Meio-humano escrita por BloonAckles


Capítulo 1
O demônio de Towanda


Notas iniciais do capítulo

Os personagens não são meus, mais a história é de autoria minha!

Essa história começa a partir do episodio 11 da sexta temporada.



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Sentado na cama de hotel Dean encarava Sam sentado a sua frente sem dizer nada, ele dava goles em sua cerveja e continuava o olhando. Sam ja se irritará com isso a um tempo.

-Dean quer parar?
-Que é?
-Você sabe, ficar me olhando assim. Eu to bem cara, eu te juro.

-Não disse nada. - Ele continuava encarando o irmão, quando finalmente perguntou - O que você queria fazer com o Bobby?

-Cara eu ja te disse, sou eu ok? Eu me importo com você e me importo com o Bobby, eu não faria nada disso agora. Eu estava sem alma, já não estou mais. Que seja você não acredita em mim.

-Ainda acha que era melhor ter continuado sem sua alma?

-Claro que não, eu ja disse eu pensava apenas com a cabeça, não tinha sentimentos. Agora é diferente ok?

-Ok. Então você voltou a sofrer, a amar os amigos e a família, nunca fazer mal a humanos, gostar de ajudar as pessoas, e ser o mesmo Sam chato e sentimental de antes?

-Ah qual é cara, amar os amigos e a família, nunca fazer mal a humanos? Que tipo de discurso é esse? - Sam pergunta rindo - Eu recuperei a minha alma, mas faz tempo que eu não sou mais o Sem chato e sentimental de antes.
-Bom chato você ainda é. - Sam riu novamente, enquanto Dean se levanta e vai colocar seu casaco.

-Então, é o fim do interrogatório e já podemos ir comer, ou ainda tem alguma pergunta?

-Vem logo vai.

Sam ainda com um riso na cara, achando engraçado o jeito desconfiado de seu irmão se levanta e segue ele até a porta, os dois já iam saindo quando Dean se virou para Sam.

-Só mais uma pergunta.

-Pergunte. - Disse Sam respirando fundo.

-Você não se lembra de nada do buraco não é?

-Não, nada. Minha mente ta bloqueada.

-Agora sim, vamos comer. - Dean tirou a expressão séria da cara e saiu do apartamento rindo. Era engraçado o jeito como ele estava alegre, e ao mesmo tempo desconfiado de Sam.

Na lanchonete, enquanto Dean comia seu lanche quase tão grande quanto o nojo de Sam ao ver a cena, Sam tentava não olhar para ele e apenas mexia no seu Notebook, e tomava seu café.

-Olha só isso: "Garoto presencia morte de estudante, e diz que o assassino era um demônio."
-Cara estou impressionado. - Dean falava de boca cheia - Depois de tanto tempo nesse ramo, você ainda não descobriu que um monte de jovens idiotas querendo aparecer inventam histórias de fantasmas e demônios na internet?

-Acho que dessa vez não, saiu no jornal local. E olha só o que o garoto disse: "A garota loira e bonita, tinha os olhos pretos, era assustador. Uma garota comum, a unica característica que me fez perceber o que ela era, foram os olhos negros." E tem mais, ele disse que o "demônio" jogou a vitima longe sem tocar nela.

-Tá, talvez seja um demônio. Mas idai? Ele já deve ter até ido embora.

-Ja são duas vítimas. E presta atenção no resto: "Os oficiais foram até a casa da garota, que disse que nada daquilo aconteceu, era só história do garoto."

-Como eu disse, o demônio já deve estar longe e garota não quis parecer maluca contando a verdade.

-Não é só isso, escuta: "Pareceu que a garota, ou o demônio havia matado a estudante sem querer", Sem falar que ela viu o garoto e o deixou vivo.

Dean agora que já terminou o lanche e escutava atentamente encarava Sam, que por sua vez também o encarava.

-Demônio do bem? - Sam deu de ombros, sem saber o que responder - Tá ficou estranho o suficiente pra gente, podemos dar uma olhada. 

Cidade Towanda, estado da Pennsylvania

-Onde foi que aconteceu?

-Foi na escola, eu fico até mais tarde pra... Poder ler os livros da sessão reservada, eu gosto dessas coisas de terror e só nós deixam ler livros como crepúsculo, e romances melosos.- Dean deu um riso, e o garoto continuou - Quando me dei conta já era tarde, a escola fechada e vazia. Tudo escuro e apenas uma luz acesa de uma sala, e da mesma sala vinham barulhos. Eu me aproximei da janela e vi duas garotas que fazem faculdade lá. uma disse:

-O que você tá fazendo?
-Julia, ai que susto. - A garota tinha um livro da sessão reservada na mão, e parecia estar fazendo um tipo de ritual estranho, antes da garota chamar sua atenção, ela falava uma outra língua.

