Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 31
Dores inevitáveis




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809338/chapter/31

A Anna entrou, pela primeira vez, na casa dos irmãos Park. As outras visitas só tinham permissão para conhecerem o átrio e o quarto, mas, em relação a ela, deram-lhe acesso à sala. Não se sobressaltou ou fez má cara. Numa maneira estranha, que eles não sabiam interpretar, talvez tivesse a ver com o facto de estar ligada ao Mike e de confiar neles, pois nada naquele cenário empoeirado e caótico de teias de aranha, sujidade e bichos rastejantes lhe fez impressão.

Ela olhou em volta num relance casual. Estava à procura de uma cadeira para se sentar, provavelmente, porque depois dessa observação rápida do compartimento, a verificar os seus enormes defeitos sem choque ou censura, sentou-se no chão, sem se importar se estava a sujar a sua roupa. Cruzou braços e pernas, olhou para cima e disse:

— Estou aqui. Digam-me o que é preciso fazer.

Os três irmãos, atrapalhados com o seu à-vontade, limitaram-se a segui-la atá à sala, a vê-la sentar-se, a esperar por tudo menos pela sua resolução em ajudá-los, sem uma bateria de perguntas e de hesitações, sem uma sessão de esclarecimentos prévia.

Foi o Mike que combinou tudo com a Anna no baile de Natal que tinha acontecido dois dias antes. Ela insistia em querer ajudá-los, ele acabou por concordar e pediu-lhe que aparecesse na sua casa para tratarem do processo. E ela obedeceu. E ali estava a Anna, sentada no chão sujo e degradado da sua sala, pouco incomodada com a penumbra que velava o ambiente, os ruídos esquisitos que vinham das paredes, o cheiro nauseabundo, a desarrumação geral da divisão.

— Então?

Brad avançou um passo, de mãos nos bolsos das calças.

— Bem… Estás a colocar-nos um problema novo – admitiu.

Pelo canto do olho viu Rob assentir. Mike estava só embaraçado. Não lhes tinha contado sobre a proposta da Anna e nem se preparara para a eventualidade de ela os ir visitar imediatamente. A paixão que sentia pela moça não explicava o seu desnorte. Poderia justificar uma parte, mas, na verdade, Mike continuava a desconfiar da coragem e do propósito da Anna. Esperava que ela desistisse quando refletisse melhor sobre o assunto. Pelos vistos, estava enganado. Redonda e maravilhosamente enganado.

— Um problema novo? – admirou-se ela.

— Sim, Anna. Nós também não sabemos o que é preciso fazer… Desconfiamos de como será, mas desconhecemos o método, os passos, os resultados intermédios e finais, o que pode correr bem e o que pode correr mal.

— Não acredito – desabafou, incrédula.

— Pois acredita – reforçou Brad. – Essa hipótese nunca nos foi colocada desta maneira tão veemente. Sabemos que podemos ser reconvertidos em rapazes normais através de uma espécie de ritual, assim como nós podemos transformar uma pessoa normal numa criatura sobrenatural… foi o que fizeram connosco há muitos anos… mas nunca nos debruçámos seriamente sobre a mecânica de tudo isso. Reconversões e transformações. Durante a nossa aprendizagem para sermos mais civilizados, daí que consigamos ir a aulas como qualquer outro aluno das nossas idades, andar na rua sem nos destacarmos, conviver contigo e com outras pessoas, o tema foi abordado ao de leve, apenas para que tivéssemos esse conhecimento. Nunca se tentou colocá-lo em prática com exemplos evidentes, em que pudéssemos perceber o que se tinha de fazer.

Os ombros dela descaíram.

— Isso quer dizer… que pode nem ser possível? – perguntou.

— Não. É possível. Mas temos de aprender primeiro como fazer. O mordomo… hum, o nosso professor especial, que nos ensinou tudo, nunca quis revelar esses segredos mais complexos sobre a nossa condição. Acabamos por não precisar disso no nosso dia-a-dia.

