Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 20
A coragem é uma questão de oportunidade




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809338/chapter/20

Mike sentia-se à beira do descontrolo, colérico para além do que ele sabia aguentar. Para se acalmar foi, naquela noite, para o telhado da casa. Estava um frio de rachar, havia prenúncios de neve, mas ele bloqueou as sensações térmicas com uma resolução tão feroz quanto a sua vontade de se arremessar contra o mundo e destruir o que se colocasse à sua frente. Assumiu plenamente a sua condição de criatura sobrenatural e deixou-se ficar a petrificar debaixo das rajadas de vento que pareciam indignadas com a sua existência.

Naquela pose, ele não era nada. Não era ninguém.

Não era sequer uma coisa.

Deambulava entre a existência e a não-existência.

Ajudava-o a focar-se. A expandir-se. E a tornar-se mais poderoso.

Sem que ele quisesse realmente refrear essa erupção, porque lhe alimentava a sensação de invencibilidade, deixava que um ódio primário e perigoso surgisse contra o Johnny. O maldito rapaz, estúpido e ignorante, estava a colocar-se numa posição insustentável e perigosa. Se ele soubesse que estava a provocar um vampiro que o podia despedaçar num abrir e fechar de olhos talvez não se mostrasse tão arrogantemente ousado. Mas o problema é que o Johnny não sabia desse detalhe. E se soubesse? Mudaria alguma coisa na sua atitude?

Era nisso que Mike pensava vezes sem conta, a martelar essa ideia incessantemente no seu cérebro que nunca se cansava.

Ele queria muito continuar naquela cidade. Tinha determinado esse objetivo quando escolheu o lugar numa breve análise ao mapa que o mordomo disponibilizara para os ajudar em mais uma etapa das suas longas vidas. Essa decisão nunca era muito esmiuçada ou debatida. Geralmente selecionavam uma região que sentiam curiosidade em conhecer, verificavam o mapa e apontavam sem hesitações para o aglomerado populacional que lhes parecia mais apelativo. Às vezes eram metrópoles, outras eram vilarejos rodeados de densas manchas florestais, outras ainda eram cidades medianas, localidades à beira-mar ou entaladas em desfiladeiros.

Em relação à cidade atual seguiram o mesmo processo, sem qualquer esforço particular ou uma resolução veemente. Rob estendeu-lhe o mapa à frente, Brad estava simplesmente de braços cruzados a observar todo o processo e ele limitou-se a inclinar-se sobre o lençol de papel e apontou. O dedo pousou naquela cidade, naquela região. Olharam uns para os outros e estava feito.

Sorriu a contragosto com a lembrança. Sim, usavam velhos mapas em papel, desdobráveis, muitas vezes maiores do que as mesas onde os pousavam. O mordomo possuía uma coleção deles, de vários países do mundo, na sua biblioteca.

A seguir, Mike achou que queria descansar – não no sentido literal do termo, porque ele nunca se cansava, obviamente, nem se afadigava ou esgotava. Mike queria assentar, ficar sossegado durante quatro anos, aproveitar melhor a escolha que fizera da sua próxima morada. Repisou a ideia de tal maneira que acabou por se converter numa questão de orgulho. Mike iria ficar naquela cidade durante quatro anos e nada, nem ninguém, o iria demover desse propósito.

No primeiro dia, naquele célebre primeiro dia, Mike tinha um bom pressentimento. Iriam ficar na cidade. Gostava da casa, gostou mais ainda da escola. Até aparecer o Johnny e ele perceber que teria de lutar para poder ficar ali. O Brad e o Rob ofereceram ajuda, as coisas até que correram bem, apesar das ameaças do valentão, tinha aparecido a Anna… até que os seus esforços para contornarem e resolverem a situação se revalaram inúteis.

Seriam sempre inúteis quando existia uma conspiração do silêncio que ajudava o Johnny a manter aquele estatuto de intocável e de inatacável.

Ele queria descobrir qual a melhor abordagem para resolver a questão, de uma vez por todas. Estava farto daquele problema, como um espinho permanentemente cravado na pele. Dissera aos irmãos que iriam confrontar o Johnny na escola, mas não podia exagerar ou corria o risco de ser ele a provocar uma situação tal que os obrigaria a abandonar a cidade – como acontecera no ano passado.

Muito sucintamente, o Johnny estava a ganhar. E isso deixava-o furibundo!

Quando o sol começou a raiar no horizonte, acinzentando o céu escuro da noite que estava a findar, o Brad apareceu no telhado. Teve o cuidado de não se aproximar demasiado. Conhecia o seu estado e as consequências se insistisse demasiado, se fosse intrusivo. Procedia com uma reserva que era um tanto ou quanto caricata, já que Brad podia vencê-lo numa luta, se decidissem confrontar-se fisicamente. Brad sempre fora mais forte do que ele, mas escondia o seu poder por respeito e também por alguma preguiça. Após alguma hesitação, o irmão chamou-o.

