Os Irmãos Park escrita por André Tornado


Capítulo 13
Definições importantes




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Fizeram o percurso de regresso à sua casa também a pé.

Mike ia um pouco mais à frente de Rob e de Brad, encolhido, embrulhado na sua capa, com um passo incerto que tanto acelerava, como se suspendia, parava, hesitava, pairava e até se arrastava. As ruas estavam silenciosas e frias, mergulhadas em sombras quietas. Eles atravessavam o cenário como se o furassem e o invadissem, como se não pertencessem ali. Estavam tão sozinhos quanto as ruas. Desajustados. Nunca se tinham sentido assim naqueles anos todos de irmandade.

— Mike?

Ele não respondeu ao chamamento de Brad. Rob fez que não com a cabeça e encolheu os ombros, mas Brad não desistiu:

— Mike? O que foi que aconteceu ali dentro? Era impossível o Johnny deixar-te magoado. Tu podes parti-lo ao meio com uma mão atrás das costas. Aliás, não sei porque motivo não partiste já o Johnny ao meio para ver se ele aprende que não se deve meter com um vampiro com mais de duzentos anos. Já são cenas a mais… no refeitório, na cafetaria, agora na festa do Elliot…

Mike parou repentinamente. No mesmo movimento rápido, aproximou-se dos irmãos. Pararam os três e ficaram a entreolhar-se. As manchas arroxeadas no rosto do Mike permaneciam. Ele mantinha-as como uma espécie de lembrança, de troféu, uma forma de ter a raiva a cozinhar em lume brando dentro de si.

— Nada de violência – rosnou.

— Está bem, nada de violência. Mas temos de resolver o problema do Johnny. Ele não pode continuar a perseguir-te e a… a agredir-te. Como foi que ele te fez isso? Tu viste, Rob?

— Não, Brad. Não vi nada.

Mike endireitou as costas. Ficou hirto, direito como uma coluna. Ele costumava adotar essa posição quando se desligava do mundo, ou quando estava inquieto e antecipava, deste modo, as possibilidades de um ataque. Brad percebeu.

— Mike… nós, desde o primeiro momento, que só queremos ajudar-te.

— Eu sei – murmurou. – Eu sei. O Johnny esteve sossegado nestas semanas, julguei que se tivesse esquecido de mim. Depois apareceu no Music and Chips. Devia ter percebido os sinais. O que ele disse… Ele não me vai deixar em paz.

— Não és só tu, somos também nós. Nós todos somos o alvo do Johnny – emendou Rob, sério, apoiado no bordão que agarrava com as duas mãos, parecendo velho e vergado, como um mago antigo.

— O Rob tem razão, Mike – concordou Brad. – Depois de o Johnny se cansar de brincar contigo virá atrás de nós. Temos de fazer qualquer coisa… juntos! Na escola têm de perceber que quem se mete com um, mete-se com todos. Iremos reagir em conjunto. Fizemos a demonstração na festa do Elliot. Fomos em teu auxílio. Até agora temos estado sempre à espera, na defensiva. Está na altura de passarmos à ação. E que aconteça já neste primeiro semestre, antes da pausa do inverno, porque senão vamos ter um ano completamente estragado, do princípio ao fim. E não podemos… não devemos permitir que nos estraguem o nosso ano escolar.

Mike suspirou longamente, como se ainda pudesse guardar ar nos pulmões.

— Não pude reagir ao ataque do Johnny – começou a explicar. – Ela interferiu… se reagisse, ela acabaria prejudicada. Deixei-me apanhar, deixei que o Johnny me batesse, deixei-o pensar que me podia atingir. Esse pequeno teatro foi necessário. Desculpem se vos assustei. Claro que o Johnny não me magoou. Bem, se contarem com o orgulho ferido… então sim, o Johnny magoou-me e o seu golpe foi bem fundo. – Rangeu os dentes, o corpo estremeceu pronunciadamente. – Para mim, foi definido um limite. Chega! Passemos à ação! Admito que fui bastante ingénuo nesta questão. Julguei que o Johnny se tinha esquecido de mim e da sua implicância comigo. Passaram-se duas semanas e estava tudo tão tranquilo… Não devia ter baixado a guarda. Deixei-me enganar, deixei-me amolecer…

— Espera, espera lá! – cortou Brad impaciente. – Ela interferiu? O que queres dizer com isso?

