Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 21
Cautelas necessárias




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O Johnny levou a sério a ameaça que foi proferida em frente a toda a escola e afastou-se completamente. A humilhação, muito provavelmente, foi mais do que aquilo que podia admitir e recolheu-se a lamber as feridas do seu orgulho espezinhado.

Mike ficou aliviado. A determinada altura julgou que seria mais complicado convencer o Johnny de que ele estava determinado em enfrentá-lo e derrotá-lo, em qualquer campo onde escolhessem lutar. Isso deixava-o muito apreensivo, pois não iria perder num confronto direto com o valentão. Não admitia perder. Mas essa resolução implicava revelar parcialmente os seus poderes. Pelos vistos, acabou por ser muito simples. Um espetáculo no corredor com uma boa plateia de alunos bastou para o Johnny se encolher.

Embora a vitória fosse sua, Mike não ficou descansado nos primeiros dias. Espreitava continuamente as sombras, apurava a sua audição já de si muito sensível e andava pela escola com a atenção redobrada. Esperava que o Johnny o fosse atacar a qualquer momento para se vingar do que lhe tinha feito. Não era normal que tivesse conseguido dobrar o rapaz mais temível da escola com aquela facilidade. Havia algum detalhe que lhe escapara e um pressentimento indefinido surgia para o avisar e deixar incomodado. O reino de terror do Johnny já vinha de anos anteriores e Mike acreditava que algumas das suas anteriores vítimas tinham feito o mesmo que ele. Levantaram a voz, insurgiram-se, confrontaram o valentão, tiveram testemunhas. Então, por que motivo o Johnny continuava a escolher caloiros para atormentar? Uma das possíveis respostas era de que não tinha medo de ninguém. Podiam avisá-lo, que ele haveria de repetir os seus comportamentos abusivos, protegido por uma muralha de silêncio dos outros alunos que se tornavam coniventes desde que se escapassem ao radar do Johnny. Em conclusão, Mike teria de se mover com cuidado para não ser traído pelo excesso de confiança.

Os dias passaram e deu-se conta da total ausência do Johnny que nunca mais cruzara o seu caminho – nem ele, nem o seu par de guarda-costas. Mike percebeu que tinha ganhado. A vitória daquela primeira batalha pertencia-lhe. Podia não significar vencer a guerra, mas aquele resultado era promissor. Passou a andar mais descontraído e varreu o mau pressentimento das suas impressões.

Aquela não era a primeira vez que enfrentava um rapaz que se julgava o dono da escola. Ele tinha frequentado várias vezes o ensino secundário e tinha se cruzado com alguns rapazes imbecis que adoravam espezinhar os mais fracos. Sempre resolvera as situações com maior ou menor dificuldade. Comparando o Johnny com os outros, podia dizer, com alguma sobranceria, que nem fora dos mais complicados.

O Brad assumiu o feito como parte da lenda dos irmãos Park. Ele vira qualquer coisa de perigoso no Johnny, Mike não quis esclarecer o que seria, e vangloriava-se daquilo que o irmão tinha alcançado. Nos intervalos, Brad fazia-se rodear de outros alunos, na maioria os mais novos, mas também se juntavam mais velhos, dos últimos anos, e recontava a história com contornos de saga nórdica. Nas suas palavras, o Johnny era um deus-demónio que atormentava um vilarejo, Mike era o herói improvável que enfrentava o monstro e que mais tarde se tornava chefe da comunidade, em reconhecimento da sua bravura. Havia algo de campanha eleitoral e Mike avisava Brad de que não pretendia candidatar-se à associação de estudantes. Nunca o fizera, não seria agora que iria resolver destacar-se como dirigente estudantil.

— Podia ser uma possibilidade! – entusiasmava-se Brad. Essa hipótese não lhe tinha passado pela cabeça, percebia Mike que revirava os olhos por ter mencionado a ideia. – Mike, tu és o líder da nossa família, podias aplicar os teus dotes na organização dos alunos do Instituto. Safavas-te muito bem!

