Amor Proibido Vs. ódio Eterno escrita por ALima


Capítulo 6
O prazer da culpa


Notas iniciais do capítulo

OOIIII todo mundo! Finalmente consegui postar! Eu demorei pra escrever esse cáp. pq eu to meio confusa sobre o caminho que a fic vai tomar daqui pra frente.
Sem mais delongas, aqui está o capítulo.



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Minha vida não tem sido nada fácil desde meu terrível deslize.

Eu e Paul nos desentendemos feio, e não trocamos nenhuma palavra desde aquele fatídico dia, onde tudo de pior que podia me acontecer, aconteceu.

Hoje completava três semanas, e tudo parecia normal. Mas só parecia.

Dava pra notar o clima de tensão no ar. Eu me lembro bem daquela noite, onde juramentos foram quebrados.

 

 

Um de Novembro 2010.

 

Logo após minha saída do pub, quando eu me deparei com aquele ser, e tive vontade de tomar seu sangue, eu estive tentando de todas as formas me controlar. Eu estava sendo cuidadosa demais com todas as minhas vítimas desde quando Paul começou a me seguir. Eu me alimentava muito pouco de pessoas. Eu tinha reservas suficientes de sangue do banco lá em casa, pra me manter bem.

Droga, eu sabia que a bebida poderia causar algum efeito colateral, e eu acertei.

A bebida acabou com meu autocontrole, mas eu não posso colocar a culpa só nisso.

Eu era uma burra e devia ter me alimentado em casa, só isso.

Bom, voltando aos fatos, eu estava tentando resistir, mas aquele maconheiro idiota ficava me provocando. Até que teve um momento que eu não consegui mais, e fui pra cima dele.

Paul veio na mesma hora salvar o coitado do maconheiro, e pulou em cima de mim.

Eu estava tomada pelo meu lado animal, completamente selvagem, e nem pensei no que estava fazendo. Lutar com ele era um desejo que estava reprimido há muito tempo dentro de mim, e com a ajuda da bebida eu coloquei pra fora.

Eu só caí na real quando ele me jogou na parede. Nesse exato momento, eu fui embora, mas sabia que a tensão sempre estaria no ar.

A guerra foi praticamente lançada.

Quando eu cheguei em casa, eu me joguei na minha cama, e sinceramente, por mais um momento naquele dia, eu quis chorar. Chorar muito. Mas as lágrimas estúpidas não vinham. Então eu pus-me a soluçar e gritar, gritar com todas as minhas forças, mas sem deixar o idiota ouvir. Então abafei meu “choro” e gritos com um travesseiro.

Depois de mais ou menos uma hora de crise existencial, eu me sentia bem melhor, mas com uma dor de cabeça enorme. Então fui pro chuveiro, e fiquei lá por uma meia hora. (Espero que não tenha nenhum ambientalista lendo isso)

Agora sim eu estava me sentindo bem. Pra evitar me lembrar daquela cena mesquinha que não saia da minha mente, liguei meu MP3 no volume máximo e comecei a ouvir rock pesado.

E eu só me dei conta de que tinha amanhecido, quando raios de sol começaram a tocar minha pele.

 

Desde então, eu e Paul estamos nos evitando o máximo possível. Mas isso não podia mais durar.

Um dia nós teríamos que resolver isso, e eu decidi que esse dia era hoje.

Depois que a aula acabou eu chamei Paul, mas ele não estava me olhando com aquela expressão raivosa de sempre (e bem que eu preferia), ele estava me olhando com uma expressão de desapontamento.

 

 

Eu o expliquei a situação, e ele concordou que aquele era o momento mais apropriado. Então marcamos que nos encontraríamos na clareira que tinha no meio da floresta, assim que o sol se pusesse.

Eu tinha algum tempo, então fui encontrar Ang. Sempre que eu precisava de algum conselho ou coisas do tipo, eu recorria à Angela. Ela era minha amiga fiel. Lembro-me como se fosse ontem do dia em que eu transformei-a.

 

 

 

15 de Dezembro de 1825

 

Eu havia demorado um pouco pra entender sobre no que eu havia me transformado. Ainda não havia internet, então recorri a alguns livros que falavam sobre vampiros.

Eu não havia voltado pro orfanato, pois sabia que se voltasse eu iria querer matar todos, e eles eram uma família pra mim.

Eu passei a viver na floresta, nessa mesmo que se encontra atrás da minha casa (que nem existia na época). Eu matava algumas pessoas de vez em quando, mas estava feliz por estar em um raio de 50 km do orfanato.

Então eu decidi que deveria voltar, pra ver as pessoas, pois eu tinha me controlado um pouquinho. Eu sentia falta da minha fiel escudeira, Angela. Eu soube que ela havia tentado me procurar e tudo mais.