— Sim, Mike… Quem é ela e como foi capaz de interferir? – perguntou Rob, também curioso.

Mike mordeu os lábios descorados.

— A miúda do outro dia…

— A Anna. Estás a falar da Anna?

— Sim, Brad. Ela estava na festa – respondeu Mike. – Não a viste?

— Não, por acaso não a vi. Estava lá muita gente e estavam todos mascarados. Como querias tu que eu…

— Ela não estava mascarada.

— Ah, bom.

— Conta, Mike – pediu Rob, batendo com o pé no passeio. – Conta de uma vez o que fez a Anna.

— Ela… ela tentou defender-me.

Brad arrebitou o lábio superior, num trejeito de incredulidade e de desdém.

— Ela tentou… defender um vampiro que não precisa de defesa…

— A Anna não sabe o que eu sou! – insurgiu-se Mike nervoso. – A Anna não sabe nada. Ela… ela sente curiosidade, só isso. Ela… não sei o que pretende, mas vou afastar-me dela. Não quero mais confusões.

— Olha que vai ser difícil – cogitou Brad. – Essa Anna pareceu mesmo muito interessada em ti no Music and Chips.

— Eu sei. É uma tragédia.

— Mais cedo ou mais tarde isso podia acontecer. Chamar a atenção de miúdas… e nós devolvermos a atenção – comentou Rob. – Porque sempre houve miúdas intrigadas connosco, nas escolas por onde passámos. Nós é que nunca nos importámos. Houve umas brincadeiras, mas nada de sério ou duradouro.

— E agora… achas que me importo? – perguntou Mike, agitado.

— Acho, Mike. Afinal, concedeste em ser agredido por causa dessa Anna.

— Conta lá como foi isso acontecer – pediu o Brad.

Mike flutuou durante algum tempo, como se pensasse nas melhores palavras. Colocou um punho à frente da boca, pigarreou e começou a contar.

— Bem, ela viu o Johnny crescer para cima de mim e avançou. Não me dei conta que ela estava a assistir àquela cena lamentável. Ela pediu ao Johnny que me largasse. Deu a ordem cheia de medo, mas deu-a. Acho que não gostou do que tinha visto no Music and Chips e, nessa altura, deve ter decidido agir, se voltasse a presenciar o Johnny a se meter comigo. Não correu bem, claro. Um dos amigos do Johnny empurrou-a para que não se metesse naquilo. Quando vi a Anna a ser molestada por causa de mim… enfureci-me. No espaço de dois segundos e meio vi-me a desfazer o Johnny em pedaços. Percebi, então, que isso só me prejudicaria, que prejudicaria a Anna, que… não era uma opção enfrentar o Johnny naquela ocasião. Sorri, provoquei-o para o distrair. Insultei-o e ele esmurrou-me. Foi o que aconteceu.

— Hum… nós acreditamos em ti. Mas a Anna não ficaria mal se tu despedaçasses o Johnny, Mike – disse Brad. – Quem ficaria mal serias tu e seríamos nós.

— Não sei, Brad. Não sei até que ponto eu não… a atacaria se entrasse nesse modo selvagem e descontrolado. Ela… ela está demasiado perto de mim.

Rob fez um ruído com a garganta semelhante a um gorgolejar seco.

— A Anna está demasiado perto… de ti?

Mike abanou a mão.

— Esqueçamos a Anna, concentremo-nos no Johnny. Chegámos ao ponto em que precisamos de lidar com esse problema de uma vez por todas! Esta questão não pode, nem deve arrastar-se mais.

