Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 18
Uma mensagem especial




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Quando chegou a casa vindo da escola, naquele dia frio e ventoso do início de novembro, havia uma carta em cima da pequena mesa do átrio. Mike guardou a sua mochila no armário, sem desviar os olhos do envelope, intrigado com esse objeto inusitado. Tinha selos colados e o endereço do destinatário escrito à mão, numa letra miudinha que parecia não querer ser decifrada. Imaginou que o remetente estivesse escrito no outro lado na mesma letra tímida, que ele não conseguia ver, por a carta estar pousada no móvel.

O Brad apareceu a descer os degraus da escadaria num movimento deslizante que produzia um assobio. Estacionou junto da mesa com um flexionar de joelhos muito teatral, porque não precisava de travar para parar, porque eles conseguiam dominar a gravidade com muita facilidade. Cruzou os braços. Inclinou a cabeça e anunciou:

— É para ti.

— O quê?

— A carta.

Mike pensou imediatamente na Anna e o seu lábio superior arrepanhou-se numa rosnadela. Não lhe tinha dado a sua morada. Então, se a carta estava ali, era porque alguém fizera a revelação. Imaginou que tivesse sido o irmão vampiro e começou a irritar-se mais, ao ponto de começar a tremer.

— Não é da Anna – esclareceu Brad divertido. – Acalma-te.

E Mike acalmou-se imediatamente. Perguntou, intrigado:

— Então de quem é?

— Da única pessoa que perde tempo a escrever cartas para ti, onde quer que tu estejas.

Mike voltou a sentir uma espécie de arrepio que o baralhava. Hesitou, mas acabou por dizer:

— O Chester…

— Sim, o teu irmão Chester Park. Ele mantém a sua promessa e continua a mandar-te cartas.

— É louvável – murmurou Mike, a dominar as emoções que borbulhavam dentro de si.

Mesmo sem sangue e sem alma, ele continuava a sentir e isso era, por vezes, assustador, até reassumir o controlo. Ele detestava sentir. Estava a sentir com a Anna e com o Chester sentia tudo, em detalhe, até ao nível mais profundo de si mesmo onde devia existir alguma coisa que vibrava e que ainda existia, para lhe devolver tanto… sentimento.

Estendeu a mão e agarrou no envelope como se o surripiasse, num gesto rápido e seco.

— Ih, Mike… Não é preciso estares assim. Eu não vou estar aqui a ver-te a ler a carta. Sei que gostas de o fazer sozinho.

— Tudo bem, Brad. Podes ficar.

— Esse é um momento só teu. Aproveita-o.

— Onde está o Rob?

— Não sei… não o vi desde que cheguei a casa, mas sei que ele está aqui. Consigo cheirá-lo. – Para ilustrar o que dizia, farejou o ar. – Deve estar no seu quarto. Está demasiado vento para se sentar no telhado a meditar. Ele tem andado cansado, sabes? As aulas físicas estão a exigir muito dele, especialmente o futebol onde tem de correr bastante.

— Acredito.

— Depois conta-nos as novidades do Chester.

— Eu conto, não te preocupes. Achas que ele vai falar do Joe e do Dave?

— Se calhar. Mas com o Chester nunca temos a certeza de nada. Ele é muito imprevisível. Pode escrever uma carta de três folhas, como pode ter escrito um bilhete miserável com uma frase.

— É verdade. Mas desde que escreva…

— Sim, nisso ele tem sido muito regular e atencioso. Escreve sempre.

Posto isto, e porque a carta estava entregue, Brad voltou a subir as escadas a deslizar, agora no sentido ascendente.

