Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 8
A noite é uma amiga




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809338/chapter/8

Tocaram à campainha, mas o Brad não lhes foi abrir a porta. Mike espreitou pela janela estreita situada na lateral da ombreira. Colocou uma mão em concha para cortar a luminosidade dos candeeiros da rua, mas estava tudo escuro no átrio da casa.

Endireitou-se.

— Bem, vamos dar a volta e entramos pelas traseiras. Ele deve estar entretido com alguma coisa e não nos ouviu.

— Sim.

— Também não faz mal se não entrarmos pela porta da frente… As pessoas normais usam também as portas das traseiras. Acho que até se usa mais essa porta!

— Podes saltar e alcançar a varanda do segundo piso. Carregas comigo nesse salto, entramos por aquela janela ali…

— Não vamos exagerar, Rob! Queres chamar as atenções?

— Ninguém está a ver-nos. É tão tarde…

— Nunca subestimes os teus vizinhos.

Mike espreitou brevemente para o terreno defronte do alpendre. O relvado queimado, a cerca derrubada, o caminho desalinhado com pedras soltas e terra revirada. Crispou a testa com tristeza.

— Temos de tratar do terreno da parte da frente. Está realmente muito descuidado.

— E tratar do resto da casa também. Só temos o átrio apresentável…

— É uma boa ideia. Uma tarefa para fazermos depois das aulas. Hum?

— Com os meus feitiços, posso sempre ajudar.

Mike sorriu ao irmão.

— Excelente ideia, Rob. Isso será uma novidade. Tu nunca usaste os teus feitiços para arrumar nada, nem que a tua vida dependesse disso… Lembras-te daquela vez em que tivemos de fazer as malas à pressa porque a polícia nos vinha bater à porta? Foi naquela cidadezinha pequena que tinha um culto estranho liderado por supostas bruxas, que não passavam de uma elaborada fraude, como descobrimos depois de as teres desmascarado. Elas queriam tirar-nos a pele para se vingarem dos nossos dons que invejavam. Meteram a polícia atrás de nós e tivemos de nos despachar ou acabávamos exibidos à cidade como criaturas malignas que era preciso destruir em rituais cruéis. Ao melhor estilo dos fanáticos, que destroem tudo o que não compreendem e que lhes desafia a autoridade. E tu, nem assim, usaste os teus feitiços!

— Tenho uma memória curta, Mike. Nunca me lembro de nada.

— Ah, pois claro. Quando te convém.

— Não me lembro de nada disso…

— Rob, não ofendas a minha inteligência. Claro que te lembras. O Brad chorava lágrimas que se evaporavam assim que lhe tocavam a pele lívida, eu estava muito nervoso e tinha-me transformado numa besta que era um cruzamento entre um lobo e um morcego, rosnava para todo o lado, faminto e incontrolável… Os habitantes da cidade reuniam-se na praça principal, como uma turba violenta dos tempos medievais, disposta a linchar-nos, instigada pela bruxa que chefiava aquilo tudo.

O feiticeiro encolheu os ombros, numa atitude que desvalorizava a questão e as lembranças. Mike revirou os olhos, abanou uma mão.

— Está bem, não te lembras. Ou melhor… fazes bem em não te lembrar.

Rodearam a casa que estava quieta e escura, pisando as ervas daninhas e o mato rasteiro que, entretanto, tinha crescido junto às paredes. Alcançaram a porta dos fundos, uma saída secundária da despensa que comunicava com a cozinha que se encontrava entaipada. Duas tábuas toscas cruzavam-se na parte superior, pregadas com pregos ferrugentos na moldura estragada.

— O que fazemos agora?

— Bem, Rob… Não temos outra alternativa senão arrombar a porta. Não achas? Arranco as tábuas e, com um pontapé bem colocado, isto abre-se. Depois, podemos entrar.

— Espera. Isso vai fazer muito barulho.

— Não me digas… vais usar um feitiço? – admirou-se Mike. – Estamos bastante generosos!

