Amor Proibido Vs. ódio Eterno escrita por ALima


Capítulo 5
A droga de vida de um lobo (Pov's Paul)


Notas iniciais do capítulo

Oiis todo mundo! Aposto que estão curiosos pensando se a Val vai ou não vai atacar o humano.
Nesse capítulo vamos descobrir isso, e o que eu mais gostei foi que esse cápitulo é pelo ponto de vista do nosso lobinho querido ou nem tanto assim Paul.
Vamos entender um pouco sobre alguns fatos da vida dele, e alguns não esclarecidos pela Valéria.
Sem mais delongas, aqui vai o capítulo.
Aproveitem porque o 6 é só segunda ou terça.
beeijos



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Bem, suponho que esse não seja um jeito bom de começar uma história, mas aqui vamos nós.

Eu sou Paul e tenho 18 anos. Aliás, eu aparento ter 18, porque fiquei “congelado” no tempo por ser um lobo. Na verdade, eu tenho 50.

Eu sou o caçula da tribo onde eu vivo.

Se me permite, vou contar resumidamente minha história.

 

Nasci em 1980, numa tribo Cherokee do Alabama. Eu cresci ouvindo histórias sobre os frios, vampiros maus que matavam pessoas e que nós teríamos que salvar o mundo deles.

Assim que completei 16 anos, meus genes de lobo foram ativados, e eu podia me transformar. Agora eu fazia parte da sociedade secreta da tribo, onde nós mantínhamos exaustivas rondas que asseguravam a segurança de toda a tribo.

Eu nem era nascido quando meus ancestrais, inclusive meu pai, mataram um vampiro que tinha um anel enfeitiçado que o dava poder de andar na luz do sol.

Meu pai, que me contou a histórias com os mínimos detalhes, disse-me que o vampiro garantiu que apenas ele tinha o tal anel. Nossos ancestrais prenderam o anel em um local seguro, já prevendo que alguém viria buscar por ele.

Foi então que se deu o fatídico dia 20 de Março de 2002, quando um exército de sanguessugas invadiu nossa tribo em busca do anel.

Eu era o lobo mais novo, então fiquei bem atrás na linha de batalha com os vampiros.

Nós éramos 10, e eles eram 35.

Foi uma guerra feia, que deixou saldos bem negativos. Nós perdemos cinco lobos, e eles perderam todos, apenas sobrou uma garota, metida a durona, com raiva nos olhos. Desde o começo eu não gostei dela. Ela achava que podia mais que todos, e o pior era que ela realmente podia. Ela tinha um olhar diferente de todos eles, ela sabia se controlar.

Estávamos todos armando uma estratégia pra acabar de vez com ela, mas ela foi mais esperta e fez uma parte de nossa já pequena população refém.

Tivemos que entregar pra ela a merda do anel, mas o meu “amado” chefe fez um acordo com ela, de que ela não poderia se alimentar de humanos, e que pra ter certeza de que ela cumpria o acordo, alguém iria com ela.

Lembro-me como se fosse hoje.

 

-Seu nome mocinha. –disse Steve, o chefe da matilha

-Valéria. E eu não sou uma mocinha, pra sua informação, eu tenho 168 anos. Aposto que mais do que vocês juntos.

-Não se precipite. O que você quer pra deixar nosso povo em paz?

-Rá, não me faça rir. Você sabe que eu quero o anel.

-Muito bem, então você vai ter o que quer.

-O que? –eu disse me intrometendo.

-Eu não falei com você Paul. - ele me disse.

 

O sorriso no rosto dela era triunfante. O cheiro dela estava me incomodando. Aquela fragrância doce. Tão doce que minhas narinas inflavam.

 

-Então, Valéria, você vai ter o que quer se soltar nosso povo.

-Essa é uma decisão sábia, Steve.

-Mas, você deve obedecer a uma condição.

-Sem condições, por favor.

-Você vai ou não vai querer a porcaria do anel? Se quiser vai ter que obedecer a condição e ponto.

