Desarmonia: Os 4 deuses da Harmonia Livro 1 escrita por Alice P Shadow


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Sim, postei dois capítulos de uma vez porque queria contextualizar mais o mundo ♥ A partir daqui, teremos atualizações semanais. Ainda vou decidir o dia. Se possível, comentem qual fica melhor para vocês :)



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Mark se encarava no espelho já fazia pelo menos quinze minutos. Sentado enquanto servos arrumavam seu longo cabelo, ele se prometia que qualquer dia desses iria apenas raspá-lo e não teria mais que passar horas naquela espécie de tortura que era esperar. Mas não o fazia. Gostava, afinal, do cabelo comprido. No dia anterior, havia feito com ajuda de especialistas, tranças que teciam um desenho formidável desde a raiz até as pontas. Não conseguiu negar que quando os servos terminaram de amarrar a parte de cima em um coque, deixando o restante solto e com acessórios de ouro, que se sentia quase um deus.

Quase.

Ele agradeceu e se levantou, pedindo que todos saíssem do quarto. Iria se vestir sozinho e ficar apenas com seus pensamentos. “O tempo está acabando, Mark”. Respirou fundo, pegou uma camisa branca de linho e se preparou para a colocar, olhando além da janela de seu quarto. Ao longe, podia ver um dos jardins do grande castelo. A grama estava meticulosamente aparada, e os canteiros com as flores pareciam insuportavelmente mais vivos que o normal. Não havia ninguém. Estava vazio como sempre ficava pela manhã. A fonte posicionada bem no centro ainda estava desligada, mas com toda certeza as oito horas em ponto seria ativada. Uma raiva crescente surgiu dentro dele com a cena e tratou de desviar o olhar da paisagem para vestir suas roupas.

O irritava ver aquilo. Cinco anos atrás, aquela era sua visão preferida. Ele podia olhar além da sua janela, sentir a brisa tocar a grama, as flores crescerem, o desespero da água para sair da fonte e até mesmo o simples cair de uma folha. E agora, tudo que ele podia sentir era absolutamente… nada. Sem mais a respiração suave das plantas. Sem mais o toque gentil de uma gota de chuva na terra. Sem mais o cheiro doce e deslumbrante da natureza. Ele agora era um maldito mago sem seus poderes.

E ainda tinham coragem de o chamar de deus. Ah, se os mortais soubessem a farsa que era, já teriam dado um jeito de invadir o Mundo Acima para o expulsar e o queimar na fogueira. “As vezes eu preferiria morrer desse jeito se fosse pra cessar o silêncio”. Talvez fosse isso que o incomodava tanto. Não poder conjurar e fazer magia era algo que poderia superar. Mas o silêncio era assustador quando não tinha mais a conexão com o mundo à sua volta. Era considerado o deus da natureza, prosperidade e fartura por um motivo.

Mas quando se perdia essa conexão, se perdia muito mais que um status. Era como perder a vida. E Mark se sentia mais morto do que nunca.

Ele deslizou os dedos sobre sua bochecha com cuidado. A cicatriz que se formou ali era uma prova concreta do seu fracasso. Toda vez que se olhava no espelho, via muito mais do que seu rosto. Estava ali, escancarado para todos verem: um príncipe que nunca seria um rei. Relutante, afastou a mão do seu rosto e vestiu sua farda verde escura, adornada com o símbolo da família Kouris – uma árvore gigantesca, com fogo em sua raíz. Ondas saindo por detrás e dois galhos se esticando próximos da base do seu tronco, como asas prontas para flutuar – e com ombreiras douradas, feitas de ouro, assim como os botões e o acabamento do bolso. Por uma última vez naquela manhã, se olhou no espelho. Parecia um príncipe, pelo menos.

O cabelo estava perfeitamente arrumado com as tranças longas e a pele retinta se destacava ainda mais com o sol que entrava pela janela. A roupa luxuosa contornava seu corpo com precisão e seus olhos verde-esmeralda pareciam jóias. Já havia sido o tempo em que ele se vangloriava por ser bonito. Christopher e Orion, praticamente seus irmãos de tão próximos, sempre brincavam com o fato de Mark parecer uma escultura viva – isso quando não estavam se metendo em alguma aventura idiota que quase sempre os deixava a beira da morte. Mark era o responsável por seduzir em suas missões. Encantar. Persuadir. Mesmo que Christopher claramente tivesse mais talento pra isso, era Mark Kouris que agia. Ele e Amita eram responsáveis por ser o cérebro com neurônios do quarteto e os impedir de morrer. E sempre havia sido assim desde os 15 anos de idade.

Mas ali estava ele. Mal conseguindo se encarar num espelho por conta de uma cicatriz que nem mesmo o deixava feio. Apenas o assolava com o fato de que agora era um farsante que mal poderia conjurar uma maçã. 

