Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 7
Ao entardecer




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Combinou telepaticamente com o Rob encontrarem-se no centro comercial para comprarem o que precisavam para as suas aulas específicas. No caso dele, tinha uma lista exaustiva com diverso material de desenho, pintura e modelagem. No caso de Rob eram equipamentos para a prática desportiva, desde roupa a calçado, passando por acessórios como toalhas e sacos.

Os três irmãos Park conseguiam comunicar-se através do pensamento, o que era muito prático e conveniente. Tinham um telemóvel nas suas mochilas, mas nunca o usavam e estava permanente desligado, sem aplicações instaladas. Era só um adereço para que os outros rapazes da mesma idade os vissem como alguém igual a eles. Por vezes brincavam com os aparelhos como se estivessem a jogar ou a navegar nas redes sociais, mas era tudo um elaborado teatro. Quando queriam falar uns com os outros, usavam o canal telepático.

Mike sentia-se esgotado e só queria ir para casa, esconder-se no seu quarto cheio de teias de aranha e deixar-se ficar aí, encolhido no canto onde houvesse mais pó. Ficou muito aborrecido com o caso do Johnny no refeitório, admitia-o, desejara enfiar um soco na cara do rapaz, mas não queria responder com violência a um ato violento. Julgou que tinha sido um caso isolado, que não seria mais incomodado, e eis que o Johnny foi esperá-lo à porta da sua sala de artes gráficas e avisá-lo de que passaria a ser o seu saco de pancada, a sua diversão para aquele ano letivo. Podia novamente resolver aquilo com um soco bem colocado, mas depois quem ficaria mal era ele. E isso não seria nenhuma solução. Apenas desataria uma guerra que só tenderia a piorar.

Em consequência, sentia-se exausto. Não lhe apetecia ir às compras, mas não se podia esquivar. No dia seguinte já teria de levar o bloco de desenho, o portefólio e os lápis de cor acerados. E o Rob já tinha um primeiro treino na equipa de beisebol, tinha de levar um taco e uma luva, para além de um conjunto de bolas para partilhar com a equipa.

Aguardou indiferente na porta de entrada do centro comercial. Por dentro, estava a ferver e a uivar, impaciente e irritado, a alimentar o seu cansaço psicológico. Imaginou um primeiro dia de aulas normal, sem outras questões adicionais, e agora teria de lidar com um perseguidor, sabendo que não devia provocar demasiado a sorte ou seria ele o perdedor, a todos os níveis.

Descobriu Rob do outro lado da estrada, a preparar-se para atravessar na passadeira. Só estava à espera de que o sinal do semáforo passasse a verde. Levantou um braço e acenou. O feiticeiro também levantou um braço, indicando que o vira.

No meio da pequena multidão, que cruzava a enorme porta envidraçada escancarada que dava acesso ao centro da comercial, surgiu Rob sorridente. Enfiava os polegares nas duas alças da mochila que tinha às costas e estava tão descontraído que Mike desfez parcialmente a sua apreensão.

— E o Brad?

— O Brad não tem nada para comprar, para já – contou Rob, passando o peso de uma perna para a outra. – Diz que só vai precisar de uns reagentes, um bloco de notas com separadores, uma bata e material de proteção individual mais para a frente, quando tiver de preparar o seu projeto de ciências a apresentar antes da pausa de inverno.

— O Brad costuma ser leviano e não levar nada a sério, fazer tudo à última hora. Ele tem a certeza de que não precisa de comprar nada? – admirou-se Mike.

— Foi o Brad que o disse.

— Sim, mas ele é leviano.

— Mike, nem tu, nem eu, estivemos nas aulas do Brad para comprovarmos que é assim. Logo, vamos ter de confiar na palavra do Brad.

— Tens razão. Estou a ser um idiota.

