Os órfãos de Nevinny escrita por brennogregorio


Capítulo 55
Preocupada mente




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Você: Então você não continua lembrando sobre aquela noite?

S/N: Sobre o ponto em que fomos parar em um lugar subterrâneo?
S/N: Não, eu já disse que ñ lembro de nada disso

Você: Isso é muito absurdo
Você: Como assim??!!
Você: Eu só não te denuncio pro meu pai pq vc é amigx

S/N: Me denunciar pelo q?

Você: A bebida ou oq vc tomou foi tão forte q vc perdeu a memória

S/N: Mas eu não perdi a memória
S/N: Eu só não lembro disso
S/N: Não tenho nada que me faça recordar disso
S/N: E vc sabe que eu ñ bebo nem uso nada

Você:
Você: Eu tô brincando com vc
Você: Mas é sério
Você: Tem algo de estranho vc não se lembrar
Você: Já se passaram dias

S/N: Sabe q vc tem razão?
S/N: Eu lembro de todo o resto
S/N: Mas não disso em específico
S:N Mas pode ser q eu lembre depois

Você: É pode ser q sim
Você: Lembre-se que ainda temos que investigar o super 8

S/N: Investigar
S/N Falando assim parece que viramos detetives de repente

Você: Mas é isso que vamos fazer
Você: Só precisamos estar livres e marcamos um dia

S/N: Sim
S/N: Qualquer dia fazemos isso

Você: Ah, antes que eu me esqueça
Você: Como é que está a Lavínia?
Você: Já tem mais notícias dela? Também tem dias que ela não vai à escola

S/N: Ainda não
S/N: Só aquelas que eu contei pra vocês
S/N: É a única coisa que o Stefan tá sabendo

Você: Eu me preocupo com a nossa amiga mas tem que respeitar o tempo dela

S/N: É
S/N: Mas não se preocupe
S/N: Ela vai aparecer uma hora ou outra

Você: Sim tenho certeza

S/N: Bom agr preciso sair daqui um pouco
S/N: Preciso fazer uma coisa

Você: Ah tá bom
Você: Eu vou ter que ir tbm
Você: Meu pai tá me chamando

S/N: Ok
S/N: Então boa noite Allison

Você: Boa noite S/N
Você: Até depois

 

 

Após a conversa, você desliga a tela de seu telefone e o põe em seu bolso. Logo em seguida, uma luz vermelha que pode ser vista da janela chama a sua atenção, fazendo com que imediatamente você siga até ela.

Você vê que trata-se apenas de uma caminhonete que parece carregar algo na parte de trás. A tal coisa está coberta por uma pano, mas, mesmo assim a sua luz reflete por todos os lados.

" Se alguém estava tentando manter a descrição daquilo, acho que não adiantou muito" — você diz consigo.

Depois que vê o carro dobrando a esquina, sai da janela, prontamente chega na sala e, olhando ao redor chama:

— Pai?

— Ah, eu estou aqui. Tô quase saindo do banheiro.

— Me perdoe a demora, é porque eu fiquei olhando a janela um pouco — você declara.

— Não tem problema, Allison. Eu te chamei apenas pra te dizer uma coisa.

— O quê?

— No fim de semana terá um jantar na casa de Regina. Ela faz questão que você vá. E eu também — Carlos diz.

— Ah, pai. O senhor sabe que eu não simpatizo muito com aquela mulher — você profere com uma expressão descontente.

— Nós já conversamos sobre isso. Não há obrigação que você goste dela. Mas por favor, com respeito, vá.

— Mas, pai. Não seria melhor apenas vocês irem? Seria um jantar romântico, apenas entre vocês...

— Allison, por favor.

Você nada diz com uma indignação interior.

— Nós já conversamos sobre isso. Não quero que você me desobedeça. Uma hora ou outra você vai acostumar com ela. Já passou da hora, inclusive.

— Eu acho meio difícil. Mas eu vou me esforçar pra isso. Eu vou tentar, pelo menos — você declara.

— Promete?

— Prometo tentar.

— Muito obrigado, filhx. Você é preciosx pra mim. Eu só queria que você e Regina se dessem bem.

Seu pai se aproxima de você e lhe dá um beijo na cabeça, em seguida lhe dá um abraço.

Conversar sobre a namorada de Carlos, Regina, não é uma de suas conversas preferidas, pois odeia a ideia de ter uma “substituta” de alguém ser sua mãe. Por isso que, ao ouvir as palavras de seu pai, juntamente ao fato de ter um jantar marcado com a “amável” madrasta, acaba ficando com um certo desânimo em relação a isso.