— Então não te digo.

Bastou ao feiticeiro erguer dois dedos e girá-los brevemente. As tábuas despregaram-se com um pequeno som seco, flutuaram e foram pousar no chão, encostando-se à parede. O trinco abriu-se e a porta chiou nas dobradiças fazendo aparecer uma nesga. Rob dobrou-se numa vénia elaborada.

— Depois do senhor, meu caro Mike.

— Definitivamente, estás incrivelmente generoso. O que foi que te aconteceu na escola?

— Nada que não saibas já, pois não resistes à tentação de andares a esmiuçar a minha mente e a do Brad para saberes se está a correr tudo bem.

Mike indignou-se e teria corado se tivesse sangue. Podia imitar a reação de vergonha, teimosia ou fúria, mas não lhe estava a apetecer e estava escuro. Rob não tinha a capacidade visual de um vampiro e essa nota passar-lhe-ia despercebida.

— Estás demasiado atrevido.

— É impressão tua. – O feiticeiro voltou a encolher os ombros. – Mas sim, sinto-me generoso. Quero empregar mais vezes os meus feitiços. – Emendou: – Sempre que for oportuno e me deres autorização, claro!

Mike empurrou a porta decrépita com cuidado para que esta não se desfizesse. A tinta estava escamada, a madeira por baixo apodrecida, era parca barreira contra algum eventual assaltante. Mas a casa mostrava-se num estado tão deplorável que qualquer ladrão que se prezasse das redondezas saberia que ali não havia nada de valor para roubar. Ou talvez já tivessem estado ali e descobriram que as salas e os quartos se apresentavam tristemente vazios.

Os ratos movimentaram-se assustados e correram a esconder-se nas suas tocas escavadas no frágil rodapé quando eles atravessaram a despensa e depois a cozinha gelada. A janela por cima do lava-loiça tinha a persiana partida e não existia vidro que impedisse a entrada do ar frio noturno.

— Esta casa está uma desgraça – observou Mike sem se deter para observar os detalhes da degradação.

— Pensava que gostavas assim, mas já me ofereci para dar uma ajuda.

— Gosto de uma casa com um certo toque… rústico. Mas não neste nível de casarão arrasado pela passagem das eras.

— Não sabia que eras um poeta – comentou Rob, assobiando.

— Tu escolheste esgrima e eu tive de escolher poesia, como aula extracurricular do meu curso de artes. Temos a nossa parte de coisas esquisitas.

— És um vampiro, eu sou um feiticeiro e vivemos com outro vampiro. Acho que temos definitivamente a nossa parte de coisas esquisitas.

Mike sorriu. Abriu a porta da cozinha e passou para o corredor que dava para o átrio que respirava serenidade e elegância. Um lugar arrumado, limpo, fragrante, perfumes de madeira e verniz, era como se estivessem noutra dimensão dentro daquela casa. Acercou-se do fim das escadas, olhou para cima, para os últimos degraus que se perdiam na escuridão e chamou:

— Brad?!!

Rob abriu o armário. Guardou lá a mochila e pendurou os sacos com as compras nuns ganchos que existiam nas paredes laterais do compartimento. Mike topou-o.

— Não vais arrumar isso? – E franziu a sobrancelha.

— Arrumar o quê?

— Os equipamentos nas respetivas sacolas, separar o taco, a luva e as bolas, a máscara para a esgrima…

Rob encolheu os ombros outra vez. Enfiou as mãos nos bolsos das calças.

— Não… Quando precisar dos equipamentos vou buscá-los aos sacos.

— E se estiveres atrasado?

— Um feiticeiro nunca…

— Já sei, já sei! Mas como é que sabes o que levar nos dias certos?

— Faço um feitiço.

— Sempre os feitiços!

