Among Other Kingdoms - Terceira Temporada escrita por Break, Lady Lupin Valdez


Capítulo 24
O que acontece depois?


Notas iniciais do capítulo

♥~Enjoy~♥



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Orion passou basicamente a noite toda acordado, o porque seu tio se interessou pela sua tia? Pela cor do cabelo? Pelo físico? Pelos dragões? Ela era diferente á anos atrás? Claro, as pessoas mudam através dos anos, isso pode ter acontecido. Ele deu uma risada.  Que coisa estranha, que coincidência inusitada. Mas, porque a tia Estela? Ela era casada!

(...)

Ele precisou fazer um feitiço de segredo, porque era muita coisa para guardar, mas, era pelo bem dos outros, e na hora certa ele estaria lá para dizer: “eu já sabia! ”

Evie usava o colar que o homem de porte atlético lhe deu, ficava ótimo em seu pescoço, ela olhava para seu reflexo e pensava, porque ela teve que voltar? Orion devia ter dito que era uma péssima ideia, era seu tio e a garota concordou com ela, o que ela poderia fazer para que seu primo concordasse com ela?  Ela era a primogênita, como seu pai ousava a dizer que sua mãe não era ninguém sem ele? Quem tinha dragões era ela. Ela poderia muito bem usar aqueles dragões para queimar o precioso reino que seu pai tanto almejava, tanto idolatrava e se gabava. Ela ter nascido primeiro foi apenas um acerto, era tudo o que ela precisava, era de mais confirmações, e ela estava conseguindo. Com calma, mas, estava conseguindo. Entretanto, se com seu pai não funcionasse, teria que ser com Perseu, porque era óbvio que ele precisava de filhos, a bruxa namorada de Orion disse isso para ela, na frente dele. Precisava saber mais sobre o rei de olhos azuis, saber de tudo, do seu comportamento, do seu gosto e costumes, talvez, apenas talvez assim, ela pudesse se assemelhar com ele, talvez assim, ele gostasse mais dela.

Ela bateu na porta de Orion mas, não houve resposta, abriu a porta devagar, talvez ele estivesse descansando depois do desjejum, mas ao abrir a porta do quarto dele ele não estava ali, foi quando ela entrou, nunca havia entrado no quarto dele e até a atmosfera do quarto era diferente, parecia a mesma atmosfera que ela sentiu em Ruphira, o local estava decorado com tecidos roxos, e na penteadeira haviam algumas miniaturas que ela não conseguiu dizer o que era, pareciam animais emplumados, dourados e prateados. Haviam muitos colares de diversas cores sobre a cama, quando ela se aproximou ouviu um barulho no corredor e saiu do quarto; era seu tio. Ela fechou a porta com tudo.

—O que aconteceu Evie? – Ele perguntou passando a mão sobre seus cabelos. – Orion está bem?

—Eu não sei onde ele está. – William fechou os olhos de novo não. – Vim ver se ele estava no quarto...

—O que eu perdi? – O garoto surgiu no lado de Evie o que fez os dois pularem assustados. – O que?

—Onde você foi? – William perguntou.

—Caminhar?!  Eu não vou fugir de novo. – Orion deu um sorriso para o pai que sempre bagunçava seus cabelos.- Do que precisa de mim?

—Evie estava te procurando. – Ele a olhou com meio sorriso no rosto. – Eu preciso dar uma saída, se comportem e não fujam novamente.

—Não vou! – Orion disse com um sorriso, ele não queria decepcionar seu pai, muito menos sua mãe novamente.

Fale por você...— Evie murmurou enquanto acenava para William, Orion a olhou surpreso.

—Como assim, fale por mim? Se for pra fazermos algo, não podemos fugir de novo. Temos que nos concentrar aqui. Até porque fomos devolvidos. – Ele colocou a cabeça de lado.

—Que seja. – Ela revirou os olhos.

—Sobre o que queria falar comigo? – Ele perguntou enquanto ela caminhava pelo castelo.

—Me diz do que seu tio Perseu gosta. – Orion a olhou confuso.

—Gosta? Como assim gosta?

—Lembra? De eu poder ser a filha dele. – O garoto prometeu pelos deuses que não mencionaria nada, até porque tecnicamente não era da conta dele, era do seu tio e sua tia. – Sua namorada concordou comigo!

—Ah. – Ele deu uma risada. – Ela não é minha namorada, somos um casal, mas, não somos nada. Galateia é muito entusiasmada.

—Mas, você não gosta dela?

