Enquanto Nathan fazia seu caminho de volta para a cidade, ele encontrou Bill no trajeto. Juntos, dirigiram-se ao café, onde uma atmosfera pesada pairava no ar. Foi lá que descobriram a notícia devastadora: Elizabeth havia desaparecido.
A preocupação imediatamente se instalou, e eles começaram a considerar onde ela poderia estar. Abigail, que estava no café naquele momento, sugeriu que Elizabeth poderia ter ido à escola, pois lá também era uma igreja...
— Pode ser que ela tenha ido lá para ter um momento a sós com Deus. Às vezes, a oferece esse tipo de refúgio, especulou Abigail.
Nathan assentiu, reconhecendo a possibilidade.
— Precisamos encontrá-la. Vou verificar a escola, decidiu ele, prontamente.
Abigail e Rose ofereceram-se para irem à escola, elas partiram em busca de Elizabeth.
Enquanto discutiam os próximos passos, o clima tenso no café refletia a preocupação de todos com o desaparecimento de Elizabeth. As conversas em voz baixa e os olhares ansiosos indicavam o desejo coletivo de que ela fosse encontrada em segurança o mais rápido possível.
Enquanto isso, Robert e Cody compartilharam com Nathan e Bill as descobertas recentes na mina. Uma foto específica encontrada entre os achados deixou Nathan perturbado.
— Isso não está certo, murmurou Nathan, fitando a foto com uma expressão sombria.
Bill segurou um pedaço de fivela quebrado com as iniciais "JS", sugerindo uma possível ligação. O mistério envolvendo aquela fivela aumentou ainda mais a tensão no grupo.
Nathan reparo que Bill, estava a quilômetros dali, ele estava perdido em suas divagações...
— Bill! Chamou Nathan...
Bill, balançou a cabeça... Olhou para Nathan e para Robert e falou:
— Venham comigo.
Robert, e Cody se entreolharam e juntos com Nathan, seguiram Bill que corria até seu escritório.
Bill começou a procurar em pastas, ele jogava tudo no chão ou na mesa. Nathan perguntou o que ele tanto procurava, mas ele continuava a resmungar, como um urso bravo...
— Não pode ser isso? Eu...
— O que houve Bill? Perguntou Nathan já alarmado com a forma que Bill estava reagindo.
— Nathan! Não pode ser ele... ele... Não pode ser?
— Ele quem? Perguntou Cody.
E nesse momento Bill, achou alguns documentos e foleando, falou:
— Achei!
Nathan estava com a respiração suspensa e viu Bill detalhando sobre Julio Spurlok, seus gritos de vingança antes de ser transferido para a prisão.
Nathan sabia de várias histórias de Jack e Elizabeth, mas saber do perigo que ela passou com esse homem, e com arma em sua cabeça, fez o sangue de Nathan gelasse... Graças a Jack Thorton, ele hoje tinha sua amada esposa. E agora seus filhos estavam em perigo e sua esposa desaparecida.
— Nós precisamos descobrir o que está acontecendo, afirmou Nathan, sua determinação inabalável.
Cody apressou-se até o mercantil e enviou um telegrama urgente para Hamilton, indagando sobre o paradeiro do prisioneiro Julio Spurlok. Em poucos minutos, a resposta chegou: Julio havia sido morto em uma fuga quase um ano atrás. No entanto, seu irmão, Charles Spurlok, havia jurado vingança quando foi buscar o corpo do falecido.
Enquanto Cody descia as escadas do mercantil, Opall surgiu correndo, clamando por sua atenção.
— Cody! Eu acho que o bilhete, tem algo a ver com o sumiço da nossa professora.
— Bilhete?
— Sim; eu achei e entreguei a ela, hoje cedinho.
Cody pegou as mãos de Opall nas suas, e olhando em seus olhos, pediu que lhe contasse tudo, desde o início e assim ela fez.
Cody estava ouvindo, mas não conseguia tirar os olhos dela.
“Aqueles olhinhos de cachorrinho abandonado, era tão meloso, que seria a sua ruína. ”
Ele expressou sua gratidão e partiu rapidamente em direção ao escritório do juiz Bill Avery, onde detalhou tudo o que havia acontecido. Juntos, eles decidiram que seria prudente ir até a casa de Nathan, pois Elizabeth poderia ter deixado alguma pista relacionada ao misterioso bilhete.
Ao entrar no quarto, Nathan ficou chocado ao ver tudo revirado. Sua atenção foi imediatamente atraída para a caixa de prata onde guardava a arma reserva, que agora estava vazia. Apenas ele e Elizabeth sabiam onde ela estava escondida, o que significava que sua esposa estava armada. Um sentimento de apreensão se instalou enquanto ele considerava o que isso poderia significar.
“Mas aonde ela foi? ”
No chão do quarto, Nathan encontrou o bilhete caído.
“Elizabeth Thorton... Seus filhos estão na cabana a 200 passos a noroeste do carvalho lilás, venha sozinha. Ou não verá mais seus filhos. Não demore ou irei brincar com aquela jovem linda. Você vai me pagar por tudo que você e Jack Thorton fizeram. ”

Nathan e Bill se armaram, juntamente com Cody e Robert, e partiram em busca de Elizabeth e das crianças. Inicialmente, Nathan sentia uma mistura de raiva e preocupação pelo fato de sua esposa não ter procurado ajuda. No entanto, à medida que cavalgavam, seu coração começou a se acalmar. Ele entendia perfeitamente o motivo pelo qual Elizabeth havia tomado essa decisão. A ameaça à segurança e à inocência de sua filha era algo que fazia o sangue de qualquer pai ferver.
Nathan temia o que poderia acontecer se eles se encontrassem. Conhecia o temperamento forte de Elizabeth quando estava enfurecida, e sabia que ela seria capaz de confrontar o perigo com uma ferocidade intensa.
Enquanto isso, Robert parecia estar prestes a explodir de raiva. Seus olhos ardiam com a chama da indignação diante da ameaça à sua amada professora e às crianças.
“Como alguém ousava fazer aquilo com sua professora? ”
“Como ele ousava tocar em crianças pequenas? ”
“Como ele ousava ameaçar sua amada Allien, ameaça sua segurança, e seu corpo. ”
Ele estava determinado: ninguém ousaria ferir as pessoas que ele amava; se necessário, ele próprio faria justiça com as próprias mãos.
Nathan sentiu um aperto no peito. Ele sabia que precisava encontrar Elizabeth e trazê-la de volta para casa, não importava o que acontecesse.