— Nem penses, Brad. Não me vou meter numa coisa dessas. Isso levar-me-ia num caminho muito longo onde podia perder o controlo… e eu detesto perder o controlo.

— Isso é verdade – concordava Rob, pachorrento.

— E porque não? Ainda temos quatro anos no Instituto! – acrescentava Brad com a voz esganiçada, ignorando a observação de Mike e de Rob.

— O Mike não se quer envolver demasiado – explicava Rob. – Ele gosta de apreciar os lugares, mas sem deixar marca ou lembrança. Gosta de ser anónimo. Já tu, meu querido irmão, és o oposto.

Brad cruzava os braços, franzia os lábios.

— Ninguém se lembra de nós nos sítios onde estivemos antes. Uma vez quis fazer essa experiência e o Mike proibiu-me.

— E fiz muito bem em impedir-te de ires àquela cidadezinha rural, que tinha aquela fábrica enorme que transformava milho em flocos para o pequeno-almoço. Deixaste aí um coração partido, Brad – dizia Mike. – Imagina se a moça que se apaixonou por ti te reconhecia.

— Impossível! – contrariava Brad, sem esfriar o seu entusiasmo. – Tinham-se passado mais de quarenta anos. A moça estaria perto dos sessenta, já eu…

— Já tu… precisamente! – contrapunha Mike com a sua habitual veemência. – Já tu estarias igual, com os mesmos dezasseis.

— Ela não ficou com nenhuma fotografia minha, Mike – acrescentava Brad. – E a memória das pessoas é traiçoeira. Acrescenta pormenores e deturpa factos de modo a que sirvam melhor os seus interesses e as suas paixões. A moça teria de mim outra ideia e não iria reconhecer num adolescente franzino o seu grande amor do passado, porque era improvável que existisse outro rapaz tão bonito quanto aquele que ela amou tão profundamente.

— Estás muito inspirado… – observava Rob.

— Podia pensar que eras o teu filho, Brad. As mulheres têm a tendência para encontrar explicações que validem as suas observações como verdadeiras. Nunca, mas mesmo nunca devemos regressar aos lugares onde já estivemos. É uma regra de ouro – sentenciava Mike.

Brad parecia ligado a uma bateria inesgotável. Sorria, piscava o olho, retomava o seu périplo pela escola que fortalecia a reputação dos irmãos Park. O seu círculo de amigos aumentou, graças ao patrocínio do Charles Elliot que funcionava como uma espécie de empresário que recrutava novos admiradores para o seu protegido. Servia-se do seu estatuto de primeiro amigo e apresentava-se nessa qualidade. Brad não o desmentia, o que lhe dava mais confiança.

— Ele é meu amigo desde o primeiro dia! – afirmava o Charles Elliot vaidoso. – Eu percebi logo que ele e os irmãos eram gente boa.

Graças a toda esta exposição, Brad passou a frequentar muitas festas. No início, Mike não via com bons olhos as constantes saídas noturnas do irmão vampiro, mas Rob intervinha para lhe dominar a impaciência, explicando que essa atividade social não iria prejudicar Brad, as suas notas continuavam a ser excelentes. De qualquer maneira, ele não dormia. Em vez de passar as noites transformado em morcego, pendurado de cabeça para baixo entre as teias de aranha do seu quarto, era preferível estar a espalhar o seu charme pela comunidade. Isso fá-los-ia ganhar pontos e destruir ainda mais a imagem do Johnny.

— Percebes? – dizia Rob, com um meio sorriso algo travesso. – O Johnny meteu-se com a pessoa errada. Toda a gente sabe que o Johnny é um idiota ruim que adora maltratar os outros, mas ao perceberem como o Brad é um excelente rapaz, sem qualquer defeito, amigo de toda a gente, apreciador de festas, simpático e divertido, torna o Johnny ainda pior.