—Gosto, mas, eu não sou um Príncipe coroado, e ela é uma Bruxa, é um pouco ruim Reis se relacionarem com Bruxas, porque todos dizem que a mente do Rei pode estar enfeitiçada. – Eles pararam de frente para o salão de dança. – Mas, o que tem a ver o gosto do tio Perseu?

—Bom, se eu me encaixar nos gostos dele, como todos aqueles servos dele, com certeza ele vai querer me adotar. – Orion a encarou viu um brilho assustador nos olhos da prima. – Não acha?

—(...) Acho que você não pode chamar eles de servos ou súditos, eles são a família do meu tio.

—Mas, não são de sangue. E o laço mais poderoso é.

—Não. – Ele a interrompeu. – Nem sempre, tem exceções, não chame eles assim na frente do meu tio. É a primeira lição.

Estela estava sentada no solário pensativa, a conversa com a filha na noite anterior foi perturbadora para dizer o mínimo, ela não se arrependia? De nada? Parecia que ela tinha voltado pior do que quando foi, parece que sua soberba invadiu sua cabeça com uma informação que naquele Reino era irrelevante, sobre ela ser a primogênita, até no jantar ela se sentia mais no direito do que os outros, como se ir para Saphiral lhe desse algum direito. Ela tinha, mas, com aquela atitude, não achava que ajudaria muito. Enquanto ela pensava que mesmo que Perseu estivesse furioso, ele era tranquilo e sua filha não era nada daquilo.

—Cunhadinha... – William a chamou e ela deu um sorriso pra ele. Ele estava mais aliviado com a volta de Orion, parecia que dormiu bem. – Estou atrapalhando?

—Não. Entre. – Ele se aproximou dela e sentou-se em uma cadeira arrastando para perto dela. – O que houve?

—Orion descobriu. – Ele sussurrou e Estela ficou imóvel.

—Descobriu o que? – William olhou para ela por alguns minutos, como se estivesse dizendo com a mente, ele não ia dizer nada, apenas ela precisava saber. Depois de um longo silêncio seus olhos se abriram de medo, susto e pânico. – Como ele descobriu? Você contou? Perseu contou?— Ela sussurrava.

—Não. – Ele fez um gesto pra ela se acalmar. – Eu não sei como ele descobriu, estamos no quarto e ele falou, ele descobriu ficou chateado, mas, pedi pra ele não contar. Fiz ele prometer.

—Hãn, é sério William? – Estela perguntou séria. – Eles dois não se desgrudam, acha mesmo que ele não contaria? – Ele fechou os olhos e juntou as mãos.

—Você sabe porque eles fugiram? – Ela olhou atenta. – Eilon abusou dela. – Seu coração doeu, foi o que Perseu falou, e se William sabia, Orion contou, mas, ela não quis contar pra ela. Apenas a ofendeu mais e mais. Ela colocou as mãos no rosto e começou a chorar, William passava a mão em suas costas para acalma-la. – Ela te contou isso?

—Não. Mas, desde que Perseu voltou, pelo grande dragão, eu estou sendo torturada com palavras e palavras, com ódio e raiva. Você sabia que Eveline nasceu primeiro? – Ele olhou confuso. – Pois é, aparentemente para Estevão aquilo não era importante, mas, eu não sei como ela descobriu. – Houve um silêncio. – Ele me mandou calar a boca... – Ela limpava as lágrimas.

—Estevão?

—Perseu. – O nome quase não saiu.

—Porque? – Não imaginava ele gritando com Estela, logo com ela, que teve uma filha e detestava que ela estivesse com Estevão.

—Porque eu não cuidei bem dela. E ele me chamou de reprodutora. Que tudo o que aconteceu foi culpa minha, ele estava tão irritado, mas, eu não tinha controle de quando eu teria filhos. – William suspirou e a abraçou. – Eveline não se arrepende de ter me feito perder o bebê e Perseu solidificou que eu já tinha filhos demais e.

—Calma. – Ele secou as lágrimas dela. – Vai chamar a atenção dos outros. – Ela se recompôs aos poucos. – (...)

—Se eu soubesse que todo esse caos iria acontecer, eu não teria aceitado trazer Perseu pra cá. Se Franny ficasse na dele e.