-Você ta fazendo macumba Lauren?

-Não, claro que não. Que besteira. - Ela riu - O que VOCÊ faz aqui?

-Eu voltei só pra pegar uns livros. Mas se não é macumba, o que é então? Deixa eu ver. - A garota foi se aproximando, Lauren fechou o livro e o apertou contra o peito.

-Fica Longe. - A garota continuou andando. -Fica longe. - E a garota nem dava ouvidos, até que ela se virou para a garota esticando a mão e gritou - Fica Longe. - Nesse momento seus olho ficaram negros e a garota caiu longe. Ela me viu e parecendo muito assustada ela foi embora correndo, e eu liguei pra ambulância, a garota bateu a cabeça na quedá e morreu.

Os dois irmãos se olharam, ainda sem nenhuma pista do que fosse aquilo. Sam então voltou a olhar o garoto.

-Quantos anos você tem é...

-Fred. 

-Isso, Fred. Quantos anos você tem? 

-Tenho 14.

-E você tem certeza do que viu? - Dean perguntou meio desconfiado.

-Eu sabia, vocês também não acreditam.

-Nós acreditamos, tá legal? Só queremos saber se tem certeza.

-Eu não sou um idiota, eu sei o que eu vi. Tenho certeza sim.

-E você viu ou sentiu mais alguma coisa estranha? Um cheiro ruim, ou uma fumaça preta...

-Sim , não sei explicar. Depois que viu a garota morta, ela se assustou. Pareceu que fosse vomitar ou algo assim. Eu juro que vi uma fumaça preta na boca dela, que ela tentava por pra fora, mas não conseguia.

Os irmãos se olharam de novo, ainda sem entender o caso, mas agora tendo certeza de que o garoto não mentia.

-Será que você pode nos levar até a casa dela?

-Posso claro, mas não adianta. Ela negou tudo pra polícia.

-Só que nós somos o FBI, vamos conseguir que ela fale.

-Ok, só... Não machuquem ela ta legal?

-Claro, sem problemas.

O garoto os levou até a porta da moça, então retornou a casa. Os dois estavam já na porta, quando Dean deu um riso.

-"Não machuquem ela ta legal?", será que o garoto tá afim da demônio?

-Pode ser. - Sam bateu na porta e alguns segundos depois Lauren abriu.

-É da pra entender o porque. - Dean disse admirado com a beleza da moça, que possuía lindos olhos azuis, cabelos loiros, e um corpo de causar inveja.

-Pois não?

-FBI - Ambos mostraram as identidades falsas.

-Olha eu já conversei com a polícia, eu não sei de nada. Aquele menino é doido. - Ela ia fechar a porta mas Dean colocou o pé não deixando e empurrou a porta com força, ela olhou espantada. E os dois entraram.

-Sabemos o que você é.

-Ah sabem? Então poderiam me explicar por favor?

-Não se faça de sonsa, você sabe do que estamos falando muito bem. Eu vou te dar uma chance: Saía do corpo.

-Se eu conseguisse.

-Saía do corpo.

-EU NÃO CONSIGO. - Ela gritou com Dean, o encarando com raiva.

-Tá bom, vai lá Sam.

-"Regna terrae, cantate deo, psallite dominio...Tribuite virtutem deo.Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas,

Ela se senta no sofá, e sorrindo começa a olhar a unha. Normal, como se nada tivesse acontecendo. Sam e Dean se olham, não sabiam se estavam mais assustados por ela não tentar fugir, ou pelo exorcismo não estar dando em nada.

-Continua. - Dean grita pra Sam.

-omnis incuriso infernalis adversarii, omnis legio, omnis congredatio et secta diabolica...

Lauren tosse a fumaça ameaça sair, mas não saí.
-Desculpa. - Ela sorri irônica.

-Como é possível? - Pergunta Sam espantado.

-Adoraria saber. 

-Sam pega a faca, vamos matar ela.

-Dean. - Ele puxa o irmão de canto - Mas nem sabemos o que ela é, como vamos enfiar a faca assim? E se não funcionar?

-Sem falar, que isso me deixaria bem zangada. Se tentarem se aproximar vão voar longe.

-Temos especialidade com demônios. - Dean piscou, sorrindo sarcástico para ela.

-Eu não sei se você percebeu, mas não sou um demônio comum. - Ela piscou de volta.

Sam se aproximou, ela ameaçou fazer algo, então ele deixou a faca no chão e se sentou no sofá.

-Então o que você é?

-Eu já disse, não sei.

-Tá vamos começar pelo que você sabe, por que matou a garota?
-Eu não queria, mas ela ia se aproximar e eu tinha que afastá-la. - Ela abaixou a cabeça enquanto falava.