— Pois se posso fazer uso deles…

Mike meneou a cabeça, aborrecido com o desleixo do irmão. Deixou o saco com o seu material na mesa. Despiu a capa e pendurou-a num cabide, depois de arrumar a sua mochila, tendo o cuidado de endireitá-la. Reparou que a mochila do Brad estava ali, pelo que o irmão se encontrava em casa. Rob captou-lhe esse pensamento porque deixou-o em aberto. O feiticeiro encostou-se ao pilar onde terminava o corrimão.

— Já chegaram? Excelente! Venham cá acima – disse Brad entusiasmado.

— Vamos já subir – anunciou Rob. – Mike?

— Vai indo. Primeiro quero arrumar as minhas coisas.

— Está bem

Rob mexeu os braços e fez aparecer o seu bordão, uma vara de salgueiro, comprida e retorcida. Recolocou na cabeça, também por artes mágicas, o seu chapéu pontiagudo decorado com estrelas. Subiu a escadaria a levitar sem pisar os degraus, fazendo o movimento correto das pernas.

Mike dedicou-se ao conteúdo do seu saco. Empilhou os blocos de desenho e os cadernos por ordem de tamanho, retirou os pincéis das embalagens e colocou-os em estojo próprio, fazendo o mesmo com os lápis. Depois de tudo devidamente acondicionado numa gaveta baixa do armário, achou que finalmente o dia, o primeiro dia de aulas, tinha terminado.

Ficou parado durante alguns segundos que fez estender, dentro de si, para poder recuperar as suas energias – não estava a precisar de sangue, tinha-se alimentado razoavelmente bem nos dias anteriores para prevenir recaídas de fome inesperada naquela primeira semana que era crucial na sua adaptação ao novo sítio. Era apenas uma pequena pausa necessária.

Cinco minutos depois, subiu a escadaria também a levitar. Não queria sujar o magnífico tapete que a cobria. Gostava daquele toque muito típico da vaidade humana. Um tapete!

No piso de cima a corrente de ar atravessava os quartos e o corredor, deixava tudo agradavelmente arejado e frio. Chamou pelos irmãos. Rob disse-lhe que estavam no telhado. Podia subir por uma abertura que existia no quarto do fundo que eles tinham deixado de porta aberta. Mike parou no centro do quarto, mãos na cintura, a olhar para o golpe que tinha ferido a cobertura e que quebrara uma das vigas ao meio. Parecia provocada por um relâmpago. Um buraco que deixou passar a água da chuva de sucessivas invernias e que tinha estragado o soalho de madeira que rangia com o seu peso.

— Como é que devo subir?

— Tu sabes voar, Mike! – respondeu Brad a rir-se.

— Não sei nada voar! Consigo pairar durante algum tempo e não me mantenho nesse estado durante muito tempo, para ganhar a classificação de voo. Quando sou um morcego talvez se possa…

— Ah, cala-te e sobe. O Rob subiu!

— E como foi que ele subiu? Ele sabe pairar, mas não é como nós.

— Mike Park, acaba com isso. O primeiro dia de aulas já terminou.

Mike fletiu os joelhos e impulsionou-se. Bastou um salto um pouco mais forçado para atravessar o buraco e achou-se no telhado. Equilibrou-se sobre as telhas, agitando os braços abertos.

Os dois irmãos sentavam-se no rebordo da chaminé grande que ornamentava a parte central do telhado de ardósia. Essa chaminé juntava várias aberturas, uma vinda da cozinha, outra vinda da lareira da sala, outras que comunicavam com o sistema de aquecimento dos quartos. Mike sentou-se ao lado de Brad, Rob estava do outro lado. Assim que ele se lhes juntou, Brad, no meio deles, abraçou-lhes os ombros.

— Vocês demoraram… Estava já a sentir saudades vossas.

— Estivemos a jogar no centro comercial. Temos de ir lá os três – contou Mike. – Aquele jogo do templo é multijogador. O Rob gostou de jogar a esse. Não foi, Rob?

— Hum-hum.