-Se tiver uma condição, seu povo morre.

-Pra sua informação, o sol nasce em quinze minutos. O tempo exato pra você pegar o anel e cair fora daqui.

-Tudo bem, eu aceito a condição.

-Um dos nossos lobos vai com você. Ele vai te seguir aonde quer que você for, com uma distância de 100 metros da sua casa, e 25 metros de você.

-Se é o único jeito, eu topo. –ela disse, com a decepção estampada no rosto.

-Paul, prepare suas coisas. –Steve me disse.

-O que? –eu disse, torcendo pra ser mentira.

-Você vai com ela.

-MAS EU NÃO QUERO! –eu gritei as palavras.

-Você não tem que querer nada. Arrume suas coisas e ponto.

 

Eu olhei pra Steve com raiva e saí chutando terra. Essa idiota ia me pagar.

O que ela tinha de xeretar aqui?

A raiva foi aumentando conforme nós passamos um tempo juntos.

Primeiramente, ela me fez sair do Alabama pra ir pra América do Sul!

Ficamos um bom tempo lá.

Essa sanguessuga acha que me trapaceia se alimentando de humanos quando eu não estou por perto. Infelizmente eu não posso fazer nada se eu não a ver fazendo. Ela é até bem esperta pro meu gosto.

Depois da América do Sul (que ela foi apenas pra aproveitar o sol, eu tenho certeza), fomos pra Europa, e ficamos fazendo um tour por todo aquele lugar. E depois da Europa, foi a vez da Ásia, e assim vai.

Você deve estar se perguntando se só ela se divertia nessas viagens.

A resposta é: mais ou menos.

Eu dava umas escapulidas de vez em quando. Normal, é claro.

Por que só ela pode ficar com toda a diversão? Isso era o que eu pensava quando me embebedava em um bar qualquer ou me divertia com alguma garota.

Prefiro não citar os motivos pelos quais eu achei que a melhor viagem foi a América do Sul. Vocês devem subtender, não é?

Então, prosseguindo a história, a sanguessuga deu uma volta no globo e depois de muito tempo fora resolveu voltar para o seu querido e amado lar. Nós voltamos. Ela se matriculou em uma escola e eu tive que fazer o mesmo. Sabe, é até divertido.

Em muito tempo eu finalmente consegui fazer alguns amigos e estabelecer uma vida. Pelo menos tentar. Isso porque eu tinha que vigiar a vampirinha em tempo integral.

 

E essa é resumidamente minha vida.

 

Deixando pra lá o sentimento nostálgico, vamos pular pra tópicos mais atuais, como a visitinha do sanguessuga metido a bonitão.

Assim que eu o vi no Halloween eu sabia que ele iria causar problemas. Foi só observar sua íris vermelha que quase saia das órbitas e a forma como ele olhava pras garotas da festa. Sabe, eu tenho que parabenizar a sanguessuga pela sua ação de mandá-lo pra casa dela. A festinha podia esperar pra mais tarde, né? Isso me daria uma longa noite de sono, e eu estava feliz.

 

De qualquer forma eu resolvi alertá-la sobre ele, e dizer que ele estava sobre responsabilidade dela, afinal, já basta eu ser babá de um sanguessuga.

Eu fui pra casa bêbado, achando que finalmente ia ter sossego, mas o idiota tinha que aprontar alguma né?

Não minha gente, eu não tenho sorte.

Ok, ok, foi bom matar ele. Fazia tempo que eu não tinha essa sensação. Parei. Não quero assustá-los.

Quando a sanguessuga resolveu sair, eu rapidamente me livrei de tudo, e fui atrás dela na minha super-não-potente moto. Eu sempre sabia aonde ela ia, graças ao rastreador do anel. Sim, eu tinha um rastreador do anel dela.

Ela ficou zanzando na praia e depois no museu, e finalmente num Pub qualquer.

Eu aproveitei esse tempo pra dar um mergulho na praia. Era engraçado ver a reação das pessoas quanto a um louco que mergulha numa água gelada no início de Novembro.