Mike conferiu a letra. Não pertencia ao Chester, mas era um expediente que ele costumava utilizar para se manter mais ou menos anónimo e, acima de tudo, insuspeito. Escrevia as cartas pelo seu próprio punho. Quando tinha acesso a um computador fazia-o com o auxílio de um processador de texto, sem, contudo, respeitar formatações, tamanhos ou tipos de letra. Depois, quando fechava tudo num envelope pedia a quem estivesse mais próximo para escrever as moradas. Podia ser uma mania, cautela ou simples superstição, mas acabava por resultar. Era o primeiro sinal de que aquela carta era efetivamente de Chester Park, o rapaz amaldiçoado que se convertia num dragão dourado sempre que gritava num determinado timbre. Mike fez um sorriso de través. Virou o envelope e lá estava a confirmação do remetente. O nome, sem qualquer morada. Não precisava. Aquelas cartas não eram para ser respondidas.

Abriu a porta da sala e passou para a divisão sombria e húmida, agora também gelada por nunca ser utilizada ou visitada. Escolheu o canto que tinha mais teias de aranha. Impulsionou-se com um salto, deu uma pirueta e fincou os pés no teto.

O Chester uma vez perguntou-lhe como é que tinha a certeza que ele leria as suas cartas. Como é que ele podia saber que era ele e não outro. Mike respondera-lhe, na altura, de que iria lê-las como um vampiro, no escuro, num qualquer canto, pendurado de cabeça para baixo. Só não se transformava em morcego ou em rato, porque assim deixava de ser capaz de ler. Os olhos e os cérebros desses animais não tinham capacidades de descodificação de símbolos e de leitura. O Chester rira-se muito alto e pediu-lhe que fizesse isso. Era uma cena hilariante. O Mike Park pendurado de cabeça para baixo a ler uma carta. Mike concordou com o repto e, desde então, lia sempre as cartas do irmão Chester nessa posição. Era impossível o Chester confirmar que ele mantinha o preceito, mas não importava. Ele, Mike, cumpria-o e era o que bastava para sentir que também honrava os seus compromissos.

Rasgou cuidadosamente a aba do envelope para a descolar. Abriu-o e retirou do seu interior duas folhas dobradas. O Chester, daquela vez, tinha escrito bastante, o que era muito bom. Havia alguns meses que não tinha notícias dele. A última comunicação tinha acontecido com um postal ilustrado no verão, antes de as aulas terem começado em setembro.

Depois de inspecionar o envelope e de verificar que não continha mais nada para além daquele par de folhas, Mike largou-o e este foi cair no chão, pairando brevemente no ar bafiento até se imobilizar entre pó e cotão. A seguir, desdobrou as folhas e esticou-as para dar início à leitura. Uma delas estava escrita dos dois lados, a segunda só estava escrita num lado. Era, portanto, um relato de três páginas. Confirmava, com prazer, que se tratava da letra do Chester. Uma caligrafia de máquina, com letras regulares, sem demasiada pressão exercida sobre a esferográfica. Uma fluidez agradável nas frases sobre as linhas, parágrafos curtos encostados à esquerda.

 

Saudações, Mike Park!

 

A habitual frase de abertura e Mike sorriu. Sentiu-se imediatamente invadir pela satisfação morna ao imaginar o Chester a pensar nele, sentado a uma secretária, a dedicar alguns minutos do seu dia a escrever aquilo que ele estava prestes a ler.

Se o Chester estivesse zangado e inquieto, só lhe escrevia um simples “olá”. Ele conseguia sempre decifrar o estado do irmão pela abertura das suas mensagens e preparava-se. Ora ficava calmo, ora ficava reticente e tentava não se zangar com a irritação do outro.

Naquele caso, o Chester estava feliz. Ou moderadamente satisfeito, sem problemas a apoquentá-lo, nem qualquer obrigação que lhe estivesse a comer os nervos.

Mike segurou bem nas folhas e predispôs-se a ler, por fim, a carta sem interrupções.

 

Saudações, Mike Park!

Como estás?

Eu pergunto sempre isto, mas sei que não é pergunta que se faça a um vampiro, porque o estado de um sugador de sangue é sempre igual. Com sede. Ahahahah. Era a primeira piada, como pudeste perceber.