Naquela matéria, Mike revirava os olhos muitas vezes. Ele percebia, claro que percebia, o que estava a acontecer. Os modos amistosos, transparentes e engraçados de Brad beneficiava-os muito. Os professores até passaram a reconhecê-los nas suas respetivas turmas, destacando-os com elogios que apreciavam os resultados muito positivos nas disciplinas que frequentavam. Mas Mike temia, e dizia-o várias vezes a Rob, que toda essa exposição pudesse torná-los no alvo do despeito do Johnny que os atacaria à traição. Rob prometeu investigar o que se passava porque, acabava por admitir, o Johnny tinha realmente ficado muito quieto, para alguém que gozava de uma certa proteção dentro da escola e da cidade. O Johnny era rapaz para contra-atacar a coberto da posição do poderoso pai, por exemplo, de uma forma frontal e direta. As emboscadas não faziam parte do seu currículo e o Mike devia sossegar.

O certo era que os dias foram passando e o ambiente continuou desanuviado. O Johnny tinha-se mesmo afastado. Até tinha desaparecido da escola. Pelo menos, Mike deixou de o ver nos intervalos, nas zonas comuns como o refeitório, nos corredores quando ia toda a gente para as aulas e era possível rever estudantes de anos mais avançados.

O Brad assegurava-lhe que tinham a costa totalmente livre.

— O Johnny assustou-se contigo – disse, agachado no canto do pátio que lhes pertencia. Levantou uma mão para evitar o debate. – É um pouco estranho, admito. Não usaste a tua força, nem lhe deste uma dentada dolorosa no pescoço para lhe chupar um pouco de sangue e deixá-lo tonto…

— Nunca iria beber o sangue do Johnny – refutou Mike, enojado.

— Só estou a falar das possibilidades que tinhas para dar a lição ao Johnny que o deixasse longe de ti. É como uma análise, entendes?

— Sim, Brad… – Mike emulou um suspiro, cansado da atitude eivada de uma sobranceria desagradável do irmão.

— O Johnny assustou-se mesmo contigo – continuou Brad. – Segundo me contou o Elliot…

— O Elliot sabe de muitas coisas – interrompeu Rob. – Desculpa. Podes continuar.

— O Elliot sabe realmente de muitas coisas. Segundo o que ele me contou, o Johnny adoeceu.

— Isso é verdade? – perguntou Mike, cético.

— O Johnny anda a faltar às aulas. Se está doente… Não acredito. É só uma desculpa para não regressar à escola.

— Assim, ele pode chumbar o ano e fica no Instituto mais um ano.

— O Johnny também não vai querer isso. Se ficar retido no último ano do secundário, não vai ter direito à bolsa para poder ir estudar para uma universidade onde começará a sua carreira no desporto juvenil. O Johnny está perante um dilema, é o que me parece. Se regressar à escola, vai ter de te encarar, Mike, e engolir uma e outra vez a humilhação que sofreu sem poder fazer nada a respeito disso. Se faltar à escola, pode hipotecar o seu futuro.

— Existe o pai do Johnny, o presidente do município.

— O Elliot também me contou, mas disse-me que não tinha a certeza se era só um boato ou não, que o pai do Johnny anda a mexer uns cordelinhos para… como foi que o Elliot disse? Para corrigir a situação.

Mike semicerrou os olhos.

— Essa correção vai atingir-nos, Brad? – perguntou Rob preocupado.

— O Elliot disse que não haveria terceiras pessoas envolvidas… – respondeu o Brad, retraindo-se.

— O que é que tu sabes que nós não sabemos, Brad Park? – perguntou Mike, numa curta rosnadela.

Brad sacudiu as mãos e soprou alto o ar que não tinha nos pulmões. Por sorte, soou a campainha que os mandava irem para a próxima aula. Rob colocou no rosto a sua máscara de esgrima. Gostava de aparecer logo equipado no ginásio onde praticava as suas artes de espadachim. Já o conheciam como o aluno excêntrico que escondia o seu rosto dos colegas, ao estilo de um qualquer justiceiro mascarado das histórias.

