Amor Proibido Vs. ódio Eterno escrita por ALima


Capítulo 8
Você sabe que me ama


Notas iniciais do capítulo

Oláa pessoal.
Desculpem a demora, eu estava enfrentando um processo de conflito criativo.
Muitas pessoas se disseram chateadas pela fic estar na reta final, mas realmente está. Eu não quero fazer uma história infinita. Se der certo, posso fazer a continuação, mas só depois de escrever outra história, senão vai ficar uma merda, pois eu vou enjoar da história.
Bom, sem mais delongas, eis aqui o capítulo.



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Paul e eu nós evitávamos ao máximo durante o dia. Ele não olhava pra mim, nem eu pra ele, mas todos os dias, às 23:00 em ponto, ele ia pra minha casa. Eu realmente preciso falar o porquê? Creio que vocês subtenderam. Então, como eu estava dizendo, Paul ia pra minha casa, e nós passávamos momentos maravilhosos juntos. Até que pra um mero lobo idiota, ele era bem er... Digamos... Interessante.

Completava hoje um mês que nós estávamos juntos. Não que nós estivéssemos namorando, e nós não estávamos.

Era uma noite comum. Era sábado e eu estava assistindo TV. Pra ser mais precisa, estava vendo Saturday Night Live. Eu adorava aquele programa. Na verdade, era uma das poucas coisas que me entretia. Estava tomando um bom vinho (eu não sou uma alcoólatra, oks?) e então ele chegou. Eu o recebi e ele foi logo me cumprimentando com um beijo.

 

-Huum... Vinho! –ele exclamou ainda na porta.

-Acertou! Você aceita um pouco?

-Bien Sûr, Madame La.

-Desde quando você fala Francês?

-Sabe, é meio entediante ficar como babá de alguém, então você acaba apelando pra algumas habilidades.

-Você estudava francês enquanto me vigiava? –eu fiz cara de surpresa.

-Uhum.

-Por isso que era fácil te tapear!

-Cala a boca! –ele disse sorrindo enquanto me beijava.

-Na verdade, eu achei muito bom você vir aqui hoje à noite. Nós nunca conversamos muito, então... –eu disse, mordendo o lábio assim que nós nos desgrudamos.

-Eu também acho bom. Nós precisamos conversar seriamente.

 

Eu entreguei-lhe uma taça com vinho, e nós nos sentamos no sofá. Eu continuei assistindo SNL, mas não pude evitar olhar pra ele de vez em quando, e eu notei que ele fazia o mesmo.

Eu não sei o que estou sentindo. Eu só sei que é mais do que uma simples atração, do que apenas um caso.

Eu não pude evitar me lembrar de uma matéria que eu havia lido no jornal, há muito tempo atrás, antes mesmo de conhecer Paul, sobre amor e ódio. Era mais ou menos assim:

 

Um grupo de cientistas do Laboratório de Neurobiologia do Colégio Universitário de Londres, liderados pelos professores Semir Zeki e John Romaya, descobriu que o ódio ativa duas áreas importantes do cérebro: o putâmen, relacionado à agressividade, e o córtex insular, vinculado ao amor romântico.

A conexão, segundo Zeki e Tomaya, poderia explicar o ditado popular que diz que apenas um passo separa o amor do ódio. Ou seja, os dois sentimentos, embora opostos, podem nos levar a cometer atos de violência.

Os cientistas afirmam ainda que, enquanto o amor romântico é dirigido a uma única pessoa, o ódio pode ser endereçado a grupos de pessoas, como ocorre com o ódio racial, político e sexual.

Eles chegaram a essas conclusões depois de observarem imagens de ressonância magnética do cérebro de 10 homens e sete mulheres, captadas quando elas contemplavam fotos de pessoas que odiavam e de outras que lhes eram indiferentes.”

 

 

Sim, eu tenho memória fotográfica, e eu sabia que era exatamente isso que o texto falava.

Um passo separa o amor do ódio... Será que eu estava apaixonada por Paul? Ok, não tinha muito bem como saber ao julgar pelo que acontece quando estamos apaixonados. 1- Meu coração não bate mais rápido porque eu não tenho um. 2- Cabeça girando só acontece quando eu fico bêbada, e 3- Pernas bambas, nunca. Hello! Eu sou como uma pedra.

