The sister problem escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Infancia




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Brasil – 29 anos antes...

— Eu nem posso acreditar que ela já está aqui. – Uma mulher se virou com uma garotinha que tinha quase quatro horas de vida. – Meu pequeno pedaço de céu.

— Ela tem os seus olhos. – Um homem olhou para a pequena que dormia nos braços da mulher. – Já sabe que nome dar a ela?

— Bem, eu acho que Any. – A mulher olhou para o homem, que segurou a menina em seus braços e tentou não chorar. – Você precisa ir embora?

— Talvez amanhã. – Ele segurou a garotinha em seus braços mais um pouco antes de devolver para a mulher que olhava para ele com expectativa. – Eu preciso manter ela segura, assim como você.

— Se você pudesse ficar mais algum tempo... – Uma lágrima desceu pelo olhar da mulher, que segurou a menina como se ela pudesse ser roubada dela. – De qualquer forma, eu estou feliz que você esteve aqui para o nascimento pelo menos.

Enquanto saia, o pai de Any e de Callen olhou para o hospital com um pedido de desculpas no olhar, se odiando por ter que ficar longe da vida dos filhos.

— Ei, como ele está hoje? – Ele perguntou ao amigo que vigiava Grisha por Los Angeles e que a pedido dele o ajudava com tudo. – Sério? Estou indo para os Estados Unidos hoje. Sim, ela nasceu. É perfeita demais. Sério, Arkady, eu aceito, sim.

Assim que ele chegou em Los Angeles, uma figura conhecida e baixinha estava esperando. Claro, ele deveria adivinhar que Hetty estaria o esperando.

— Sabe, de longe você parecia aquela garota do filme. – Ele levou um soco no estomago. – Uf.

— Deixe de ser um babaca. – Ela jogou nele um bolo de documentos e suspirou. – Você teve uma filha no Brasil, é?

— Eu te contei isso há algum tempo. – O pai de Callen protestou. – E de qualquer forma, foi um acidente. A mulher é casada.

— Bem, acho que isso supera tudo o que você já fez na vida. – Hetty olhou para ele. – Seu filho já é perseguido e agora essa garotinha também vai ser.

— Ela não vai e eu me encarreguei disso. – O homem simplesmente começou a caminhar, irritado por ter sido repreendido. – Vou ver meu filho. Nem que seja de longe.

Hetty queria jogar um copo no homem, irritada pelo fato de homem apenas se preocupar consigo mesmo. Seu olhar se voltou para Arkady que sem hesitar entregou uma cópia dos documentos sobre a garota que havia tido a pequena criança.

Se o pai de Callen era um idiota total, ela iria deixar a criança protegida de todo tipo de perigo.

Quando a pequena Any fez 6 anos, um novo inimigo apareceu na vida da menina. Alguém tentou mexer de maneira errada com a menina e acabou em uma cama de hospital com ambas as pernas quebradas e um baço rompido.

Um pequeno presente foi deixado na casa da menina, fazendo a mulher que deu à luz Any acreditar que o pai verdadeiro de Any estava por perto.

— Faculdade nos Estados Unidos? – A mulher se virou para uma Any adulta. – Porque? Não existem lugares bons aqui no Brasil?

— Eu quero ir. – Any pisou forte e olhou para ela. – Eu te amo, mãe. Mas eu ganhei literalmente tudo. E eu só tive que participar de um sorteio. Meu visto já está pronto.

— Se você for, pode me esquecer. – A mulher viu Any parando e respirando fundo. – Você vai, não?

— Eu te amo, mãe. – Any chorou e respirou fundo. – Entretanto, eu quero e vou ir.

Pegando o telefone, a mulher pegou o telefone do pai de Any e enviou uma mensagem agressiva sobre a manobra idiota dele em levar a garota de casa.

Agora...

— Ela só me contou até ali. – Elisa respirou fundo, olhando para a melhor amiga, sentindo o medo pela garota a sua frente. – Ela não quis me falar sobre a faculdade, mas aposto que deu algum problema, afinal, o diploma dela está guardado e longe de qualquer coisa.

Callen levantou, colocando sua mão na da sua irmãzinha. Ela parecia tão pequena e frágil na cama de hospital. Um tubo branco saia do vestido branco de hospital, um contraste gritante com o vestido que ela usava quando levou o tiro.

— Se não foi um inimigo do nosso pai então tenho que considerar o cenário. – Callen suspirou. – Talvez o Callen no projetil, seja o meu sobrenome.

— Eu acho que se ela estivesse sendo seguida, Any me contaria. – Sam olhou para todos. – A menos...

Todos pararam e olharam para a garota deitada na cama, quase como se o cenário fosse desenhado na frente deles e finalmente entendessem o que diabos estava rolando.

— CIA. – A voz de Kensi tirou os tirou do mundo de devaneios. – Eu sabia que reconhecia o padrão.

— Ele está de volta, não é? – Foi a única coisa que Callen falou antes de dar uma última olhada para a irmã e deixar o quarto dela com uma vontade renovada.

Elisa abriu a porta do quarto e o alcançou. Ela sabia o que ele queria. Callen tinha o olhar que sempre ganhava quando alguém querido era machucado, atacado ou morto.

— Você sabe onde ele está? – Elisa estava de acordo com o marido, mas ela iria junto a ele antes que ele se machucasse. - Vostanik Sabatino. É ele quem está por trás disso.

— Eu não sei onde ele está, Lise. – Callen suspirou. – Mas se eu não fizer nada a respeito dele, Any não vai ser a única vítima dele. Eu tenho que fazer isso...

— Não estou dizendo para não fazer, Grish. – Elisa o puxou para um beijo e colocou a cabeça na dele. – Estou dizendo que vou junto e foda-se se você não quer. Ela é minha amiga e minha cunhada.

Enquanto isso no quarto de Any, Sam se sentou ao lado da mulher que amava e segurou sua mão. O anel brilhando no dedo, as memorias do casamento deles tão frescas quanto as margaridas do vaso ao lado dela. Eles literalmente se casaram num impulso e nunca se arrependeram disso.

— Ei, linda. – Sam sentiu que precisa deixar suas lágrimas caírem. – Descanse o suficiente para quando voltar eu possa te levar para Paris.

Callen ficou do lado de fora do quarto, observando a dor de seu parceiro.

Sabatino era um homem morto no segundo que Callen conseguisse colocar as mãos nele. Elisa assentiu para ele, adivinhando o que o marido queria.

Os dois viviam a máxima da frase “o casal que pratica vingança juntos permanece junto.”

Enquanto os dois saiam do hospital, eles não perceberam uma figura no alto de um prédio. Ele se abaixou e disparou seu rifle. Felizmente, Callen puxou Elisa a tempo de a bala bater na parede do hospital.

Houve uma correria e o sangue de Callen ferveu. Ele estava indo atrás daquele babaca e seria agora.


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