The sister problem escrita por Any Sciuto


Capítulo 4
Amar




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— Então, o que você queria me contar, Grisha? – Any parecia um pouco melhor, apesar de todos os fios em seu peito ainda. – Seu olhar me deixa ansiosa.

— Bem, eu fiz um exame de sangue. – Callen entregou o papel com o resultado para ela. – Eu sei que eu deveria ter perguntando antes, mas houve um momento antes de tudo explodir com aquela pessoa. Eu tive que doar sangue para você.

Any pegou o teste de sangue e sua respiração ficou presa ao ver o que ele tanto queria dizer. Bem grande nele estava “99,99 por cento de compatibilidade genética. Partes iguais de mãe e pai”.

— Isso não pode ser verdade. – Ela viu que Callen a olhava também. – Quero dizer, eu sei que temos o mesmo pai, mas a mesma mãe. Eu sei que ela...

— Morreu quando eu era criança. – Callen sabia que ela queria tentar guardar seus sentimentos. – Mas eu não entendo também. Quando eu descobri, eu liguei para Hetty e ela disse que viria para cá, mas até agora nada.

— Deixe-me falar isso, senhor Callen. – A voz de Hetty assustou a todos. – Fico feliz que esteja melhor, Any. E que tudo tenha dado certo no fim.

— Eu também. – Ela estava ansiosa para descobrir o que aconteceu. – Embora eu gostaria de estar descobrindo o que está acontecendo de verdade.

— Todos aqui. – Callen viu o olhar de todos. – Eu realmente queria saber como isso é possível.

— Bem, você sabe que sua mãe era da cia. – Hetty olhou para Callen e Any. – Isso foi há algum tempo, quando a genética e a tecnologia de inseminação artificial era uma coisa cara.

Há algum tempo...

— Você tem certeza que gostaria de fazer isso? – O pai de Callen olhou para a mulher com um bebê no colo. Seus olhos azuis eram quase uma piscina de água. – Quero dizer, eu doar minha semente é natural, mas você querer doar seus óvulos? Acho demais.

— Por que? – A mulher deitou Callen na pequena cama do quarto. – Faz bastante sentido. Eu sou uma agente federal, que faz espionagem internacional. Se eu não conseguir mais ter filhos no futuro, talvez eu possa pagar a alguém.

— E como isso vai acontecer? – O homem ganhou um papel da mulher e suspirou. – Oh, você já fez?

— Sim, mas tem uma pequena clausula que você precisa ler. – A mulher sorriu para o homem. – Quer assinar?

O pai de Callen decidiu que a clausula era suficiente para ele. Em caso de morte, ele poderia solicitar as amostras e destruir todos.

Infelizmente, ele precisou fazer isso algum tempo depois. Porém, por algum motivo, seus planos mudaram.

Com Callen sendo criado longe dele, que agora era um criminoso perigoso e caçado por todos os lados, ele encontrou uma solução.

Ao invés de destruir as amostras, ele conseguiu encontrar uma mulher que não conseguia engravidar. Ele sabia que seria muito errado então deu um jeito de apresentar a “mãe” de Any como a sua esposa.

Ele sorriu quando descobriu a gravidez dela e que ela havia se mudado para o Brasil.

Quando o nascimento de Any estava próximo, ele decidiu que iria até lá, apenas para que ele conseguisse ver a pequena nascer. Embora a mulher que ele escolheu tivesse se casado e o homem pensava ser o pai da garotinha, ele ficaria por perto.

— Arkady, eu não sei se vou conseguir ficar por perto do jeito que eu pensei antes. – Garrison suspirou para o amigo, já a bordo o jatinho. – E se eu a colocar em perigo também? Callen já está crescendo sem mim por perto.

— Talvez você não devesse ficar por perto então. – O homem sabia que era algo ruim, mas ele queria que o amigo entendesse. – Você fez coisas boas, coisas ruins e coisas questionáveis. Se sua filha é importante para você, talvez então você devesse apenas deixar ela ir.

— Faz tanto sentido. – Garrison suspirou. – Mas eu ainda preciso saber que ela está bem.

— Coloque Hetty nisso. – O homem olhou para a paisagem celestial. – Eu sempre tive esse medo. Anna está sendo criada longe de mim também. Infelizmente, eu não fiz coisas boas.

— Somos dois idiotas. – Garrison bebeu seu drink e suspirou. – E velhos.

Arkady observou Garrison olhando para a pequena que havia nascido. Ele colocou sua mão no vidro da maternidade e se virou, tentando não gritar de frustração.

— Achei que tinha dito que criaria sua menina, Garrison. – Hetty os esperava quando eles desembarcaram no aeroporto de Los Angeles. – Vai ser como Callen?

— Clara não iria querer nossos filhos criados por um bandido. – O homem caminhou e suspirou. – Deixe isso no meio das coisas que eu mandar para você. Eu não quero que a menina pense que eu nunca pensei nela.

Garrison sabia que era um babaca covarde, mas ele não podia simplesmente desaparecer da vida de Any agora que ela havia nascido.

Ele foi até o banco mais próximo e com uma cópia da certidão de nascimento dela abriu uma conta com o nome dela.

Durante os vinte anos seguintes, ele depositava uma boa quantia para quando chegar custear os estudos dela. Ele a acompanhava e as vezes usava um disfarce para que ele pudesse ver a menina de perto sem medo.

Mas se ele dissesse que era suficiente, era uma mentira.

Agora...

Hetty olhou para Callen e Any enquanto terminava de contar a história. Entregando um envelope para Callen e Any, ela apenas se levantou e foi embora.

Os dois não perderam tempo antes de abrir e encontrar um molho de chaves. Havia uma carta e um cartão com senhas e números.

“Queridos filhos.

Se vocês estão recebendo isso, é porque eu não posso estar com vocês agora. Talvez meu passado tenha me alcançado. Mas espero de coração e torcendo que vocês estejam seguros e casados. Mas sobretudo felizes.

Essas chaves são para vocês. Eu prometi a mim mesmo deixar algo de bom para vocês. Eu deixei duas casas. Uma para cada, além de uma conta no banco. Vocês podem argumentar que não era preciso, mas eu tentei de tudo para manter vocês dois seguros.

Vocês são tudo para mim. Eu os amo de paixão. Com amor,

Seu pai.

Garrison.”

Callen olhou para Any, que estava em lágrimas e levou sua mão ao ventre. Ele a puxou com cuidado para um abraço, enquanto Elisa e Sam liam aas cartas. Era quase como se eles pensassem que o pai dos dois estava ainda por aí.

— Puta merda. – Deeks notou os valores das contas. – Quase 2 milhões.

— Acho que a gente vai ficar bem amparado com isso. – Callen sorriu. – Ele colocava a mesma quantidade de dinheiro todos os meses durante anos. Faz sentido eu e ela termos 2 milhões.

— Bem, tenho uma criança vindo. – Any sorriu para o irmão. – Talvez quando sair daqui a gente devesse gastar um pouco desse dinheiro, hein Elisa?

— Totalmente. – Ela sorriu, recebendo um torpedo sobre um caso que ela deveria julgar na manhã seguinte. – Enquanto isso, cuide-se, garota.

— E cuide da minha irmã, Sam. – Callen abraçou o amigo enquanto iam para fora. – É ela?

— Provavelmente. – Elisa e Callen foram direto para as escadas, sem nenhuma vontade de esperar.

Eles pegaram o carro e foram para o endereço fornecido, esperando encontrar o que queriam. E cara, eles acharam.


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