Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 5
Jogo de forças




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O Instituto para o Ensino e Ciências Castle of Glass funcionava num edifício de três pisos que formava um U. No centro havia um pátio ajardinado que os alunos utilizavam quando estava bom tempo. No primeiro piso, junto ao chão, funcionavam os serviços administrativos, o gabinete do diretor e a sala dos professores. Havia também aí o refeitório, um bar para lanches ligeiros e os acessos ao pátio. As salas de aulas e outras salas de apoio, como laboratórios e a biblioteca, situavam-se no segundo e terceiro pisos. Nas traseiras, havia um anexo a esse edifício principal, composto por pavilhões prefabricados, que albergava outras salas de aula e a área desportiva, com os campos de jogos, o ginásio e os balneários.

A escola tinha excelentes instalações, era asseada, arejada e acolhedora. Após a primeira manhã, Brad estava bastante impressionado com o lugar e ele já tinha conhecido várias escolas depois de ter deixado a mansão. Pelo menos umas dez ou doze, ele não se recordava bem e nem procurava fazer a coleção mental de todos os estabelecimentos de ensino por que passara. Não era informação relevante.

Por volta do meio-dia tocou o sinal para o almoço. Brad, Rob e Mike não precisavam realmente de se alimentar, eles tinham uma dieta específica. Os vampiros bebiam sangue e os feiticeiros não se nutriam de comida. Podiam passar anos sem comer ou beber, e, se o faziam, era apenas para saborear algum banquete que lhes tivesse despertado a gula.

No entanto, para manter as aparências, eles juntavam-se com os outros alunos no refeitório e fingiam que partilhavam a refeição. A atuação levava-os a ingerir pequenas quantidades e a beber goles contidos de água ou de sumo. Tinham aprendido esses truques na mansão que lhes permitia passar despercebidos. Essas pequenas porções não os deixavam maldispostos, nem os fazia ficar agoniados, mais tarde. Também tinham aprendido a digerir essa comida. Na realidade, ninguém verificava se eles comiam ou não.

Brad entrou no refeitório atrás de um grupo barulhento. Agarrou no seu tabuleiro metálico e pôs-se na fila. Avançavam lentamente para que pudessem escolher, a partir da montra dos frigoríficos e depois do balcão dos quentes, o que comer, de acordo com uma ementa definida para cada dia da semana. Ele escolheu um prato de massa com carne, um pacote de leite e uma maçã. Nunca costumava desperdiçar muito e por vezes recolhia a comida que estava acondicionada, levava-a e entregava-a na organização de caridade que ficasse no caminho para casa.

Circunvagou o olhar pela enorme sala barulhenta. As mesas formavam linhas, quadrados e ilhas conforme eram arrastadas pelos estudantes para se juntarem a outros ou para se separarem. Escolheu uma mesa junto à parede e sentou-se. Estava sozinho e encolhia-se de tal maneira, costas curvadas, que demovia quem quer que se quisesse aproximar. Retirou os talheres do invólucro de papel, onde se guardava também o guardanapo, e olhou para o prato, definindo a melhor estratégia para atacar aquilo sem dar nas vistas de que não iria comer.

Viu Rob entrar na companhia de uma moça que tagarelava ao seu lado muito animada. Brad franziu a sobrancelha. O amigo conseguia atrair facilmente amizades femininas e isso costumava ser um empecilho, mas não era culpa dele. Por isso, nem Brad, nem o Mike se importavam muito. Só deixavam o aviso e faziam as piadas habituais.

Para o Rob disfarçar que não comia era mais fácil – ele usava um feitiço. Qualquer coisa simples como um estalar de dedos e ficava com o prato limpo. Brad ainda pedira ao amigo que lhe ensinasse o feitiço, mas um vampiro não tinha a capacidade para convocar magia, descobriram os dois. Mesmo os mais simples eram demasiado estranhos. A língua enrolava-se a pronunciar as palavras ou o cérebro desligava-se quando se punha a encadear a lógica do conjuro.

Brad suspirou, a separar as massas com o garfo, a desenhar com estas, depois, uma figura geométrica. Meteu uma à boca só para dizer que comia e depois distraiu-se, pelo espaço de um minuto ou dois, a construir uma pequena cidade.

— Esse lugar está ocupado?

Deu um salto na cadeira. Levantou os olhos, aflito, e encontrou um rapaz que sabia ser da sua turma. Pelo menos vira-o na aula de Matemática, nos lugares da frente.

— Sim… não.

— Então… está ou não está? Tu és novo na escola. Não acredito que tenhas uma namorada aqui e que lhe estejas a guardar o lugar.

— Podia ter um amigo.

— Tens estado sempre sozinho nos intervalos. Eu vi-te. Não tens amigos.

— Eh… sim, tens razão.