— Até que enfim que agimos! – entusiasmou-se Brad. Os seus caninos rebrilharam, os seus olhos encheram-se de um vermelho perigoso, as suas narinas dilataram-se na antecipação dos perfumes deliciosos que lhe estimulavam os sentidos aguçados de criatura da noite.

— Não iremos usar as nossas capacidades ou os nossos poderes. Vamos resolver isto… como rapazes normais!

— Nós não somos rapazes normais, Mike.

— Eu sei isso, Brad. O Rob também sabe. Os outros não sabem e não quero que descubram. Aliás, nunca ninguém deve descobrir quem somos. Se formos identificados e assinalados, seremos perseguidos para o resto das nossas longas vidas e podemos ser eliminados. As pessoas têm medo de nós porque somos diferentes. Nunca mais podemos viver no meio dos humanos, teríamos de fugir para sempre e não quero isso para nenhum de vós… nem para mim!

— Enquanto conseguirmos esconder, vamos escondendo. A partir do momento em que formos denunciados… viveremos outra vida. Não tenho qualquer problema com isso. Já aconteceu.

— Mas o Mike tem, Brad – avisou o Rob, numa atitude sábia de mago.

— Até agora temos tido sorte, concordo. Sermos denunciados noutra cidadezinha não tem sido transmitido para o resto da província ou mesmo do país. Porque é que aqui seria diferente?

— O Mike quer ficar aqui os quatro anos, Brad. Acho que é um desejo legítimo. Eu também quero ficar e já tínhamos estabelecido esse objetivo entre nós.

Brad estalou a língua.

— Pois, é verdade. Não vou tentar contra-argumentar. Vamos ficar aqui durante quatro anos e o Johnny é um empecilho. Ele está no último ano da escola secundária, mas nada o impede de ficar aqui, protegido pelo paizinho, e nós vamos ter de o aturar durante mais tempo do que o previsto. Porque não será só por este ano, pode ser pelos outros três anos.

— Isso mesmo, Brad – anuiu o Rob.

— Vou precisar da vossa ajuda, irmãos – pediu o Mike.

— Tudo bem – retorquiu o Brad, sem qualquer ponta de malícia. – Nós queremos ajudar.

— Rob, tu estás nas aulas de desporto e tens acesso às rotinas do Johnny.

— Sim, poderei saber mais sobre ele. O Johnny está no último ano, eu estou no primeiro, mas já o vi, nalgumas vezes, no campo de jogos. Ele fala muito e faz pouco. Acho que é só reputação e muita bazófia. Tem sempre um lugar na equipa de futebol do Instituto por causa do pai importante, porque ele não é um jogador excecional, como já ouvi contar. A seguir irá para uma boa universidade com uma bolsa desportiva, mas é tudo à custa do pai. Mas também pode não ir… sabemos lá o que vai acontecer até ao final do ano.

— Precisamos de conhecer o que ele faz todos os dias – insistiu o Mike. – Horas de aulas e de treinos, turmas, colegas, quem gosta dele e quem não gosta, quem tem más memórias e que queira muito vingar-se. Quais são os seus amigos mais chegados, aqueles que dependem dele e de quem o Johnny também depende. Um valentão só sobrevive muito tempo por causa de quem o apoia. Os seus guarda-costas. Vamos definir uma tabela e identificar pontos fracos. O Johnny move-se num terreno reconhecível e não foge desse perímetro. Conhecer o lugar onde pisa ajuda à sua confiança. Temos de perturbar esse ambiente confortável para o conseguir atingir.

Mike voltou-se para Brad.

— E tu, meu irmão impaciente. – Apertou-lhe um ombro, sorriu-lhe. Sentia-se mais calmo, menos espicaçado, um rapaz igual a todos os outros, com a cara a latejar da agressão sofrida. – Preciso que descubras mais sobre o pai do Johnny. Sabemos que é o presidente do município, sabemos que faz contribuições monetárias generosas para o Instituto e também sabemos que o diretor gosta de o bajular, de o manter contente para que continue a financiar os projetos da escola. Para além disso… o que há mais?