— Ela já chegou? – Perguntou assim que saiu do quarto e ajeitou o botão da sua camisa que insistia em soltar.

— Ainda não, majestade. Mas está a caminho.

— Não podemos atrasar esse ano. O que teremos para o café da manhã?

— Colhemos frutas da estação esta manhã.

— Ainda está de manhã. Colheram de madrugada? Eu disse pra não se preocuparem com isso. Posso me contentar com o que temos.

— Você sempre ignora tudo da mesa e pega as frutas. – O servo pessoal de Mark riu baixo enquanto o acompanhava até a cozinha. Sr. Guvin cuidava daquele pestinha desde que usava fraldas. O conhecia como se fosse seu próprio filho. – Não se preocupe, tudo dará certo hoje.

— Espero, Guvin. Cada ano que passa eu me sinto mais fraco. E se não resolvermos logo esse inconveniente, temo que precisarão conviver com o conselho mais tempo do que o esperado. E aí sim viveremos no inferno.

— Não seja tão pessimista. – Eles contornaram um corredor que funcionava como uma ponte entre duas alas do castelo. As paredes eram formadas de janelas gigantescas, que davam uma visão perfeita do entorno da construção. Podiam ver os jardins, o campo de treinamento e a formosa floresta que se estendia por quilômetros até o vilarejo. Um passarinho passou voando do lado de fora, parecendo os acompanhar, o que roubou um leve sorriso do príncipe. – Deveria sorrir mais vezes, alteza.

— Não me peça coisas difíceis.

Sr. Guvin balançou a cabeça e acompanhou o mais jovem até o salão de refeições. A mesa era gigantesca, com lugares para mais de trinta pessoas, e estava lotada de pães, geléias, frutas e tortas. Mark pegou o próprio prato antes que um servo o fizesse para si e se serviu em silêncio. Naquele dia não estava no seu melhor humor, e quanto menos conversasse, melhor seria. Se sentou numa das cadeiras, o estofado verde o acomodando. O príncipe comeu quieto, os pensamentos em outro lugar.

Cinco anos atrás, estaria sentado naquela mesma mesa com seus três melhores amigos para celebrar sua coroação. Ao invés disso, estava sozinho e sem a coroa. E, para completar, uma maldição parecia o tornar mais fraco e inútil com os anos. Primeiro a magia havia sumido, depois suas habilidades sociais, e agora, sentia dor nos músculos sempre que tentava lutar. O que era péssimo, considerando a guerra que estava prestes a se enfiar.

— Como estão as garotas do ano passado? Imagino que tentarão voltar hoje junto das outras.

— Apenas uma, majestade. As demais irão permanecer aqui o servindo.

— Não deveriam. – Ele respirou fundo, terminando de tomar um suco de abacaxi com gengibre – Mas quem sou eu pra dizer o que deveriam fazer se nem consigo mandá-las de volta.

— Algumas de nossas magas oficiais estão tentando desenvolver um feitiço que transfira a obrigatoriedade de ser você. Talvez, em alguns meses, elas possam voltar.

— Elas estão tentando faz anos, Guvin. – Mark se levantou após comer e ajeitou o broche do brasão de sua família. Ele se pôs a caminhar para fora da sala com o mordomo logo atrás. – Como está Bonavida? Não tenho ouvido muito sobre eles ultimamente.

— Está como todos os anos. Mas as reclamações aumentaram já que a Troca não está funcionando conforme as regras, Majestade. 

— Imagino. Eu estaria reclamando também. Na verdade, estou. Todos os dias comigo mesmo.

Os dois homens andaram pelos corredores do castelo até saírem em um dos jardins. Estavam no Jardim Selvagem, que possuía árvores do tamanho de prédios, plantas silvestres, algumas até mesmo venenosas, e animais que costumavam passar por ali. Pássaros, cobras, macacos e se duvidar, já havia visto raposas por ali. Nenhum animal os atacava e nem eles invadiam seu espaço. Era um acordo mútuo de harmonia. E, mesmo quando Mark perdeu sua conexão com eles, ainda podia os sentir o protegendo e o acompanhando. Viu uma das cobras verde-escura subir por um banco e rastejar até onde podia para o acompanhar. “Queria ainda poder ouvir o que teria a dizer”. 

Logo saíram dali e chegaram em uma construção nos fundos do castelo que lembrava um templo. A passagem de Bonavida para o Mundo Acima não era muito gloriosa. A construção era grande, bonita e bem cuidada, mas comparada com o castelo, parecia um molde de criança. Os dois entraram em silêncio, e, segundos depois, Guvin foi dispensado e apenas o príncipe permaneceu. Os olhos inquietos dele percorreram a sala de entrada, os olhos fixos nas tapeçarias que contavam a história da Troca por meio de desenhos.

