela sorri para ele — Quer se sentar? Vou partir a torta e você pode comer comigo se quiser.

Ele não era bobo de dizer que o bando tinha uma torta também e já foi se sentando como ela sugeriu.

— Posso te falar uma coisa?

— Claro, fique à vontade!

— Seu cheiro é maravilhoso, e você é muito linda mesmo.

Ela é tomada por uma timidez sem igual, mas o pânico que também a toma por conta dos elogios que recebeu é o que grita naquela sala agora, ela não se achava bonita nem de longe e tinha seus motivos para isso.

— Ah, por favor não exagere beta.

Ela passa um prato com um pedaço da torta para ele e segue colocando suco no copo que pegou antes.

— Jin-ah você pode me chamar apenas de Innie por favor?

Era comum de quem não tinha intimidade se chamar apenas pelo seu status, mas como ele pediu, ela não viu problema em fazer sua vontade.

— Claro, então Innie, por favor não exagere.

— Eu não exagerei em nada Jin-ah, eu acho que estou apaixonado por você.

— Céus! — apesar do absurdo daquilo para si ela riu alto com a audácia daquele beta — Você é um fofo Innie, mas não! Você definitivamente não está apaixonado por mim, e também você já tem seu bando certo? Lá deve ter alguém...

— Claro nosso bando, lá somos todos de todos, mas sim tenho um companheiro também.

Ela o olha curiosa.

— São um bando poliamor?

— Uhum.

— Que legal!

— Sério? Você não vai entortar o nariz como quase todo mundo que vem de fora?

— E por que eu faria isso? Acho isso muito incrível na verdade.

— Tá vendo só Jin-ah, você é perfeita em tudo! — Ele para por um instante a encarando e solta em seguida — Você vai entrar pro nosso bando quando? — Ela fica tensa na hora e ele percebe que até o sorriso de antes sumiu de seu rosto. — Ei, eu te ofendi? Me desculpe se sim não foi minha intensão é que sou bem impulsivo as vezes.

— Não me ofendeu não Innie mão se preocupe, mas é que eu nunca entrarei para nenhum bando.

— Por que não?

— Bom, digamos que não sou boa o suficiente para ninguém nesse mundo e o melhor para mim é ficar como estou.

— Como assim Jin-ah? — Ele parecia incrédulo —Você por um acaso não acabou de me ouvir não? Você é perfeita, eu estou apaixonado?

— Ouvi sim, mas isso é só por que você está empolgado pelo fato de ter uma nova vizinha, o que deve passar daqui uns dias.

— Alguém a fez acreditar que você era menos que perfeita?

— Podemos mudar de assunto? — Ela não o encarou, mas ele percebeu a tristeza em seu semblante e em seu cheiro que agora estava um pouco mais forte — O que você faz nessa cidadezinha para viver? Vou precisar procurar um trabalho aqui.

Ele ficou ainda mais curioso por ela, mas resolveu a respeitar.

— Eu não trabalho ainda, o bando decidiu que eu deveria me formar primeiro.

— Legal e o que você estuda? — Ela falava rápido para não dar tempo de ele voltar no assunto sobre ela.

— Odonto, vou abrir uma clínica odontológica aqui pois nessa região especifica ainda não temos uma, quando precisamos temos que ir nas outras regiões, cidade vizinha ou na cidade central.

— Poxa que legal e falta muito para se formar?

— Estou no último semestre.

— Ah então em breve você será o Dr. Jeongin, isso é incrível, meus parabéns.

— Ah, obrigada e sim, isso é bem legal mesmo — ele sorria fechando os olhinhos e ela achou adorável — e se você ainda não tiver arrumado nada pode trabalhar comigo, vou precisar de uma recepcionista e você seria perfeita.

— Olha só, um emprego para mim.

— Se quiser claro.

Ela não disse nada, mas aquilo lhe deu uma ponta de esperança pois depois de perder tudo o que tinha ela não conseguiu nada onde vivia por mais de três anos seguidos pois era ômega, com uma certa idade, não tinha um alfa ou filhotes, enfim cada entrevista que ia um motivo novo para dizer que ela estava fora dos padrões era inventado então ela já estava perdendo as esperanças de conseguir seu auto sustento pensando até em talvez abrir seu próprio negócio novamente pois precisava sobreviver de alguma forma.