Sim, já sei que aprendeste a moderar as tuas sedes e as tuas iras, já sei que não andas a atacar pessoas a torto e a direito pela calada da noite, já sei que te tornaste mais civilizado.

Pronto, aposto que já te pus a sorrir. Pois é, Mike Park. Tu és muito sisudo e é preciso tirar-te dos eixos para que se consiga conversar contigo normalmente.

Estás numa nova cidade e pensei seriamente em ir visitar-te, para ver também o Brad e o Rob, mas falei com o mordomo e ele pediu-me que esperasse um ano, pelo menos. Ah, antes que perguntes, sei a tua morada porque a pedi ao mordomo. Só te enviei esta carta agora porque só agora é que tive tempo para te escrever. Estava em dívida contigo, não estava?

Então, eu vou mesmo esperar um ano. Ou talvez dois. O que me apetecer. Continuo a ser um rebelde e só faço aquilo que me dá na gana. Continuo a experimentar os meus limites e a paciência dos outros. Tu sabes como é.

Acredito que te estás a dar muito bem na nova cidade. Tu sempre gostaste de inícios, de estrear lugares, de fazer coisas novas. De todos nós eras o mais curioso. Levaste algum tempo a admiti-lo, mas a partir do momento em que aceitaste quem és, foi mais fácil. É sempre assim com todos, criaturas sobrenaturais ou não.

Espero que não tenhas que te mudar em breve. Sei que detestas as mudanças que não são operadas e controladas por ti. Ficas um monstro! Um vampiro que mete medo. E eu não gosto do Mike Park assustador. Ninguém gosta.

Espero que tenhas levado os primeiros dias bem, sem grandes acessos de fúria e de nervos. Sabes que penso muitas vezes no Brad e no Rob, no que eles sofrem por terem escolhido acompanhar-te. Eu podia tentar, algum dia, mas acho que iríamos chocar de frente e lá se ia a nossa irmandade e também a nossa amizade. Não quero isso e sei que tu também não. Então, continuamos separados. Assim é melhor. Para ti e sobretudo para mim. Vão existindo estas cartas e já são suficientes.

Não tens aborrecido muito o Brad e o Rob, pois não? Sabes como o Brad é rancoroso e o Rob é sensível… Eles são ótimos para te equilibrar o humor, mas chega a ser cansativo. Acho que soubeste escolher bem os teus companheiros de jornada. O Dave irrita-se muito facilmente e não suporta detalhes. O Joe é um porco que não se importa se está a chocar os outros. E eu não consigo ficar quieto mais do que um minuto no mesmo lugar. Apesar de todos os defeitos do Brad e do Rob, eles conseguem encaixar bem nas tuas exigências.

Não sejas demasiado exigente, ouviste?

Vai tudo correr melhor se não quiseres despachar os quatro anos do secundário logo no primeiro semestre, do primeiro ano, até à pausa de inverno.

Bem, já chega de falar de ti, Mike Park. Estás sempre a monopolizar a conversa, é incrível! Até quando sou eu a escrever.

Sei que queres saber sobre mim agora.

Mas antes, vou falar-te do Dave e do Joe. Eles estão muito bem.