— Compreendo.

A Anna esticou o braço e apontou com um dedo.

— E o Rob? Ele é um feiticeiro… Pensava que podia ser feito através de um feitiço e que ele nos iria ajudar.

— Eu ajudo no que for preciso, mas só se requisitarem os meus serviços – explicou Rob calmamente.

— É preciso requisitar…? – admirou-se ela. – O quê? Existe um formulário para preencher ou alguma coisa assim?

Mike abriu os braços para colocar ordem naquilo. Já lhe tinha passado o deslumbramento de ter a Anna na sua casa. Após o curto momento de delírio em que a contemplara como uma obra de arte, o embevecimento que o deixava viciado, anestesiado e paralisado, recuperava o domínio sobre o seu corpo e os seus sentidos. Reencaixava-se. Percebia como estava a ser tolo e adorava saber que se perdia, que a viagem se fazia cada vez mais longe, para depois regressar um pouco mais entontecido do que quando partira.

Avançou com segurança, escondendo toda a deliciosa perturbação causada pela mulher que admirava, amava e desejava.

— Temos de ser práticos, meus irmãos. A Anna está aqui para ajudar-nos e não devemos perder tempo. Já percebemos que é uma novidade para todos. Vamos avançar. Como não sabemos muito bem o que nos espera, ofereço-me como voluntário. Serei o primeiro. Se forem cometidos erros, ficaremos a saber o que não devemos fazer para a próxima. E só depois passaremos à etapa seguinte.

Brad e Rob entreolharam-se. Concordaram com um aceno de cabeça. A Anna não se manifestou, mas manteve-se atenta e pronta, para responder a qualquer solicitação.

Mike apontou para um grande baú, o maior de todos daquele conjunto de malas. A sua bagagem, que eles arrastavam para todo o lado sempre que faziam mudanças, continuava empilhada no centro da sala e por arrumar. Tinham retirado algumas roupas e pouco mais, eles não precisavam de muitas coisas diariamente. Por descuido, por preguiça ou por simples sentido prático, iam deixando essa tarefa para trás e as malas passavam, muitas vezes, anos sem serem abertas. Do conjunto, sobressaía aquela caixa com tampa abaulada, reforçada com tiras de ferro escuro ligeiramente enferrujado, com o aspeto de ter feito parte da pilhagem guardada no porão de um navio pirata.

— Pois bem – começou Mike, dirigindo os olhos de todos para o baú que continuava a apontar. – Ali guardamos objetos especiais e fundamentais, os mais importantes de todos. O mordomo disse-nos que podemos perder todas as outras caixas, malas, sacos e trouxas, mas nunca aquele baú. O meu palpite é que vamos encontrar as respostas que procuramos ali. Vamos abri-lo. Rob, destranca-o, por favor. Obrigado.

O feiticeiro moveu dois dedos. No ar obscurecido surgiram brilhos ténues que foram cair suavemente sobre a fechadura da arca. Um estalido metálico e a tampa abriu-se, levantou-se, descreveu uma curva. A madeira envelhecida estalou e o conteúdo foi exibido. Na maior parte eram livros antigos, códices encadernados a couro, fechados por fivelas, idênticos aos compêndios que surgiam nas histórias de fantasia. A Anna olhou para aquele tesouro completamente fascinada.

Brad mantinha as mãos nos bolsos. Rob aproximou-se, muito curioso. Havia uma centelha travessa a brilhar-lhe nos olhos. Mike pediu-lhe que examinasse os livros do baú e que encontrasse o que eles estavam a precisar. Ele desconfiava que haveria algum preceito escrito e que o encontrariam num daqueles manuais.

A Anna levantou-se. Tinha a parte de trás das calças suja de poeira, mas não se sacudiu, nem limpou nada. Demonstrava-lhes, com essa atitude, que queria pertencer ali, com as coisas boas e com as coisas menos boas. Juntou-se a Mike e enroscou-se no seu braço esquerdo. Espirrou ao debruçar-se sobre o baú para ver melhor aqueles exemplares verdadeiros de livros mágicos.

