Eu no seu lugar escrita por annaoneannatwo


Capítulo 10
Oitava regra: Tomar MUITO cuidado com o Deku




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Que… tédio… da… porra! 

Katsuki se joga no sofá da salinha do apartamento da Cara de Lua e encara o teto. Agora que ele sabe que ela vive à base de um orçamento enxuto, dá pra entender porque ela não tem video games ou um monte de filmes e mangás, mas isso não diminui o tédio que ele tá sentindo, além de fazê-lo imaginar que diabos ela faz pra matar o tempo quando vem pra cá nos fins de semana. Não tem mais nada pra fazer, ele já terminou a lição de casa e já revirou esse apartamento pra limpar, inclusive debaixo dos móveis —  com a individualidade dela, foi bem fácil, sem falar que foi do caralho erguer o fogão como se fosse uma caixa de papel, ele… pode ou não ter fingido ser um daqueles heróis profissionais com super força.

Katsuki olha pro lado, e acaba encarando as fotos que decoram a mesinha de centro. Uma da Uraraka quando era pirralha com o pai e a mãe, uma dela com um povo que ele nunca viu na vida, provavelmente amigos dela do Fundamental, uma com a Menina Sapo, e outra dela com o Quatro-Olhos e o merda do Deku. Argh… e ele achando que uma das poucas vantagens de vir pra esse apartamento era não ter que olhar pra cara desse imbecil… acabou de estragar essa merda de domingo.

Katsuki pega o celular dela e rola pelas mensagens, nada de interessante, só essas meninas doidas falando umas coisas sem sentido, e os idiotas falando merda no grupo da sala. Além disso, tem uma caralhada de mensagens individuais da Menina Sapo, do Quatro-Olhos e lógico, do Deku. Ele aperta o celular e acaba fazendo-o flutuar, xingando e liberando logo depois. Que diabos esse moleque quer? Não, não é problema seu, ele vai continuar ignorando, assim como fez com todas as mensagens individuais que ela recebeu. Ela que resolva os próprios assuntos quando voltar pro próprio corpo.

Katsuki esquece o celular dela largado na bancada da cozinha enquanto prepara um lanche, mas acaba voltando a ele quando começa a vibrar, fazendo o barulho ecoar pela cozinha. Ao ler a tela, ele revira os olhos: “Momo-chan”. Tsk, só falta a Rabo de Cavalo querer dar mais um sermão EM PLENO DOMINGO. Ele considera ignorar a ligação, mas... ah que se foda! Não tem nada pra fazer mesmo!

“Uraraka-san! Ah, que bom que você me atendeu!”

—  O que que foi agora? — ele prende o celular entre o ombro e a orelha enquanto anda de volta pra sala.

“Ah, é que… você não estava respondendo minhas mensagens, desculpe se é inconveniente te ligar, mas eu realmente precisava falar com você.” E então ela fica em silêncio.

—  Tá. Fala, então.

“Eu… só queria dizer… que eu sinto muito, Uraraka-san. Creio que tenha sido muito dura com você, e talvez eu tenha trazido à tona um assunto que não é pertinente ao que estava sendo discutido naquele momento, eu realmente lamento pelo meu comportamento e por qualquer transtorno que eu tenha causado.”

Hum, por essa ele não esperava, a senhorita perfeita caga-regra tá admitindo que tava errada? E tá pedindo desculpa por isso? O tom de voz dela é bem diferente daquele jeito sabe-tudo que ela costuma ter, é bem… engraçado ouvi-la assim. Katsuki considera fazer um pouco de cu doce só pra ver o que mais ela vai falar, mas… ele se lembra da conversa com a mãe da Cara de Lua, dizendo pra resolver tudo com gentileza. Hum… que saco.

—  Tá tudo bem. —  ele murmura — Que bom que você veio se desculpar.

“Sim, eu imaginei que fosse o certo. Que fique claro, Uraraka-san, que de maneira nenhuma eu acho que você não é capaz de ter suas próprias decisões, é que fiquei legitimamente surpresa com a sua atitude, você não costuma ser impulsiva, assim… lembra do sequestro do Bakugou-san ano passado? Você foi a única que sugeriu que nós tentássemos ver a situação do ponto de vista dele e não agir precipitadamente porque ele se sentiria humilhado em ser resgatado.”