—Eu não teria Orion! – William falou indignado com um sorriso para distrair ela. – E Orion é meu tudo. Não foi só dor que o mar trouxe, me trouxe alegria, pra você também. Mesmo que agora não tenha sido uma situação boa. – Estela fechou os olhos por uns segundos. De fato, William mudou tanto depois que Orion nasceu, aquilo era uma coisa boa, já o resto... – (...) Se Auterpe estivesse aqui o que ela falaria? – Ele esperou que ela se lembrasse da conversa que as duas tinham, como a Rainha falava, Estela era uma amiga que ela nunca teve durante sua vida. Entretanto Estela deu um sorriso.

—Ela não estaria aqui.

—Aan?

—Se ela estivesse aqui, em Calasir, é sério que você estaria aqui comigo? E não com ela no quarto? – Ele ficou vermelho e coçou a nuca.

—Verdade. Mas, o que Auterpe diria– Ele segurou em suas mãos. – que seu irmão estava emocional, irritado, que ele não quis dizer exatamente o que quis dizer e com certeza assim que ele falou se arrependeu. – Ele fez uma pausa dramática. – E depois com certeza ele chorou pelo que falou. Colocando toda culpa em si mesmo.

—Realmente. – Ela sorriu. – Ela diria isso mesmo. Senão mais...

—Mas, como você disse, eu não estaria aqui para concordar. – Ela deu mais um longo sorriso. – Eu também estou preocupado com a Evie. Posso estar errado, mas, eu acho que ela entrou no quarto de Orion.

—E qual seria o problema? – William se levantou. – William? O que tem no quarto dele?

—Ele é de Ruphira, não sei se ele trouxe armas, e se ele trouxe? E se ela pegou? Eu fiz a mala dele, não tinha nenhuma, mas, e se houver?

—Esperamos que não tenha.

—Não quero ninguém desaparecido, nem ferido. – Ele respirou fundo. – Preciso sair agora, mas, estarei aqui para o jantar. – Estela voltou sua atenção para o horizonte, será mesmo que Perseu se arrependeu do que ele disse? Ou ele era igual sua filha? Que não se arrependia e se divertia em ver a dor nos outros?

Perseu mal estava prestando atenção no que Estevão estava lhe apresentando, estava repassando a conversa que teve com Estela no dia anterior, ele era ótimo em estragar tudo, era péssimo quando estava com raiva, o espirito julgador de Atena parecia se sobrepor nele e fazer ele ter um julgamento cruel e frio. Tomou todo o ódio dos deuses daquela reunião e despejou em Estela como Ares avança em guerras. Porque William não lhe contava das coisas que Artemisa fazia?  Por tanto tempo Estela foi frustrada com a menina, ele não podia culpa-la tanto, até porque ele era amante, ele estava errado, mas, estava furioso pelo que aconteceu a filha. Porém; seria a mesma coisa da última vez, eles brigavam, ambos se irritavam, ele ia embora e Estela sempre teria um porto seguro, família, filhos e a seu contragosto, teria Artemisa.

—Me perdoe Rei Perseu... – Eilon começou quando passavam por mais uma construção que Estevão quis mostrar. Ele se virou pro garoto se controlando. – Mas, o fato de você ainda não ter casado não coloca o seu legado em risco? – Ambos pararam abruptamente e ele olhou para o menino. – Temos uma aliança com Saphiral á muito tempo, o que acontece se Vossa Alteza morrer? – Estevão deu um sorriso e se aproximou dos dois.
 Saphiral tinha muita coisa para oferecer, se o Rei morresse lutando não haveria ninguém para auxilia-los. Tinha sua irmã e seu sobrinho, mas, ela nunca faria um acordo com Estevão, e Auterpe tinha muito ouro e muitas armas.

—É verdade meu filho, pensando lá na frente; o que é ótimo. Acho que nós poderíamos fazer um pequeno baile hoje a noite. – Perseu ficou desconfortável.  – Tem muitas donzelas prontas para se casar e vem de boa família. E ser casado é maravilhoso! – Estevão encheu o peito orgulhoso, Perseu queria revirar os olhos. – Ora Rei Perseu, todos meus amigos estão casados, meus filhos estão casados, você tem que se casar eu acho que você deveria encontrar o amor, assim como William encontrou a sua irmã.

—Não. Sem bailes. – Aquilo não era importante, estar com sua filha era importante, a segurança dela era importante e aquele menino sendo a cópia exata de Estevão apenas aumentava a sua raiva. Ele também tinha que voltar, deixou sua irmã sozinha. – Não é necessário fazer algo grande por minha causa e.

—Mas, seu Reino depende da sua dinastia! Já está demorando para começar uma. – Perseu queria falar que já tinha uma Herdeira, queria dizer que não precisava disso, mas, Estevão era mais insistente que uma criança.  