Mas tenho irmãos, pensou. Algum dia vamos ter de fazer a revelação de que existem três irmãos esquisitos com o apelido Park, que nada tem que ver com a Coreia do Sul.

O rapaz sentou-se. Estendeu-lhe uma mão que Brad apertou.

— Elliot, Charles. E tu?

— Park, Brad.

— É um prazer conhecer-te, Brad.

— Igualmente – murmurou voltando a mirar o prato onde dispusera as massas num arranjo engraçado. Parecia mesmo uma cidade. Bem, teria de continuar a fingir. Pousou o braço esquerdo na mesa para criar uma barreira e movimentou o garfo para cima e para baixo, como se estivesse a espetar massas que levava hipoteticamente à boca.

O rapaz comia com vontade e não ligava nenhuma à brincadeira que Brad estava a fazer. O seu prato tinha o dobro da quantidade da massa e o triplo da carne. Abrira um pacote de sumo e bebeu metade de uma assentada. A sobremesa era uma gelatina e duas bananas. O típico comilão que, se preciso fosse, ainda lhe perguntava se podia comer o dele e Brad sorriu. Era outro dos expedientes – sentar-se ao lado de alguém que comesse como um elefante e oferecer o que não conseguira ingerir. Nunca falhava.

Nisto, um barulho espalhafatoso de metal a chocar-se contra o soalho reverberou pelo refeitório. Seguiu-se um coro de assobios e de gargalhadas. Brad esticou o pescoço para ver o que estava a acontecer e empalideceu – se porventura pudesse ficar mais lívido do que já era.

Mike acabava de ser rasteirado por um brutamontes e estatelara-se ao comprido no chão. Havia massa e carne salpicadas por todo o lado. Não tinha perdido o almoço, mas acontecera algo pior. Congregara as atenções da escola, no primeiro dia, ao fim da primeira manhã. Era por isso que Mike corava, furioso, deslizando suavemente pelo chão até a inércia pará-lo. Ficou a bufar de raiva, a encher as bochechas de ar que depois soprava com força para pela boca.

O Elliot riu-se com os outros. Era sempre divertido ver alguém que trazia uma bandeja nas mãos perder o equilíbrio e cair, mas Brad não era capaz de se rir de uma questão tão séria. Ninguém se podia meter com um vampiro, muito menos com o Mike no primeiro dia de escola. Ficou terrivelmente preocupado. Trocou um breve olhar com o Rob que estava muito sério.

— Aquele teve azar. Também é um aluno novo. Tiveste sorte, podias ter sido tu a acabar no chão do refeitório. Os novos alunos são sempre identificados no início das aulas. É uma maneira de saberem quem é que manda aqui, para terem cuidado onde pisam. Eu acabei por te proteger, porque ninguém se mete com quem está comigo. Tenho alguma reputação, estás a ver? Agora aquele… pobre idiota. Foi escolhido e agora vai servir de exemplo. Já vais ver o que lhe vai acontecer a seguir… Vais perceber muito bem o que te estou a dizer.

Brad cerrou os dentes, dominando-se para não saltar da sua mesa até ao irmão caído e atacar todos aqueles que o rodeavam e o apontavam entre graçolas. Mike fechava os punhos, fechava os olhos. Ele não iria contra-atacar. Podia fazê-lo com a facilidade incrível de um vampiro espicaçado, mas iria engolir aquela humilhação por causa dos seus objetivos de prolongar a estadia naquela cidade pelos quatro anos normais. Brad irritou-se por ele. Trocou segundo olhar com o Rob que negou devagar com a cabeça.

— O Johnny não gostou dele – afirmou o Elliot.

Brad perguntou, tenso:

— O Johnny… é aquele brutamontes que está atrás do… do rapaz que caiu?

— Sim. Joga na equipa de futebol americano. Ele é o líder do grupo dos valentões cá da escola, tem todas as miúdas giras e não admite competição. Está no último ano do secundário e parece-me que vai querer fazer todas as maldades a que tiver direito, para deixar a sua marca na escola. A fama costuma desaparecer ao fim de um par de anos.

— E o… o rapaz que caiu significava alguma competição para o Johnny?

— Não. É só um aluno novo e o Johnny odeia os alunos novos.

— Ele foi, em tempos, um aluno novo. Ou não?

— Claro! Mas sempre foi aquele armário de dois metros de altura e ninguém, nunca, se meteu com ele. Bem… – O Elliot enfiou uma garfada na boca que se encheu. Pôs-se a mastigar e disse: – Estamos aqui para comer e é isso que eu vou fazer. O espetáculo terminou.

— Parece-me que… está a começar.

— O rapaz não vai poder fazer nada contra o Johnny. E se as coisas azedarem muito, chega o senhor Eastman e põe ordem no recinto. Ao Johnny não vai acontecer nada. Ele é filho do presidente do município e é intocável. Se o outro se estica muito… acaba no gabinete do diretor e com uma detenção por cinco dias. O diretor, o senhor Shaw, não admite confusões e gosta de aplicar castigos pesados.