Como é que é? A Cara de Lua falou isso mesmo? Dessa ele não tava sabendo… pode crer que foi humilhante ter o Deku e aqueles três outros nerds pra resgatá-lo, se não fosse o Kirishima ali, ele tinha mandado os outros à merda. E a Uraraka sabia disso? Mas como? Como caralhos ela podia conhecê-lo tão bem se eles nem são próximos? Será que é… “intuição” igual a mãe dela falou? Menina estranha…

—  É, eu lembro. —  ele mente.

“Pois então, eu só fiquei surpresa, lamento muito se o que eu disse a ofendeu, nunca foi a minha intenção. Bom, como prova do meu arrependimento, tenho uma oferta de paz.”

—  Ah é?

“Sim! Confira seu e-mail quando puder, eu te enviei algumas informações pertinentes sobre o caso do laboratório, incluindo algumas imagens em melhor qualidade que o Shouji-san conseguiu, creio que em uma delas, é possível ver o garoto mais detalhadamente. Eu… enviei apenas para você, se você quiser compartilhá-las com o Bakugou-san, fica a seu critério.” —  caralho! Essa menina quer mesmo ser perdoada, hein?

—  Tá bom. Obrigada. —  ele franze o cenho.

“Eu que agradeço. Obrigada por compreender meu lado, Uraraka-san, fiquei tão preocupada desde aquele dia! Eu planejava chamá-la para conversar pessoalmente amanhã, mas a Kendo-san me aconselhou a não adiar essa conversa se estava me incomodando tanto… sua amizade significa muito para mim, você sabe, certo?”

—  Ahã. —  pode não parecer, mas ele tá escutando essa ladainha dela com o máximo de paciência que consegue.

“Certo, então. Obrigada por me ouvir, eu a deixarei voltar aos seus afazeres. Bom domingo, Uraraka-san!” e a Rabo de Cavalo desliga. Finalmente!

Aí sim, porra! Finalmente algo de útil pra fazer! Katsuki dá um sorriso perverso enquanto abre as mensagens dela. Antes de abrir o e-mail, ele o encaminha pra sua própria conta, e logo depois manda uma mensagem pra Cara de Lua. É melhor ela não demorar rpra responder… que caralhos ela tá fazendo no corpo dele?

***

Ochako está completamente fodida, como o próprio Bakugou diria. Não tem outra palavra para explicar a situação dela nesse momento, enquanto aperta as alças das sacolas de supermercado e tenta não olhar diretamente pro garoto de cabelo verde andando ao seu lado. O garoto em questão tentando ser discreto, e falhando ao olhar por sobre o próprio ombro pra ter certeza que isso é real e ele não tá tendo uma alucinação pós-nocaute em alguma luta: Deku não acredita que o Kacchan tá mesmo ajudando a carregar as compras da mãe dele. Porque claro que isso não faz sentido, até ela sabe disso! Então… como diabos as coisas acabaram assim?

A senhora Bakugou pediu —  ordenou, na verdade — que ela a ajudasse a fazer compras no mercado da vizinhança. Ochako imaginou que o verdadeiro Bakugou protestaria e reclamaria muito, mas acabaria obedecendo e fazendo uma super cena que daria a entender que ele resolveu ir porque quis, não por que ela mandou, então foi o que ela fez (sem muito protesto e reclamação, porque só seria cansativo mesmo), até aí tudo bem. O problema começou quando a senhora Bakugou exigiu que ela fosse buscar alguns itens da lista, entre eles, vinagre. Ochako foi até o corredor e avistou a garrafa de vinagre, inclinando a cabeça levemente ao perceber que uma mão com uma cicatriz muito familiar almejava a mesma garrafa…

—  Ah, K-Kacchan! —  Ochako reconheceria essa voz num show lotado.