—Claro, mas... Bailes demoram de ser organizados e.

—Um jantar! Iremos encontrar uma noiva para você hoje mesmo. – Perseu quase engasgou.

—Noiva?! – Era muita informação parar ele.

—Porque demorar Rei Perseu? – Eilon disse animado, o corpo dele tremeu, o garoto queria mostrar simpatia, até porque o sussurro que ele fez na noite anterior, estava tão alto como se ele estivesse na sua frente, ele tratou isso com o cansaço dos dias de buscas, pois, ele mal conhecia o Rei. – Meu pai tem um bom gosto, e se ela não te agradar, podemos arrumar outra. – Perseu fez um gesto para ele parar de falar.

—Não precisam se preocupar. Eu...

—Precisa de uma esposa. – Estevão colocou a mão em volta do pescoço de Perseu que tremeu com toque e foi pego pelo susto. – Uma tão boa para você quanto você merece. – Perseu nem conseguiu raciocinar com aquela frase, mal conseguiu pensar, apenas concordou, seja lá com o que foi dito, ele precisava entrar em transe para evitar cometer dois assassinados ali mesmo diante muitas testemunhas.

Quando percebeu já estavam no castelo, Estevão saltou do seu cavalo, assim como Eilon e ele pediram para Mandrik fazer uma lista de moças solteiras. Nesse momento o Rei de cabelos brancos olhou para o estábulo, o Pégasus ainda estava ferido e consequentemente o dragão também, ele precisava pegar um remédio para ajudar na recuperação deles. E esvaziar a cabeça, porque pelos deuses era muita coisa acontecendo de uma vez.
Orion ficou falando algumas coisas básicas sobre Saphiral para Evie, mas, estava ficando frustrado com as insistentes perguntas que ela fazia, nenhuma era sobre os costumes, sobre os deuses, a tarefa de cada um naquele lugar; ela apenas queria saber se ela fosse Princesa quem poderia arruinar e tirar esse título dela, como e por quanto tempo a Coroa seria dela, e se a verdadeira filha de Perseu aparecesse quem teria direito a coroa, a que se apresentou primeiro ou a que nasceu primeiro? Enquanto ele dizia que aquilo não era tão importante para ela e Evie insistia, ele ouviu os tios e o primo chegarem. E teve uma ideia.

—A única coisa que você pode fazer para conquistar a feição do tio Perseu é ser gentil. – Ela fez uma careta. – Ouvir mais, falar menos e sorrir mais. – Ela negou.

—Isso é o que minha mãe faz. – Ela disse brava. – Não quero ser como minha mãe. (...) Ela é fraca e patética e.

—Não diz isso dela. – Mesmo que ele achasse ela um pouco sem graça, ela não era fraca. E era mãe dela, não importava, que ela não era feroz ou irritada, era o jeito dela. – Ela é sua mãe. Ela cuidou de você e.

—Você está comigo ou contra mim? – Ela o interrompeu. Mas, ela não deixou ele responder que estava do lado dela. – Eu faço isso do meu jeito, ela deu as costas para ele e foi em direção ao seu quarto, tinha que pensar bem no que queria fazer. Tinha algo em mente, mas, não sabia como executar seu pensamento. Mas, ela não queria falar menos, ouvir mais e sorrir mais, aquilo era patético.

Orion voltou a realidade depois que sua prima se zangou com ele, sem entender o porquê, estava tentando ajudar, mas, começou a procurar por espelhos, qualquer um, ele queria fazer a dança dos espelhos, encontrou um do tamanho do seu braço, passou o dedo por ele e depois de dar uns passos para trás pulo sobre o espelho, dentro da dança dos espelhos ele tinha aceso a um espelho em algum lugar que ele passou ou quarto que ele já entrou, o que ele queria, era o espelho perto do quarto de Eilon e Elisa, era do tamanho perfeito, ninguém podia ver ele do outro lado, mas, ele via a todos, viu quando seu tio Perseu passou e quando Eilon passou, ele o puxou pela gola, ele nem viu quem foi, pois no momento que ele foi trazido para dentro, Orion saiu, estava a cópia do primo, enquanto o outro estava desacordado no espelho, o bom de um espelho pequeno é que ele nunca é percebido.

