Be your everything (BlackWater) escrita por Amanda Vieira, MandysGonçalves


Capítulo 9
Nove




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 Jacob.

 

 Voltar para La Push foi estranho, senti meu coração se apertando conforme fomos nos afastando de Leah. Tentei me distrair com a viagem, Seth também estava triste e tentamos animá-lo. Conforme fomos nos aproximando de Forks, Quil começou a ficar ansioso para ver Claire, parecia o burro do Sherek perguntando trezentas vezes “a gente já chegou?”. Ela por sua vez, estava nos esperando na entrada da casa dos Clearwater, ao lado do meu velho e de Sue. Quil mal esperou o carro parar, para abrir a porta e correr até ela. Vê-los trouxe aquela pontada no coração, que eu já havia sentido várias vezes, ao ver Bella correr até Edward.

 A primeira semana em que voltei da viagem foi um pouco estranha, eu e Leah mantínhamos contato por mensagem, mas nenhum dos dois queria forçar a barra de algo não definido. Pra ser sincero, ainda estávamos tentando descobrir o que queríamos um com o outro e nas nossas vidas. Ambos tinham uma bagagem bizarra de desilusão amorosa e sabíamos que se realmente quiséssemos ficar juntos, teríamos coisas a enfrentar.

 Um mês se passou. Eu estava me dedicando totalmente a mecânica, até fazendo alguns cursos online. Leah tinha uma rotina bem agitada entre o trabalho e a faculdade, mas achávamos tempo para conversarmos, ou melhor, ela conseguia um horário em sua agenda lotada pra falar comigo. Geralmente trocavamos breves mensagens, às vezes, ela me ligava só pra dar um oi enquanto se arrumava pra ir a algum lugar. Não havia cobrança, apenas um esforço mútuo para ver o que poderia acontecer.

 Uma noite, eu estava numa das minha patrulhas de rotina quando senti a transformação dela e seus pensamentos invadirem minha mente.

 Oi Jake, cumprimentou ela. Foquei no que seus olhos viam, ela estava correndo.

 Que milagre você por aqui, onde está? Perguntei.

 Lembra que eu comentei que um pessoal decidiu acampar? Aproveitei que o pessoal dormiu e vim esticar um pouco as pernas. Explicou.

 Leah não gostava de estar na forma de lobo, ela quase sempre evitava esses momentos, mas ela gostava de correr por aí e como loba, ela era muito mais rápida.

 Cuidado pra não ser vista e causar uma comoção na cidade por causa de "um monstro gigante", brinquei, ela riu.

 Sim, chefe, respondeu ela.

 Olhei a lua, era uma noite bonita em La Push.

 Lua bonita, comentou ela, olhando através dos meus olhos. Concordei. Como estão as coisas por aí?

 Ah, a vida pacata da Reserva… suspirei, ela riu. Está tudo bem, continuamos com as rondas diárias, embora não tenhamos tido a visita de nenhum sanguessuga desde que os Cullen foram embora. Insistência de você sabe quem…

 Aquele que não deve ser nomeado… Voldemort? Leah fingiu espanto, me fazendo rir.

 Não sabia que você conhecia Harry Potter, comentei.

 Quem é que não conhece? Torci pra ir pra Hogwarts, mas acabei no "Anjos da Noite", retrucou ela, me fazendo gargalhar. Ei, fiquei sabendo de Paul e Rachel.

 O comentário dela me fez imediatamente lembrar da cena. Eu estava largado no sofá em casa, num raro momento em que ele estava livre da presença de Paul. Então a porta da sala se abriu e o furacão Rachel entrou.

 -EU TO NOIVA! -berrou ela na minha cara, depois de se jogar em cima de mim. Sem que eu pudesse responder, ela me contou detalhadamente como Paul havia convidado ela pra jantar num restaurante mega chique em Seattle e como havia feito o pedido. Ao terminar, ela simplesmente pulou do meu colo e foi ligar para Rebecca para contar tudo novamente.

 Caramba, ela ficou mesmo animada! falou Leah, que havia visto minha memória também, rimos.

 Pois é, eles vão casar no verão, falei.

 Está perto, comentou ela.

 Eles falaram que não tem motivo para esperar, mas a Rachel tá enlouquecendo com os preparativos, ou seja, ela está ME ENLOUQUECENDO também, falei, Leah riu.

 Conversamos por algum tempo, enquanto ela corria aleatoriamente por aí, depois nos despedimos, pois ela iria voltar para o acampamento com os amigos e dormir.

 …

 No mês seguinte, decidi ir passar um final de semana com a Leah, fechei a oficina mais cedo na sexta, peguei minha moto e fui, o mais rápido que podia. Quando cheguei, as aulas de Leah já tinham acabado. A encontrei na porta dos dormitórios, com uma mochila, me esperando. Ela subiu na garupa da moto e me guiou até uma pequena pousadinha, onde ela havia reservado um quarto para passarmos o final de semana.

 -Achei que eu dormiria na Sigma. -comentei.

 -Não teríamos nenhuma privacidade, já que é só um final de semana comum, então todos os garotos estão na cidade. -explicou. -E eu não queria fazer você entrar escondido no dormitório por três noites seguidas.

 Nos ajeitamos e conversamos até cairmos no sono. No dia seguinte, Leah me levou para tomar café da manhã em outro lugar, não queria ir ao trabalho em sua folga. Andamos um pouco pela cidade, que já mostrava um clima ameno com a chegada da privamera no próximo mês. As ruas estavam mais movimentadas e haviam mais lojas abertas. Almoçamos em um restaurante de comida italiana, com direito a muito molho e queijo em nossos pratos. A noite, fomos assistir um filme no cinema e voltamos pra pousada.

