Através de Robert escrita por HEILA HANS SHEFTER


Capítulo 68
CAPÍTulo 68




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A guerra entre Grace e Elizabeth havia atingido um novo patamar. Agora, não se tratava apenas de vingança pessoal, mas também de proteger o legado e a dignidade da família Thatcher. E Grace estava determinada a lutar até o fim para garantir que a justiça prevalecesse, custasse o que custasse, afinal Elizabeth Thorton Grant não fazia mais parte daquela família.
E assim, Grace finalizou seu contrato com o representante de Wade, decidida a seguir em frente, com um plano cruel e calculado. Ela estava disposta a financiar o sequestro das duas crianças, Allien e Jack Junior, com o objetivo de infligir uma dor avassaladora em Elizabeth. Para Grace, era uma maneira de mostrar a ela que não era apta a ser mãe, que sua negligência e abandono das crianças eram imperdoáveis.
Os sequestradores receberam ordens claras: levar as duas crianças para cidades distantes e deixá-las abandonadas lá. Grace não queria apenas machucar Elizabeth; ela queria destruí-la emocionalmente, fazendo-a perceber a extensão de sua falha como mãe e como pessoa. As crianças seriam deixadas à própria sorte, enfrentando a fome, a humilhação e o desespero nas ruas desconhecidas.
A ideia de condenar, duas crianças inocentes a uma vida de miséria e abandono não parecia abalar Grace. Ela estava cega pela sede de vingança, determinada a fazer Elizabeth pagar pelo que havia feito. Para Grace, uma mãe que abandonava seus próprios filhos não merecia piedade nem perdão, e essa seria a maior perda da vida de Elizabeth, um bom castigo por não ter lhe obedecido e casado com Charles...
Ela sabia que ao serem criadas em um ambiente de abandono e privação, Allien e Jack Junior cresceriam com uma profunda mágoa e ressentimento em seus corações. Acreditariam que foram abandonados por sua própria mãe, sem entender os motivos por trás desse abandono. A dor, a fome e os maus-tratos que enfrentariam nas ruas só aumentariam seu ódio por Elizabeth, alimentando uma raiva que nunca se dissiparia.
Para Grace, essa raiva seria sua maior vingança. Ela sabia que mesmo que um dia Allien e Jack Junior se reencontrassem com Elizabeth, nunca a perdoariam. O sentimento de abandono e traição enraizado em seus corações os transformaria em instrumentos da vingança de Grace, uma lembrança constante do preço que Elizabeth pagaria por seus erros.
A crueldade do plano ecoava nas palavras de Grace, enquanto ela discutia os detalhes com seu cúmplice. Sua voz era carregada de emoções sombrias, uma mistura de ódio, determinação e uma pitada de satisfação antecipada. Ela estava convicta de que essa seria a punição mais adequada para Elizabeth, uma lição que ela jamais esqueceria.
No entanto, mesmo enquanto planejava esse ato de vingança implacável, uma pequena voz de consciência sussurrava dentro de Grace. Uma parte dela sabia que o que estava prestes a fazer era terrivelmente errado, que machucaria não apenas Elizabeth, mas também duas crianças inocentes. Mas a sede de vingança era mais forte, sufocando qualquer resquício de humanidade que ainda restasse em seu coração endurecido pela dor e pela raiva.
E assim, com o contrato finalizado e os planos em andamento, Grace se preparava para mergulhar mais fundo na escuridão de sua própria vingança, sem olhar para trás. O que importava agora era infligir o máximo de dor possível a Elizabeth, custasse o que custasse. Lembrava Grace, de todos os detalhes daquele dia ...
E assim, Grace e Viola se reuniam para uma celebração sombria. Não era um aniversário, nem uma conquista. Era o desaparecimento planejado e executado de Allien e o pequeno Jack, tanto o bastardo quanto a filha postiça adotada. Para Grace e Viola, aquele momento era de triunfo, pois agora essas duas crianças inocentes, estavam abandonadas e entregues ao destino cruel das ruas, uma punição que eles acreditavam ser apropriados para Elizabeth.
Enquanto brindavam ao sucesso de seu plano maligno, Grace e Viola não podiam conter a sensação de vitória. Para elas, ver Elizabeth sofrer, ter seu coração dilacerado pela dor da perda de seus filhos, era o ápice da vingança. Era o preço que Elizabeth teria que pagar pelos anos de sofrimento e desgraça que ela havia causado a Grace e sua família.
Acreditando firmemente, que aquilo era apenas uma pequena parcela do que Elizabeth merecia, Grace se entregava ao sentimento de justiça retributiva. Ela não sentia remorso nem compaixão pelas crianças, que havia condenado a uma vida de miséria e abandono. Para ela, aquilo era o mínimo que Elizabeth merecia depois de tudo o que ela havia feito.
Enquanto o som dos copos batendo ecoava na sala, Grace refletia sobre os anos de dor e angústia que havia suportado por causa de Elizabeth. Ela acreditava que cada momento de sofrimento que Elizabeth experimentasse, era uma retribuição justa por todas as lágrimas derramadas por Grace e sua família.
E assim, em meio à escuridão de seus corações endurecidos pela raiva e pelo ressentimento, Grace e Viola celebravam a ruína de Elizabeth. Para elas, aquele era um momento de triunfo, a realização de uma vingança planejada meticulosamente. E enquanto as sombras da noite caíam lá fora, dentro da mansão de Grace, a chama da vingança continuava a queimar, alimentada pela dor e pelo ódio que consumiam seus corações.
Para Viola, cada risada era como uma vitória conquistada. Ela sabia que o novo marido de Elizabeth a abandonaria sem hesitação. Afinal, que pai aceitaria ficar ao lado de uma mulher que causou tanta dor à sua própria filha? Viola estava convencida de que Elizabeth seria responsabilizada pela perda de Allien, e um montador da Polícia Montada do Canadá jamais perdoaria tal ato.
Enquanto as risadas de Viola ecoavam pela sala, ela sabia que sua vingança estava completa. Elizabeth agora estava sem seus filhos e, em breve, sem seu marido. Para Viola, era uma satisfação indescritível testemunhar a ruína da mulher que tanto havia machucado sua família.
Com os amigos de Elizabeth se afastando aos poucos, Viola não tinha dúvidas de que ela seria deixada completamente sozinha. Ninguém queria estar perto de uma mulher tão desprezível, tão insensível ao sofrimento alheio. Ela seria abandonada por todos, restando-lhe apenas enfrentar a solidão e o desprezo daqueles que um dia chamou de amigos.
Viola antecipava com alegria sombria o destino de Elizabeth. Sem seus filhos e sem seu marido, ela não teria escolha senão se rebaixar a um nível ainda mais baixo. Viola sabia que Elizabeth seria rejeitada por todos, reduzida a trabalhar em um bordel, um destino cruel e humilhante para uma mulher que já havia sido usada e descartada por dois homens.
Enquanto contemplava o futuro sombrio que aguardava Elizabeth, Viola sentia uma mistura de satisfação e triunfo. Ela havia cumprido sua missão: fazer Elizabeth pagar pelo sofrimento que havia causado à sua família. E agora, enquanto a escuridão da noite envolvia a mansão de Grace, Viola se permitia saborear a doce sensação de justiça retributiva.
— Ela é uma qualquer ...
— Elizabeth! Você é uma vagabunda. E vou acabar com você.


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