— Isso não é justo.

— A vida não é justa – completou o Elliot, com um encolher de ombros e continuou a comer.

Mike utilizou os punhos para se impulsionar e levantar-se. Nem fletiu os joelhos, ou sequer os usou para fazer o movimento correto. Aliás, fez um movimento repentino e nada natural. Pôs-se de pé, direito como uma tábua, passando da posição de bruços para a posição ereta – estava tão cego de fúria que nem se apercebeu, decerto, do que fazia. E mais ninguém se apercebeu, porque fora realmente muito rápido. Girou sobre si mesmo e encarou o brutamontes. Tinha um muro de cinco rapazes atrás de si, a servir de proteção que era totalmente escusada. O brutamontes não precisava da ajuda de ninguém.

— Deves achar que o que fizeste foi muito bonito – censurou Mike.

O brutamontes torceu o rosto numa expressão que seria de espanto, mas apenas lhe colocou uma máscara bizarra que era tanto cómica, quanto ameaçadora.

— Não fiz nada… estavas no meu caminho e tropeçaste em mim.

— Estás a brincar comigo, certo?

— Não, inseto. Não estou a brincar contigo. Olha só a porcaria que fizeste… espalhaste comida pelo chão do refeitório. Não se pode desperdiçar comida. E as crianças pobres de África? Quem suja, limpa. Vai buscar a esfregona.

Mike rosnou, arrebitando um lábio. Brad estava a ficar nervoso com aquilo. Voltou a olhar para Rob que tinha colocado um braço sobre o tampo da mesa e erguia ligeiramente a mão, apoiando-a no punho. Preparava-se para lançar um feitiço. Brad engasgou-se. Aquilo podia piorar e cabia-lhe amenizar os estragos. Ele não queria nada disso para um primeiro dia de aulas!

— Vai tu buscar a esfregona. Foste tu que me empurraste para que eu deixasse cair o tabuleiro – desafiou Mike.

— O quê? – O brutamontes colocou uma mão atrás da orelha e inclinou-se para a frente. – Acho que não ouvi bem… O que foi que disseste?

— Disse-te para ires buscar a esfregona e para limpares tu a porcaria que fizeste.

— Continuo sem ouvir… há aqui uma interferência.

— Ouviste muito bem o que eu disse!

O brutamontes endireitou as costas quando se riu numa gargalhada forçada, acrescentando a inevitável mão sobre a barriga. Dois dos rapazes debandaram e foram para uma mesa. Ficaram só três guarda-costas que olhavam avidamente para Mike que insistia no desafio. Punha-se até em bicos dos pés para poder olhar o adversário nos olhos.

Com a mesma mão que lhe amparava o diafragma que se lhe sacudira devido às risadas, o brutamontes agarrou na blusa do Mike, junto ao pescoço, e puxou-o com um safanão tão violento que o refeitório se calou de repente. Mike agitou as pernas, os seus pés estavam no ar. O brutamontes colou a sua carantonha à cara de Mike e cuspiu as palavras:

— Inseto, tens cinco segundos para ir buscar a esfregona e começares a limpar o chão do refeitório. Se continuares a ser teimoso, vais limpar com a tua língua! Vou obrigar-te, para saberes quem é que manda aqui.

O estado de nervos do brutamontes tinha atingido um pico perigoso. Brad saiu da sua cadeira, voou por cima da mesa num salto ágil e largou um grito. Gesticulou freneticamente e as atenções voltaram-se para ele. O brutamontes, sem soltar a sua presa, olhou para Brad por cima do ombro do Mike.

— O que é que este quer?

— Eu quero… eu sei fazer uma dança que vocês nunca viram.

— Ninguém está interessado na tua dança! – gritou alguém do fundo.

Mike ofegou e começou a tossir. O brutamontes soltou-o e Mike caiu de joelhos. Esfregou os olhos. Quando tornou a olhar para cima, o brutamontes já não se encontrava ali. Tinha desaparecido com uma rapidez incrível, alertado por algum dos seus guarda-costas de que era hora de terminar o teatro ou lixava-se. Em vez do brutamontes estava um homem. Era o senhor Eastman e segurava numa esfregona.

Brad avançou um passo, mas Rob falou-lhe dentro da sua cabeça.

«Não, Brad. Vais expor ainda mais o Mike. Volta para o teu lugar.»

Então, Brad sentou-se. O Elliot disse-lhe, enquanto descascava uma das bananas:

— Eu quero ver essa tua dança, Park. Tens de mostrá-la um dia destes.