Séculos atrás, o Mundo Acima teve uma Guerra Civil, a qual quatro reinos subiram ao poder, destronando a hegemonia do Centro Real. O Mundo Acima foi separado em quatro partes, que deveriam funcionar em harmonia para que a prosperidade viesse, e deu tão certo, que a população os consideravam deuses. Os reis e rainhas da época se tornaram não somente conhecidos ali, como também pelo Mundo Abaixo, que passou a os venerar, prestar cultos e implorar por ajuda em suas dificuldades. Eles não podiam gastar seus poderes sem retorno, já que ficavam fracos com uma descarga enorme de magia, por isso, criaram uma cerimônia chamada Troca. Não era realmente um ritual para eles. Era apenas um feitiço. Mas o Mundo Abaixo precisava de um pouco de teatro, então fizeram algo mais completo.

Os quatro reis então adotaram um vilarejo cada um. E a cada cinco anos, iriam trazer duas pessoas para o Mundo Acima. Elas conheceriam o reino dos “deuses”, os serviriam, e depois de dois anos voltavam para suas famílias, se assim desejassem. Havia a possibilidade de ficarem ali para sempre, sem contato com o que deixaram para trás. Em troca da servidão, os reis forneciam o necessário para o sustento do vilarejo com base na sua especialidade de magia. A família Kouris, que Mark pertencia, podia prover chuva e plantações abundantes ao seu povo. 

De toda forma, havia um motivo adicional para ela acontecer. O Encontro exigia isso. Conforme o evento acontecia, menos ataques ao Mundo Acima eram detectados. Os seres que habitavam aquela intercessão entre os mundos pareciam se acalmar.

Ninguém nunca entendeu o motivo. Mas seguiram assim.

A cerimônia acontecia a cada cinco anos. Dois anos com os escolhidos em serviço, e três anos de descanso até os próximos virem. A primeira cerimônia de Mark foi aos doze anos, quando seu pai faleceu. Depois disso, foi com dezessete. Sua próxima seria aos vinte e um, mas, conforme seu fracasso e maldição com vinte anos, realizou a Troca todos os anos desde então, na esperança de achar alguém que a quebrasse. Ele não podia usar magia, mas seus conselheiros e sacerdotes podiam. Então os fazia trabalhar todos os anos nisso. O problema, notado apenas após dois anos, era que o contrato de servidão era diretamente ligado a ele, e só ele poderia devolver as pessoas para o vilarejo, e como ele não fazia mais magia, isso se tornava impossível.

Talvez fosse egoísmo da parte dele ter continuado isso mesmo depois de descobrir o que causava.  Mas seu tempo realmente estava acabando, e a cada ano, o desespero se tornava mais palpável. Iria morrer. Iria se tornar um monstro. Uma besta. Um calafrio percorreu sua espinha ao pensar nisso e ele checou seu reflexo numa parede espelhada. Ainda era ele. Os pesadelos que tinha não eram verdade. “Não ainda”.

 

─━━━━━━⊱✿⊰━━━━━━─

— Sim, senhor Kouris. – A garota ajeitava um dos brincos feitos de rubis, enquanto se sentava em seu lugar no chão, ao lado do príncipe – Chequei com os Sacerdotes e a cerimônia já começou.

— Isso é amendoim?

— Ah, sim. Quer? Peguei na cozinha vindo pra cá. – Um sorriso divertido estampou o rosto dela. Sabia que ele recusaria. – Aliás, eu soube que você vai escolher duas garotas esse ano também. Sabe que isso só gera mais insatisfação no Mundo Abaixo, não é?

— Pode comer tudo. E sim, eu sei. Mas eu estou sem tempo.

— Todo ano você fala isso, senhor Kouris. E todo ano você continua vivo.

— Defina estar vivo, por favor. – Um suspiro de insatisfação escapou de seus lábios. Mark estava mais um ano sentado naquele círculo, pronto para iniciar o processo de aparição no outro Mundo, e mais uma vez precisava da ajuda de uma maga de nível mediano para o ajudar – Não consigo fazer um feitiço simples que você deve ter aprendido na escolinha.

— Me ofende assim. 

— Nada te ofende, Dalila.

— É verdade. – O sorriso que estampava o rosto da adolescente demonstrava a satisfação que ela tinha em poder provocar o primo. Talvez devesse o fazer surtar de raiva até o fim do dia? Ah, não. Não ainda. — Minha irmã não queria que eu viesse.

— Amita pensa em participar da guerra…?

— Não! Cruzes. – Comentou enquanto comia outro amendoim – Continuamos como território neutro. Se preocupe apenas com Orion.

— Apenas? – Um riso descrente ecoou pela sala vazia – Se Orion fosse uma ameaça para se definir como “apenas”, eu não estaria tão desesperado.

— Minha irmã seria pior. Você tem sorte dela ser a única inteligente entre vocês quatro e ficar fora disso. Digo, três. Desculpe.