Depois eu também fui ao pub, eu também queria beber. Como meu metabolismo funciona rápido demais, nem tem graça beber. A bebida é rapidamente absorvida pelo meu organismo, e a dor de cabeça vem mais rápido, e conseqüentemente passa mais rápido também. Mas hoje eu também não estava me importando.

Então a sanguessuga saiu do bar, e eu estava feliz por voltar pra casa. Eu estava cansado e queria dormir.

Mas então, como é típico de sanguessugas, ela me arranjou um problema ao tentar se alimentar de um maconheiro de beco.

Que queda, huh? Quem diria, que ela que se dizia a maioral iria querer se alimentar de um mero maconheiro de beco.

Ele podia ser um drogado, mas era humano acima de tudo, então eu devia protegê-lo, certo?

Eu me transformei rapidamente, tentando evitar o que quer que fosse que ela estivesse fazendo.

Ela se aproximava cada vez mais, e eu podia ver nos olhos dela que ela estava tentando resistir à tentação. Eu a odiava, mas nesse momento me deu uma pequena pontada de pena. Eu afastei esse pensamente e tentei ser profissional, afinal, eu avisei pra ela que se caso ela se alimentasse de algum humano, uma guerra estaria prestes a começar.

Finalmente podia-me ver livre dela. Já estava me imaginando com um drink na mão na ensolarada América do Sul, enquanto comemorava.

Foque-se Paul, foque-se.

Ela recuou um passo, mas o carinha ficava chamando ela.

 

-O que foi moça? Me diz seu nome fofurinha!

 

A única coisa que eu pensei foi: Eca!

 

-Precisa de algum serviço? Alguém te indicou? Ou você apenas me achou sexy e irresistível demais? –ele provocara.

 

Ele realmente devia estar drogado. Sexy e irresistível? Rá.

 

Ela simplesmente ficava calada. Eu via a dor nos olhos dela. Eu não sei se prefiro que ela arrisque ou resista.

Então veio a decisão final. Ela pulou pra cima dele e foi em busca de sua garganta. Ele por sua vez, gritava.

 

Foi nessa hora que eu me transformei.

Então eu corri em sua direção e a tirei de cima dele. Ela estava terrível, com as presas a mostra os olhos vermelhos e a boca cheia de sangue.

Ela me encarou furiosa, e partiu pra cima de mim. Eu vi o maconheiro sair correndo do lugar, procurando ajuda. O que quer que fosse acontecer aqui teria que ser rápido demais.

Nós lutamos furiosamente, durante uns 30 segundos ou algo do tipo. O maconheiro estava voltando com reforços, e eu resolvi parar por aqui.

Eu me transformei de volta, e estava pouco me lixando por estar nu em cima dela.

Pessoas, não pensem mal de mim. Foi necessário.

 

-Valéria, para com isso. Ele vai trazer pessoas pra cá.

-Não, eu vou acabar com você primeiro. –ela disse enquanto nós rolávamos pelo chão sujo.

 

Então eu a tirei de cima de mim, e a empurrei contra a parede com todas as minhas forças.

 

-VALÉRIA! ELE VAI TRAZER PESSOAS PRA CÁ! QUE DROGA!

 

Então ela caiu em si, finalmente.

Eu fui correndo pra resgatar minhas roupas, mas elas estavam em frangalhos. Peguei o primeiro curioso que estava passando e roubei as roupas dele. Eu simplesmente não podia sair pelas estradas dirigindo uma moto nu.

Eu a vi sair correndo e alcançar o carro dela. Esperei ela dar a partida e fui atrás.

O que quer que fosse acontecer podia esperar até amanhã.

 

LADIES AND GENTLEMAN IT’S THE SHOW TIME!*

 

 


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Notas finais do capítulo

Eae, o que vocês acharam? Bom, ruim?
Mandem reviews com suas opiniões e façam uma autora feliz.
Até a próxima babies.

:**



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