Nesse dia, 15 de dezembro, eu resolvi que iria vê-la. Matei uma senhora rica, e peguei suas roupas. Tirei as folhas do meu cabelo, e assim que o crepúsculo surgiu no céu, eu fui visitá-la, lá mesmo no orfanato.

Entrei pela janela do seu quarto, e ela ficou super feliz em me ver. Eu contei pra ela no que eu havia me tornado, e ela ficou em choque, mas disse que podíamos continuar sendo amigas. Eu havia levado um presente pra ela, um anel muito bonito, mas este era pontiagudo, e ela cortou um pouco do seu braço. Nesse momento minha garganta comeu a arder, e eu sem hesitar fui pra cima dela. Ela me encarou assustada e gritou, mas assim que isso aconteceu, eu pulei com ela pela janela, corri até um lugar seguro.

Eu já havia tomado seu sangue. Meu veneno se encontrava nela, e os momentos a seguir foram uns dos mais aterrorizantes que eu já vivi. Eu a vi se contorcer no chão durante três longos dias, e me sentia um monstro. Mas por outro lado, eu me sentia feliz, pois agora eu tinha companhia. Sim, eu sou um monstro egoísta.

Ela nunca me culpou por nada, e até gosta da vida que vive. Nós nos separamos por um tempo, o tempo em que eu fui para o sul do país, e enquanto eu dei a volta no mundo, mas sempre mantínhamos contato.

E assim somos até hoje.

 

 

Eu fiquei conversando com Angela durante a tarde toda.

Ela era engraçada, e fazia a tensão passar facilmente. Nós cantamos no karaokê e dançamos um pouco. Tiramos fotos, e ainda conseguimos ver um filme.

O tempo passou facilmente, e eu nem reparei que o Sol havia se posto.

Eu fui correndo em direção à minha casa. Chegando lá, eu tomei uma garrafa de sangue, afinal eu precisava estar forte caso algo acontecesse. Então, eu me olhei no espelho, e tentei esperançosamente parecer forte quando olhar bem no fundo dos olhos dele.

 

Saí tranquilamente da minha casa, e adentrei na floresta em passos largos.

Ao chegar na clareira, rapidamente me deparei com Paul, sentado embaixo de uma árvore.

Ele me viu e acenou. Então eu me dirigi até ele. Paul se levantou, e eu encarei sua face, que eu não conseguia decifrar agora. Ficamos nos encarando durante segundos, minutos ou horas, não sei realmente quanto tempo.

E então, ele começou:

 

-Pois é Valéria, você sabe que causou tudo isso. Poderíamos estar completamente normais agora, mas não, você tem sempre que fazer uma burrada, né?

-Cala a boca, cachorro. Você fala assim como se você fosse o maioral. Como se fosse um santo e nunca cometesse erros. Eu levanto e me deparo com gritos. Vou ver o que é e então vejo você em cima do meu ex tentando matá-lo. Ah, por favor! Ponha-se no meu lugar.

-Eu nunca seria um sanguessuga.

-Não estou falando disso Paul. Você nunca amou ninguém não é mesmo? Seu ódio, seu pessimismo e sua grosseria não deixam você amar. Mesmo sem um coração, como é meu caso, eu consigo ter mais sentimentos do que você, que tem um batendo no seu peito. –Eu praticamente cuspi essas palavras.

 

Então Paul começou a tremer. Mas conseguiu parar.

 

-Você não sabe de nada, sua sanguessuga! –ele me disse gritando.

-Não? Por que você pode julgar e eu não? Você acha que só porque foi o rejeitadinho, tem direito de se estressar com todo mundo, de tratar todos mal? Você não conhece um terço da minha vida pra me julgar, seu lobo maldito.

 

Ele começou a tremer novamente, mas dessa vez ele não parou. Eu ouvi algo rasgar, e corri dois metros ao sul, tentando me desviar daquele idiota.

Bem, merda, ele tinha se transformado em um lobo. Mas eu não ia deixar barato. Não mesmo.

 

-Tá com medo de me enfrentar na sua forma humana, é? Que pena. Se você não tem coragem nem pra isso, eu acho que vou embora.

 

Então eu corri em direção à minha casa, mas fui parada por patas e pelos. Paul se jogou pra cima de mim, minha raiva explodiu ali também. Nós dois rolamos pelo chão imundo da clareira, e começamos a nos debater. Estávamos tentando ganhar vantagem, mas nenhum de nós cedia. Ficamos assim por um bom tempo. Seu cheiro de cachorro molhado estava impregnando minhas narinas, mas eu suportei. Eu consegui rolar por cima dele, me dando vantagem, mas ele rapidamente rolou também, e então continuamos nos debatendo.

Não iríamos agüentar ficar assim por muito tempo, eu tinha certeza.

Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa, e então, eu decidi que iria fazê-la.

 

 


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Notas finais do capítulo

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