— Brad… – insistiu Mike a andar atrás do irmão. – Desembucha.

— O Elliot serve como o nosso posto avançado, Mike – respondeu Brad sem se voltar. – Ele faz-me avisos que podem impedir situações complicadas. Avisou-me antes sobre o Johnny, mas eu não liguei. Pensei que ele estava a exagerar. Afinal, era um aviso sério. A partir daí, oiço sempre o que o Elliot tem para contar.

— E o que é que lhe dás em troca? Qual é o preço dessa amizade?

— Não pago nada, Mike. Basta ir às festas com ele… o Elliot exibe-me como o seu melhor amigo e acho que isso é suficiente. O Elliot nunca teve uma boa imagem no Instituto, pelo que me parece. Demasiado intrometido. Estás a ver?

— Não lhe contaste nenhum dos nossos segredos.

— Claro que não, Mike! – indignou-se Brad, fincando os pés no corredor por onde passava um fluxo apressado de alunos que se dirigiam às respetivas salas.

Ficou muito pálido com toda aquela agitação. Mike pousou-lhe uma mão no ombro, apertou para o tranquilizar. Brad mostrou, a seguir, uma expressão confusa.

— Está tudo bem, Brad. Não vamos criar um problema quando estamos, neste momento, sem qualquer problema. Certo? Sabes que eu gosto de conhecer o cenário onde nos movemos.

Brad fez um sorriso torto.

— Sempre foste controlador. Descansa… está tudo sob controlo. O Johnny está controlado. Fizeste muito bem em enfrentá-lo. A rasteira que lhe pregaste foi uma surpresa tão grande que ele desapareceu. Eh… queres saber mais sobre a misteriosa doença do Johnny?

Mike encolheu os ombros, para disfarçar a sua avidez. Ele adoraria saber mais sobre o que se passava com o Johnny para antecipar novamente uma qualquer jogada traiçoeira. Detestava que os seus inimigos cozinhassem planos que ele se via impedido de contrariar com a sua inteligência. Abanou subtilmente a cabeça e respondeu, procurando manter um registo neutro:

— Não faço questão… mas se o Elliot conseguir apurar mais informação, não me importava.

— Sim, capitão! – E Brad fez uma continência jocosa. – Às suas ordens.

— Despacha-te ou chegas atrasado à tua aula.

— E tu à tua.

— É Computação Gráfica – disse Mike. – O professor dá uma tolerância de dez minutos… para ligarmos os computadores, para prepararmos a nossa estação de trabalho, para que os mais preguiçosos apareçam…

— Que sorte! Já eu não tenho professores desses… Os meus são muito exigentes.

— Estás na área de ciências. É normal que sejam exigentes.

Brad afastou-se a resmungar.

— Tu e o Rob têm sempre mais sorte do que eu…

— Teoricamente! O Rob, no início, detestava desporto.

— Está a ser reconhecido e agora adora. Vá-se lá perceber… os feiticeiros são difíceis de descodificar.

O corredor estava a ficar vazio. As portas das salas mantinham-se abertas, mas os alunos já tinham entrado quase todos e os professores preparavam os sumários nos quadros, ou manuseavam as suas pastas pejadas de folhas. O senhor Eastman verificava, desde o seu ponto de observação, os mais relutantes, preparado para despachá-los antes do segundo toque. Mike percebia a excitação do homem, refletida no coração a bombear frenético, na temperatura corporal meio grau acima do normal.

Apressou-se a subir as escadas para passar longe do radar do zelador. Desde que tinha sido apanhado que o senhor Eastman o focava com uma especial atenção, para apanhá-lo novamente em falso. Ele esperava que nunca mais acontecesse nos três anos e meio em que estaria naquela escola, mas podia acontecer qualquer imprevisto que o faria pisar o risco e já sabia que a penalidade por um segundo atraso seria mais do que um simples papel para o encarregado de educação assinar. Já tinha escutado histórias de alunos suspensos e de trabalho voluntário aos fins-de-semana.