— Desculpem – disse a fungar.

— Não te está a incomodar? – perguntou Brad, preocupado. – Julgava que os vossos narizes eram muito sensíveis a todo este pó.

— Estou bem – respondeu ela com um sorriso ténue, de olhos lacrimejantes e pequenas manchas na pele que indicavam um ligeiro prurido.

Estava a mentir e Brad sugeriu:

— Temos um quarto bonito e limpo. Se quiseres ir para lá, enquanto procuramos o que é suposto encontrarmos… Depois chamamos-te. Prometo que a casa não é assombrada, apesar do aspeto da sala.

— De quem é o quarto?

— De ninguém. É só para receber visitas.

— Oh! Para que ninguém desconfie de vocês. E têm recebido muitas visitas?

— Só o Elliot da minha turma. O Mike e o Rob são mais esquisitos do que eu.

— Então, eu sou só a vossa segunda visita.

— Sim.

— E deixaram-me entrar em lugares proibidos da vossa casa.

— Basicamente.

— Obrigada.

— Não tem de quê. Tu vais ajudar o Mike e isso tem muito valor para nós, porque, da nossa irmandade, o Mike é o mais complicado. Precisamos que ele deixe de ser tão chato.

Ela espreitou o Mike e riu-se. Ele fingia que não tinha escutado aquela troca de palavras. A sua expressão mostrava-o alheado e impassível, mas por dentro também se estava a rir, pela graça daquele diálogo, os espantos infantis da Anna, o cinismo ingénuo de Brad.

No entanto, a Anna não precisou de se ausentar. Poucos minutos depois, Rob fez um livro pequeno e estreito, que mais parecia um caderno de apontamentos, levitar. A sua capa vermelho-escuro era maleável, feita de plástico, totalmente lisa, com as pontas roídas e encarquilhadas. Pousou o livro delicadamente no chão e abriu-o num farfalhar de papel velho. No interior, as folhas estavam manchadas de amarelo e continham apontamentos condensados em parágrafos curtos escritos numa letra regular, alguns desenhos e diagramas, sublinhados e caixas a realçar passagens importantes.

— De certeza que é isso? – perguntou Mike, cético. Esperava uma enciclopédia pesada e vetusta, com a imponência de um guardião de magias milenares. Aquele caderninho assemelhava-se a um bloco de notas de um curioso que fora recolhendo informações dispersas durante uma qualquer viagem fantástica.

— Sim. É isso – confirmou Rob.

Brad agachou-se junto ao livro que se encontrava aberto ao meio. Foi incapaz de decifrar a linguagem, apesar de a caligrafia ser redonda e bonita, com as letras bem delineadas e as palavras separadas umas das outras.

— Leste-o, Rob? Se é isto, como é que se faz?

O feiticeiro revelou:

— O livro fala de conversões e de reversões e aplica-se a qualquer criatura mágica, não apenas a vampiros e a feiticeiros. O procedimento não é muito complexo, mas tem de ser feito com cuidado e com convicção. Tem de haver amor envolvido. – A Anna corou violentamente. Rob prosseguiu: – Eu posso dar algumas indicações, já que estou mais habituado ao encadeamento exigente de feitiços e conjuros, mas não posso interferir, nem emendar passos maldados. O que quero dizer é que a Anna terá de fazer tudo sozinha depois da minha orientação.

— Estás preparada, querida? – perguntou Brad.

Ela largou o braço de Mike, pôs-se muito direita e respondeu:

— Sim. Estou preparada.

— De qualquer maneira, a leitura do livro está-nos vedada – concluiu Rob. – Não li o livro, mas sei que é este o livro certo.

— Vedada? O que queres dizer? – perguntou Mike.

— As criaturas mágicas não conseguem ler o livro.

— Foi por isso que eu não percebi nada deste texto – murmurou Brad.

— Mas se fala em conversões… – lembrou Mike.