— Sim, estás a ser um idiota, Mike. Desde que o dia começou. Oh, vejo que resolveste colocar novamente a tua capa…

— Ninguém, nas lojas que iremos visitar, se vai incomodar com o que visto… era só o que me faltava para completar o dia! Vamos entrar? Quero ir para casa – resmungou o vampiro.

— Ei, Mike. Eu sei que o dia tem corrido mal, mas agora estás comigo e podes cortar o mau humor.

— Eu não estou mal-humorado! – indignou-se.

— Sim, estás. Essa reação é de alguém que eu conheço há muito tempo quando está mal-humorado.

Entreolharam-se.

— Tens razão, tens razão – admitiu Mike, pela segunda vez. Agitou uma mão. – Vamos lá comprar o nosso material.

— Tens o dinheiro?

— Cartão de crédito, Rob Park. Nunca mais usei dinheiro desde aquela trapalhada com as notas falsas em que nos vimos metidos, há coisa de dez anos. Fui preso e tudo e não gostei da experiência de ter sido interrogado pela polícia, que queria contactar os meus pais. Dispenso outra confusão semelhante. Nunca mais toco em dinheiro.

— Aconteceu há dezassete anos, Mike.

Mike imitou um suspiro. Murmurou:

— Já foi assim há tanto tempo?

— E o cartão de crédito… tem saldo? – perguntou o feiticeiro.

— Tem sempre saldo. O mordomo é que trata disso. Ele continua a ajudar-nos, através dessa via indireta. Não sei, muito sinceramente, onde arranja ele cobertura para os nossos cartões, porque não somos só nós. O mordomo tem uma legião de criaturas que lhe passaram pelas mãos e que ele continua a apoiar na sua reinserção na sociedade humana.

— Nunca perguntaste.

— Podia perguntar, mas não é assunto que me interesse e deixo assim. Julgo que o mordomo terá algum financiador secreto ou um negócio infalível que lhe assegura um lucro permanente. Isto sou eu a especular. Se quiseres saber…

— Eu logo pergunto. Se me lembrar.

— O que vale é que és esquecido. E nunca vais perguntar!

— Achas que o mordomo iria ficar ofendido com essa pergunta?

— Não. Acho é que o mordomo nunca vai responder a essa pergunta.

O centro comercial começava num átrio decorado com estruturas de acrílico e metal que acolhia exposições temporárias de artistas locais. Naquele mês estava patente uma mostra de fotografias artísticas a caixas de correio e o fotógrafo recebia os visitantes, com panfletos e venda de reproduções das fotos, num pequeno balcão, auxiliado por uma açafata. No corredor amplo do primeiro piso, onde existiam pequenas lojas que vendiam artesanato, carrinhos dispensavam pipocas, refeições ligeiras e refrigerantes. De ambos os lados estavam as escadas rolantes. O edifício era, na verdade, um armazém de renome que vendia uma variedade de produtos, que se distribuía em diversos patamares consoante a área de negócio. Existia um piso exclusivamente dedicado à venda de roupa, com marcas para todas as bolsas, desde a alta costura até ao pronto-a-vestir mais casual. No último piso situava-se a praça alimentar, um espaço de jogos e um acesso a amplos terraços com esplanadas e um miradouro equipado com binóculos, onde se podia observar a cidade desse ponto mais alto.

Mike disse a Rob que no grande armazém conseguiam encontrar tudo o que precisavam e Rob concordou. Naquela matéria iria segui-lo. Mike propôs começarem pela secção do desporto e o feiticeiro tornou a concordar.

Verificaram a planta do armazém, que se esquematizava por cores para indicar cada secção, e descobriram que precisavam de ir para a esquerda. Assim fizeram. Atravessaram a secção de perfumaria, Mike bloqueou o seu sentido do olfato que era muito sensível, ou saía dali cambaleante e fraco. Ele não gostava de fragrâncias artificiais, era capaz de destrinçar todas as moléculas sintéticas, todas as partículas naturais e ficava doente com esse exercício. Encontraram a pequena escada rolante que daria acesso à secção de desporto e tomaram o primeiro degrau.