—  Deku. —  ela murmurou, não de raiva como o verdadeiro Bakugou faria, mas de nervosismo. De todas as pessoas que ela conhece e de todas as garrafas de vinagre disponíveis, ela tinha mesmo que ter escolhido a mesma garrafa que o garoto que gosta, mas com o qual nem pode falar direito porque está presa no corpo do amigo de infância/rival dele? E de todos os horários disponíveis pra vir no único mercado da vizinhança, o Deku tinha que estar aqui na mesma hora que ela?  Como alguém pode ser tão azarada?— O que diabos você tá fazendo aqui?

—  C-compras com a minha mãe. Você também, Kacchan? —  Ochako desviou o olhar e acenou com a cabeça, encarar esses olhos verdes e brilhantes a deixando desnorteada —  Ah, que coincidência! Isso acontecia muito quando a gente era mais novo, né? — ela não sabia nem porque o Deku tentou puxar papo com o Bakugou quando a resposta óbvia seria ignorá-lo, que é exatamente o que ela fez —  Enfim… foi bom te ver, Kacchan, até aman-

Ochako estava prestes a relaxar os ombros em alívio ao saber que não teria que interagir mais com ele e correr o risco de acabar confessando o tamanho da saudade que tá dele e de todo mundo, mas a despedida do Deku acabou interrompida pelas risadas de duas mulheres adentrando o corredor. A senhora Bakugou surgiu, conversando simpaticamente com a senhora Midoriya, e Ochako sentiu um tranco no peito ao perceber que teria que cumprimentar ninguém mais ninguém menos que a mulher que criou o Deku pra ser esse menino incrível e… adorável.

—  Ah, Katsuki-kun, quanto tempo! Você cresceu, hein? Já tá praticamente um homem!—  a senhora Midoriya sorriu e a olhou de cima a baixo.

—  Oi… —  ela respondeu timidamente, sabendo que esse calor não era da individualidade dele, mas sim da própria vergonha.

E tinha como ficar pior? Ah, tinha! Lógico que tinha! Porque aí a senhora Bakugou decidiu que só o caminho do caixa até o carro dela não era o suficiente para pôr o assunto em dia com a senhora Midoriya e que elas tinham que ir pra casa dela pra tomar um café. As compras? “Ah, deixa que o Katsuki ajuda seu menino.” Aí bateu a dúvida: o Bakugou obedeceria ou não? Não importa, porque Ochako acabou obedecendo.

E é por isso que agora ela tá aqui, com a cara pelando de vergonha, caminhando lado a lado com o garoto que gosta enquanto o ajuda a levar as compras para o apartamento dele. “Não é tão longe, você lembra, né Kacchan?”. Nem se fosse literalmente em frente ao mercado, como é que ela poderia agir normalmente em ir pro apartamento dele??? E não poder falar nada porque ela não é ela, ela é o bendito do Kacchan???

Ochako permanece silenciosa por todo o caminho, sentindo essas mãos começarem a pinicar por conta do suor. Ai não… ela precisa se acalmar ou vai acabar explodindo as compras da mãe do Deku! Já pensou que horror?

—  Então, Kacchan, eu estive pensando, você leu as notícias recentemente? O que você achou da luta do Hawks contra aquele vilão de areia? Pessoalmente, eu acho que o Hawks tende a usar métodos bem pouco convencionais, mas achei que ele seguiu um procedimento mais comum, porque se você for analisar... —  Deku dispara a falar, e é muito, MUITO, difícil não dar um sorriso idiota diante de uma cena tão familiar pra ela e tão… engraçadinha e charmosa, como as sardas dele, como ele inteiro, na verdade. Mas ela resiste em olhar, mantendo a cara tipicamente fechada do Bakugou e sofrendo em agonizante silêncio.

Um celular vibra no bolso traseiro dos shorts que ela tá usando, trazendo Ochako de volta para a realidade. Ótimo, ela precisa mesmo de uma distração pra esquecer o turbilhão de pensamentos rondando sua mente. “Cara de Lua”, ela lê o nome de quem tá ligando, e engole em seco ao atender. Será que ele pressentiu que ela tá fazendo besteira e resolveu ligar?