— Alguém leu o livro, ou outro muito semelhante porque este é uma cópia, e transmitiu a prece a uma criatura mágica – replicou Rob. – Há sempre aqueles perversos que apreciam dobrar as regras e lançar o caos.

— Hum… estou a ver. – Num impulso, Mike apanhou a mão da Anna. Repetiu a pergunta do irmão: – Preparada?

Os dedos dela, quentes e suaves, tremiam. E ela também repetiu:

— Preparada. – E acrescentou: – Estou aqui precisamente para fazer o que for preciso para vos ajudar a serem rapazes normais. Não estou com medo.

— Eu sei que não tens medo.

— Mas estás a pensá-lo.

Mike anunciou que seria o primeiro a ser revertido. Rob explicou que o processo de reversão seria realizado em escada. A Anna seria o principal veículo para aplicar a fórmula em Mike, mas depois não era preciso repetir tudo com ele e com o Brad. Uma vez que eles tinham um laço que os unia, consideravam-se irmãos, o ingrediente principal já se encontrava na sua posse. O amor, que também podia ser amizade, cumplicidade, camaradagem, sintonia. A Anna atuava sobre o Mike e eles tinham uma janela temporal para receberem a mesma benesse. Podiam recusá-la também.

A Anna sentou-se outra vez no chão. Apanhou o livro e colocou-o sobre os joelhos. Folheou-o cuidadosamente, lendo algumas páginas. Ela conseguia perceber tudo o que estava escrito. Descodificava os parágrafos com rapidez e clareza, o seu cérebro decorava de imediato as frases e era como se tivesse conhecido aqueles comandos e adágios desde sempre. De vez em quando apareciam esquemas que ilustravam o que era descrito e ela compreendia-os sem grande esforço. Era muito estranho, mas ela estava a adorar a aprendizagem e entusiasmava-se, soltando gritinhos e interjeições.

Não lhe levou muito tempo para ler o livro, desde a primeira até à última página. Rob sentou-se defronte dela. Colocou-lhe as mãos nas têmporas e comunicou-lhe telepaticamente o que tinha que fazer. Dessa forma, assegurava-se de que os irmãos não escutavam o que ele estava a dizer, que era informação delicada, e que a Anna aprendia rapidamente.

Ela desmaiou assim que Rob retirou as suas mãos. Mike amparou-a para que não caísse no soalho apodrecido e sujo. Ela despertou poucos segundos depois e desembaraçou-se dele com um safanão. Estava muito pálida e hirta, os gestos mais lentos pareciam pesar-lhe toneladas. Eram muito poupados, porém, e tinham uma sabedoria implícita que sossegou Mike. Ele afastou-se. Sentou-se à sua frente, no lugar do Rob que se levantou para que o ritual começasse. A Anna agarrou-lhe nas mãos.

— Confia em mim – pediu-lhe.

— Confio em ti – respondeu-lhe Mike.

— Felizmente – gracejou ela com um sorriso esfíngico –, não é preciso sangue ou estripar algum animal para realizar a reversão de um vampiro com sucesso. Não me perguntes o que vai acontecer. Só posso fazer acontecer, sem explicar nada. É um mistério.

Mike não comentou. Gostava do calor dela que, em breve, seria transmitido para si. Durante um curto momento, entrou em pânico e quis desistir. Fugir da oferta que o aterrorizava. E se ele não se adaptasse à existência de um rapaz normal? E se ele voltasse a cair nas mesmas tentações e nos mesmos pecados? E se ele voltasse a errar?

— É curioso, não é? – sussurrou ela com a voz rouca. – Que não seja preciso sangue de qualquer espécie… Quando o sangue é a tua principal força vital.

Mike gostou daquela provocação. Compreendeu que estava seguro porque já não estava sozinho. A porção principal daquele ritual era o amor e ele sabia precisamente onde o encontrar. Estava a olhar para a representação perfeita desse sentimento. Ele amava-a e todos os seus receios se evaporaram.