No segundo piso, chegou à sala de informática.

Uma sombra movimentou-se na periferia do seu olhar e ele parou antes de entrar. Conferiu brevemente que o professor estava distraído a falar com um aluno, um rapaz nervoso e magro que tentava sempre conseguir a melhor nota e apresentar o melhor trabalho. Para isso, enchia o professor de perguntas para ter a certeza de que cumpria todos os critérios. Podia ter um minuto antes de, finalmente, entrar na sala.

Sabia quem chegava e queria vê-la. O desejo foi bastante esquisito.

— Olá, Mike!

Encarou a Anna que acabava de chegar. Estava ligeiramente ofegante por ter vindo a correr. O pequeno exercício fizera-a suar, parte da franja colava-se à testa molhada, as maçãs do rosto coloriam-se de um vermelho apetitoso. O perfume do seu corpo perturbou-lhe o sentido do olfato, refreou-se para não ronronar de prazer. Dava-lhe uma dentada naquele preciso momento para lhe dar as boas-vindas. Embalava-a depois, enquanto provava o seu sangue quente…

— Mike?

Ele abanou a cabeça. A tagarelice do colega com o professor entrou-lhe pelos ouvidos e bloqueou outras sensações.

— Olá, Anna. Desculpa… estava distraído.

— Ah, compreendo… Estes dias têm sido muito puxados. Trabalhos, testes, apresentações e todas as exigências destes professores que não sabem que nos estão a soterrar de pedidos. É quase inumano… será que eles não percebem que para além da escola também temos uma vida? É mesmo inumano, não achas?

— Não tens de ir para a tua aula? – perguntou Mike.

A pergunta brusca atrapalhou-a. Ela descolou a franja da testa.

— Não… tenho um furo agora. Vou estudar na biblioteca com as minhas amigas. Tenho um teste amanhã. Já sei a matéria, mas elas precisam de ajuda e vou… sabes… – Calou-se. Deu-se conta de que fornecia demasiada informação. Apontou brevemente para a sala de informática. – Tu é que tens de entrar e estou a atrapalhar-te.

— Tudo bem.

— Sim?

— Tenho quarenta segundos.

— Ah, medes o tempo que…? Esquece. Não quero realmente saber.

Mike estreitou o olhar. A Anna engoliu em seco. Estava mais nervosa do que o seu colega que gesticulava diante do professor. Ela queria dizer-lhe alguma coisa que a constrangia, que não era inteiramente natural, que não podia ser verbalizada com facilidade… Ele armou as suas defesas.

— Gostei muito do nosso encontro no Halloween – começou ela, insegura.

— Não foi um encontro.

— Pois não foi. Bebemos um café juntos e foi isso. Não, não foi.

— Sim, não foi – concordou ele.

A Anna abriu a boca, de respiração suspensa. Disparou antes que a coragem lhe faltasse:

— Queres voltar a lanchar comigo?

O tempo suspendeu-se. Mike podia fazer isso – ver o mundo em câmara lenta para poder analisar as suas opções e permitir-lhe uma fuga. Ele era uma criatura acossada com o instinto de sobrevivência permanentemente ligado, convinha não esquecer. E esse mesmo instinto de sobrevivência dizia-lhe que devia afastar a Anna, que devia matar-lhe a curiosidade e o interesse antes que se desenvolvessem num sentimento que ele não podia corresponder sem prejudicar a sua estadia naquela cidade. A Anna, por mais inofensiva que parecia ser, colocava-lhe um problema semelhante ao que o Johnny representava.

O tempo soltou-se. Tinham passado dois, três segundos. Não mais.

Um estalido e Mike sentiu-se preparado para fazer aquela escolha. Respondeu, num tom glacial:

— Não. Não quero lanchar contigo.

Voltou-lhe costas e entrou na sala de informática.


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