— Seria um prazer Innie, mas até lá vou precisar achar algo.

...

Os dois seguiram comendo e conversando, ela estava sendo gentil e recebendo gentilezas que não tinha mais o costume de receber o que muito a assustava e a fazia pensar que deveria mesmo manter distância de seus envolventes vizinhos para não sofrer lá na frente, pois esse era o modos operandi de sua vida, quando ela baixava sua guarda e se apegava a alguém a vida vinha e a colocava em seu devido lugar, sozinha novamente e passar por algo assim mais uma vez era uma coisa que ela julgava não conseguir mais aguentar.

...

— Obrigada pela torta estava uma delícia mesmo.

— O Minmin manda muito bem mesmo, bom vou indo obrigado por me chamar para comer com você e por conversar comigo.

Ele segura a mão dela e a beija, e de propósito ele solta mais do cheiro dele, o que ela sente e ama pois sempre gostou de maracujá e o algodão doce que se misturava ao cheiro cítrico dava um toque delicioso ao cheiro do beta.

— Que beta galanteador, eu que agradeço a companhia.

Eles se despedem e ela entra em sua casa sorrindo.

...

— Onde você estava garoto?

— Oi meu amoroso alfa eu estava na casa da vizinha e Hyunjinnie amor, você vai amar ela também.

— Innie que história é essa? E esse leve cheiro de...

— Amêndoas e marshmallow? Seus preferidos né?

E de fato era, o Hyunjin tinha mania de fazer um doce que ia amêndoas trituradas chocolate e marshmallow e ele amava comer aquele doce e o cheiro que eles tinham quando estavam no forno.

— É o cheiro dela? Ela é uma ômega?

— Sim e sim Jinnie e amanhã vou com o Chan e o Hannie na casa dela pra a conhecer também.

O Minho que ouviu a conversa dos dois por estar entrando na sala estava rindo da cara que o Innie fazia para o seu companheiro.

— Alfa o que está acontecendo?

— Em resumo, ela se mudou hoje, o Binnie a ajudou o dia todo e pediu que todos nós a conhecêssemos, e não negamos nada ao nosso perfeito ômega certo?

— Verdade, mas vem cá você sentiu o cheiro dela?

— Não tem como não sentir né?

— Não, e é delicioso.

— Olha só pra eles Binnie, vão se apaixonar por  ela também. — O mais novo já abraçado ao ômega sorria largo ao olhar para os alfas.

— Vão sim bebezinho, tenho certeza que sim.

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Notas finais do capítulo

E aí? o que estão achando?

Não esqueçam que as interações na história ajudam não só em questão de engajamento, mas também no próprio desenvolvimento da Fic, pois dão norte aos escritores de que se estão fazendo um trabalho legal ou não, então continuo contando com vocês nisso.

Sobre os cheiros, recebi uma duvida e resolvi falar aqui para caso ser a duvida de mais leitores, eles tem certo controle da intensidade de seus cheiros sim, mas nada como fazer ele sumir ou algo do tipo, mas para frente vocês vão ver mais sobre isso, porém quando as suas emoções estão afloradas eles meio que perdem a noção sobre sua intensidade.

Marcas:

As marcas determinam se você é pertencente a alguém, se tem parceiro/companheiro ou se tem um bando. Todos deixam suas marcas alfas ômegas e betas, a diferença é a intensidade delas sendo as marcas de um alfa muito fortes na pele, as do ômega um pouco menos e as dos betas mais fraquinhas.

Se está em um bando será marcado apenas por seus companheiros, e no caso de bando poliamor todos tem as marcas de todos e o que vai diferir as marcas dos companheiros para os demais é o local onde elas estarão despostas.

O ato de se marcar é praticamente como um casamento tendo até cerimônia mesmo que de forma bem intima.

Quando se é marcado tanto quem marca quanto quem foi marcado passam a sentir tudo que o outro sente, e esse rito pode ser feito durante um ato intimo ou não depende dos envolvidos.

O ato de marcar a pele causa uma queimação no local mordido por um tempo mas nada demais.

Obrigada por ler!

Tenha um excelente final de domingo.

Se cuidem.

Beijokas da Adnoka





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