Be your everything (BlackWater) escrita por Amanda Vieira, MandysGonçalves


Capítulo 15
Quinze




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Leah.

 

 -Seu quarto é pequeno, infelizmente, porque seria ótimo ter uma cama de casal aqui. -comentei, deitada na cama de Jacob.

 -Quando Rachel casar, vou me mudar para o quarto dela, nós vamos na loja e você escolhe a cama que quiser. -respondeu ele, sorri sem graça.

 -Já vamos escolher uma cama, sr Black? -provoquei, ele veio até mim.

 -Se você quiser, sim, srt Clearwater. -falou ele, me beijando.

 -Nós compramos a cama e o que virá depois?

 -Tudo o que desejarmos, e eu quero muitas coisas com você.

 As noites com Jacob eram sempre acompanhadas de um sono tranquilo. Apesar de estarmos espremidos na cama de solteiro, eu me sentia confortável o bastante para dormir bem e aparentemente ele também. Quando acordei na manhã seguinte, me sentia renovada. Hoje era quarta-feira, meio da semana, em dois dias, teríamos outra reunião na fogueira, dessa vez, era quase uma convocação de guerra. Eu e Jacob nos juntamos a Rachel e Paul na cozinha dos Black. Pela primeira vez, havia um clima pesado entre eles, Rachel estava fazendo panquecas, mas parecia querer bater em alguém com a frigideira. Então, num pequeno descuido, Rachel encostou a mão na frigideira. Paul, que estava distraído, pulou da cadeira com o grito da noiva.

 -O que foi? -perguntou ele, indo socorrê-la. Jacob correu até o banheiro e voltou com uma pomada.

 -Me dá sua mão. -pediu Jacob à irmã, ela estendeu a mão pra ele, que aplicou a pomada na área afetada.

 Rachel então desabou sobre uma cadeira e começou a chorar.

 -Está doendo muito, querida? Se quiser te levo ao médico. -falou Paul, afagando os cabelos de Rachel. Ela então o encarou.

 -Paul Larrote, eu juro que se Sam começar uma briga com a minha família e isso tudo afetar nosso casamento, eu nunca vou te perdoar! -exclamou ela. Paul parecia ter levado um tabefe, ele recuou com as palavras de Rachel.

 -Rachel…

 -Não Jacob! Eu sempre fiquei calada, mesmo quando você ficou dormindo na floresta pra proteger a Bella, eu nunca me meti. Não vou ser conivente desta vez, a Reserva está em paz, meu casamento está prestes a acontecer, eu não vou tolerar meu irmão e meu noivo brigando pelas besteiras de Sam. -continuou Rachel. Então olhou para Paul. -Eu nunca questionei sua posição, pois sei que Sam é seu melhor amigo, mas ele está errado e você sabe disso.

 -Rache.. está me pedindo pra escolher um lado? -perguntou Paul.

 Jacob parecia querer sumir e eu gostaria de ir junto. A pergunta ficou no ar, pois Rachel se levantou e saiu da cozinha, deixando Paul estupefato.

 

 Depois da pequena confusão, eu e Jacob comemos torradas em silêncio e fomos pra oficina. Jacob abriu as portas e começou a organizar as coisas. Me acomodei em uma cadeira, enquanto ele começava a trabalhar.

 -Se não entrarmos em guerra amanhã, acho que vou fazer um curso de verão a distância. -comentei, Jake me olhou.

 -Você está de férias, o conceito de férias não é “não estudar”? -brincou ele.

 -Em teoria sim, mas eu vou enlouquecer se não arrumar algo pra fazer enquanto estou aqui. -respondi.

 -Tem uma vaga de ajudante disponível aqui na oficina. -falou ele. -Posso te ensinar algumas coisas básicas, adiantamos os serviços e nos pegamos nos intervalos.

 Gargalhei.

 -Proposta interessante, sr Jacob. -respondi. -Falando em férias, seu curso não vai entrar em recesso?

 -Eu decidi adiantar algumas coisas na grade de matérias. -explicou.

 Ficamos em silêncio por um momento e Jacob voltou a se concentrar no que estava fazendo, suspirei.

 -Fiquei com pena da Rachel. –comentei. -Ela claramente gostaria que Paul tivesse mais liberdade, não quis arrumar confusão sobre isso, eu entendo, mas agora, é o casamento que ela está planejando a todo vapor em risco.

 -A Rachel encarnou perfeitamente o papel de noivazila, não me surpreenderia se ela mesma enfrentasse Sam, caso ele continue com essa palhaçada. -falou Jacob, me fazendo rir.

 -Eu pagaria pra ver isso!

 -Mas falando sério, se Sam decidir seguir com isso, não sei até que ponto Paul e Rachel vão conseguir se manter unidos. -acrescentou, pesaroso.

 -Claro que aquele idiota não está pensando, é como o seu pai disse, a tribo não vai sobreviver a isso, vão se criar rachaduras que nunca mais serão possíveis concertar. -falei. Então um pensamento me ocorreu. -Será que veremos o imprinting sendo testado?

 -Sinceramente, espero que não, minha irmã e Paul não merecem isso por causa de outras pessoas.

 -Ninguém merece. Tirando Paul e Jared, o restante da matilha de Sam são garotos, que só querem viver sua juventude normalmente, eles não querem ser envolvidos em algo que nem entendem. -acrescentei. Jacob assentiu. -Esses garotos precisam sair, não participar de uma guerra.

