O Vigilante Medroso escrita por alegenigena


Capítulo 10
Capítulo 10: Encontro no Armazém




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No silêncio da noite, Gabriel, o Vigilante Medroso, seguiu as instruções do misterioso telefonema e se dirigiu ao antigo armazém abandonado na periferia da cidade. O ambiente escuro e deserto parecia envolto em mistério e intriga.

Ao chegar ao local, Gabriel avistou uma figura parada no meio do armazém. Era um homem alto, de aparência enigmática, vestindo um sobretudo escuro e um chapéu que sombreava seu rosto. Ele parecia esperar a chegada do herói.

Com cautela, Gabriel se aproximou e, ao ficar mais próximo, percebeu os olhos penetrantes do homem encobertos pelas sombras do chapéu. O coração de Gabriel acelerou enquanto se perguntava quem era aquela pessoa e qual era o motivo do encontro.

—Você é o Vigilante Medroso? — perguntou o homem com uma voz grave e desconhecida.

—Sim, sou eu — respondeu Gabriel, tentando disfarçar a tensão.

—Você é corajoso, mas também muito imprudente. Está brincando com fogo ao enfrentar O Enigma — disse o homem de forma enigmática.

—O que você sabe sobre O Enigma? E por que está me alertando? — questionou Gabriel, intrigado.

O homem deu um sorriso de canto, revelando uma expressão sombria. —Digamos que sou um observador, alguém que sabe como as coisas funcionam nessa cidade. O Enigma não é alguém com quem se deve mexer. Ele é um mestre das artimanhas e jogos mentais.

Gabriel sentiu um arrepio percorrer sua espinha. A situação estava se tornando cada vez mais enigmática e perigosa.

—Eu vim te advertir, Vigilante Medroso. A busca pela verdade pode levá-lo a lugares sombrios. Tome cuidado com as peças que movimenta nesse jogo.

—Mas por que está me ajudando? Quem é você? — perguntou Gabriel, desejando respostas concretas.

—Me chame de X. Digamos que tenho meus próprios motivos para me interessar pelo que acontece nesta cidade — respondeu X, mantendo sua identidade em segredo.

A conversa continuou por mais alguns minutos, com X dando conselhos enigmáticos e alertando Gabriel sobre os riscos que ele estava correndo. A tensão no ar era palpável, e Gabriel percebeu que X sabia mais do que estava revelando.

—Tenho que ir — disse X, virando-se para sair.

—Espere! Quero saber mais sobre você, sobre O Enigma... — pediu Gabriel.

X se deteve por um instante, lançando um olhar enigmático para o herói. —Talvez nos encontremos novamente. Mas, por enquanto, siga suas próprias pistas e tome cuidado com quem você confia.

Com essas palavras enigmáticas, X desapareceu nas sombras, deixando Gabriel intrigado e com mais perguntas do que respostas.

Enquanto retornava para casa, Gabriel se sentia ainda mais determinado a desvendar os segredos que cercavam O Enigma e sua própria identidade. A conversa com X o deixou mais alerta e ciente dos perigos que enfrentaria em sua jornada como Vigilante Medroso.

Após o misterioso encontro com X, Gabriel, o Vigilante Medroso, sentiu a necessidade de compartilhar suas inquietações com Sofia, a amiga em quem confiava plenamente. Ele pegou seu celular e discou o número dela, esperando ansiosamente que ela atendesse.

No outro lado da linha, Sofia atendeu com uma voz suave: — Alô?

— Sofia, sou eu, Gabriel. Posso falar com você? — perguntou ele, buscando apoio em meio à confusão em que sua vida havia se transformado.

— Claro, Gabriel. O que aconteceu? Você parece preocupado — respondeu ela, percebendo a tensão na voz do amigo.

Gabriel respirou fundo e começou a compartilhar suas angústias, descrevendo o encontro com X e os alertas enigmáticos que ele recebeu sobre O Enigma. Ele falou sobre suas dúvidas e receios, expressando suas inseguranças como o Vigilante Medroso e como pessoa.

Sofia ouviu atentamente, oferecendo seu apoio e compreensão. Ela sabia que ser um herói não era uma tarefa fácil e que Gabriel carregava um fardo pesado ao proteger a cidade enquanto lida com os segredos de seu passado.

— Gabriel, você não precisa enfrentar isso sozinho. Estou aqui para te apoiar, assim como você tem feito por mim — disse Sofia, com gentileza.