— Rob, lembra-te. Não existe limite de despesas. Tens a tua lista? Vamos comprar tudo o que nos pediram para comprar. Chamaríamos a atenção se nos candidatamos a uma bolsa de apoio escolar, sabes disso. Então, temos de nos valer do dinheiro que temos, que será uma espécie de mesada dos nossos pais. Compramos o essencial, nada de grandes luxos, mas também não nos podemos mostrar sovinas. Será sempre de maneira a nos mantermos discretos e completamente anónimos. Os cuidados habituais. Acontece assim, quando começamos uma vida nova, numa cidade nova.

— Mike!

— O que foi?

Com aquele discurso tinham chegado ao fim das escadas rolantes e estavam parados defronte de um pórtico de papelão que lhes dava as boas-vindas à secção de desporto do armazém, decorado com relvados e figuras de pessoas ativas em corridas ou a escalar uma parede rochosa.

— Não era sobre o dinheiro, Mike.

— O que querias dizer, então?

O feiticeiro franziu os lábios, inspirou e as suas narinas dilataram-se. Era curioso como Rob conseguia fazer aqueles movimentos orgânicos de forma tão natural, na invenção de que estava vivo. Muitas vezes, Mike esquecia-se de fingir que respirava e era um sarilho quando alguém notava. Tinha de inventar uma desculpa e de criar uma manobra de diversão. Não evitava, contudo, que a semente da desconfiança fosse plantada e passava a dobrar as atenções.

— Falamos pelo caminho. Vamos lá às compras – retorquiu o Rob.

— É alguma coisa que te está a incomodar…

— Sim, é. Olha, quem leva o carrinho para carregar as coisas? Tu ou eu?

— Eu vou buscar o carrinho. Espera aqui. E a lista? Onde está?

Rob puxou a mochila para a frente. Mike foi buscar um carrinho que era, basicamente, um cesto fundo equipado com pequenas rodas de plástico, que se podia empurrar ou arrastar usando uma alça comprida. Rob já tinha a lista nas mãos, rabiscada com a sua caligrafia apressada, uma folha toda amarrotada, arrancada ao caderno.

— Isso andou na guerra, ou quê?

— Tirei os apontamentos e guardei a folha no bolso da mochila. O que querias? Os bolsos são do lado de fora. Devo ter-me encostado à mochila numa aula ou noutra – explicou Rob encolhendo os ombros.

— Não te lembras se te encostaste na mochila?

— Tenho lapsos de memória, já sabes. É o meu grande defeito. Tanto estou no presente, como posso viajar ao passado e abrir linhas do futuro.

— Ah, sim… claro que sim – concordou Mike com um sorriso. – O Dave costumava irritar-se bastante com essa tua característica, porque falava contigo e tu, de repente, estavas completamente longe dali. Nunca vi um gnomo tão maligno como o Dave. Eu tenho dentes especiais, mas ele é que queria morder-te para te dar uma lição.

— O Dave é um duende.

— Não é a mesma coisa? – riu-se Mike. – Um gnomo ou um duende?

— O Dave odiava que eu o ignorasse, durante as minhas viagens mentais através do tempo, e também odiava que tu o chamasses de gnomo.

— Certo. O Dave é um duende.

— Um duende muito talentoso. Sabe fazer poções.

— Começamos por onde? – perguntou Mike inclinando-se para ver a lista que o Rob segurava.

— Bem… vou precisar amanhã do taco e da luva de beisebol, mais as respetivas bolas. Acho que é melhor começarmos por aí. Depois vamos aos equipamentos. Futebol, o europeu não o americano, basquetebol, o beisebol, claro, também preciso de estar equipado a rigor. E esgrima.

— Esgrima?! Desde quando vais aprender esgrima?

— Escolhi hoje – contou Rob timidamente e coçou o cabelo com um dedo. – Tinha de escolher entre um lote de modalidades esquisitas.