O feiticeiro segurava com as duas mãos o bordão que descansava entre as pernas e que se espetava acima do seu chapéu estrelado, cuja ponta se dobrava ligeiramente num vinco engraçado, para a direita.

— É uma excelente ideia! Gosto muito de jogos! – disse Brad.

— E o que fazemos aqui em cima, Brad?

O vampiro sorriu. Olhou de um para outro.

— É a minha surpresa. Tivemos um dia esgotante, não foi? Uma escola nova, colegas novos, aquele sarilho no refeitório, um pouco de tensão, um pouco de alívio, mais exigências para amanhã… Estamos a precisar de uma distração.

— E que distração é essa?

— O universo, Mike. O universo!

Brad inclinou o pescoço para trás e pousou a cabeça aos tijolos da chaminé. Imitou um suspiro bastante enlevado e profundo.

— Temos a noite toda para nós. Dou-vos as estrelas deste pedaço de céu.

— É muito bonito – disse Rob. – Obrigado, Brad.

Mike fez o mesmo. Inclinou o pescoço para trás e pousou a cabeça na chaminé.

A noite estava ventosa e desagradável, mas não para eles. As rajadas súbitas de vento tinham afastado as nuvens que, durante o fim da tarde, ameaçaram chuva. Contudo, não passara disso mesmo – uma ameaça.  

Naquela obscuridade relativa, não era totalmente escuro porque a rua do bairro estava muito bem iluminada com candeeiros que eram alimentados a energia solar que se acendiam automaticamente assim que o dia findava, conseguiam ver muitas estrelas a tremeluzir naquele espaço negro e misterioso. Ali também havia planetas, satélites artificiais e, ocasionalmente, as luzes intermitentes de um avião que passava muito alto.

Era uma excelente surpresa e Mike adorou a ideia do seu irmão. Brad era distraído, aéreo, superficial, brincalhão e irritante, mas em determinados momentos exibia gestos extraordinários de bondade e camaradagem.

E ali estavam eles, os três irmãos Park, unidos por um abraço, a contemplar calados as lindas estrelas douradas que se desenhavam em constelações, parecendo que a maravilha acontecia só para que eles a contemplassem.

Eles podiam não pertencer àquele mundo, podiam ser criaturas diferentes e proscritos pelos medos mais básicos dos humanos. Naquele instante e naquele lugar, porém, eles também pertenciam ao universo. Fora o mordomo que lhes ensinara esse pequeno refúgio, que qualquer um deles podia inventar sempre que quisessem ter um minuto de paz. Não dependiam de ninguém, não precisavam de grandes preparativos, de pedir licença ou de criar um disfarce. Era só terem um telhado ou uma montanha, um lugar alto, sentarem-se em silêncio e erguerem o queixo. O céu pertencia-lhes.

Mike, nesses momentos, tinha a certeza de que não havia nada no mundo que o pudesse atingir. Nem a si, nem aos irmãos, nem aos seus amigos, nem a quem era igual a eles. Porque o céu, simplesmente, pertencia-lhes.

— A partir de amanhã e durante todos os dias dos próximos quatro anos, vamos entrar juntos na escola – anunciou. – Como irmãos. Chegamos e partimos juntos. Passamos os intervalos juntos.

Brad espantou-se.

— Estás a falar a sério, Mike Park?

— Muito a sério. Não faz sentido estarmos separados se somos irmãos. O Rob esteve a falar comigo e eu… eu acho que ele está certo. Vocês os dois estão certos.

O feiticeiro resmungou.

