Depois daquilo parei de tentar mentir pra mim mesma.

Odete tinha olhos lindos, um corpo maravilhoso e uma boca que com ou sem sorriso dava muita vontade de beijar.

Não tinha mais como negar: estava caidinha por ela.

“Toma aqui sua toalha, Teresa.”

Ela apareceu enquanto eu fazia ioga.

“Porque enrugada assim só posso ter saído da piscina? Vá catar pedra, Odete.”

Ralhei sem dá-la a chance de terminar a piada.

“Cátedra? Ficou velha senil agora?”

Ela perguntou alto e eu ri.

“Pelo menos não sou surda feito uma porta.”

Caidinha ou não pegar em seu pé ainda me alegrava.