 O domingo foi de preguiça, pedimos café da manhã no quarto, fizemos um lanche na hora do almoço e só saímos na hora do jantar. Eu havia pedido ajuda de Jenna e ela reservou para nós uma mesa em um restaurante um pouco mais chique na cidade.

 -Faz muito tempo em que eu não saio pra jantar em um lugar assim. -comentou ela.

 Nós sempre evitávamos o assunto Sam e Bella em momentos como esses.

 -Se te consola, é minha primeira vez em um restaurante em que se faz reserva. -falei, fazendo ela rir.

 -Que bom que sou sua primeira acompanhante num restaurante chique, Jacob, me sinto honrada. -falou ela, endireitando a postura, fazendo charme. Nós rimos.

 Fizemos nossos pedidos e tomamos vinho, igual aqueles casais de filme fazem, e pedimos sobremesa. Tivemos uma conversa muito agradável sobre nossas expectativas para o futuro e também demos muitas risadas. Saímos do restaurante e eu sentia meu peito cheio, me sentia completamente energizado, como se fosse capaz de fazer qualquer coisa. Infelizmente, no dia seguinte, bem cedo, eu tive que lidar novamente com a sensação de vazio ao ir embora.

 Os meses se passaram. Houveram noites, que encontrei Leah na forma de lobo, algumas sozinho e algumas com a matilha completa. Não era segredo pra nenhum deles que nossa conexão estivesse cada vez mais forte e sempre que nos encontrávamos todos reunidos em pensamento, as piadinhas eram constantes, um sentimento maravilhoso tomando conta do grupo. Eu fui até Leah mais algumas vezes, em algumas, nos encontramos no meio do caminho, mas ela nunca vindo até Forks, até agora.

 As férias de verão finalmente chegaram e era hora de Leah voltar pra casa por pelo menos 2 meses, até o próximo semestre começar. Eu estava animado e ansioso pra vê-la todos os dias novamente.

 Meu pai e Rachel sabiam que eu e Leah tínhamos algo, mas não faziam perguntas, além de querer saber se ela estava bem e como andavam as coisas na Califórnia. Sue também sabia e sempre me recebia com um sorriso daqueles com quem se compartilha um segredo, o que mostrava que ela estava super de acordo com tudo. Seth como sempre, estava animado, assim como Quil e Embry. Claire também sabia e às vezes soltava indiretas para mim, o que me fazia rir. Apesar de quem realmente importa-se estar feliz por nós, eu sabia que Leah estava tensa com sua volta, já que não sabíamos como as outras pessoas lidariam com a nossa relação.

 Então chegou o dia de buscá-la no aeroporto de Seattle. Tive o privilégio de poder ir sozinho e desfrutar alguns momentos a sós com ela, antes de chegarmos a Reserva. Leah chegou com seu novo estilo, redescoberto na faculdade, usando jeans e jaqueta de couro, o cabelo ondulado, estava maravilhosa.

 -Pronta pra voltar? -perguntei quando entramos no carro.

 -Pronta pra guerra. -respondeu ela, colocando seus óculos escuros e se ajeitando no banco, me fazendo sorrir.

 Fomos direto pra casa dela, onde a matilha estava reunida. Leah foi abraçada, esmagada, rodopiada e erguida no ar.

 -Quem é você e o que fez com a Leah Rabugenta? -perguntou Quil, fingindo espanto. Leah lhe deu um soco de brincadeira no braço.

 -Se a gente soubesse que você ia voltar gata assim a gente tinha mandado você pra faculdade bem antes. -falou Embry.

 -Primeiro que eu sempre fui gata, segundo: cala a boca Embry! -retrucou ela, gargalhei.

 -Graças a Deus que você voltou, Leah, não tava mais aguentando ser a única garota com esse bando de mal educados. -falou Claire.

 -Quem você tá chamando de mal educado? -exclamou Embry.

 -Não tá falando de mim, né amor? -dramatizou Quil.

 -Mãe, não sei do que ela está falando. -Seth falou para Sue.

 -Também não sei de nada, sou super educado. -me defendi.

 -Até parece. -retrucou Leah.

 -Ai, essa doeu hein Jake. -zombou Embry, levando a mão ao peito.

 -To falando de você também. -retrucou Leah.

 -Toma! -comemorei.

 -Podia ter ficado sem essa. -falou Seth.

 Eu, Quil, Claire e Embry tomamos café da manhã com os Clearwater, mas depois deixamos que Sue e Seth matassem a saudade de Leah em família. Passei o resto do dia inquieto, eu veria Leah a noite em mais uma noite de reunião na fogueira, onde todos estariam reunidos. Trocamos algumas poucas mensagens, tentei dar o máximo de espaço possível para que ela pudesse se ambientar novamente e matasse a saudade da família, mas aparentemente, ela estava não inquieta quanto eu.

 Tentei me focar no trabalho, eu não tinha o costume de deixar nenhum trabalho acumular na oficina, então, eu não tinha muito no que trabalhar, sinceramente, acabei me prendendo aos detalhes, pesquisando algumas coisas na internet e respondendo qualquer solicitação que me fizessem, então acabei indo ajudar a arrumar as coisas para a fogueira junto com Billy e Sue. Depois fui tomar banho e encontrar meu bando.

 

[...]

 

Link da playlist da história no YM: 

https://music.youtube.com/playlist?list=PLaOr3T-aWlFTdzSm9RQcUur7flA2Ftv5P&feature=share


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