Elisa já tinha se acalmado do susto mais cedo do Orion, seus irmãos diziam pra ela que o primo fazia truques, mas, sinceramente, ele também podia mentir. Ela se sentou na penteadeira onde começou a pentear os cabelos e guardou os brincos, Orion poderia ser um mágico, se fosse o truque era muito bom. Nesse momento Orion entrou no quarto com um ar cansado, Elisa deu um sorriso. Não tinha diferença nenhuma.

—Que bom que chegou amor. – Orion se virou para fazer uma careta, então fechou a porta. Foi um dia bem chato. – Ela fez um bico para ele a beijar, entretanto ele deu um sorriso suave.

—Como passou o dia hoje? – Ele se aproximou do pescoço dela aspirou seu perfume, o que fez a garota se arrepiar, ele achou divertido a reação dela. – Você está cheirosa hoje. – Não estava, era o mesmo cheiro enjoativo de sempre, Elisa deu um sorriso enquanto Orion na aparência de Eilon, tomava a escova de sua mão e penteava seus cabelos, ela gostou daquilo. Fechou os olhos, apreciou o carinho. – Está calma agora. – Ele acariciou o rosto dela suavemente, fazendo massagem nos ombros dela, que estava gostando das caricias, será que ele queria fazer agora? Ela mordeu os lábios, ás vezes aconteciam, principalmente quando era espontâneo.

—Claro. Com o que eu iria me preocupar?

—Tem outra coisa que te preocupa? – Ela pensou no que Orion havia lhe dito, mas, não queria incomodar o marido. Então ela negou com a cabeça.  – Ela olhou para ele pelo reflexo da penteadeira. – Não.

—Tem certeza? – Ele passou a mão pelas pernas dela até a cintura, o que fez Elisa ofegar, Orion riu, ela estava na mão dele, e nem percebeu.

—Tenho... – Ela suspirou. – Como foi o passeio com papai e o Rei Perseu?

—Eu não sei. Eu não fui. – Elisa olhou confusa e se virou para ele que a soltou aos poucos.

—Como assim você não foi? Eu vi você saindo a cavalo com papai e o Rei e. – Ele deu um sorriso e colocou a mão sobre seu queixo mexendo com seus lábios.

—Priminha... Você não percebeu que sou eu? – Elisa congelou e se levantou com tudo e o olhou assustada, era Eilon, era seu marido! – Eu fico bem ofendido em ser comparado com ele. – Ela arregalou os olhos. – Você duvidou de mim, cá estou eu e quem acreditaria em você? – Ele colocou os dedos na nuca dela e aproximou os lábios, Elisa estava em choque não conseguia se soltar, estava tremendo demais. – Você nunca saberá se sou eu ou Eilon. E se questionar a ele, o que ele vai entender? Que você o traiu! Uma traidora, que pecado horrível! – Ele deu um sorriso deu um selinho provocativo nela e se afastou. – Tenha cuidado. Você não iria querer se deitar outras vezes com o homem errado, não é?

—Eilon pare de brincadeira! – Ele negou.

—O que eu te devolvi priminha? Não foram os brincos que estavam contigo quando tirei sua virgindade?

—(...) Não... – Ela tremeu.

—Vai ter que prestar atenção nos seus momentos hein. – Quando ele fechou a porta rindo, Elisa caiu no chão limpando a boca freneticamente, como aquilo era possível?

Antes dela alcançar a maçaneta, Orion passou o dedo e pulou por um espelho, quando o fez, o espelho do outro lado liberou Eilon, que caiu com tudo no corredor, confuso. Ele não lembrava de nada apenas caiu no chão, precisava procurar um curandeiro, aqueles apagões não eram normais; foi quando Elisa abriu a porta com tudo e correu em direção a Eilon de verdade ainda achado que era Orion e começou a gritar com ele. Não tinha pra onde o primo sair, o corredor era enorme.

—Como é que você pode ser tão cruel? – Eilon se afastou de Elisa antes dela estapear seu peito. – Porque fica me aterrorizando?

—Amor, o que é isso? O que você tem? – Ele perguntou agarrando as mãos dela. – Porque eu sou cruel? Onde eu aterrorizei você? Acabei de chegar! O que aconteceu?

—(...) Eilon? – Ele a olhou sem entender. – É você mesmo?

—Claro que sou eu!

—Me prove que é você!

—Provar o que? Sou eu! – Ela se afastou um pouco, o olhou bem, não sabia dizer se era seu marido ou seu primo, ou se estava ficando louca. – O que você tem?

Ela estava desnorteada.