— Entrego-me a ti, Anna. Faço isto por nós.

Fechou os olhos a pedido dela.

Mike deu um mergulho profundo. Perdeu a noção de espaço e também do tempo. Percorreu uma distância muito grande, onde se esticou e se encolheu. Não sabia onde estava, onde tinha começado e onde iria terminar. As suas memórias foram filtradas e ele esqueceu-se de muitas coisas que tinha visto, experimentado e conhecido naqueles longos anos como vampiro. De repente, só passou a contar as suas lembranças de quando era um adolescente. Recordou o rosto dos pais, as cantigas da mãe, as gargalhadas do pai. Desatou a chorar, emocionado. Dobrou-se sobre si mesmo e começou a arfar. Estava a sufocar. Verdadeiramente a sufocar. O ar voltava a entrar-lhe nos pulmões e o coração era o tambor enlouquecido de uma tribo em festa. Levou as mãos ao pescoço e ficou a engasgar-se com a porcaria que aspirava pela boca escancarada. Cuspiu, enojado. Dois pares de mãos geladas ajudaram-no a levantar-se. Puxaram-lhe os braços, ficou amparado entre dois corpos frios e duros, arrastaram-no. Os seus pés roçavam pelo chão e faziam um ruído irritante.

Cheirou o odor do cedro que revestia as madeiras do átrio. Estavam a retirá-lo da sala. Mike, cambaleante, perguntou, com as palavras a se enrolarem umas nas outras:

— A Anna… Onde está… a Anna…?

— Já está na sua casa há mais de uma hora. Ela precisa de descansar. O Rob fez-lhe um feitiço para que recupere totalmente as energias durante o sono.

Reconheceu a voz de Brad, mas estava diferente. Parecia metálica, artificial.

— Não me apercebi que ela se tivesse ido embora – soprou.

— Tu também precisas de descansar.

— A casa cheira mal.

— Continuas com o teu olfato apurado. Ótimo!

— Acho que não é isso… Acho que a casa cheira mesmo mal. Para onde me estão a levar?

— Para o quarto novo – respondeu Rob, que também soava diferente. Tinha um tom aveludado e envelhecido. – Não aguentarias dormir no teu antigo quarto. Agora já não vais tolerar as teias de aranha e a escuridão.

— É só vantagens…

Tentou olhar para os irmãos, mas estava demasiado sonolento e enjoado. Deitaram-no num colchão fofo. Ele apalpou os lençóis com um profundo suspiro de prazer. A risada de Brad ficou a latejar-lhe na cabeça. Contraiu as pálpebras. Queria dormir e não sabia como o fazer…

— Não sabia que eras assim tão feio… – zombou o vampiro.

Agora, Brad era o único vampiro dos irmãos Park. Mike choramingou. Sentiu saudades de voar de noite, transformado em morcego.

— Passa-me um espelho – pediu, deprimido.

— Nós não temos espelhos em casa, Mike.

— Queria ver-me.

— Podes assustar-te. E não sabia que eras tão pesado! Feio e pesado… É isto o que significa ser um rapaz normal? Não sei se quero.

A sua visão estava desfocada e Mike desistiu de conferir o seu reflexo, perceber que aspeto tinham os seus irmãos, se as cores tinham adquirido significados diferentes, se o mundo o repugnava.

— Agora… agora quero dormir – gemeu.

— O Rob ajuda-te.

Havia um toque indefinido de perigo naquela oferta. Mike arrepiou-se e negou, mas depois perdeu as últimas forças e deixou o feitiço entrar dentro de si. Adormeceu. Começou a roncar.

— E ficou mais barulhento também! – exclamou Brad.

Rob pousou uma mão no ombro do vampiro.

— Nós vamos ser revertidos a seguir. Estás preparado?

— Não quero deixar o Mike sozinho. Sim, estou preparado.

— Ficaremos com o Mike até ao fim.

— Os inseparáveis irmãos Park!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Irmãos Park" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.