O sexo já não é mais meu jogo de prazer...

Você pode tentar esconder, mas,

Nesses olhares cabisbaixos,

eu leio completamente você.

O apagar das luzes não mais te excita,

A mordida em teu pescoço só te deixa mais aflita.

Cada marca é mais espólio de uma batalha perdida,

Percebo isso no olhar que me dá de vencida.

Se isso é nossa vida,

Eu me levantarei e tomarei um banho quente...

Talvez me aqueça e tire as dúvidas,

Por que já não sinto mais a mesma coisa

Quando suas coxas se entrelaçam em minha nuca.

Seus sussurros são mais frios que nunca...

O sexo deixou a desejar.

E eu sei que o molhado dos meus lábios não te deixou úmida.

Assumo certas culpas,

Quando você revira os olhos para minhas desculpas.

Você só não quer mais me ouvir falar,

E se vira ao lado, se deixa deitar.

Se alguma força agora me faltar,

Que seja para evitar novamente tentar te amar.

Há certa algidez incorreta no ar...

Não sei o que está errado,

Não sei como o fim se instaurou nesse quarto.

Estou jogado, de lado, pensativo e chateado...

Certas escolhas me fizeram parte de um plano,

Um que desenrolou nessa estranheza.

Se eu já não te satisfaço como devo,

Por que continua,

por que está parcialmente nua?

Sua respiração ofegante insinua...

Que não somos mais compatíveis na cama,

Da forma suja.

O sexo já não é mais meu jogo de prazer...

Você não gosta de dizer, mas,

Eu sei exatamente o que deu errado com você.

O sexo já não é mais fruto de lazer...

Explica para mim, mais uma vez,

Como é que eu consegui te perder?

~Gabriel.