— Mike…

— Vou já descer, Brad.

— Está tudo bem?

— Está tudo ótimo.

A sua voz estava grave e calma. Ele divertiu-se com esse engano. Continuava enraivecido e a rosnar interiormente, como se dentro de si guardasse uma besta sanguinária. No fundo, era a verdade. Ele tinha consigo um monstro que bebia sangue e que aprendera a dominar para parecer civilizado. Não era prudente provocá-lo.

Mas o Johnny não sabia disso… e deveria ficar a saber? A vontade que ele tinha era pregar-lhe um susto que o fizesse molhar as calças. Depois pegavam na sua bagagem e regressavam à casa do mordomo, derrotados. Abriam um novo mapa, meses depois, para escolher outra cidade, para recomeçar outra vida. Fechou os olhos.

— Mike… – repetiu Brad.

Ele não queria isso. Havia uma teimosia alicerçada num pressentimento que lhe dizia para ficar, que era importante ficar. Que seria diferente, que iria acontecer uma revolução, uma mudança. Que iria ser bom, de alguma maneira. Para isso tinha de afastar o Johnny. De o remover definitivamente do seu percurso. Não podia esperar que aquele ano passasse e que o Johnny deixasse o Instituto por ter completado o secundário. Não podia esperar mais tempo, como se fosse um cobarde, como se tivesse medo, como se não tivesse soluções.

— Não vou fazer nada… radical – esclareceu. – Fica descansado.

— O que vais fazer?

— Logo vês. De hoje não passa.

— O Rob diz que todas as opções possíveis podem prejudicar-nos.

— Nem sempre as visões do Rob correspondem ao futuro. Se inserirmos uma variável, as coisas mudam e o futuro também muda.

— É por isso que temos o Rob. Ele ajuda-nos com esses detalhes que acabam por fazer a diferença.

— Estás demasiado preocupado, Brad.

— Pois estou.

Mike levantou-se. Ficou de pé, a sentir a energia do sol a querer penetrar-lhe a pele, a querer feri-lo. Brad manteve-se agachado, a vê-lo de baixo para cima, indeciso se devia completar a sua resposta e ser mais esclarecedor nos seus receios. Porque era o Mike que teimava em ficar naquela cidade nos próximos quatro anos. Ele também gostaria de ficar, mas não lhe incomodava mudar-se mais cedo. O Rob encolhia os ombros sempre que mencionavam o assunto.

— Estamos atrasados…

— Não, não estamos – respondeu Brad. – O sol acabou de nascer. As aulas só começam às oito. Temos, pelo menos, uma hora… vais preparar-te?

— Já estou preparado. – Mike sorriu ao irmão. – Quero que me prometas que não vais interferir no que eu vá fazer hoje.

— Depende.

O rosto de Mike contorceu-se de raiva.

— Não, Brad Park. Não depende. Promete! Ou fecho-te cá em casa, juntamente com o Rob, para ter a certeza de que não vais mesmo interferir.

Brad pôs-se de pé e enfrentou-o. Mike perderia aquela luta, mas levou o bluff até ao fim. não se demoveu e ficou a rosnar no rosto do irmão até o convencer. No fundo, era mais ou menos o que devia fazer com o Johnny. Manter-se firme, ainda que no fundo tivesse a certeza de que podia sair mais prejudicado do que beneficiado. Era dessa maneira que se enfrentavam os valentões e os medos. Inventava-se uma coragem que não existia.

Mike apercebeu-se das alterações subtis na postura do irmão. Brad acabou a forçar um suspiro inerte. Criou uma pequena distância entre eles, mostrou as mãos.

— Faremos como tu queres, Mike. Prometo que não vou interferir. Estamos, mais uma vez, contigo para o que der e vier.

Os ombros de Mike descaíram quando ele relaxou o corpo.

— Obrigado pelo voto de confiança, Brad. Também te vou pedir outra coisa.

— Diz. Irei obedecer-te.

— Tu e o Rob vão apanhar o autocarro. Eu vou a pé para a escola.

— Por alguma razão em particular?

— Quero chegar atrasado e levar uma advertência do senhor Eastman.

— Vais manchar a tua ficha escolar? – admirou-se Brad.

— Será a novidade do dia que irá atrair a atenção do Johnny.

— Ah… o engodo na armadilha. O queijo na ratoeira que apanhará o rato descuidado.

— Precisamente.

— E depois?

Mike sorriu-lhe, inclinando a cabeça ligeiramente para a direita.

— Depois… o Mike Park vai surpreender toda a escola.