— Nas outras escolas que frequentámos, temos andado quase sempre separados e juntos umas poucas vezes. A experiência tem sido boa e também tem sido má – analisou Mike, compenetrado. – Não existe um padrão. Claro que precisamos de zelar pela nossa segurança e proteger o nosso segredo, mas não é o facto de não nos apresentarmos como irmãos que mudou isso, ao longo de todos estes anos. E depois… houve aquela treta com o Johnny. – Baixou a cabeça e sentiu-se enfurecer. Rosnou. – Não gostei do que ele me fez e acreditem, preferia tratar do Johnny à minha maneira. Seria paciente, tentaria ensinar-lhe boas maneiras. Se ele continuasse a ser teimoso e idiota, iria pregar-lhe um susto que jamais esqueceria em toda a sua vida. Punha-o a mijar-se pelas pernas abaixo sempre que se lembrasse… Depois quiseste ajudar-me, Brad, e eu recusei, cheio de orgulho. Depois o Rob falou comigo, no centro comercial, e eu voltei a recusar, continuando cheio de orgulho. Não está certo que aja assim. A pensar apenas em mim… Descobri que vocês é que estão certos.

— Ora, Mike, meu irmão… Nós iríamos deixar que pensasses que estavas a fazer tudo sozinho, mas já tinha pensado num esquema para que eu e o Rob andássemos atrás de ti a limpar o rasto de porcaria que tu ou o Johnny deixassem. E também já tinha pensado em pregar um susto enorme a esse idiota do Johnny que o pusesse a mijar-se pelas pernas abaixo. Se pensas que iríamos deixar-te resolver essa situação sozinho, não nos conheces.

— O problema é que vos conheço muito bem e eventualmente iria antecipar essas jogadas todas. O que só vai piorar a situação, pois se há um vampiro trapalhão neste grupo, esse vampiro és tu, Brad Park!

— Muito obrigado pela confiança, Mike Park! E tu, Rob, não vais dizer nada para me defenderes?

— Hum-hum… – tornou a resmungar num gorgolejo.

— Deixa-o. O Rob está em transe – disse Mike, espreitando o feiticeiro que cambaleava lentamente, a cabeça a oscilar de cá para lá, os cabelos compridos a formarem uma cortina sobre o seu rosto.

— Às vezes esqueço-me que ele precisa de dormir – disse Brad.

— Tecnicamente não se chama dormir… Ele precisa de descansar de uma maneira que é quase como um sono. O Rob está a viajar, a visitar os seus mundos.

— O passado e o futuro… Será que se lhe pedíssemos para que veja como será o nosso futuro nesta cidade… se iremos mesmo derrotar o Johnny e os seus modos de valentão…

— Não me atreveria a pedir isso. Tenho medo de ver o nosso futuro. Imagina que vemos a nossa destruição.

— Sempre demasiado pessimista.

— Brad, não quero ver o nosso futuro e proíbo-te de fazeres esse pedido ao Rob.

— Ele não veria o nosso futuro. Já lho pedi mais do que uma vez, sem tu saberes, porque imaginei logo que entrasses em histerismo, e o Rob recusou-se sempre. Ele também é sensato, Mike. Nós somos sensatos, mesmo sem a tua orientação. O mordomo foi tanto nosso professor, como foi teu.

— Tens razão, Brad – admitiu Mike, arrependido. – Sou demasiado controlador.

— Nós gostamos que sejas controlador – esclareceu Brad sorrindo. – É excelente ter um líder que nos orienta e que vai abrindo o caminho. Temos menos trabalho. Só que há vezes… em que também tens de nos ouvir. Certo, não estamos numa democracia. A tua palavra será sempre a última. Só que eu e o Rob também gostamos de dizer o que pensamos.

Mike assentiu, sorrindo com o irmão.

Apontou o dedo ao céu.

— Vamos continuar a ver as estrelas. Estou a gostar de estar aqui.

— Até quando, Mike?

— Até à madrugada.

— Concordo. Até à madrugada.

E ficaram sentados junto à chaminé, naquele telhado. Contemplaram o raiar da manhã de um novo dia, que começou limpo, renovado e claro. Estavam dispostos a vencer, estavam dispostos a irem juntos àquela luta que recomeçava, mais empenhados e determinados. Os irmãos Park tinham chegado para ficar.

Mal eles sabiam como era verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Irmãos Park" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.