“Que caralhos você tá fazendo que não olha a porra das mensagens?”

—  Tô ocupado. A… velha me obrigou a fazer compras com ela.

“Tsk, então era pra isso que a cuzona me queria em casa, pra me fazer de empregado dela! Ela tá aí do seu lado?”

—  Ahã. —  é mentira, claro, o Bakugou não pode nem sonhar que ela tá com o Deku.

“Então manda ela ir se ferrar!”

—  Tá, tá… depois eu mando. Por que… caralhos você me ligou?

“Porque você não viu minhas mensagens. Dá um perdido nessa velha maldita e vê o que eu te mandei que é importante! Tem a ver com o pivete do laboratório.”

—  Sério? O que que é?

“Abre o e-mail e vê, porra! Me liga depois que você ver, anda logo!” e na maior educação, ele desliga na cara dela. Grosso! Ochako guarda o celular de volta no bolso com raiva.

—  Pode me dar as sacolas, Kacchan. Eu consigo me virar daqui. —  Deku diz num tom tão gentil que a deixa enjoada.

—  Não, deixa disso, eu-

—  Não deixa a Uraraka-san esperando. —  É O QUÊ? — Era ela no telefone, não era?

Ochako congela com as sacolas erguidas, encarando-o em choque.

—  Como você… como você sabe?

—  Ah, é que… você fala diferente com ela… —  Deku dá um sorriso que faria o sol ficar com inveja — Eu fiquei muito surpreso quando ela veio pedir meus cadernos emprestados, mas agora faz sentido! É bem legal que vocês estejam treinando juntos! Ela é incrível, não é mesmo?

—  Dá pro gasto. —  ela murmura, lembrando-se que o próprio Bakugou já descreveu as habilidades dela assim.

—  Uhum. Faz sentido, já que você também é incrível, Kacchan! É até natural vocês se atraírem um pro outro, né? Então… aproveite bastante, hein? Não desperdice sua chance. —  Deku continua sorrindo, mas o tom dele não tem nada daquele entusiasmo típico...

Ai. Merda! Ele tá falando o que ela acha que ele tá falando? Deku se aproxima e suavemente tira as sacolas das mãos dela, e o pior é que ela nem consegue reagir e simplesmente deixa, sabendo que deve ter uma expressão completamente estúpida no rosto. Ela precisa dizer alguma coisa, não, ela não pode deixar o Deku ir embora achando que ela cansou de esperar por uma resposta e seguiu em frente com o Bakugou! É o Bakugou, caramba! 

 

É por isso que, quando Deku se despede dela e se vira, Ochako berra:

—  Peraí, Deku! —  e ele espera, pulando em surpresa e se virando pra ele —  Eu não sei… eu não sei de que porra você tá falando, mas eu e a Cara de Lua somos só parceiros de treino! Não sei que porra você ouviu por aí, mas não é verdade!

—  Não… não é?

—  Lógico que não! Você acha mesmo que ela ia… só… começar a sair com outro cara assim do nada sem nem te escutar? —  é esse tipo de menina que ele acha que ela é?

—  N-não, claro que não! Mas… ela tem ignorado todas as minhas mensagens e… ela tem estado tão distante, Kacchan, e eu achei que… você… porque vocês estão sempre juntos ultimamente e…

—  A gente só treina, Deku. Não tem mais nada! Eu… eu não sou o tipo dela! —  ou… alguma coisa assim… Na verdade, Ochako tem quase certeza que ela que não seria o tipo do Bakugou seja lá ele qual for, mas a questão não é essa agora —  Se ela tá te ignorando, é porque… ela quer muito focar nesse nosso treino, entendeu?

—  Ah, sério? Então é só isso? Eu… —  Deku parece estar tão perdido em pensamentos quanto ela.

—  Você não vai fazer nada, entendeu? Deixa ela quieta por mais um tempo e… depois desse tempo, qualquer que seja sua resposta pra ela, vocês se resolvem. Mas agora espera, porque… eu e ela temos que resolver um negócio primeiro!