Brad sorriu com ele.

— Vou estar na primeira fila para assistir a isso.

Desceram os dois do telhado. Brad foi até ao quarto de Rob para falar-lhe dos planos para aquele dia. Mike deslizou pela escadaria e estacionou em frente ao armário do átrio. Retirou a capa e colocou-a sobre os ombros, ajeitando-a cuidadosamente no pescoço. Prendeu nesta a medalha da águia. Engraxou os sapatos passando-lhes uma esponja brilhante. Agarrou na mochila e saiu de casa. Era ainda de madrugada.

Estava vestido para arrasar – ou como dizia a expressão comum que descrevia uma farpela cuidada que realçava os atributos de quem enfeitava, para matar. Entortou um sorriso nos lábios. Ninguém iria morrer naquele dia, mas contava ferir de morte o orgulho do Johnny.

Deambulou pelas ruas da cidade para fazer tempo. Foi vendo as casas dos bairros residenciais a despertarem, as lojas a abrirem portas, os serviços matutinos do município a lavarem as ruas e a fazerem a recolha do lixo, as primeiras entregas de encomendas do dia, os carros que invadiam as estradas e as pessoas que surgiam nos passeios. O caminho foi longo, porque ele precisava de queimar tempo, mas não se importou. De alguma maneira, assistir ao despertar da cidade que ele já assumia como o seu lar acalmou-o e deu-lhe mais coragem para seguir em frente. Ele não precisava, realmente, de motivação para fazer o que decidia fazer, a sua ação estava muito próxima dos seus instintos. No entanto, apreciou ter convertido a raiva numa espécie de certeza inabalável.

Viu o autocarro amarelo do Instituto passar. Conferiu as horas na montra de um estabelecimento que vendia eletrodomésticos, que expunha, entre outros, relógios digitais, e percebeu que estava tudo a correr como ele tinha planeado. Inverteu os seus passos e dirigiu-se à escola, mantendo os passos vagarosos, arrastados, a fingir uma indolência que lhe arrepanhava os músculos palpitantes que ansiavam por despachar depressa aquele assunto. Contrariava-se e isso espicaçava-o mais. Também se lembrava da cara assustada de Brad e refreava-se, lutando consigo próprio para dominar as ânsias cruéis que faziam parte da sua natureza.

Ao chegar ao Instituto comprovou que estava escandalosamente atrasado. O sorriso arreganhou-lhe os dentes. Imitou uma respiração profunda. Enterrou a cabeça entre os ombros e avançou. Subiu os degraus, empurrou a porta que já se encontrava fechada, sinal de que as aulas tinham começado e que os estudantes estariam todos nas respetivas salas de aula. Prosseguiu em modo furtivo para chamar mais a atenção. Escutou o berro do zelador.

— Senhor Mike Park! Onde pensa que vai?

Ele forçou um estremecimento. Endireitou-se, pressionando as costas contra a parede por onde deslizava sorrateiramente. Esbugalhou os olhos e pendurou o lábio inferior, como se tivesse sido apanhado à traição. Pigarreou e explicou, numa voz desmaiada:

— Estou a ir para as aulas… senhor Eastman.

O homem apontou para o relógio de pulso com um dedo que quase furava o mostrador. O gesto era enfático e inútil, pois no corredor pendurava-se um enorme relógio que marcava, certamente, as mesmas horas.

— Isto não são horas de ir para as aulas, senhor Park! E acha que pode simplesmente ir para as aulas como se não fosse nada? Nem pensar! Tem de aprender que a pontualidade no Instituto para o Ensino e Ciências Castle of Glass é sagrada. Ouviu bem? Sagrada!

Mike baixou a cabeça e seguiu-o até à secretaria onde lhe foram entregues dois papéis com a advertência. Um para levar para casa, que deveria ser assinado pelo encarregado de educação; outro para deixar com o professor que só com aquele documento o deixaria assistir à metade da aula que ainda restava. O senhor Eastman terminou o raspanete com uma série de avisos sobre as consequências de repetir a gracinha de voltar a chegar atrasado, estimulado pela atitude submissa de Mike que se manteve sempre de cabeça baixa.

No primeiro intervalo da manhã já toda a gente sabia o que tinha acontecido e cochichavam pelos corredores quando ele passava, sozinho. Pedira aos irmãos para se afastarem, para que parecesse mais vulnerável. Ele escutava todos os comentários, por causa da sua audição apurada, e ria-se interiormente com o tom que variava entre o condescendente, o trocista e o espantado. Por fora, mostrava-se contraído e envergonhado, o que lhe dava uma aparência frágil, ligeiramente desnorteada, ideal para atrair atenções indesejadas.