— Mais pontos fracos.

— Sim, Brad. O que precisamos para vencer é saber onde estão os pontos fracos dos nossos adversários e atacar aí… para além do óbvio ponto fraco de serem todos humanos.

— E tu, Mike? O que vais pesquisar? – perguntou Rob. – Se eu vou seguir o Johnny e o Brad vai saber sobre o pai do Johnny…

— Estarei a pesquisar a escola inteira.

— Como podes fazer isso? – indagou Brad genuinamente admirado. – Vais colecionar informação sobre a escola inteira? Todas as turmas, todos os alunos, todos os professores…

— É esse o palco do Johnny, Brad. Se por um lado existe um terreno limitado onde o Johnny atua, no caso de existirem coisas imprevistas ele tem escapatórias desenhadas. Preciso de cortar todas essas escapatórias. Ele não é o valentão principal da escola durante todos esses anos se não tiver alguma capacidade de adaptação. Compreendem? O Johnny conta com o apoio do diretor e esse é um apoio de peso. Mas de certeza que também terá o apoio de outras pessoas.

— Estamos a declarar guerra ao Johnny – considerou Rob, coçando o queixo.

— Sim. No caso do Johnny não basta ganhar uma batalha e ficarmos descansados. Temos de nos preparar para uma guerra. Precisamos de antecipar avanços, recuos e momentos difíceis.

— Ao falares assim… tudo se torna mais assustador, Mike – admitiu Brad.

— E é assustador! Já lidámos com outros valentões, mas o Johnny… tem qualquer coisa de especial e de complicado. É uma novidade. É um autêntico desafio. Eu podia assustar o Johnny… e ainda não descartei essa hipótese, notem bem. – Mike esticou um dedo, a apontar para o céu noturno. – Podemos chegar à conclusão de que a melhor estratégia, no caso inédito do Johnny, é mesmo pregar-lhe um susto utilizando dois vampiros e um feiticeiro. Mas também não quero fazer essa escolha e depois descobrirmos, mais à frente, que isso só piorou o nosso problema. Compreendem as minhas cautelas?

— Claro que sim, irmão – disse Brad. – E também… talvez por causa da Anna…

— A Anna não vem ao caso! Vamos deixar a Anna fora disto!

— Ei, Mike… sempre mentiste muito mal.

— O que queres dizer, Rob?

— Julgas que nascemos ontem? Julgas que não sabemos como é que funcionas? Tudo bem. Aceito a minha incumbência de vigiar o Johnny durante as suas aulas de desporto e nos intervalos dessas aulas. O Brad também não se opõe, de certeza, a descobrir mais sobre as ligações do pai do Johnny à escola e ao poder que o filho tem. Tu tens uma grande responsabilidade também em analisar a escola inteira… mas vais fazê-lo porque assim terás carta branca para ires atrás da Anna.

Mike rosnou.

— Não irei atrás da Anna, Rob!

— Nem tentes enganar-nos, Mike Park. A Anna, depois desta noite, tornou-se também parte do teu problema com o Johnny.

— Isso é uma enorme asneira!

— Não o interrompas, deixa-o terminar – pediu o Brad, cruzando os braços, olhando de um para outro irmão. Ele já sabia do que se tratava, mas queria que fosse o feiticeiro a dizê-lo, porque não podia ser sempre ele a expor as verdades.

— A Anna não te vai ajudar, nem nos vai ajudar. O que tu queres é afastá-la da tempestade, desta… guerra. Protegê-la e colocá-la fora de perigo.

— Ela não tem que se meter neste problema que não lhe diz respeito – afirmou Mike na defensiva.

— E também não tem de se magoar com o mesmo problema, precisamente porque não lhe diz respeito. No entanto… ela envolveu-se, esta noite, no problema e tu precisas de ter a certeza de que os aliados do Johnny não a fixaram como um alvo por causa de ti.

— Hum… Sim, sim. É isso.