—  Mas quanto tempo, Kacchan? Porque eu não acho que é certo fazê-la esperar ainda m-

—  Ela vai te avisar!  — Ochako sabe que tá gritando no meio da rua e mesmo assim, é impossível parar —  Você entendeu?

—  Hã, sim, eu… eu acho que sim. Hã, obrigado, Kacchan, por… esclarecer a situação. —  Deku dá uma risadinha desajeitada — Ah, o Iida-kun vai ficar tão aliviado em saber que ela… n-não que tenha alguma coisa errada com você, Kacchan!

—  Tá, foda-se. —  Ochako nem sabe mais o que tá fazendo, só se aproxima e apoia as duas mãos nos ombros dele, tendo que olhar pra baixo pra encará-lo —  E não fala nada disso que eu te falei pra ela, entendeu? Se não… se não eu te mato, seu… nerd maldito!

—  Tá bom! Tá bom!  — Deku também está gritando a esse ponto, ele só parece um pouco mais ciente das pessoas passando na rua e encarando esses dois meninos berrando um com o outro —  Você… você e a Uraraka-san são bons amigos pra você saber disso tudo, não é, Kacchan?

Ochako não sabe o que o Bakugou pensa disso, mas honestamente, pouco importa. Ela contou coisas extremamente pessoais pra ele, ela confia nele e a verdade é que é ótimo treinar com ele, então eles são amigos, sim!

—  Dá pro gasto. —  ela retira as mãos dos ombros dele —  Eu… quero que ela pare com esse mimimi sobre você e foque na porra do nosso treino, é só isso. —  Ochako dá as costas, o rosto se contorcendo pela quantidade de mentiras que ela despejou em questão de minutos.

—  Ok… bom, então… até amanhã, Kacchan!

Ochako só responde na própria cabeça, lógico. “Até amanhã, seu nerd bobo do caramba.”

***

Mitsuki observa, pelo retrovisor, o filho desafivelar o cinto de segurança e pegar a mochila, parando para olhar tanto ela quanto o pai dele.

—  Então… valeu pela carona. —  ele murmura.

—  O prazer é nosso, filho. Boa semana pra você!

—  Tá, tá… pra vocês também. —  Katsuki se move pra sair do carro.

—  Katsuki, peraí um pouquinho. —  ela o chama, e ele para imediatamente. Sacando a carteira, ela entrega algumas notas de dinheiro pra ele —  Toma aqui pra você passar a semana.

—  A semana?! —  ele fica com olhos esbugalhados —  Mas é muito- é… eu não vou aceitar, sua… velha!

—  Pode aceitar, você ajudou bastante a gente nesse fim de semana. —  Masaru o encoraja, sorrindo levemente.

—  E-eu… aargh, ok! —  ele pega o dinheiro nervosamente —  Obr- Valeu… — o carro fica em silêncio por alguns segundos, até que o garoto resolve abrir a boca novamente —  Eu… acho que vocês deviam se orgulhar muito de mim.

Mais silêncio, e Mitsuki joga um olhar para seu marido, ele apenas assente e se vira pra olhar o filho nos olhos.

—  E a gente se orgulha, Katsuki. Pode ter certeza disso.

—  Você também, mãe? Hã… velha?

—  Mais do que você pensa, moleque abusado. Agora anda logo! —  ela não ouve uma resposta, só o som da porta do carro abrindo e fechando, e sorri — É, Masaru, bem que você falou… não tem nada de errado com nosso filho. Até porque esse aí não é nosso filho.

—  É, pois é… você quer avisar o professor deles ou eu aviso?

—  E quem garante que ele já não sabe? Ele deve confiar nessas crianças, então acho que a gente também devia.

—  Tem certeza?

—  Sim, nosso Katsuki é muito esperto e deve estar pensando no que é melhor pra escola, e, se for quem eu estou pensando, essa mocinha aí é de confiança também. Vamos ver no que vai dar, por enquanto… temos que confiar nele de vez em quando. — ela sorri serenamente.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! Espero que esteja curtindo! Nos vemos semana que vem (se tudo der certo, com att em dose dupla!)



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