O Dave agora dedica-se a campos de golfe. Ouviste bem. Campos de golfe. Diverte-se bastante. Disfarça-se como decoração dos relvados, junto a obstáculos que dificultam o jogo. Fica muito quietinho ao pé de árvores, de lagos, de bancos de areia. Como ele é um duende ruivo de pouco mais de um metro ninguém desconfia de que a estátua está viva. Ele sabe imitar muito bem aqueles gnomos terríveis de jardim com ar maléfico, porque ele não fica com esse aspeto de que te vai saltar para cima e morder-te o braço. Não, não senhor. O Dave adota uma expressão angelical, com um sorriso tão cândido que até tiram fotografias com ele, na pausa entre uma tacada e outra. Depois, quando os jogadores estão distraídos, é que faz as suas patifarias. Faz desaparecer bolas, principalmente. Guarda-as todas num saco que tem em casa. O saco está quase a ficar cheio e eu já lhe perguntei o que vai fazer ele quando encher o saco. E o Dave responde que arranja outro saco. Tentou também roubar uma das bandeirolas, mas apanhou um valente susto por quase ter sido apanhado e agora fica-se pelas bolas. Quando não as rouba, muda-as de lugar para baralhar a pontuação dos jogadores. Também já tentou surripiar tacos, mas não tem tanta piada, contou-me. As bolas é que são o verdadeiro troféu. Ele pode agarrar nelas e mantê-las na sua mão, à vista dos jogadores, e ninguém dá por nada! É hilariante! Ele uma vez tinha a bola na palma da mão aberta, numa pose provocadora, e mesmo assim ninguém se apercebeu! É dessa maneira que o Dave se tem divertido.

Quanto ao Joe, está tudo a correr às mil maravilhas. A vida para ele sempre foi simples. Só tem de ter cuidado com as noites de lua cheia e evitar saídas noturnas desnecessárias nessa altura do mês para não se transformar num lobisomem. Se bem que ele não é violento, só perde um pouco a noção para onde vai com aquelas corridas loucas de quando está no seu modo lupino. Já esteve mais gordo, agora parece que fez uma dieta e emagreceu. Mas continua a ser uma boa boca e adora fazer roteiros gastronómicos. Trabalha seis meses e depois utiliza o dinheiro que ganha para ir viajar, para experimentar novas comidas. Sei que pode parecer esquisito, porque ele, aparentemente, só tem dezasseis anos. Não devia trabalhar, devia estudar, mas ele utiliza o passaporte que diz que tem vinte e um anos e vai conseguindo fazer esses biscates. Neste último ano esteve na Finlândia e na Tailândia. São dois países que rimam, mas muito diferentes. Um fica na Europa, outro na Ásia. O Joe gostou de toda a comida que provou, embora tenha preferido os pratos tailandeses. Ele traz sempre prendas das suas viagens, mesmo para ti, para o Brad e para o Rob, como sabes. Vai guardando tudo num armário, em três prateleiras com os vossos nomes. Qualquer dia tem de comprar um segundo armário, mas ele não se importa. O Joe continua generoso, como podes comprovar.

Agora, queres saber sobre mim. Pois eu deixo-me sempre para o fim. Posso ser exuberante na minha forma de dragão dourado, mas no fundo sou e sempre fui um miúdo tímido, cheio de inseguranças.

Eu estou bem. Consigo levar uma vida muito normal, acho que mais normal do que a tua ou a do Brad, que são criaturas noturnas e que têm uma biologia tramada, com essa necessidade de se alimentarem de sangue. Sempre achei, e tu sabes que essa é a minha opinião, que de nós os seis são vocês os dois que têm o castigo maior. Mas não quero repisar nesse tema… Desculpa estar a divergir no meu relato.

Recebeste o meu postal de Santorini? Sei que o recebeste. Pois estive a fazer uma viagem pelas ilhas gregas. Adorei! É um dos paraísos da Terra, acredita. Água quente e muito azul, um calor agradável, casas muito brancas, festas de noite com excelente música. Não fui sozinho. Consegui reunir um grupo de amigos do meu último trabalho de voluntariado numa residência para idosos, determinámos um lugar para visitar e fomos passar duas semanas à Grécia, na Europa. O processo de escolha foi muito engraçado. Um deles trouxe um mapa do mundo, estendeu-o na mesa. Vendaram outro rapaz. Fizemo-lo dar voltas à mesa, também rodámos o mapa e depois, quando o vimos suficientemente tonto, pedimos. Aponta! Onde apontares é onde vamos. E calhou no meio do mar Mediterrâneo. Felizmente percebemos a tempo que havia umas ilhas próximas do lugar indicado e marcámos a viagem logo pela internet.