— Claro…

O Mike recebeu a esfregona das mãos do senhor Eastman que lhe berrava aos ouvidos sobre o comportamento dos alunos dentro do Instituto, que não se admitia cenas daquelas, que era uma sorte ele não ir parar ao gabinete do diretor por ter causado toda aquela confusão. Mike, de cabeça baixa, limpava o chão sujo. Juntou tudo num monte que empurrou, com a ajuda do prato a servir de pá, para o tabuleiro. Não havia nada partido porque a loiça era toda feita de metal. Levou o tabuleiro até ao caixote do lixo onde despejou a comida que era um monte informe de resíduos. O senhor Eastman esteve sempre com ele. No fim da operação de limpeza, dispensou-o do refeitório com um gesto autoritário. Mike recolheu a capa e a mochila do cacifo, onde as tinha colocado, e seguiu para uma sala de estudo, novamente a cumprir as ordens do senhor Eastman.

Brad tinha figurativamente perdido o apetite. Empurrou o tabuleiro e agarrou no pacotinho de leite. O Elliot devorava a segunda banana.

— O que foi? Ficaste perturbado com o que aconteceu?

Brad suspirou. Respondeu:

— Sim, fiquei.

Recebeu uma cotovelada amigável.

— Vais ter mais cenas destas. É melhor começares a habituar-te.

— Não me quero habituar a isto, Charles. Alguém tem de travar esse Johnny.

— Já te expliquei que o Johnny é intocável. O diretor sabe que ele faz estas… bem, estas asneiras, mas não o pode castigar muito ou tem o presidente a telefonar-lhe para o gabinete aos gritos, a dizer que o seu filho é um aluno exemplar, que termina com as contribuições monetárias para o Instituto, que nunca mais vai patrocinar uma gala de angariação de fundos… Sabes, esse tipo de chantagem. Então, o diretor prefere deixar o Johnny solto. De vez em quando dá instruções ao senhor Eastman para refrear os instintos selvagens do Johnny, mas são só advertências. O Johnny finge que aceita as regras e voltamos ao mesmo.

— Eu também sou um dos alunos novos, Charles – insistiu Brad preocupado. – Posso ser o próximo alvo do Johnny justiceiro.

— Pois podes…

— E dizes isso com essa calma toda.

O Elliot agarrou na tigela da gelatina com a mão esquerda, segurou na pequena colher com a mão direita. Espremeu os lábios.

— É a lei da escola.

— Ouve lá… quem fez essa lei foi o Johnny. Nós podemos derrubar o Johnny e colocar outra lei no seu lugar?  

— Podes tentar. Ninguém toca no Johnny, já te disse. Mas pronto… fica comigo que eu protejo-te. O Johnny nunca se meteu comigo, porque o meu pai é um dos banqueiros mais ricos da cidade. Topas? O Johnny é inteligente e nunca coloca o seu papá poderoso em cheque. O idiota que esteve a limpar o chão deve ser um zé-ninguém desconhecido e foi por isso que acabou escolhido pelo Johnny para servir de exemplo. Há sempre um exemplo no primeiro dia de aulas.

— Ah, sinto-me mais seguro – disse Brad sarcástico.

— Podes apostar que estás seguro comigo. Não comeste nada… de certeza que perdeste a fome?

— Sim, perdi a fome. Vou guardar o leite para beber mais tarde, depois que me sentir melhor. Ainda estou…

— Perturbado. És muito sensível.

— Sim. Sou sensível.

— Fica comigo e ficas bem. Dou-te a minha palavra que não deixo o Johnny aproximar-se de ti, Park. E esquece o falhado, ali… não te juntes a ele. Ficas debaixo da mira do Johnny. Ele adora ter um alvo fixo para o ano letivo e parece-me que já o fixou.

— O Mi… O tipo que foi rasteirado… vai acontecer outra vez? Vai voltar a ser rasteirado?

— Hum-hum. O Johnny gostou bastante do idiota, porque ele fez a asneira de enfrentá-lo. O Johnny adora esses mais difíceis.

Brad mordeu os lábios.

— Mais uma razão…

— Uma razão para quê? – perguntou o Elliot limpando a boca grosseiramente ao guardanapo.

— Mais uma razão para se fazer uma revolução.

— Ei…– O rapaz colocou uma mão sobre o ombro de Brad, apertou-lhe o osso. Repetiu:– Ei, se resolveres dar luta ao Johnny, eu deixo de ser teu amigo.

— E se eu ganhar? – Brad recuperou o seu bom-humor. Piscou o olho.

O Elliot considerou aquela hipótese.

— Se ganhares, logo se vê.

— Combinado.

Brad levantou-se e foi arrumar o seu tabuleiro. Acabava de arranjar um desafio que, de bom grado, iria cumprir até ao fim. Para mais, iria chamar o Rob e o Mike à causa. Até já tinha uma espécie de plano desenhado e tudo.


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