 -Não concordo com os métodos de Sam, também acho que esses meninos precisam ter suas vidas livres, porém, não cabe a mim questionar isso, é escolha deles permanecer ao lado do Sam. -respondeu.

 -Eles também não tiveram nenhum incentivo, convenhamos né, ninguém falou pra eles que tinham essa escolha. Sua matilha é composta por seus amigos de infância, o Seth que sempre deixou evidente a admiração que tinha por você, eu só fui pra aproveitar a oportunidade. -comentei. -Talvez seja a hora de acertarmos as contas, realmente.

 -Leah…

 -Não, Jacob, poxa, a Reserva não é propriedade do Sam, nem aqueles garotos. Deixamos que ele tomasse conta de tudo por tempo demais. Sua irmã e Paul precisam de permissão para sair em lua de mel, é ridículo! -prossegui.

 -Você está certa, mas que direito eu tenho de remexer em tudo isso? Eu nem queria ser alfa, eu deixei Sam assumir esse lugar de comando e fiquei acomodado vendo ele fazer tudo o que queria. Eu nunca interferi, em nada, até o momento que eu “precisei”. -falou ele.

 -Sim, você foi conivente, mas pode deixar de ser, e não somente com os integrantes da sua matilha, mas com todos. Assume logo esse lugar que te deram como líder, aproveita que isso tudo está acontecendo e ajuda esse lugar, essas pessoas! -insisti. Jacob me olhou pensativo.

  -Vamos ver o que a noite de amanhã nos reserva primeiro. -respondeu ele.

 Me dei por vencida momentaneamente. Era tudo muito nebuloso, não dava pra mexer em algo, sem remexer em tudo e nós sabíamos disso. Precisavamos ser racionais no momento, já que o outro lado não estava sendo nem um pouco.

 Na hora do almoço, Jacob me levou pra casa, almoçamos com a minha família e depois ele voltou para oficina. Eu aproveitei minha tarde livre, para conversar um pouco com meu irmão, sobre o que ele esperava do futuro, Seth também me ajudou a procurar cursos livres de férias, para que eu não ficasse com muito tempo ocioso durante as férias inteiras.

 

[...]

 

 À noite, Billy, o avô de Quil e o restante da matinha vieram a minha casa. Minha mãe e eu havíamos preparado alguns petiscos, nos acomodamos todos na cozinha, onde pareciamos ter mais privacidade, é claro que ninguém do outro “time” teria a pachorra de vir nos espionar, mas cuidado nunca era demais e estávamos todos atentos.

 -Vamos ter um conselho dos anciãos de bônus? -brincou Embry

 -Vantagens dessa matilha ser herdeira direta dos anciãos! -respondeu Seth.

 -Nós conversamos com Sam essa tarde, antes de falarmos com vocês. -retrucou minha mãe, gargalhei.

 -Toma distraído! -zombei.

 -Vocês vão nos contar o que eles pretendem fazer amanhã na fogueira? -perguntou Quil, animado.

 -Crianças. -falou o velho Quil, com sua voz grave, chamando a atenção de todos. -Não estamos aqui para dizer quem está certo ou errado, não estamos escolhendo um lado. O objetivo pelo qual reunimos vocês é para botar juízo em suas cabeças.

 -Desculpa, mas não somos nós que enlouquecemos. -retruquei, rápido demais. Os anciãos me olharam.

 -Leah, não estamos atacando vocês, só queremos conversar. -falou minha mãe.

 -E nós vamos ouvir. -respondeu Jacob, numa voz firme.

 -Muito bem. -falou Billy. -Nós fomos até Sam, ouvimos o lado dele e tentamos dissuadi-lo de começar uma guerra, mas ele disse que precisava mostrar os fatos para todos e deixar cada um tirasse suas próprias conclusões.

 -Ele quer um plebiscito? -perguntou Seth.

 -Vote sim para começarmos uma guerra idiota, e vote não se acha que Sam é rídiculo. -debochei. Quil e Embry riram, Jacob me olhou em advertência, revirei os olhos.

 -Mas isso não daria certo, porque é claro que todos da matilha de Sam iriam votar conforme a vontade dele. -Seth falou o óbvio.

 -O que eu quero saber mesmo, é qual será o papel de vocês nisso. -questionei os anciãos.

 -Nós vamos, como sempre, mediar a conversa, iremos ouvir tudo o que vocês tem a dizer e dar o nosso parecer no final. -respondeu o velho Quil.

 -Isso não vai impedir que Sam inicie uma batalha. -falou Quil.

 -Nós sabemos, esperamos que os membros menores, de ambas as matilhas ouçam a razão, nesse caso, afinal, nós somos apenas conselheiros, não temos como impedir suas ações. -respondeu minha mãe.

 -Eu garanto que essa matilha não quer uma briga e também, que cada membro é livre para ter suas próprias opiniões. -falou Jacob.

 -Nós sabemos, meu filho. -disse Billy, pesaroso.

 A noite se seguiu, debatemos mais um pouco sobre a fogueira do dia seguinte enquanto comíamos pasteizinhos recheados. Depois Jacob levou o velho Billy para casa, e Quil e Embry foram com o velho Ateara.

 -Vamos dormir, Seth, essa pode ser nossa última noite de tranquilidade. -falei, antes de subir para o meu quarto.


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