— Eu sei, Sofia. É que... tudo está tão confuso agora. Sinto que estou entrando em um território desconhecido e perigoso — confessou Gabriel, sentindo um alívio ao dividir suas preocupações com ela.

— Às vezes, precisamos enfrentar nossos medos e seguir em frente, mesmo quando as coisas parecem incertas. Nós somos uma equipe, e enfrentaremos tudo juntos — assegurou Sofia.

O coração de Gabriel se encheu de gratidão por ter Sofia ao seu lado. Ela o inspirava com sua coragem e compaixão, e ele sabia que podia confiar nela plenamente.

— Obrigado, Sofia. Suas palavras significam muito para mim — disse ele, emocionado.

— Sempre estarei aqui para você, Gabriel. E lembre-se, não importa o que aconteça, sua amizade é muito importante para mim — respondeu Sofia, com carinho.

A conversa continuou por mais algum tempo, quando finalmente chegou a hora de encerrar a ligação, Gabriel se sentiu mais leve e renovado. A presença de Sofia em sua vida era um verdadeiro bálsamo para sua alma atormentada.

— Obrigado, Sofia. Estou mais tranquilo agora. Vamos conversar mais pessoalmente em breve, está bem? — propôs ele, com sinceridade.

— Claro, Gabriel. Estarei aguardando ansiosamente por esse encontro. Cuide-se, meu amigo — respondeu Sofia, com um sorriso perceptível em sua voz.

Gabriel desligou o telefone com um suspiro de alívio. Sabia que tinha uma longa jornada pela frente, mas agora sentia-se mais fortalecido para enfrentar os desafios que viriam.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gabriel, o Vigilante Medroso, caminhava em direção à sua casa após a emocionante conversa com Sofia, quando, subitamente, recebeu um golpe forte na nuca. Tudo ficou escuro ao seu redor, e ele desmaiou.

Ao recobrar a consciência, Gabriel percebeu que estava em um lugar desconhecido, amarrado a uma cadeira. A escuridão ao seu redor era densa, e ele lutava para se libertar, mas as amarras estavam firmes.

— Finalmente acordou, herói medroso — uma voz sinistra ecoou no ambiente sombrio.

Gabriel olhou ao redor, tentando identificar a origem da voz, mas tudo o que conseguia ver eram sombras dançantes. Seu coração batia acelerado, e ele sabia que estava em perigo.

— Quem é você? O que quer de mim? — perguntou ele, tentando manter a calma.

— Ah, não se preocupe, Vigilante Medroso. Logo tudo será revelado — disse a voz, provocando-o.

Gabriel tentou se concentrar e buscar uma maneira de escapar, mas suas mãos estavam firmemente amarradas, e o ambiente ao seu redor parecia um labirinto de sombras.

Enquanto lutava para entender o que estava acontecendo, flashes do passado assombravam sua mente, lembranças dolorosas que ele havia tentado esquecer. A voz sinistra parecia conhecer detalhes íntimos sobre sua vida, e isso o deixava ainda mais apreensivo.

— O que você sabe sobre mim? — perguntou Gabriel, tentando disfarçar o medo em sua voz.

— Sei mais do que imagina, Vigilante Medroso. Seus segredos, seus medos... tudo está ao alcance das minhas mãos — respondeu a voz, ecoando pelo ambiente.

O coração de Gabriel disparou. Ele estava vulnerável, sem saber quem era seu captor ou quais eram suas intenções.

Enquanto tentava se libertar, ele percebeu uma sombra se movendo na escuridão, se aproximando lentamente. Logo, uma figura sombria se revelou diante dele.

— Você não pode escapar de mim, Vigilante Medroso. E, em breve, descobrirá que a verdadeira coragem reside na aceitação de seus próprios medos — disse a figura sombria, revelando-se como um homem vestido de negro.

Gabriel se sentiu paralisado diante da presença ameaçadora do homem. Ele sabia que estava encurralado, e uma sensação de impotência o dominou.

Enquanto Gabriel permanecia amarrado em uma cadeira, o silêncio era interrompido apenas pelo eco distante dos passos dos vilões. O ambiente era sombrio e sufocante, repleto de uma aura maligna que fazia arrepiar sua pele. A luz vacilante de velas revelava rostos obscuros e sorrisos perversos, enquanto o trio sinistro se aproximava lentamente.