— Tudo certo, Mike. Nós conseguimos perceber – disse o Rob.

— Tudo certo – repetiu Brad. – Vamos evitar os danos colaterais. A Anna seria um dano colateral completamente evitável. Já temos o Charles Elliot mais ou menos metido nisto, não vamos também incluir a Anna Hillinger.

— Pois não vamos – concordou o Mike. – A Anna não vai entrar nisto.

— E se ela quiser entrar?

— O Mike não vai deixar – disse Rob.

Brad carregou uma sobrancelha. Mike rosnava e resfolegava. Rob estava tranquilo, como habitualmente, apoiado no seu bordão. Já não parecia tão envelhecido e contraído.

— Então… estamos combinados? O nosso plano inicial será esse. Investigar o Johnny.

— Perfeitamente, Mike.

Os três esticaram o braço direito. Tocaram punho fechado com punho fechado, selando o acordo. Tinham uma semana para a recolha de informação. Mike iria evitar o Johnny, para parecer que estava a fugir dele e que tinha medo. Isso alimentaria a sua vaidade. O Johnny julgaria que o tinha dominado ao ponto de manter a brincadeira conforme quisesse. Dali a oito dias, no fim-de-semana seguinte, portanto, reuniriam o que tinham apurado e definiriam o plano que terminaria de vez com os abusos imbecis do valentão.

Retomaram a marcha, mais leves e confiantes. Mike eliminou as pisaduras do rosto e não pôde evitar pensar na Anna. Os irmãos conheciam-no bem, infelizmente. A Anna já fazia parte da equação. Ele tentaria afastá-la, mas desconfiava que seria das tarefas mais difíceis que tinha pela frente naquela semana.

Brad perguntou:

— E as tuas amigas, Rob? Ficaste com o contacto delas? Número de telefone, nome nas redes sociais…?

— As minhas amigas da festa? Estás a falar das coelhinhas.

— Sim, essas…

— Posso tentar encontrá-las na escola. Não, não fiquei com contactos ou com nomes. Mas tenho uma excelente memória para caras.

— E eu tenho uma excelente memória para… cheiros. Cheiravam tão bem! Elas são nossas colegas do Instituto?… Ótimo! Irei ativar o meu olfato…

— Nada de distrações, Brad Park! – exigiu Mike.

— Ora, Mike… imagina que as duas coelhinhas possam ter informações sobre o Johnny, ou sobre o pai do Johnny…

— Por aquilo que combinámos, caberá ao Mike descobrir isso, Brad.

— Rob! Estás a passar-me uma rasteira!

— Oh… Desculpa, eu não queria…

— Mike! As duas coelhinhas estavam na festa do Elliot… – insistiu Brad.

— Assim como outras miúdas.

— Imagina que, por um golpe de sorte, as coelhinhas são amigas de infância do Elliot ou assim. Imagina que possam ter informações privilegiadas sobre o Johnny… E como eu já fiz contacto na festa, elas podem ser mais sinceras comigo do que contigo, Mike, porque não te conhecem de lado nenhum. E também podem não querer conversar contigo porque tu és o alvo do Johnny…

— Está bem, podes ir falar com as coelhas sobre este assunto. Mas com mais ninguém!

— Descansa, Mike. Deixo a Anna para ti.

Mike mostrou-lhe os dentes.

— Seu… seu…

— Depois dessa reação… podes crer que nunca me aproximarei da Anna sem a tua autorização.

A noite carregou-os nos seus braços frios e escuros, porque era a sua maior amiga, aquela que nunca os traía. Eles confiavam na noite, na caminhada que os levava de volta a casa onde estariam protegidos e onde podiam estar descansados. Por brincadeira Rob fez um feitiço e os três deslizaram, envolvidos numa nuvem de neblina que lhes fazia cócegas. Riram-se alto, despreocupados, sabendo que ninguém os podia atingir, nem destruir, nem desunir se se mantivessem assim. Amigos, cúmplices e irmãos.


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