-Ah ta bom, o Sam pode até acreditar em demônios bonzinhos, mas eu não.

 -Acontece que eu nem sei se ainda sou demônio.

-Como assim Lauren?

-Ah mais ou menos quatro anos, eu possui esse corpo. Quando eu vivia era muito bagunceira, baladeira e era rica, então nem queria saber de estudos. Minha mãe estava morrendo, de uma doença séria, e ela me fez jurar que iria me formar. Mas, eu morri antes disso. Eu já estava cansada de vagar por ai, possuindo pessoas, fazendo maldades, então eu decidi ficar na minha, até por que ouvi dizer que o apocalipse chegaria em breve e não quis ficar no meio. Então a quatro anos eu possuí essa garota, ela era muito parecida comigo no jeito e na aparência também. Ela tinha 17 anos e estava indo pra faculdade, porém ela teve câncer no estômago, tão nova. Ela devia ter morrido anos atrás, ela decidiu não contar a ninguém, e viver cada dia como se fosse o ultimo. Então eu resolvi possuir ela, e cursar a faculdade, eu sei que era um demônio, mas odiava não cumprir promessas. Eu vivi anos me comportando como uma humana normal, por isso ninguém descobriu. Mas eu não sei o que aconteceu, com o tempo eu comecei a sentir coisas, como humanos, me apegar a amigos, sofrer, sentir alegria, ódio, raiva, era como se eu fosse humana outra vez. No momento eu achei ótimo, é como uma segunda chance, sei lá. Mas então demônios começaram a vir atrás de mim, a primeira garota que matei era um. 

-Você mata demônios?

-Aparentemente sim. - Dean se sentou ao lado de Sam, para também escutar ela.

-Eu tenho novos poderes, que eu não tinha quando demônio. E parece que os demônios sabem disso. Com medo de ser pega eu tentei sair do corpo, mas não dá, estou presa aqui. Quando Julia morreu eu estava tentando fazer uma ritual pra sair do corpo, eu não queria machucá-la, eu juro.


Dean puxou Sam de lado novamente, e olhando meio desconfiado perguntou:

-Acredita nela?

-Ela parece estar falando sério, e que outra explicação teria pra isso?

-Vocês não precisam sussurrar sabe, eu ouço tudo. 

-Deveria acreditar nela. -Os três olharam para Cass surgindo do nada na sala.

-Cass? Não estava ocupado com a guerra no céu?
-Ainda estou Sam, mas isso é importante.

-Você é... Um... anjo. - Lauren levantou e foi se afastando.

-Eu não vou machucá-la.

-Afinal o que ela é Cass?

-Um tipo raro, meio-humano. É um demônio que está quase se tornando um humano.

-Tipo o anti-cristo?

-Não, o anti-cristo é metade humano e metade demônio, filho de demônio. Um meio-humano, é um demônio que após muito tempo em um corpo, acaba começando a sentir coisas que só humanos sentem, ele começa a fazer parte do corpo e não consegue sair mais, se você enfiar uma faca nela, não vai matá-la, mas ela sentirá dor, como se esse corpo realmente fosse dela.

-Nunca vimos um caso desse antes. Achei que fosse só lenda. - Disse Sam meio espantado.

-Os demônios não deixam acontecer, imagine se deixassem todos iam querer ser humanos novamente.  Mas como vocês mataram o rei do inferno, eles acabaram não sabendo dela, só agora.

-Vocês mataram Crowley? 

-Pois é, somos demais. - Dean diz sorrindo convencido. E os três o encaram, deixando-o sem graça.

-Oh não.

-O que foi Lauren?

-Isso quer dizer que o inferno também está em guerra, todos os demônios querendo assumir o poder.

-Então talvez os demônios não queiram te matar, e sim te usar na guerra.

-E você Cass o que quer com ela?

-Por enquanto eu quero que vocês a protejam, e depois vou usá-la a nossa favor na guerra do céu.

-Achei que eles eram armas do inferno.

-Sim, mas ela é quase uma humana, então pode ser levada ao céu.

-E quem disse que eu vou topar isso? - Cass desapareceu e apareceu bem enfrente a ela. 

-Você vai, por que está com medo e sabe que os demônios vão te descartar depois de usar, já nós...

-Tá legal, eu faço isso e depois vocês me deixam em paz. Está certo?

-Sim. - Ele foi caminhando e se afastando deles - Por enquanto estou ocupado, mas eu vou voltar pra busca-lá.

Cass então desapareceu do nada, deixando os três sozinhos e sem entender direito o que estava acontecendo. 


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Notas finais do capítulo

Pessoal espero que gostem, acho que esse primeiro episódio ficou muito teoria, mas prometo que os próximos terão mais ação. Beijos e deixem reviews se gostareem.



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