— Finalmente nos encontramos, Vigilante Medroso — disse o capanga do Senhor das Sombras, sua voz soando como um sussurro vindo das profundezas do abismo.

Os olhos de Gabriel encontraram o Enigma, cujo sorriso enigmático enviava calafrios por sua espinha. Ele sentia uma presença sinistra envolvendo-o, como se estivesse em um pesadelo do qual não podia acordar.

— O que vocês querem de mim? — questionou Gabriel, tentando disfarçar o medo que ameaçava dominá-lo.

O Enigma deu uma risada que ecoou pelo local, enchendo-o de um arrepio gélido.

— Queremos testar sua coragem, Vigilante Medroso. Queremos mergulhar nas profundezas de seus temores mais sombrios.

O Senhor das Sombras aproximou-se lentamente, sua figura imponente projetando uma sombra ameaçadora sobre Gabriel.

— Você se julga um herói, mas até mesmo os mais corajosos possuem medos profundos. Vamos ver como enfrenta seus piores pesadelos, pequeno herói.

Gabriel engoliu em seco, sentindo a tensão no ar crescer a cada segundo. Seus pensamentos se tornaram turvos, relembrando traumas e medos há muito enterrados. Ele sabia que os vilões estavam certos, mas também sabia que sua coragem e determinação eram suas maiores armas.

— Vocês não vão me vencer. Eu vou resistir, mesmo que o medo tente me dominar — declarou, tentando se manter firme.

O raptor de Gabriel se aproximou, os olhos cheios de malícia e crueldade.

— Veremos até onde vai essa coragem vazia quando a escuridão consumir sua alma. Seu medo nos pertencerá

 O ambiente escuro e sinistro parecia se contrair em torno de Gabriel enquanto os vilões avançavam implacavelmente. Seu coração batia pesadamente, ecoando o ritmo acelerado de sua respiração entrecortada. O capanga do Senhor das Sombras segurava uma corrente enferrujada, a qual fazia estalar no ar com um som ameaçador.

— Hora de testar sua força, Vigilante — sussurrou o Enigma, o sorriso insano em seus lábios o tornando ainda mais aterrorizante.

Gabriel lutava contra as amarras que o prendiam, mas suas tentativas eram em vão. Seus músculos estavam enfraquecidos, e a dor pulsante em seu corpo o deixava quase em estado de inconsciência.

O Senhor das Sombras se aproximou lentamente, seus olhos frios e penetrantes fixando-se em Gabriel.

— Não há escapatória, herói. Cada grito de dor só alimenta nossa satisfação.

O capanga brandiu a corrente e acertou um golpe poderoso em Gabriel, fazendo-o arquejar de agonia. Ele sentia seu corpo ficando entorpecido pela dor, suas forças esgotando-se.

O Enigma se aproximou com um ar sádico, fitando os olhos atordoados de Gabriel.

— Diga-nos, Vigilante Medroso, qual é o seu verdadeiro medo? Estamos ansiosos para mergulhar em seus pesadelos mais profundos.

Gabriel lutava para manter a consciência enquanto os vilões continuavam a torturá-lo, explorando seus medos e fraquezas. A escuridão ao seu redor parecia se alimentar de sua angústia, como se quisesse devorar sua esperança e coragem.

Os minutos se arrastavam como horas, e o Vigilante Medroso sentia que estava à beira do abismo, prestes a ser engolido pela escuridão que os vilões representavam.

No limite de suas forças, Gabriel fez um último esforço para resistir às sombras que o cercavam. Sua mente lutava para encontrar uma saída, uma faísca de esperança que pudesse guiá-lo para fora desse pesadelo.

 


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Notas finais do capítulo

Mergulhamos em uma atmosfera densa e aterrorizante, onde o Vigilante Medroso enfrenta as sombras de seus próprios medos. A narrativa nos conduz por uma trajetória sombria, com momentos de tensão e agonia. Os vilões mostram-se implacáveis, levando o herói ao limite de sua resistência. A incerteza do destino de Gabriel paira no ar, deixando-nos ansiosos para descobrir como ele escapará desse tormento. Este capítulo nos lembra que, mesmo os heróis, têm seus momentos de vulnerabilidade e que a escuridão pode ser uma ameaça real e perturbadora. Aguardamos ansiosamente para saber como a história se desenrolará e se haverá luz suficiente para dissipar as sombras que assolam Neópolis.



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