— Modalidades esquisitas…

— Esgrima, polo aquático, curling… havia curling para escolher!

— Pelos sagrados dentes do Drácula!

— Ginástica acrobática, ténis de mesa, saltos para a água, equitação…

— Equitação? E os cavalos?

— Explicaram que existe um acordo com uma escola nos arredores da cidade. Mas os animais podem assustar-se comigo e foi por isso que…

— Fizeste bem. E quanto à esgrima?

— Entre esgrima e golfe, prefiro arriscar a esgrima. Vamos usar espadas…

— E vais ter de comprar as espadas?!

— Não, só o equipamento individual. O fato, as luvas, a máscara…

— Está bem – concordou Mike torcendo a boca.

Rob esticou o braço e as prateleiras começaram a tremer. Mike baixou-lho, sobressaltado.

— Sem magia, Rob!

— Ah, desculpa… entusiasmei-me. Foi por causa da esgrima.

— Vamos lá tentar manter-nos discretos.

Encheram o carrinho com os equipamentos que o Rob iria precisar. Três mudas de roupa para o futebol, o beisebol e o basquetebol; o taco, a luva e as bolas; chuteiras e sapatilhas; o necessário para a esgrima sem as espadas, que também se vendiam na loja. Rob pôs-se a admirá-las, a dizer que tinha feito uma excelente escolha. Iria adorar saber manejar uma espada e espetar o adversário. Mike avisou-o de que era tudo a fingir, ele que não se entusiasmasse demasiado. A seguir, os sacos desportivos, um para cada modalidade, com bolsos, tiras e compartimentos específicos, toalhas e chinelos para usar nos balneários, mais roupa para treinos, coletes fluorescentes, blusas e calções genéricos, meias, proteções para os punhos, fitas elásticas para os joelhos, fitas para afastar os cabelos dos olhos.

Mike pagou tudo e nem se importou com o valor. De resto, a lista do Rob era de tal modo impressionante que o gasto seria avultado. A seguir, teriam de ir ver a secção de papelaria para que ele se aviasse do que precisava para as suas aulas de artes. Outra lista bem preenchida de itens que era igualmente impressionante.

Rob enfiara tudo em dois enormes sacos. O taco de beisebol espetava-se como um mastro despido no saco da direita, a máscara para a esgrima coroava o saco da esquerda, parecia uma cara inexpressiva a fixar o vazio.

Espreitaram novamente o mapa esquematizado do armazém. Descobriram que teriam de ir para a outra ponta, percorrendo a secção de brinquedos. Não se importaram, porque gostavam de ver os jogos, as figuras, as coleções e as mobílias de madeira para as casinhas de bonecas.

— O que é que me querias dizer há pouco? Se não era sobre o dinheiro absurdo que íamos gastar com o teu desporto…

— Gastámos muito?

— Não sei – respondeu Mike, sincero. – Nunca sei se as coisas são caras ou não.

— Escolhemos ali atrás algumas promoções. Eram aquelas coisas que tinham as estrelas e os números a vermelho.

— Sim… mas podem estar a enganar-nos que nunca ficaremos a saber, não é?

— Não – admitiu Rob a sorrir. – Eu também não sei o preço das coisas.

— Então, fala de uma vez… o que querias dizer-me há pouco?

O sorriso do feiticeiro apagou-se e ele hesitou.

— Eh… pois… é sobre aquele assunto.

Mike enfureceu-se. Os seus olhos ficaram vermelhos.

— O tal do Johnny! – exclamou.

— Mike, eu sei que é um assunto que te incomoda – apressou-se Rob a dizer para não perder a coragem. – Mas acho que devemos escutar o Brad, desta vez. Ele tem razão. Vamos esquecer os nossos antigos modos e vamos mostrar-nos na escola como irmãos. Assim, tu não vais estar sozinho e vão pensar duas vezes antes de tentarem aproximar-se de ti para te humilharem.