Gostaste do que viste no postal? Eu nunca tiro fotografias, os meus amigos, ou aqueles amigos que estão comigo na ocasião, sabem disso. Podem insistir no início, mas como percebem que é uma coisa que me deixa amuado acabam por me deixar em paz. Sirvo eu de fotógrafo. Fartei-me de lhes tirar fotografias e eles adoraram! Éramos um grupo de seis. Conhecemos umas miúdas que também estavam de férias, duas francesas, uma espanhola e o resto eram inglesas e foi muito divertido. Nunca me irritei ao ponto de ter de fugir para ir gritar para longe, transformar-me e esconder-me, porque verem um dragão dá sempre confusão. Nos dias seguintes aparecem os vídeos e as fotografias que são de pronto desmentidas pelos chamados peritos. Continuo controlado, continuo com a besta bem amarrada dentro de mim, e acabo por aproveitar o que esta vida tem de melhor.

Depois da viagem à Grécia, mudei de cidade e passei a ser voluntário num hospital pediátrico. É mais difícil para mim, que quero ajudar todas aquelas crianças, muitas vezes para além das minhas forças, mas adoro o que faço e voltaria a escolher estar aqui, neste hospital, a fazer os miúdos rirem às gargalhadas com as minhas palhaçadas.

Pois é na pausa de turno do hospital que te estou a escrever esta carta. Vou ficar por aqui mais uns meses e depois vou estudar numa universidade. O mordomo conseguiu matricular-me num curso de filosofia. Sou novo, tenho aspeto de ser novo, mas só vou fazer o primeiro ano. Talvez o segundo… e depois vou-me embora. É para fazer alguma coisa diferente, sabes? Se me mantenho no voluntariado, a ajudar pessoas com problemas piores do que o meu, acabo por esgotar as minhas energias e o mordomo diz que isso ser-me-ia muito prejudicial. Mas eu gosto de tudo o que faço. Estudo, trabalho, faço parte de projetos humanitários, canto… Sim, continuo a gostar de cantar. O dragão aparece, mas agora já não me importo tanto.

E fartei-me de escrever. Considera-te com sorte, Mike Park.

Vou despedir-me.

Diz ao Brad e ao Rob que lhes mando abraços. E que se eles quiserem queixar-se que eu irei apoiá-los contra ti. Sempre. Porque sei como tu és.

E aponta aí na tua agenda organizadinha. Vou visitar-te para o ano, ou talvez daqui a dois anos. Mas se o Brad e o Rob pedirem ajuda irei antes e vou cuspir-te fogo nas tuas asinhas de morcego. Já te pedi isso tantas vezes… Uma corrida, Mike Park. Tu e eu. Morcego contra dragão. Mas tu és um medricas, tens medo que eu te vença e depois isso seria um sarilho para o orgulho do Mike Park.

Agora, a sério, meu. Gosto muito de ti. És o meu irmão favorito.

Sei que está por escrito, mas se repetires o que te acabei de dizer vou negar e dizer que tu enlouqueceste, que eu nunca afirmaria isso. Podes mostrar a carta que eu afirmo que é uma falsificação.

Um abraço especial para ti, irmão!

Até à próxima.

 

Mike desceu devagar até ao chão, ao mesmo tempo que dobrava as duas folhas e as devolvia ao envelope. Tinha uma caixa de metal, muito antiga, já um pouco enferrujada, onde estavam todas as cartas do Chester, incluindo os postais e os pequenos bilhetes rabiscados. Guardava tudo. Nunca relia nada, mas saber que tinha as cartas juntas deixava-o apaziguado.

Ao passar pelo corredor dos quartos, Brad voltou a aparecer.

— E então?

— Está tudo bem. Daqui a dois anos pode ser que o Chester apareça para nos visitar.

— Isso seria muito bom.

— O que significa que temos de ficar na cidade.

— E vamos ficar.

— Pois vamos, Brad Park. Pois vamos.


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