No segundo intervalo, no corredor dos cacifos que se encontrava juncado de estudantes, o Johnny apareceu ladeado pelos seus dois guarda-costas, o Tommy e o Sean. Avançou de peito estufado, como galo dono da capoeira. Todos se afastavam à sua passagem. Mike sentira-lhe o odor, percebera que era ele antes de o ver. Arrumava os livros e os cadernos, demorando-se de propósito para dar tempo ao outro de se aproximar.

A voz do Johnny troou junto ao seu ouvido do lado esquerdo:

— Ouvi dizer que te andas a baldar às aulas. Na minha escola, os caloiros não se baldam às aulas. É falta de respeito!

Mike fechou o cacifo cuidadosamente, ajeitando a porta na moldura metálica, enfiando o trinco no encaixe, rodando a chave devagar para se certificar de que ficava bem fechado. Agarrou nas alças da mochila com uma mão. Voltou-se e encarou o Johnny.

— Também é a minha escola – replicou.

— O que estás a dizer, inseto?

— Esta também é a minha escola – repetiu Mike sustentando o seu olhar com o do valentão.

— Isso dá-te o direito de chegares quando quiseres?

— Não. Hoje foi um deslize.

— Um deslize? O que é isso… um deslize. Não admito deslizes na minha escola – insistiu, ameaçador. – Acho que precisas de uma lição para não voltares a ter ideias para outros… deslizes! E que roupa é essa que estás a vestir? Ridículo! O Halloween já passou. Também não admito que andem palhaços mascarados na minha escola. E ainda vem com uma medalhinha. Estão a ver isto, rapazes?

Atrás dele, o Tommy e o Sean começaram a rir como hienas. O Johnny estreitou os olhos.

— Gosto da medalha – avaliou. – Vou ficar com ela. É o preço que vais pagar pelo teu… deslize.

Lançou a manápula para arrancar o adereço da capa, mas Mike foi mais rápido. Com a mão que estava livre, a outra continuava a segurar na mochila, deu um golpe no peito do Johnny para o empurrar. Não usou muita força, ou partir-lhe-ia o esterno. Surpreendido com o movimento, o Johnny cambaleou para trás dois passos. O Tommy e o Sean, igualmente surpreendidos, ficaram sem reação.

Nesta altura, o corredor enchia-se de gente que formava uma assistência compacta atrás do Johnny e do Mike, dispondo-se de maneira a deixar uma clareira semelhante a uma arena onde se dava aquela disputa. Rob apareceu primeiro e Brad era reconhecível por causa da sua cabeleira farta, a assomar-se ao ombro junto ao irmão feiticeiro. Mike notou-os pelo canto do olho.

Assim que firmou as pernas, o Johnny empertigou-se. Crispou os punhos, enrijecendo os músculos dos braços. Bufou como uma besta ferida e atirou, indignado:

— Estás a fazer-me frente, inseto?!!

Mike avançou um passo e, como reflexo, o Johnny recuou outro.

— Sim – admitiu. – Estou a fazer-te frente! Não admito que me voltes a incomodar com as tuas exigências absurdas. Deixa-me em paz. Deixa os meus irmãos em paz. Sou muito bem capaz de te dar uma lição.

O Johnny gargalhou.

— Queres lutar comigo? Pois anda lá! Vamos lá para fora resolver isto de uma vez por todas.

— Não, não vou.

— Estás com medo, inseto?

— Não tenho medo de ti, já to tinha dito – respondeu Mike com firmeza. – Não quero lutar contigo. E sabes porquê? A violência não leva a lado nenhum e não vales o meu esforço.

— Estás com medo.

Mike espetou um dedo. O Johnny recuou outro passo e apercebeu-se de que estava a fazer uma figura ridícula, a demonstrar que era ele que receava o outro e não o contrário. O Sean e o Tommy estavam siderados com a maneira como as coisas tinham, de repente, virado.

— Não! Não tenho medo de ti – afirmou Mike, com uma determinação que revestia as suas palavras de aço. – Afasta-te de mim ou vais sofrer as consequências. E digo-te mais! Se voltas a importunar outro aluno do Instituto, quer seja caloiro ou alguém que, no passado, já foi uma vítima da tua maldade, vais ver-te comigo. E não serei tão meigo como estou a ser agora. Compreendido, amigo? Deixa-me em paz. Deixa-nos a todos em paz! Já não te suportamos!

O Johnny rosnou. Ainda ensaiou uma investida, mas um toque do Tommy demoveu-o. O Sean puxou-o pelo casaco. O trio começou por retirar às arrecuas, os guarda-costas a arrastarem o valentão consigo. Depois desceram as escadas ao fundo.

Mike baixou o braço. O seu plano tinha dado certo.

Os estudantes no corredor aplaudiram todos, em uníssono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Irmãos Park" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.