Mike rosnou e uma centelha desprendeu-se-lhe das pestanas.

— O Johnny é perigoso. É talvez o mais perigoso dos humanos que encontrámos, até aqui. Não devemos facilitar.

Rob fez uma pequena pausa, a ver a vermelhidão a esvair-se das íris do vampiro.

— Precisamente por se tratar de um humano é que não podemos ser demasiado radicais – explicou. – Eu podia transformá-lo num sapo gordo e feio, tu podias dar-lhe umas dentadas, o Brad pregava-lhe um susto valente numa noite de lua cheia e o Johnny ficaria tão assustado que se afastava. Mas isso implicava irmos embora… Ir embora significa que fomos derrotados e tu não queres ser derrotado por esse Johnny.

Mike abanou a cabeça. A sua palidez habitual refletia agora uma obstinação cerrada. Disse:

— Estamos sozinhos na escola, na maior parte do tempo. Escolhemos áreas diferentes, precisamente para que não descubram que somos três… irmãos. O Brad está em ciências, eu estou em artes e tu estás em desporto.

— Encontramo-nos nos intervalos, ficamos uns com os outros antes das disciplinas comuns, vamos juntos para o refeitório e fingimos que comemos na mesma mesa. Falaremos uns dos outros aos nossos colegas para que espalhem pela escola que tu, o Brad e eu somos os irmãos Park e que ninguém se mete connosco.

— Assim, vocês também se transformarão em alvos, Rob. Se for só eu… só eu é que serei atingido.

— Isso não vai acontecer e tu sabes. Tu vais ser atingido… e, mais tarde, nós também.

Mike pensou durante alguns segundos. Por fim, concordou.

— Está bem. Falaremos melhor esta noite sobre isso com o Brad.

— Prometes?

— Nunca faço promessas, Rob!

— Vou lembrar-me que disseste que irias falar esta noite connosco.

— Pensava que tinhas uma memória terrível.

— Só de vez em quando.

No departamento dos brinquedos, pararam na secção dos jogos eletrónicos e puseram-se a experimentar as consolas, especialmente aquelas que admitiam dois jogadores. Fizeram algumas disputas, com dois carros numa pista de corrida, com dois lutadores num ringue de boxe, com dois animais a colecionarem itens que lhes davam pontos, com dois viajantes que tinham de se encontrar num determinado lugar dentro de um templo cheio de armadilhas, com dois soldados que se entreajudavam para derrubar o maior número de inimigos.

Distraíram-se a tal ponto que depois tiveram de correr até à papelaria. A lista do Mike estava numa folha de papel impecável, dobrada em quatro partes que ele desdobrou sobre o balcão, alisou e começou a ler, pedindo à funcionária sorridente o que ali se elencava. Lápis de cor acerados, lápis de cor com base de água, lápis de grafite de diversas espessuras, afiadores, um canivete, blocos de desenho, blocos de diversos tipos de papel, tintas e pincéis, uma bata, uma paleta, recipientes para misturar cores. Encheu um saco com o material, recebeu cupões com descontos que agradeceu com um sorriso bonito que encantou a funcionária, pagou novamente com o cartão de crédito.

— Queres ir jogar outra vez? – convidou Rob.

— Sim, pode ser. – O jogo tinha-o ajudado a distrair-se e Mike gostara disso. Sentia-se mais leve e mais bem-disposto. – Vamos escolher um daqueles que já jogámos. Qual vai ser?

— Gostei daquele do templo.

— Ah, aquele que temos de jogar em equipa? O Green Skulls?

— Sim, é esse mesmo!

Regressaram à consola e ficaram no centro comercial até perto da hora do fecho, que acontecia às dez da noite. Para eles não havia qualquer problema porque eles não comiam. Chegarem atrasados para o jantar não constituía um aborrecimento ou um motivo para discussão.


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