Dalila se calou e voltou a focar apenas no amendoim. Não deveria ter citado o número quatro. Não quando era tão recente. Ela sabia o quanto sua irmã mais velha havia ficado destruída com a perda de Christopher e com toda certeza Mark estaria da mesma forma. E provavelmente Orion, já que ele praticamente começou uma guerra por causa da morte do melhor amigo. Eles eram os Quatro deuses da Harmonia por um motivo. Cresceram juntos. Estudaram juntos. Assumiram seus reinos juntos como herdeiros. E eram tão imbatíveis, que até mesmo o Mundo Abaixo, que não sabia nada sobre magia direito, conhecia seus feitos. Eles eram considerados deuses para os mundanos. Um título que haviam recebido de muito bom grado, assim como seus pais e avós receberam em suas respectivas épocas. Sua irmã era rainha. Christopher era um rei, assim como Orion. Apenas… apenas Mark era um príncipe ainda. Ele teria sido um rei, claro, se não tivesse perdido a imbecil cerimônia de luta para a coroação. 

Ela achava aquilo uma idiotice. Seu primo era digno, e tudo que ele fez pelo reino e pela província do Mundo Abaixo ao qual era patrono, deveria contar mais do que uma série de lutas semanais. Pior ainda, era a maldição que ele recebeu por ter perdido. Já não bastava ser condenado a continuar como príncipe – e deixar o poder do trono na mão dos conselheiros – agora tinha que arcar com a consequência de perder a magia. Era cruel demais.

Tentou focar em alguma coisa enquanto Mark não dava a ordem para iniciar o ritual. Se pôs a olhar mais a sala gigantesca em que estavam. As paredes eram douradas e adornadas com tapeçarias de tom verde que apresentavam desenhos de plantas, árvores e animais. Em uma delas, Dalila acreditava ver um alce brigando com um guaxinim, mas estava sem seus óculos, então poderia ser sua imaginação. Era melhor que a sala de entrada, pelo menos, em que os desenhos mostravam guerra, ascensão e a própria cerimônia. Assim como nos outros anos, ali não havia nenhum móvel, apenas um círculo desenhado no chão com sementes de café e uma mistura de ervas que havia preparado. “Pelo menos o cheiro é bom”.

— Está na hora. – Ouviu ele sussurrar depois de ajeitar a própria venda. Mark a deixou bem apertada para ficar o melhor possível no breu e garantir sua passagem para o Astral – Pode começar, Dalila.

Uma piada passou por um segundo pelo cérebro dela, e Mark ficou aliviado porque ela não a fez. Ele precisava se concentrar mais que o normal naquele momento. Nos três primeiros anos, quando perdeu sua magia, Amita em pessoa vinha o ajudar. Era mais fácil. Se sentia confortável e em casa na presença dela. Mas conforme as responsabilidades da rainha cresciam, menos tempo ela tinha. Até que dois anos atrás, ela enviou a irmã mais nova.

Dalila era extremamente parecida com Amita. Tinha os mesmos cabelos cacheados, loiros e volumosos. A mesma pele negra puxada para tons quentes. Os mesmos trejeitos ao falar e andar. Só que possuía um humor e uma indulgência no olhar que definitivamente não estavam nos da irmã. Amita sempre foi a bondosa e a perfeita. Se Mark já se sentia pressionado a ser incrível quando estava com ela, imaginava que a mais nova dos Dízon possivelmente tinha uma pressão muito maior sobre seus ombros. 

Ele respirou fundo e se ajeitou, sentado no chão da espaçosa sala Cerimonial. Ainda era estranho para ele estar ali acompanhado. Desde que seu pai morreu quando tinha apenas doze anos, ele participava sozinho e fazia a escolha na Troca com base nos seus instintos ou até mesmo vendo quem estava mais propenso a vir como seu servo. Nunca havia feito muitos julgamentos ou tido um crivo rígido para selecionar. Mas tudo aquilo mudou quando foi amaldiçoado.

A voz da prima começou a preencher o ambiente, murmurando as palavras do ritual enquanto movia as mãos. Ele não podia ver por conta da venda, mas se lembrava com clareza dos movimentos. “O polegar direito desliza pela palma da mão esquerda e contorna até a ponta do dedo indicador, depois, precisa girar a mão esticada de forma que o outro indicador toque a interseção entre o polegar e…”; Seus pensamentos acompanhavam as ações da garota e era necessário controlar o próprio impulso de murmurar o feitiço. “Da terra o mundo surge. Da água o gelar se torna fogo, quente como o ar que toma o que é pouco”. A frase nunca havia feito sentido na cabeça dele. Apenas sabia que a partir dali, não estaria mais naquela sala.

E assim que abriu os olhos, se viu no Astral.


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Notas finais do capítulo

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