PRIMEIRO ENCONTRO -CAPÍTULO 11

Elizabeth aceitou o convite de Nathan para jantar, seria somente os dois, já que Rose iria ficar com seus filhos. Seria seu primeiro encontro. Elizabeth estava tão nervosa; há muitos anos não tinha um encontro com um homem e sozinha. Para falar a verdade, a única pessoa com quem ela já teve um encontro foi com seu falecido marido Jack. Ela se vestiu com uma roupa de montaria como Nathan havia pedido, pela janela ela o viu chegando com os cavalos. Tanto Newton quanto sargento estavam tão bem escovados, que seus pelos chegavam a brilhar de longe. Eles iriam jantar e ver o pôr do sol. Nathan era um homem que gostava do simples, mas eram coisas que faziam o coração dela pular de alegria. Ela não precisava de grandes jantares a luz de vela em restaurantes ricos, se fosse esse seu desejo nunca teria deixado Hamilton e se casaria com Charles, porque aquele homem gostava de um requinte, ele era a nobreza em pessoa, mas Charles para ela não passava de um amigo. Quanto a luzes e velas, todo aquele brilho Jack já o havia dado, realizando os sonhos de uma jovem ingênua. Com Nathan ela tinha certeza que iriam compartilhar muito mais, eles já tinham suas famílias, seus preciosos filhos, eles eram o que mais importante eles tinham na vida, claro além de seu amor um pelo outro. Assim que ele chegou com os cavalos, ela saindo de casa e logo montou sargento e os dois seguiram um ao lado do outro conversando. Nenhum dos dois ainda acreditavam que o amor deles tinha vencido.
— Sabe Lizbeth! Eu já estava desistindo do nosso amor, achei que você era meu sonho impossível. Eu estava... Pensei que você escolheria o Lucas... Porque ele poderia te dar aquilo que eu não posso.
— Nathan! Eu nunca tive a intensão de namorar o Lucas e ele sempre soube disso. Nunca foi uma escolha, uma disputa para ver qual de vocês eu iria escolher. Era só eu me acovardando, morrendo de pavor de perder você como eu perdi Jack e assim eu me aproveitei da amizade dele para ter um ombro amigo e ficar longe de você. Mas sempre foi só amizade... Mesmo que eu não estivesse com você, eu nunca ficaria com o Lucas, e outra coisa eu só posso te agradecer por não desisti de mim, por não deixar de me amar, mesmo com todos esses dois anos e meu medo.
— Eu fico muito feliz em ouvir isso, minha Lizbeth. Eu sou o homem mais feliz do mundo.
E assim eles chegaram as terras de Jack, Nathan a desmontou e ouviu falando:
— Por que estamos aqui?
— Eu sempre gostei de vim até aqui para pensar. Aqui é um lugar onde encontro a paz e eu sempre imaginei em lhe trazer aqui, juntinho de mim.
— Nathan! Essas terras são minhas. Não venho muito aqui desde que Jack faleceu.
Nathan empalideceu.
— Desculpa, Lizbeth... São as terras que Jack comprou para vocês?
— Sim; íamos construir nossa casa aqui, ele até chegou a comprar muita madeira com Lee, elas ficavam ali. Mas Lee as recolheu após a morte de Jack e repassou para a madeireira, assim elas não se perderiam aqui ao relento e quando eu decidisse pegar novas madeiras ou o dinheiro teria um vale com ele, eu deixe-a como uma poupança.
— Você está bem em estarmos aqui? Eu juro que não sabia, caso contrário a teria levado em outro local.
— Calma, Nathan, eu estou bem, venha me ajudar a desmontar...
E assim em duas passadas, lá estava Nathan retirando-a da sela, pegando em sua cintura, sentindo seu corpo em suas mãos, ela vinha lá de cima escorregando em seu corpo, provocando leves toques no corpo dele sem nenhum momento tirar os olhos dos olhos dele. Aqueles olhos azuis de Elizabeth provocavam nele uma paixão incontrolável. Assim que os pés dela encostaram no chão, ele a viu ficando nas pontas dos pés e beijando sua bochecha com os lábios úmidos, e disse em voz rouca:
— Obrigada, meu amor... Eu te amo!
Nathan sentiu seu sangue congelar, seu coração parou de bater por alguns segundos, o seu pulmão gritava a procura de ar, mas ar estava em falta no momento. Todo o seu cérebro estava girando, ela o havia chamado de "MEU AMOR"... Ela disse "EU TE AMO". E foi nesse momento que todo o corpo de Nathan começou a compreender o que ela havia proclamado aos quatro ventos, e olhando em seus olhos, deu um sorriso torto, abaixando a cabeça a beijou numa paixão tão grande, um tipo de beijo que ele nunca imaginou existir, toda a sua alma e seu coração estavam naquele beijo, ele sentiu sua amada juntinho em seu corpo, e quando ele lembrou que aquilo talvez pudesse assustá-la, e já ia se afastando, a ouviu gemendo em seus braços, um gemido abafado entre sua boca, aquilo despertou um amor adormecido dentro dele, tinha que casar com essa mulher e rápido, ele notou naquele momento que não conseguiria mais ficar longe dela.