—(...) Eu preciso tomar um ar. Aqui está me deixando tonta. – Ela saiu correndo pelos corredores, estava confusa, estava em pânico, mas, pra onde ela iria? Para o covil! Precisava se acalmar, e sua mãe fazia isso sempre que podia. Por outro lado, Orion se perdeu nos espelhos, tentou memorizar o do seu quarto, porém quando saltou caiu em cima de Evie, o que fez a garota cair com tudo.

—Eu tenho porta sabia? – Ela berrou com Orion que se assustou. – Já falei pra você não fazer isso.

—Foi sem querer, eu não tinha intenção de entrar no seu quar. – Ele olhou para a mão na prima, e ergueu uma sobrancelha. – Isso é meu? – Evie colocou o artefato nas costas. – Evie, você pegou alguma coisa no meu quarto? – Ela deu ombros e mostrou o que parecia um bastão do tamanho considerável e da cor vermelha

—Eu ia devolver, como você disse, só é roubo se a pessoa descobrir que sumiu. – Ele percebeu aquele brilho assustador novamente nos olhos da prima, não gostava daquilo, Evie sorriu. – Eu ia devolver só queria saber o que era. Não parece ter muito valor. – Orion ficou em silêncio segurando com calma. – Nem parece que faz alguma coisa.

—É um amuleto, não vai fazer muita coisa. (...) Desculpa por ter entrado sem bater.

—Você está bem? O que foi?

—Eu não gosto que tirem as coisas do meu quarto, é tipo quando eu vou pro Refúgio.

—Eu não sabia. Não vou fazer de novo. Desculpa.

—Tudo bem. – Ele a olhou com um sorriso. – Nos vemos no jantar? – Ela acenou, ele olhou pro espelho. – Eu vou pela porta.

—Sem problema.

—Pegou mais alguma coisa?

—Não, só isso chamou a atenção, não peguei nada.

—Certo. – Orion entrou no quarto e trancou a porta, não era um amuleto, era um veneno. Uma agulha com veneno, tinha que saber abrir, e apenas ele sabia fazer. Era a segurança dele caso estivesse em perigo. Mas, aquilo estava extremamente escondido, ele não queria admitir, mas, estava com medo da prima. Não é possível aquilo chamou atenção dela.

Estela entrou na sala do trono e Estevão estava sorrindo junto com Mandrik, ele tinha uns papeis na mão, ambos seguravam uma taça de vinho e pela alegria parecia que tinham ganhado algo importante, ela se aproximou dos dois.

—O que houve? – Ela estava contaminada com a felicidade dos dois. – Qual o motivo da comemoração?

—Vamos ter um noivado! – Estela ergueu a sobrancelha em seguida paralisou, não, ele não achou um outro noivo para Evie, não com Perseu em Calasir.

—Noivado?!

—Estevão arrumou uma noiva para o Rei Perseu. – Estela paralisou, Estevão deu uma de casamenteiro? – Achamos uma adequada, tinham muitas e.

—Não adianta aparecer com uma mulher, Perseu achará todas ruins. – Estevão a observou por uns segundos.

—Como você pode ter tanta certeza disso?

—Ele ficou tantos anos sozinho, acha que de repente ele vai aceitar alguma mulher assim?

—Querida, eu escolhi uma boa moça, tão boa quanto ele merece. – “Tão boa quanto ele merece? ” Aquela frase só podia ser uma piada. – A filha do Conde das flores. Biana de Lulet. – Estela piscou. – Não acha que Perseu iria se interessar nela?

—Eu...

—Ela chega agora a tarde. Ficará conosco para o jantar e assim a dinastia do Rei de Saphiral está a salvo.

—Estevão, você não pode fazer isso pelas costas do Rei e.

—Ele concordou.  – Estela ficou imóvel, como assim ele aceitou? Que droga estava acontecendo? O que estava passando na cabeça dele quando ele aceitou? Era isso que ele fazia? Viajava entre os Reinos, engravidava as mulheres e depois as culpava? Mas, ao mesmo tempo estava receosa.

Biana de Lulet era a mais nova das duas irmãs e três irmãos, tinha completado 21 estações recentemente, tinha lindos olhos cor de mel, cabelos castanhos claros ondulados e era linda; educada e gentil. Mas, Estela não sabia explicar porque ficou tão insegura, talvez Perseu gostasse dela, se casasse com ela e fossem felizes.

E depois? O que acontecia com ele e Evie? Ele a levaria? Ela fugiria? Claro, que estava pensando na filha, seria uma loucura estar sentindo ciúmes de um homem que era seu amante.


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Notas finais do capítulo

~♥Beijos da Autora♥~



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