Porém, o abraço de Carlos lhe parece soar como uma tentativa dele de “amolecer” seu coração para que pudesse aceitar de vez o convite. Sendo assim, sabendo de suas intenções, você pensa se retribuiria o carinho recebido. Entretanto, decide por abraçar seu pai mesmo não gostando nada da ideia do jantar.

— Será um bom jantar, Allison. Não se preocupe. Assim vocês vão se conhecendo mais e aumentam mais as chances de se acostumarem de vez. Quer dizer, de você se acostumar.

— Tá bom pai, eu vou tentar. Espero que esteja certo — você diz.

— Er...Já que estamos aqui, eu aproveito pra perguntar: como estão as coisas na escola? Ainda há muita movimentação por causa do roubo? Meus colegas disseram que haviam muitos jornalistas.

— É. No primeiro dia até que tiveram vários jornalistas falando sobre o ocorrido. Foi estranho.

— Imagino. Eles são bem persistentes. Sempre arranjam uma brecha pra contar mais sobre qualquer caso.

— Foi o que Meredith falou, que eles são persistentes.

— Escute ela, pois tem razão — ele diz — E algum deles te parou na rua?

— Não, e espero não ser. Na hora da saída a galera se junta e saímos juntos pra evitar que isso aconteça. Foi o jeito que fizemos.

— Que espertos. Mas vocês ainda não se livraram completamente deles. Então, fiquem ligados — Carlos avisa.

— Pode deixar, pai — você diz — E como estão as buscas pelos dois criminosos? Continuam sumidos?

— Sim, mas já estamos cuidando disso. Continuamos na procura a todo vapor. Estamos olhando as imagens das câmeras da cidade, usando a ajuda do identificador de faces, mas mesmo assim ainda complica. Era pra ser mais fácil já que nós temos as fotos perfeitamente nítidas do aluno e do professor.

— Verdade. Tá levando tempo.

— Nós acreditamos em uma suposição fortíssima que corre pelo departamento deles estarem usando disfarces. Isso que está causando a demora pra apreensão deles.

— Faz todo sentido.

— Tudo será esclarecido em breve. Nós prometemos a vocês — seu pai declara — Em breve os jornalistas vão sair de vez dos arredores da escolas. Aqueles urubus!

— É, talvez — você diz com uma expressão séria.

Carlos senta em sua poltrona preferida de cor marrom localizada bem no centro da sala relaxado, até olhar para você logo perguntando:

— O que você tem, filhx? Tô te percebendo esses dias e parece que às vezes algo te preocupa. Tá tudo bem na escola fora essa história toda? É algo com Max?

— Não, pai. Max e eu estamos bem — você diz.

— Tem certeza? Não tem muito tempo que vocês se estranharam — ele diz.

— Tenho, tenho certeza. Aquela história nós já resolvemos. Foi uma bobagem que aconteceu. Inclusive vamos sair daqui a pouco se o senhor permitir.

— Claro. Já tem minha permissão. Mas então, o que te atormenta?

— É alguém da minha turma que tá me preocupando. Não aparece mais na escola há alguns dias e nem entra em contato.

— Vocês brigaram?

— Não, não brigamos. Estamos bem. O que acontece é que ela sumiu de repente. Acho que aconteceu alguma coisa ou ela tá doente, não sei — você deduz.

— Calma, logo ela dá notícias, filhx.

— Ainda tem S/N que...

— Você tá com problemas com elx também? — seu pai pergunta, lhe interrompendo.

— Ah, não. Não são problemas. É só que elx tem andado um pouco estranhx esses dias. Mas também não é nada pra se preocupar. Pelo menos eu acho — você afirma.

— Okay. Mande um abraço pra S/N por mim. Não vou esquecer o dia em que elx te ajudou quando aquele homem atirou em você.

— Eu mando, pai. Pode deixar.

Em seguida, seu telefone começa a tocar, então, logo pega o aparelho em seu bolso para ver quem pode ser.

— É Max ligando — você diz virando a tela do telefone para seu pai.

— Atenda. Eu já estou indo para a casa de Regina agora. Você sabe que ela odeia atrasos.

— Tchau, pai. Tenha uma boa noite.

— Você também. Não volte tarde pra casa e tenha juízo — seu pai adverte logo saindo de sua presença.

— Pode deixar.

Então, já estando só, você aproveita o momento e, sem perder tempo, trata logo de atender a ligação de Max que por sinal parece bem insistente.


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