Então como saber o que eu realmente sentia por Paul?

Simplesmente não sei.

Nós ficamos em silêncio durante um longo tempo, apenas assistindo ao programa, ou na verdade, fingir que estava assistindo ao programa pra evitar falar.

O programa acabou e eu liguei o som. Coloquei meu cd do Guns, e comecei cantar junto com a música.

Então, Paul segurou minha mão, e me puxou pra uma dança enquanto tocava “Since I don’t have you”. Ok, o título não é muito apropriado para o momento (Since I don’t have you significa Desde quando eu não tenho você), mas a batida era empolgante.

Nós dançamos a música toda, e então ele me beijou de novo.

Ok, ok, já parei com a melação.

Eu esperei um pouco e disse:

 

-Então, por quanto tempo nós vamos adiar nossa conversa?

-Conversar sobre o que?

-Sobre nossos sentimentos.

-Ah, para! Nós dois já dissemos o que sentimos pelo outro.

-Eu acho que as coisas mudaram um pouco, e não é mais só uma atração boba.

-Você achava boba? –ele me perguntou rindo.

-Cala a boca, cachorro! Você sabe que não é sobre isso que eu estou falando.

-Ok! Está bem! Não precisa apelar. Vamos “discutir a relação! - ele disse imitando uma voz de terapeuta, e eu não pude deixar de rir.

-Sério Paul. Eu realmente sinto que não é mais a mesma coisa de antes.

-Posso ser sincero? Eu também acho que não.

-Então o que nós vamos fazer quanto à isso? Nós não podemos simplesmente passar a noite toda juntos e depois nem nos olharmos direito. Não faz meu tipo.

-Por mim isso não é problema algum.

-Paul, eu nasci em 1825. Eu sou uma garota romântica, por mais que não pareça.

-Realmente não parece.

-O que nós vamos fazer então?

-Não tenho a mínima idéia, mas podemos começar de onde paramos.

 

Então ele me beijou novamente, dessa vez muito “caliente” pro meu gosto. Eu parei novamente.

 

-Paul, eu estava falando sério. Eu acho que estou apaixonada por você. –eu disse meio envergonhada e cabisbaixa.

 

Ele apenas me encarou. Não disse nenhuma palavra.

 

-Se você me desculpar, eu tenho que ir. Combinei de sair com o pessoal do basquete. Tchauzinho, e até amanhã.

-Espera! Você não vai falar nada?

-Amanhã.

-Amanhã pode ser tarde, Paul.

 

Ele me olhou pela última vez e foi embora. Eu realmente estava chateada. Putz, eu praticamente me declarei pra ele, e esperava o mesmo em troca. Mulheres são umas idiotas mesmo.

Idiota, idiota, idiota! Eu dizia pra mim mesma.

Eu subi pro meu quarto, fui ao banheiro. Encarei meu rosto no espelho, e então vi um vulto atrás de mim. Ele estava com o rosto totalmente coberto, assim como seu corpo.

Eu me virei, e então ele segurou minha boca, e me segurou contra seu peito. Por mais que eu tivesse forças, eu não conseguia me esquivar daquele monstro que me segurava.

Ele chutou a porta do banheiro, e me tirou de lá. Eu estava me debatendo, então outro cara apareceu do nada, e me amarrou com correntes além de me vendar. Pularam a janela do meu quarto comigo, e foram correndo pela floresta. Eu estava sem enxergar nada. E eu posso dizer. Essa é a primeira vez em muito tempo que eu sinto terror.

MEDO. ESSA PALAVRA COMPLETAMENTE FAMILIAR AGORA.

 


 


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Notas finais do capítulo

Eae? O que acharam?
Vocês tem alguma ideia de quem seja o novo e misterioso personagem?
Pra animar vocês, o próximo e pov's do Paul.
Espero que tenham gostado.
Não se esqueçam dos reviews, que deixam a autora feliz e animada pro novo capítulo.
beijos à todas.



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